DISCIPLINA DE CLÍNICA MÉDICA I INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Luiz Antonio Fruet Bettini 2010 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Definição Epidemiologia Etiopatogenia Fisiopatologia Quadro clínico Tratamento Prognóstico Definição 1. Estado fisiopatológico no qual o coração é incapaz de manter suficiente perfusão periférica proporcional as necessidades metabólicas dos tecidos ou pode fazê-lo apenas com elevadas pressão de enchimento. Epidemiologia Cinco milhões de casos 550.000 casos nos EEUU 10 em cada 1000 pessoas > 65 anos Doença de idosos ( média 72 anos) Brasil – 6.4 milhões portadores de ICC Idade 1% - 50 anos 10% > 65 anos Incidência 4% no homem e mulher 55 a 64 anos 50% homem e 85% mulher - 85 a 94 anos Fatores de risco 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. HAS DAC DM Obesidade Hx de terapia com drogas cardiotóxicas Álcool - cocaína Hx familiar de cardiomiopatia DAC Etiopatogenia 1. Síndrome clínica complexa caracterizada por anormalidades na função do ventrículo esquerdo e na regulação neurohumoral, acompanhada por intolerância aos esforços,retenção hídrica e diminuição da expectativa de vida Fisiopatologia Alterações do miócito - necrose Apoptose Remodelação cardíaca e do interstício Disfunção endotelial Ativação neuro-humorais (angiotensina II, catecolaminas, endotelina, aldosterona.) Sistema Nervoso Simpático Aumento da contratilidade Aumento da freqüência cardíaca Aumento da resistência periférica – Melhora do débito – Redistribuição do fluxo sanguíneo Sistema Nervoso Simpático Aumento do gasto energético Aumento da pós-carga Sobrecarga do VE – Hipertrofia das fibras miocárdicas – Isquemia – Arritmias – Diminuição do número e sensibilidade dos receptores B1 adrenérgicos Sistema Renina-AngiotensinaAldosterona 1) Aumento volemia Retenção Na e água Aldosterona Sistema Renina-AngiotensinaAldosterona Aumento do retorno venoso ( pré-carga) Aumento do volume ventricular Maior estiramento da fibra miocárdica ( Lei de Frank-Starling) Limite de dilatação sem aumento de contração Câmara ventricular em esfera Remodelamento ICC Dopamina Endotelina – Ação vasoconstritora – Estimula remodelamento – Relacionada com pressão arterial pulmonar e com a resistência vascular pulmonar ICC Citocinas pró-inflamatória -proteínas de baixo peso molecular -interleucina1 e fator de necrose tumoral Hormônios (vasodilatadores e diuréticos) estão envolvidos na IC: peptídeos natriuréticos( A,B,C) ICC Peptídeos Natriuréticos – Atrial- secretados pela musculatura atrial (ANP) – Cerebral- ventricular (BNP) – Aumento da pressão e distensão Vasopressina-arginina- vasoconstrição – Hipófise – Retenção de sódio e hiponatremia dilucional icc ICC CONCEITOS DIREITA ESQUERDA ACOMETIMENTO DAS CÂMARAS DIREITAS. Com edema de tornozelo,hepatomegalia,ascite, derrame pleural) ACOMETIMENTO DO LEITO VENOSO E CAPILAR PULMONAR ATRAVÉS DO ÁTRIO ESQUERDO CONCEITOS DISFUNÇÃO SISTÓLICA INCAPACIDADE DO VENTRÍCULO SE ESVAZIAR, OU SEJA INSUFICIÊNCIA COMO BOMBA- DÉFICIT MECÂNICO SISTÓLICO DISFUNÇÃO DIASTÓLICA DEFICIÊNCIA NO RELAXAMENTO VENTRICULAR E NO SEU ENCHIMENTO LEVANDO AO AUMENTO DA PRESSÃO DIASTÓLICA CONCEITOS ANTERÓGRADA RETRÓGRADA Baixo débito será responsável por sua má perfusão tecidual no cérebro,músculos,rins. Leva a retenção de sódio e água Seqüência de eventos que a partir do coração levam a congestão do leito vascular pulmonar e venoso sistêmico CONCEITOS 1. 2. 3. 4. 