industrias criativas e o design

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A METODOLOGIA DO DESIGN COMO PODER DE DIFERENCIACAO NAS
INDUSTRIAS CULTURAIS
Mário Henrique Serafim Mendes 1– Pesquisador
Marbênia Gonçalves Almeida Bastos 2- Orientadora
RESUMO
A indústria criativa é termo novo e importante para o meio de grande
competitividade e economia vorás, essa indústria se apresenta como uma
saída para expandir novos conceitos e valores. Foi realizado uma pesquisa
bibliográfica sobre o tema e sua articulação com o design. Fontes de energias
inesgotáveis, o design vem como um valor estratégico a somar, em uma
empresa com a metodologia e produtos competitivos.
Summary / Abstract.
An important a lot and new term for the environment in that we live, with
big competitiveness and an economy (famished), you instruct them creative
would be an exit for expand new concepts and values. Springs of inexhaustible
energies, the design comes like a strategic value it add, in a company with the
methodology and products fruits of the design has bigger. Chances.
Arte Finalista e Aluno de Design da Fanor
Psicóloga. Designer de Moda. Mestre em Educação. Professora e Coordenadora
Acadêmica dos Cursos de Design, Design Gráfico e Design de Moda da Fanor.
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2
2
PALAVRAS-CHAVES
Industria Cultural; Design; Cidades Criativas; Sustentabilidade
KEYWORDS:
Instructs Cultural; Design; Creative Cities; Sustainability.
INTRODUÇÃO
Incomum para todos da sociedade hoje, a indústria cultural ou industrias
criativas, tem um adjetivo incomum e começou a ganhar importância a partir
da década de 1990. O termo foi criado inicialmente na Austrália em 1994, mas
ganhou notoriedade na Inglaterra. O inicio esse método de nutrir a economia
era de certa forma manipulador e servia para entreter uma população
completamente alienada que nem os críticos conseguiam combater seus
efeitos na sociedade. Em 1997 inaugurou o Creative Industries Unit and Task
Force essa atitude fez crescer um novo conceito e uma nova concepção de
como
melhorar
a
economia
e
com
uma
estrutura
de
organização
completamente diferente, era onde se tinha a certeza de que a motivação da
economia se detinha somente através das industrias e com seu combustível,
as maquinas. Começou a crescer uma onda de busca por esse novo método
para gerar riquezas, e fazia derrubar a tese de que a riqueza só se tinha em
coisas tangíveis. Nessa perspectiva percebe-se que o bem cultural é algo
inesgotável, a criatividade não tem fronteiras, e isso tudo aliado aos métodos
projetuais do design fica ainda mais interessante. (ADORNO,1995, p.5)
3
Ao pesquisar a história, suas definições e suas vertentes das industrias
criativas, o pesquisador escolhe uma vertente pouco disseminada nos livros e
nos demais artigo, que seria o detalhamento de como as industrias culturais
mantinham uma massa como refém de seus produtos. Também é objetivo do
referente artigo explanar sobre o papel do design no ambiente corporativo
sendo fundamental para as industrias criativas, mas sem esquecer que o
mesmo deve produzir produtos de caráter sustentável.
Para melhor entendimento sobre o assunto, o autor conduz o leitor as
origens das industrias culturais, explicando sua forma de atuação na sociedade
e explicando que no inicio nada era belo. Mas como tudo na vida sofre
mutações, essa indústria com o tempo passa a mostrar sua positividade e se
coloca como possível solução para a degradada forma linear e de valores
tangíveis da economia. Com a metodologia do design, passa a ganha mais
força e dar as empresas mais competitividade e dar novos valores aos
produtos criados.
O QUE É INDÚSTRIA CULTURAL
O termo indústria criativa reflete um tipo de capitalismo liberal, apesar de
nossos avanços tecnológicos, existe um grande desafio para a sociedade pois
apesar de tudo, ainda é fácil perceber a desigualdade social o desemprego.
