Sintomas

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Viroses no Mamoeiro
Letícia Reis
Pollyana Hammerschmidt
Gabriela Guimarães de Nardin
MOSAICO DO
MAMOEIRO
• Papaya ringspot virus - type P;
– grupo dos potyvírus, sendo transmitido por várias
espécies de pulgões, mas não pelas sementes
• Fator limitante da produção do mamão;
• Doença destrutiva;
• Redução aproximada de 70% na
produção por planta;
MOSAICO DO
MAMOEIRO
• Não existem medidas curativas
para as plantas infectadas;
• Não são conhecidas, até o
momento, cultivares comerciais
resistentes à doença.
Etiologia
•
•
•
•
Família Potyviridae;
Gênero Potyvirus;
Acido nucléico: fita simples positiva de RNA;
Duas estirpes distintas do vírus: estirpe
mamoeiro (“Papaya ringspot virus - type P” PRSV-P) e vírus do mosaico do mamoeiro estirpe melancia (“Papaya ringspot virus - type
W” - PRSV-W);
• Estirpe melancia: importante doença em
abobrinha-de-moita, melancia e outras espécies
de cucurbitáceas, mas não infecta mamoeiro.
Etiologia
• PRSV-P não passa pela semente;
• Transmissão natural: por meio de
afídeos;
– Relação vírus-vetor não-persistente.
– Myzus persicae, Aphis gossipii, A. fabae,
A. coreopsidis, Aphis sp. e Toxoptera
citricidus
Sintomas
• Sintomas causados por diferentes
isolados do vírus podem variar em
intensidade;
• No geral, plantas ficam cloróticas;
• Folhas
com
mosaico,
podendo
apresentar intensas deformações e
bolhas verde-escuras;
Sintomas
• Pecíolo e parte nova da haste com
manchas alongadas (verde-escuras ou
aparência oleosa);
• Frutos verdes podem apresentar
manchas anelares e oleosas;
Sintomas
• Frutos
quase
maduros
podem
apresentar
anéis
necróticos
esbranquiçados;
• Mamoeiro é suscetível em qualquer
idade e geralmente mostram sintomas
10-15 dias após a inoculação.
Controle
• Inspeções periódicas nos pomares e
eliminar as plantas infectadas;
• Instalar os viveiros e novos pomares o mais
distante possível de outros pomares;
• Evitar a presença de cucurbitáceas que são
hospedeiras do vírus e plantas hospedeiras
de pulgões;
• Eliminar os pomares abandonados e
plantas no fim do ciclo de produção, para
evitar fontes de inóculo na região.
AMARELO LETAL DO
MAMOEIRO SOLO
• Vírus PLYV (Papaya lethal yellowing
virus);
• Encontrada
em
mamoeiros
individuais ou pequenos pomares
domésticos;
• Pouca informação existe sobre sua
importância.
• Não possui vetor natural;
• Vírus transmitido mecanicamente
(enxertia, por exemplo);
Sintomas
• Inicialmente, amarelecimento de folhas da
parte superior da copa;
• Posteriormente, as folhas apresentam-se
ligeiramente retorcidas e com aspecto
clorótico;
• Nos frutos, há manchas circulares,
inicialmente esverdeadas, e tornam-se
amareladas.
• Com o tempo, as folhas amarelecem,
murcham e morrem, levando a planta à
morte.
MELEIRA DO
MAMOEIRO
• Papaya Meleira Vírus – PMeV;
• Restrito aos vasos laticíferos.
Sintomas
• Intensa
e
aparentemente
espontânea exsudação de látex dos
frutos;
• Frutos
afetados
apresentam
manchas claras na casca;
• Das folhas de plantas jovens
tornam-se
necróticas
após
a
exsudação de látex.
Viroses do citros
TRISTEZA - “Citrus tristeza virus” CTV
•
Observada pela primeira vez em 1937 em pomares de citros do Vale do
Paraíba (SP)
•
Introduzida na América do Sul por material de citros proveniente da África
do Sul
•
Infecta praticamente todas as espécies, cultivares, híbridos e muitos afins
de citros.
•
A única hospedeira não Rutácea conhecida é Passiflora gracilis.
• Etiologia
– Pertence ao gênero Closterovirus
– Limitado ao floema
– As partículas do CTV contêm RNA de fita simples não segmentado
– Uma série de isolados de CTV já foi descrita, variando nos sintomas
que induzem nas hospedeiras e nas diferenças observadas no gene da
capa protéica.
• Sintomatologia
– Aparecimento de caneluras nos ramos e tronco
– Enfezamento da planta,
– Folhas de tamanho reduzido com clorose semelhante a deficiências de
zinco, manganês e outros nutrientes
– Frutos miúdos defeituosos (“coquinhos”).
•
Estes sintomas podem ser muito acentuados em espécies mais sensíveis
como as laranjas doces e o limão galego.
•
As tangerinas apresentam tolerância ao vírus
•
Praticamente todas as variedades comerciais de laranja doce e o cavalo de
limão Cravo (C. limonia) são afetados
• Disseminação
– Pode ser facilmente transmitido por enxertia
– Mecanicamente por ferimentos no floema
– Transmitido de maneira semi-persistente por diferentes espécies de
afídeos.
• Curiosidade
– O pulgão preto dos citros, Toxoptera citricidus, é praticamente o único
vetor eficiente em nossas condições.