5. RETRÓGRADA – Adaptação Aumento da pressão e volume diastólico finais do ventrículo Aumento do volume e pressão no átrio correspondente ao ventrículo insuficiente Contração atrial mais vigorosa ( lei de Starling para o átrio) Aumento da pressão nos leitos venoso e capilar a montante ( contracorrente ) Aumento da transudação de fluidos do leito capilar para o espaço intersticial( pulmonar ou sistêmico) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE ALTO DÉBITO 1. 2. 3. 4. 5. Ocorre em situações clínicas como: Trombose Beri-Beri Fistulas AV Anemia Doença de Paget Déficit é metabólico e o coração é incapaz de manter um débito suficientemente elevado para impedir os sintomas da ICC ESTÁGIOS DA IC CRÔNICA NO ADULTO ESTÁGIOS DA IC DESCRIÇÃO A Pacientes com alto risco de desenvolver IC pela presença de fatores de risco. Estes pacientes não apresentam nenhuma alteração funcional ou estrutural do pericárdio, miocárdio ou de valvas cardíacas e nunca apresentaram sinais ou sintomas de IC Hipertensão arterial, coronariopatia, diabetes, abuso de álcool Pacientes que já desenvolveram cardiopatia estrutural sabidamente associada à IC, mas que nunca exibiram sinais ou sintomas de IC. Hipertrofia ventricular esquerda; dilatação ventricular esquerda ou hipocontratilidade; valvulopatia ou IAM Pacientes com sintomas prévios ou presentes de IC associados com cardiopatia estrutural subjacente Dispnéia ou fadiga por disfunção ventricular esquerda sistólica; pacientes assintomáticos sob tratamento para prevenção de IC Pacientes com cardiopatia estrutural e sintomas acentuados de IC em repouso, apesar da terapia clínica máxima, e que requerem intervenções especializadas Pacientes hospitalizados por IC ou que não podem receber alta; pacientes hospitalizados esperando transplante; pacientes em casa sob tratamento de suporte IV ou sob circulação assistida. (Paciente de alto risco) B (Disfunção ventricular assintomática) C (IC sintomática) D (IC Refratária) FATORES ETIOLÓGICOS Classificação Etiológica 1. 2. 3. 4. Anormalidades mecânicas Sobrecarga de pressão ( resistência ao fluxo de saída) Sobrecarga de volume ( regurgitação valvar) Doença pericárdica ( constrição) Doença restritiva.( miocárdica, endocárdica) Classificação Etiológica 1. 2. 1. 2. Falência miocárdica Primária Secundária Arritmias Bradiarritmias Taquiarritmias Classificação Funcional da NYHA Classe I – Sem limitações as atividades físicas habituais Classe-II – Limitação discreta as atividades físicas habituais e assintomáticos em repouso Classe III – limitação acentuada as atividades habituais e assintomáticos em repouso Classe IV – Incapacidade de realizar quaisquer atividades físicas sem desconforto e sintomático ao repouso CAUSAS 1. 2. 3. 4. Estudo SOLVD ( Studies of Left Ventricular Dysfunction) Doença cardíaca isquêmica- 70% HAS – 7% Idiopática - 13% Outras – 11% CAUSAS 1. 2. 3. 4. Estudo Framingham Doença cardíaca isquêmica- 54% HAS – 24% Doença valvar - 16% Outras – 7% CAUSAS CAUSAS Condições cardíacas e extracardíacas que precipitam ou agravam a insuficiência cardíaca 1) Atividade reumática 2) Endocardite infecciosa 3) Tromboembolismo pulmonar 4) Arritmias cardíacas e efeitos próarrítmicos de outros medicamentos – taquiarritmias, bradiarritmias, extra-sistolia ventricular freqüente, bloqueio atrioventricular avançado Condições cardíacas e extracardíacas que precipitam ou agravam a insuficiência cardíaca 5) Anemia 6) Infecções 7) Tireotoxicose 8) Gestação 9) Estresse físico e emocional 10) Administração excessiva de sal e líquidos Condições cardíacas e extracardíacas que precipitam ou agravam a insuficiência cardíaca 11) Medicamentos com atividade