Essa desigualdade é o abismo entre uma maioria e a minoria causa um
verdadeiro paradoxo para o desenvolvimento econômico e cultural. A pobreza
não é o maior problema para países em desenvolvimento mas sim o desafio de
sair de um circulo em que se coloca em xeque a sustentabilidade.
Com a globalização as mudanças sociais são inevitáveis e transforma a
nossa forma e padrões de consumo e cultura. Nessa perspectiva de drásticas
mudanças a criatividade e a cultura de uma nação ou determinado grupo de
pessoas passa a ter valores inestimáveis. Essa foi a
nova característica
4
encontrada para ganhos e desenvolvimento rápido. Através seminários, fóruns
as organizações buscam a tudo custo uma rápida definição para as industrias
criativas, tendo uma certeza que a energia para alavancar essa nova forma
seria a dinâmica da criatividade.
Não existe hoje um único conceito formal para o termo indústria criativa
ou economia criativa, o termo indústria criativa foi citado pela primeira vez no
livro de Howkins, que em 2001 tentou fazer um paralelo entre a criatividade e a
economia, nele foi considerado dois tipos de criatividade, o primeiro é
universal, características do homem para com toda a sua cultura e sociedade,
a segunda é mais nas sociedades industriais, são os valores dados aos
produtos inovadores a ciência e a tecnologia. Em 2002, foi apresentada o
primeiro conceito de classe criativa, que inclui pessoas das áreas da ciência,
engenharia, arquitetura, educação, arte, musica, entretenimento e do design, e
sua meta principal era gerar novas ideias, novas tecnologias e claro buscar um
produto inovador e criativo. Essa classe criativa não nomeava características
empresariais, pois sendo músicos ou engenheiros designers ou cientistas, o
que importava mesmo seria a sua capacidade individual de criatividade e
valorizar a diferença.
A realidade dos fatos é que por motivos óbvios, nota-se uma certa
dificuldade em definir no sentido amplo da palavra as industrias culturais. Ana
Fonseca Reis sócia-diretora da Garimpo Soluções, apresenta uma breve
introdução do que as industrias criativas representam e diz:
São setores da economia que baseado na criatividade individual e na
capacidade de diferenciação com suas vias de regras, o Folclore,
artesanato, artes ou seja, o que for de mais anímico para uma
sociedade, isso expande para as industrias culturais e abrange para
aquelas que tem como principal combustível as informações culturais
para devolver funcionalidade, algumas delas seria a moda, design,
propaganda, arquitetura, entre outras, esse conjunto de industrias
damos
o
nome
de
indústria
criativa.
(http://www.youtube.com/watch?v=aK4xVvSHDYs)
5
A indústria criativa acaba causando uma reação nos demais setores da
economia, a exemplo disso pode-se citar a indústria têxtil para a moda, a
indústria gráfica para o design.
Em 2010, a FILE Symposium promoveu uma mesa de debates, onde
reuniu grandes pensadores e entusiastas das industrias criativas, no evento
estava Lala Deheinzelin (especialista em linguagens artísticas aplicadas no
universo empresarial e cultural como estratégia de desenvolvimento), Liliane
Magalhaes (Gestora da Área de Cultura do Grupo Santander), Luciane
Gurgulho (Líder do Departamento de Arte e Cultura do BNDES) e Maria Arlete
(Diretora de Cultura do Oi Futuro), nesta ocasião discutiu-se o tema Economia
Criativa, Fomento e Tecnologias.
Lala Deheinzelin, apresenta que as industrias criativas tem uma
importância tamanha, que no futuro quando historiadores necessitarem buscar
os contextos históricos atuais, as industrias culturais serão de maior relevância
até mesmo do que o renascimento, por exemplo. Sendo uma passagem de
milênios onde a vida se organizava a dar valor a tudo que é material e tangível,
agora encontra-se algo mais sublime e inesgotável, coloca-se através das
indústrias culturais valores intelectuais, procurando valores intangíveis.