– Em outros países foram assinaladas outras espécies vetoras: Aphis
gossypii, A . spiraecola, A. craccivora, Dactynotus jaceae, Myzus
persicae e T aurantii.
• Identificação
– observar os sintomas já descritos realizada na indicadora de limão
Galego (Citrus aurantifolia)
– A identificação rápida do vírus é realizada através do teste ELISA.
– Outro teste usado é o MEIAD
(microscopia eletrônica de imuno
adsorção), de grande sensibilidade
• Controle
– Baseado no controle do vetor
– Controle de qualidade das mudas.
• Principal meio de disseminação de doenças.
– As espécies e variedades de citros intolerantes ao CTV devem estar
premunizadas com isolados atenuados do vírus.
• Curiosidade
– Na busca de estratégias de controle da doença chegou-se ao
conhecimento da interferência entre estirpes de um mesmo vírus que
oferece, na prática, a proteção cruzada ou preimunização.
– No Brasil, a proteção cruzada com estipes menos agressivas é
eficiente principalmente na laranja ´Pera`.
LEPROSE - “Citrus leprosis virus” – CiLV
•
É possivelmente a virose mais importânte nos pomares de São Paulo.
•
Sob ataques severos, ocorrem sensíveis perdas de produção e a árvore fica
debilitada.
• Sintomatologia
– Ataca principalmente a laranjeira doce.
– Diversos outros cultivares de citros apresentam lesões de leprose, estas
porém são raras, e muito menos acentuadas.
–
Nas folhas, o vírus induz manchas ligeiramente salientes na face
inferior e lisas na superior, com coloração verde pálida no centro e
amarela na periferia.
• Sintomatologia
– Na fruta completamente madura, a mancha mostra-se como uma
depressão da casca, de cor uniformemente marrom escura ou preta.
– Quando as lesões são abundantes, há queda de folhas e frutos.
– Nos galhos, a ocorrência de grande número de lesões ocasiona morte
de ponteiros.
– As lesões da casca podem coalescer em galhos mais grossos,
lembrando o descamamento induzido pela sorose.
• Etiologia
– CiLV pode ser transmitido por enxertia de tecidos, mas com
dificuldade.
– Os melhores resultados de transmissão são obtidos com pedaços de
ponteiros de ramos afetados.
– Experimentalmente, foi transmitido mecanicamente por fricção em
folhas.
–
O CiLV é facilmente transmitido por larvas do ácaro Brevipalpus
phoenicis, ninfas e adultos são menos eficientes.
–
Na natureza, a disseminação da doença aparentemente se faz somente
em presença de árvores afetadas e ácaros.
• Identificação
– A identificação da leprose é feita a campo,
• observando-se os sintomas já descritos anteriormente.
• Controle
– O controle é baseado na redução do vetor com o uso de acaricidas
– Pode-se combinar também a eliminação das fontes de inóculo com a
poda das partes afetadas das plantas.
EXOCORTE - “Citrus exocortis viroid” –
CEVd
•
Após os primeiros surtos de tristeza em nosso país, suplantados com o uso
do limão Cravo como cavalo em substituição ao de Azeda, começaram a
aparecer os problemas associados à exocorte.
•
No passado, antes do uso dos clones nucelares, 100% das combinações de
laranja Baianinha e Hamlin de clone velho sobre limão Cravo, estavam
afetadas pela exocorte.
•
Posteriormente, a exocorte foi verificada também em outros tipos de citros.
•
Presentemente é observada apenas em um grupo de clones de limão Tahiti
que recebe o nome de “Quebra-galho”.
• Sintomas
– A copa apresenta definhamento, vegetação esparsa e alteração na
coloração das folhas
– Certas variedades tendem a apresentar copas mais abertas do que as
das copas sadias
– Há escamação da casca podendo aparecer rachaduras, geralmente
acompanhada por exsudação de goma
– Os sintomas aparecem normalmente entre os 4 e 10 anos de idade da
planta
• Sintomas
– Formas agressivas desenvolvem encarquilhamento e epinastia das
folhas e rachadura da parte inferior das nervuras principais.
– Formas fracas apresentam coloração marrom do pecíolo, com
enrugamento desse órgão, e coloração marrom do ápice da folha.
– Embora algumas vezes os sintomas já possam vir a ser observados
a partir da brotação da gema, o mais comum é que se manifestem
aos dois meses a partir da inoculação.
• Etiologia
– Principalmente transmitido por união de tecido de plantas infectadas
– Pode infectar muitas espécies e cultivares de citros
– Espécies sensitivas incluem Poncirus trifoliata, limão Cravo, cidras
(C.medica), limas ácidas e limões (C. limon).
– ‘Ausência de vetor’
• Disseminação:
– Amplamente disseminado em material propagativo sem sintomas.
– Uma das particularidades do CEVd é que ele pode ser transmitido
mecanicamente por instrumentos de corte.
• Identificação
•
Testes de detecção rápida da exocorte são baseados em eletroforese e
por sondas de ácidos nucléicos marcados.
• Controle
– Eficazmente controlado pela utilização de clones sadios
– Atualmente a microenxertia de ápices caulinares é a técnica utilizada
na obtenção de material livre de exocorte.
– Para se evitar a transmissão mecânica pelos instrumentos de corte,
deve-se mergulhar sua lâmina numa solução de alvejante comercial a
20% que contenha cerca de 1% de hipoclorito de sódio.
Obrigada
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