inotrópica negativa – (antiarrítmicos, antagonistas dos canais de cálcio, antidepressivos tricíclicos, lítio) 12) Medicamentos vasoconstritores e com efeito retentor de sódio e água – (antiinflamatórios) 13) Medicamentos que deprimem a função cardíaca – (álcool, cocaína) continuando Quadro Clínico História Clínica Exame Físico Sinais e Sintomas Taquicardia Ritmo de galope Abafamento bulhas Pulso alternante Intolerância ao esforço Hiperfonese da 2ª bulha Sopros cardíacos Distenção venosa jugular Cardiomegalia arritmias Sinais e Sintomas indicativos ICE Dispnéia ao esforço Ortopnéia Tosse Expectoração Asma cardíaca Edema pulmonar Cianose Fadiga Astenia Oligúria Nictúria Estertores pulmonares Sintomas de baixo fluxo cerebral Insônia Confusão mental Sinais e Sintomas de ICD Ingurgitamento jugular Hepatomegalia congestiva Refluxo hepatojugular Edemas Derrame pleural Sintomas gastrintestinais náuseas, vômitos, plenitude pós-prandial Hiperatividade Adrenérgica Vasoconstrição periférica frialdade e cianose de extremidades aumento da pressão diastólica sudorese e arritmias Diagnóstico Diferencial Doença Pulmonar Embolia pulmonar Hipertensão pulmonar Doença da tireóide Arritmias Anemia Falta de condicionamento Obesidade Doença renal Cirrose Desnutrição Métodos de Avaliação Clínico Laboratorial Provas Sorológicas Biópsia endomiocárdica 1. 2. 3. 4. Chagas Toxoplasmose Micoplasma Viroses ( HIV, Hepatite) Exames complementares •Sobrecarga de câmaras esquerdas Eletrocardiograma •Alterações isquêmicas •BRD+ BDASRE- Chagas •Traçado de baixa voltagem (derrame pericárdico hipotireoidismo enfisema pulmonar) Exames complementares •Cardiomegalia •Congestão pulmonar RX Tórax •Desvio do aporte sanguíneo para campos pulmonares superiores •Edema intersticial •Linhas B de Kerley •Derrame pleural •Tumores fantasmas Exames complementares •Diagnóstico •Avaliar gravidade Ecocardiografia •Planejamento terapêutico •Estratificação de risco e prognóstico Exames complementares •Volume das cavidades •Função contrátil Ecocardiografia •Função valvar •Fração de ejeção •Disfunção sistólica e diastólica Exames complementares •Caracterizar a disfunção sistólica e diastólica Medicina Nuclear •Avaliar a perfusão e viabilidade miocárdica •Ventriculografia radioisotópica - avaliar volume cavitário e fração de ejeção Exames complementares •Avaliação funcional e terapêutica Ergometria •Programas de reabilitação cardíaca Exames complementares •Fração de ejeção Tomografia por RNM •Volume ventricular •Massa miocárdica •Anormalidades de movimento de parede após estresse Exames complementares •Angina do peito •Evidências de isquemia Estudo hemodinâmico •ICC refratária •Tx cardíaco •Disfunção valvar •Aneurismas ventrículo Exames laboratoriais Hemograma Uréia e creatinina Sódio e potássio Enzimas hepáticas Parcial de urina Função tireóide. Orientações para uso BNP Peptídeo natriurético Cerebral ( BNP) Maior concentração nos ventrículos Manutenção da homeostase volêmica do organismo Proteção contra excesso de retenção hídrica e salina O ponto de corte usualmente descrito na literatura (relativo ao teste rápido realizado no sangue total) é de 100,0 pg/mL. Peptídeo natriurético Cerebral ( BNP) Níveis elevados Aumento da pressão capilar pulmonar Aumento da Pd² VE Diminuição da FE Tratamento da ICC Objetivos: Melhorar a qualidade de vida Evitar progressão síndrome Aumentar a sobrevida Intervenções que Modificam a Evolução da Insuficiência Cardíaca Fatores de risco Lesão Miocárdica Disfunção do VE Agentes hipolipemiantes Anti-hipertensivos Angioplastia