A sociedade tem em um modelo de economia linear onde os recursos
são finitos, isso é indefinido e com falhas enormes, então é necessário dar
dinamismo na economia, entender que os recursos que se tem hoje é finito e
as industrias culturais deve ser usada neste contexto, e com criatividade gerar
na economia valores
infinitos, isso se falar de cultura, conhecimento e
criatividade. É um novo modelo, uma nova forma de pensamento, considerada
a grande estratégia de desenvolvimento do século XXI por trabalhar com
instrumentos que não esgotam e sempre se renovam e multiplica-se quando
aplicados.
O quadro abaixo mostra uma sequencia de tentativas para assim definir
de forma mais conceitual as industrias criativas.
6
FIGURA 1: Industrias Criativas: definicao, limites e possibilidades
FONTE: – PEDRO; THOMAZ; CHARLES; MIGUEL,2008,p.3
Analisando os autores é fácil perceber uma coisa em comum entre as
declarações e na tentativa de definir as industrias culturais, que é a promoção
cultura e criatividade de um determinado grupo de pessoas e assim fazer girar
uma enorme roda-gigante, a economia, tomando como principal combustível a
cultura. O pesquisador não entrará no mérito em discutir o modo da economia
capitalista e seus prós e contras em uma sociedade. Se limitará em não deixar
esquecer apenas a responsabilidade em usar as industrias criativas para
melhorar a qualidade de vida de uma nação, gerar emprego e ao mesmo
tempo conscientizar os lideres ligados a essas industrias a um interesse em
comum e com uma distribuição equilibrada.
7
O INICIO DAS INDUSTRIAS CULTURAIS
Em uma época onde se pregava a padronização as industrias culturais
atuavam como vilãs de uma sociedade refém das teorias do iluminismo, onde o
que se vê é um ar de semelhança na cultura moderna. A cultura
contemporânea a tudo confere um ar de semelhança. Filmes, rádios e
semanários constituem um sistema. Cada setor se harmoniza em si e todos
entre si.
Há uma pequena diferença entre os países autoritários e nos outros nas
sedes administrativas de seus palácios e de suas exposições industriais. Os
mais ricos crescem enquanto outros são menos favorecidos em seus direitos
básicos como o de ter uma habitação higiênica, se torna refém do poder do
capitalismo. O rádio e o cinema são reduzidos a negócios que dão lucros e se
autodenominam indústrias onde o mais importante é vender seus produtos
deixando a arte em segundo plano.
O interesse no crescimento de capital monetário tenta colocar com
termos tecnológicos a indústria cultural promovendo a produção em massa,
produtos padronizados. A sociedade consegue se alienar através deste
comportamento repressivo feito por um círculo de manipulações que o fazem
usando as necessidades dos consumidores. (ADORNO,1995, p.6)
As rádios têm seus programas semelhantes, quase não se diferenciam
uns dos outros. E mesmos os clandestinos seguem a mesma linha, pois seus
detentores são os mais interessados pelo poder e na classe social
alta.(ADORNO,1995, p.6)
Os produtos são fabricados conforme estatística que determinam os que
têm maior, médio ou menor poder aquisitivo, assim cada um escolhe o seu tipo
de produto a consumir conforme sua classe. (ADORNO,1995,p. 7)
8
As pessoas não conseguem enxergar que estão sendo manipulados, o
sistema faz com que ele tenham a sensação de que seus anseios estão sendo
satisfeitos e isso já é planejado pela indústria cultural. O cinema, rádio e
televisão são cíclicos, apenas derivados do que já existe. Prega-se um
positivismo lógico através das produções relacionando a vida real com o que é
produzido e impede que as pessoas pensem em algo a mais, parece perfeito
impedindo qualquer possibilidade de alteração e tudo isso é controlado pela
linguagem usada. A indústria criativa se reduziu a propaganda. Prega-se uma
falsa liberdade de escolhas, mas que espelha a pressão econômica, a
liberdade do tudo igual. (ADORNO,1995, p.10-11)
Hoje as industrias culturais são crescentes e de grande importância para
a economia, após grandes mudanças e com os valores renovados consegue
ser uma nova forma de expandir negócios no âmbito social e cultural de forma
menos hostil. Além dessa ligação e as politicas de desenvolvimento também se
pode associar a transformação de valores sociais e culturais conhecido como
virada cultural, que é a combinação da busca da sociedade pelo conhecimento
e a transição de valores materialistas para o pós-materialistas.
