DISTRIBUIÇÃO DA ENTOMOFAUNA DE SOLO EM DIFERENTES SUBSTRATOS NO CAMPUS UNISUL – TUBARÃO - S.C. Ecologia de insetos Joice Martins de Freitas, Ana Lucia de Paula Ribeiro e Gilmar Pezzopane Plá, ( PUIC). Ciências Biológicas, Campus Tubarão. Introdução Os insetos do solo apresentam enorme abundância e diversidade em ecossistemas florestais de mundo todo (Duarte, 2004), sendo importantes para o processo de decomposição e mineralização da matéria orgânica, influenciando a estabilidade, fertilidade e estruturação do solo (MELO, 1999; LIGO, 1999). A variedade de insetos pode flutuar de acordo com a estrutura química e física do solo. Os insetos podem ser indicadores valiosos dos impactos antropogênicos em florestas, assim como em diversos agroecossistemas. A crescente fragmentação dos ecossistemas florestais é um dos grandes problemas ambientais do mundo atual. No Brasil, são escassos os estudos sobre insetos do solo. Esta situação é contrastante com a enorme velocidade com que extensas áreas de terras vêm sendo transformadas em áreas degradadas, por esta razão, se fazem necessário os estudos prolongados dos insetos em áreas não impactadas, correlacionando sua diversidade e abundância com as ações antrópicas no meio. Objetivos Identificar a quantidade e a diversidade de insetos de solo em três pontos amostrais diferentes no Morro do Cettal, dentro do campus UNISUL de TubarãoSC. Verificar até que ponto a intervenção humana pode desequilibrar um determinado habitat, baseado na comunidade de insetos. Foram identificadas trinta e uma famílias distintas, sendo elas: Blattelidae, staphylinidae, carabidae, pselaphidae, dytiscidae, elateridae, scarabaeidae, , curculionidae, scolytidae, histeridae, scydmaenidae, drosophilidae, cecidomyidae, sciaridae, stratiomyidae, phoridae, anisembiidae, aphididae, cicadellidae, miridae, formicidae, tenthredinidae, braconidae, mymáridae, termitidae, gelechidae, pseudocaecillidae, lepidopsocidae, liposcelidae, phloeotripidae, thripidae e ainda as superfamílias coccoidea e chalcidoidea. Conclusão Os resultados obtidos mostram que nas áreas A2 a quantidade de insetos foi maior em relação a A1 e A3 . Já na A 3 demonstrou-se uma maior diversidade de famílias. A ordem Hymenoptera foi a mais numerosa sendo a Família Formicidae a mais representativa, com 1843 exemplares. A diversidade alimentar destes insetos revelam tendência de associação positiva com o tipo de vegetação. A subfamília myrmicinae foi a mais representativa nas amostras pois estes insetos constroem seus ninhos mais próximos da superfície do solo e vivem em locais com pouca pertubação, por conta disto seu número demonstro-se maior na A2, com1098 indivíduos, onde existe um nível menor de antropização. Figura 1 - Amostragem de solo em funil de berleze-tullgreen Metodologia As coletas foram realizadas em três pontos amostrais diferentes, situados no campus da UNISUL Tubarão, SC. Estes pontos amostrais são caracterizados por: A1-antropizada, A2-borda de mata e A3-mata. Em cada local de coleta foram recolhidas quatro amostras de substrato, duas amostras de 10cm de altura e 15 cm respectivamente, utilizando um amostrador confeccionado com cano PVC de 100 mm de diâmetro em três locais diferentes (A1, A2 e A3), somando doze amostras/dia durante os períodos de 27/08/08, 01/12/2008, 31/03/2009 e 03/07/2009, totalizando quarenta e oito coletas. Estas amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e levadas ao laboratório para então serem separados em funil de Berleze-Tullgreen. O folhiço, levado ao laboratório em sacos plásticos, é colocado sobre a tela. Uma lâmpada posicionada sobre o funil provoca um aquecimento e uma dessecação do folhiço na parte superior do material. Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade, passando através da tela e caindo no recipiente coletor. A identificação dos insetos foi feita utilizando chaves taxonômicas (BORROR E DELONG, 1988) ao nível de família. Figura 2 – Insetos encontrados no solo 2.1 - Isoptera 2.2 - Pupa de diptera 2.3 – Psocoptera Resultados Gráfico 1- Famílias de insetos de solo encontradas Bibliografia COSTA, C.; IDE, S.; SIMONKA, C. E. Insetos Imaturos: Metamorfose e Identificação. Ribeirão Preto: Holos, 2006. DUARTE, M. M. 2004. Abundância de microartrópodes do solo em fragmentos de mata com araucária no sul do Brasil. Iheringia, Sér. Zool., 94: 163-169. MELO, L. A. S. 1999 e LIGO M. A. V. 1999. Amostragem de solo e uso de “litterbags na avaliação populacional de microartrópodos edáficos. Sci. Agric. Vol. 56 n.3 Piracicaba July 1999. TRIPLEHORN, C.A. and JOHNSON, N.F. Borror and Delong`s introduction to the study of insects. 7ª ediction, Thomson Brooks/Cole, Belmonte, 2005. Apoio Financeiro: Unisul