Fase Trombolíticos aguda do Medicamentos IAM antiplaquetários Betabloqueadores Inibidores da ECA Insuficiência Cardíaca Óbito Betabloqueadores Inibidores da ECA Antagonistas da Aldosterona Ressincronização Tratamento dos Pacientes Estágio A PREVENIR O REMODELAMENTO Controlar H.A. O tratamento da H.A. reduz IC em 30 a 50% Especial atenção aos pacientes diabéticos Corrigir os demais fatores de risco Abolição do fumo Controle do diabetes Correção de dislipidemais Manutenção do peso ideal (IMC<25) Tratamento dos Pacientes Estágios B,C e D Determinar a etiologia –Afastar sempre isquemia (DAC) Corrigir a causa –Nem sempre é possível Tratamento da ICC Componentes do tratamento Remover ou atenuar a causa ( cirurgia cardíaca ,isquemia ) Remover fatores precipitantes ( arritmias, embolia pulmonar) Controlar quadro clínico Tratamento da ICC Pacientes assintomáticos com disfunção ventricular. 1. 2. 3. 4. Tratar HAS, obesidade, abuso de álcool Evitar ingesta excessiva de sal Reduzir líquidos e de água livre Reduzir os medicamentos com efeitos prejudiciais na ICC Medicamentos que antagonizam os mecanismos neuro-hormonais Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (Inibidores da ECA) Bloqueadores do receptor da angiotensina II (BRA) Antagonistas da aldosterona – Espironolactona – Eplerenona Betabloqueadores Tratamento da ICC Pacientes sintomáticos com disfunção ventricular. 1. Terapia vasodilatadora Reduzem a pós-carga Aumento do débito cardíaco Redução da pressão de enchimento ventricular Redução da tensão da parede miocárdica Inibidores da ECA Vasodilatação Diminui liberação da aldosterona Resistência periférica ( pós-carga) Retorno venoso ( pré-carga) Diminuição remodelamento ventricular Vantagens dos IECA Modificam a progressão da ICC crônica sobrevida hospitalizações – Melhoram a qualidade de vida Em contraste com outros vasodilatadores não produzem ativação neuro-hormonal ou taquicardia reflexa Não ocorre tolerância aos seus efeitos Tratamento da IC Inibidores da ECA A melhora dos sintomas pode demorar semanas ou mêses Reduzem o risco de progressão da doença mesmo se os sintomas não melhorarem com o tratamento Podem fazer hiperpotassemia Podem causa angioedema Tosse seca em 10 a 20% Tratamento da IC Inibidores da ECA Medicamentos de primeira linha, considerados obrigatórios (exceto contra-indicações) para os pacientes com IC sistólica Geralmente associados aos diuréticos Recomendados também para pacientes com disfunção ventricular, sem sintomas de IC Iniciar dose baixa, aumentando-a lentamente Todos os inibidores da ECA tem ação benéfica e similar na IC Angioedema Inibidores da ECA Droga Dose inicial Alvo Benazepril 2,5mg / dia 10 mg dia Captopril 6,25mg / 3x dia 50 mg 3x dia Enalapril 2,5mg / dia 20 mg 2x dia Lisinopril 2,5mg / dia 20 mg 2x dia Quinapril 2,5 a 5 mg / dia 10mg 2 xdia Perindopril 2mg / dia 4 mg 2 x dia Ramipril 1,25 a 2,5mg / dia 5 mg 2 x dia Fosinopril 5 a 10 mg 20mg dia Trandolapril 0,5 a 1,0 mg 8,0 mg dia Captopril CAPOTEN HIPOTEN FUNED CAPTOPRIL CAPTOTEC CAPTOLIN LAFEPECAPTOPRIL CAPTOPRON CAPTOPRIL 30 COMPRIMIDOS FURPCAPTOPRIL CAPOTRAT CAPTOPIRIL CAPOBAL CAPTOSEN LABOPRIL CAPTOCORD REPRIL CARDILOM CATOPROL Enalapril ANGIOPRIL ENATEC ENAPROTEC MALEATO DE ENALAPRIL RENITEC ENALABAL ENALAPRIL EUPRESSIN ENAPLEX CARDIONATO MALEAPRIL PRESSOCO RD MALEATO DE ENALAPRIL SANVAPRESS Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) Não há evidência que sejam melhores que os inibidores da ECA. Apresentam a mesma incidência de: hipotensão insuficiência renal hiperpotassemia Alternativa para os inibidores da ECA quando ocorrer: tosse intratável angioedema Bloqueador do receptor da angiotensina II ( BRA) Droga Dose inicial Alvo 1. Valsartan 40 mg 2 x dia 160mg 2 x dia 2. Losartan 25 mg 2 x dia 100 mg dia 3. Irbesartan 100 mg dia 300 mg dia 4. Candesartan 2 a 16 mg dia 2 a 32 mg dia 5. Olmesartan 20 mg dia 20a 40 mg dia bloqueadores A ativação do sistema nervoso simpático Inicialmente é um mecanismo de compensação cardíaco A ativação cronicamente é deletéria o consumo de oxigênio pelo miocárdio a pré e pós-carga a retenção renal de sódio As catecolaminas são diretamente cardiotóxicas estimulando a necrose e apoptose dos miócitos Em pacientes com IC os bloqueadores induzem remodelamento reverso os volumes sistólico e diastólico a fração de ejeção B- bloqueadores Indicados para todos os pacientes com IC devida a disfunção sistólica de VE Geralmente são associados aos diuréticos e inibidores da ECA Lembrar: Os efeitos colaterais iniciais geralmente desaparecem com o tempo A melhora dos sintomas pode demorar 2 a 3 mêses Mesmo sem a melhora dos sintomas os Bloqueadores diminuem o risco de progressão da doença Emprego cuidadoso em: Pacientes instáveis, classe IV ou na UTI Antagonista do Receptor BetaAdrenérgico ( beta-bloqueadores) Droga Dose inicial Alvo 1. Bisoprolol 1,25 mg dia 1. Carvedilol 3,125 mg 2 x dia 25 a 50 1. Metoprolol 12,5 -25 mg 10 mg dia 200 mg dia Diuréticos Indicados para todos os pacientes com IC e retenção hídrica. Geralmente devem ser associados com inibidores da ECA e bloqueadores Objetivos: eliminar sintomas e sinais de retenção hidrica. Vigiar Hipotensão arterial Insuficiência renal ( Creatinina) O controle diário do peso é o melhor método de ajuste da dose Diuréticos Droga Dose inicial Alvo 1. Hidroclortiazida 2. Bumetamida 0,5-1,0 mg 10 mg dia 3. Furosemida 10-40 mg dia 400 mg dia 4. Espironolactona 25-50 mg dia 12,5-25 mg dia 25 mg Antagonistas da Aldosterona Os níveis de Aldosterona estão aumentados na IC ( até 20X) Estimulação suprarenal pela angiotensina Diminuição da degradação da aldosterona pela hipoperfusão hepática Produção de Aldosterona pelo coração e vasos Indicações de Espironololactona Pelo efeito diurético – Em ICC severa Geralmente associada a d. de alça Pelos efeitos eletrolíticos K+, Mg++ Pelos efeitos neuro-hormonais – Diminuiu a mortalidade em 29%, na dose de (25mg/dia) em pacientes com ICC severa* *Rales Study N EnglJ Med 1999;341:709 Glicosídeos digitálicos Droga 1. Digoxina Dose inicial Alvo 0,125-0,25 mg dia Vasodilatadores parenterais 1. 2. 3. 4. Nitroglicerina Nitroprussiato de sódio PNB recombinante ( nesiritida) Enalaprilato Agentes simpaticomiméticos Droga Dose inicial 1. Dopamina 1. Dobutamina 2. Anrinona 750 ug/kg iv 3. Levosimendan 0,2 ug/kg/mto 24 hs 1-3ug/kg/mto 2-8ug/kg/mto 7-10 ug/kg/mto Mecanismo vasodilatação agonista B1 agonista alfa 2,5-15 ug/kg/mto B1>B2>Alfa Tratamento da ICC Nitratos Hidralazina Antagonistas do receptor alfa adrenérgico Outros Tratamentos 1. 2. 3. 4. 5. 6. Transplante cardíaco Ventriculectomia Cardiomioplastia( remodelamento ventricular). Marcapasso bicameral( melhora de sincronização em posse de BRE) Aparelho de assistência ventricular Coração artificial Tratamento adjuvante 1. Antiarrítmicos 2. Anticoagulantes 1. Desfibrilador cardíaco implantável Bibliografia Lopes , Antonio Carlos. Tratado de Clínica Médica, 2006 Revisão das III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para o Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência Cardíaca Crònica 2009 - Arq Bras Cardiol 2009;