A passagem da sociedade industrial para pós-industrial motiva a busca
pelo conhecimento, pois o valor intelectual é destacado sobre a visão de
intenso trabalho e produção em massa. Remete também uma supervalorização
do individuo refletido através de valores, preferências pessoais, estilo de vida e
trabalho.
Os indivíduos não estão mais interessados em padrões. Trabalhar anos
e anos para ter um bem, consumir produtos padronizados, submeter-se a
autoridade resignado não faz mais parte de seu interesse, pois seu desejo é de
ter poder de escolha e controlar sua vida como queira. E a partir desse desejo
ocorre a transição de uma sociedade materialista que se contenta com a
satisfação de suas necessidades básicas para uma sociedade pós-materialista
onde a busca do individuo é a qualidade de vida, o intelecto, a estética e
autonomia em tomada de decisão.
9
O tema indústria cultural está sendo bastante explorado no ambiente
organizacional mesmo assim não se tem muita informação no âmbito literal. As
informações
são
dispersas
e
fragmentadas.(BENDASSOLLI;
WOOD;
KIRSCHBAUM; CUNHA; p.11)
A INDUSTRIA CULTURAL E SUA INFLUENCIA NO BRASIL
A Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento
(Unctad,2007) exclama que a indústria criativa tem o potencial para
desenvolver o crescimento econômico, a geração de empregos e os ganhos na
exportação e com o mesmo vigor promover a inclusão social, a cultura e o
desenvolvimento humano.
As discursões sobre a indústria cultural no Brasil tem inicio em 2004,
com a realização do encontro quadrienal da Unctad que ocorreu em São Paulo.
O então Ministro da Cultura, Gilberto Gil percebeu com o desdobramento do
evento uma grande possibilidade de crescimento e com um defesa
entusiasmada
em prol da diversidade brasileira como combustível da
criatividade no país.
Estamos conscientes de que a maior garantia das vantagens mútuas
que possamos ter advém da natureza da matéria prima que está em
jogo: a criatividade das pessoas, comunidades e povos do mundo, a
essência do nosso patrimônio imaterial, expressando-se a partir do
precioso lastro da nossa diversidade cultural. (GIL, 2011, não
paginado)
Neste mesmo entusiasmo foi em 2005 que o Ministro Gilberto Gil e com
a liderança do embaixador Rubens Ricupero, então Secretário-Geral da
Unctad, fez acontecer o Fórum Internacional de industrias Criativas em
Salvador. Neste fórum o ministro ratificou a importância de um Centro
10
Internacional das Industrias Criativas, com a missão de construir um banco de
conhecimentos e com atividades e apresentar novos programas sobre o tema.
Em 2006, a cidade do Rio de Janeiro foi palco para três dias de
discursões acerca do seguimento das industrias culturais no país com Fórum
Cultural Mundial. Em 2007 o Ceará (por iniciativa privada), São Paulo(
lideradas pelas secretarias da cultura e de desenvolvimento) e no Espírito
Santo (realizada por fusão entre o Sebrae e a Secretaria da Cultura) foi visto o
resultado das inúmeras tentativas de fomentar o conceito de industrias
culturais.
CIDADES CRIATIVAS
As industrias culturais despertam tanto das instituições privadas quanto
governamentais, o desejo de fazer crescer cidades criativas. Sendo em 2007
um dos primeiros passos de algumas cidades com o intuito de fazer mover a
economia através das industrias culturais, cidades já citadas acima como por
exemplo.
As cidades criativas são cidades que buscam dentro de suas
dependências sociais soluções para seus problemas econômicos. São cidades
que encontram dentro de sua realidade socioeconômico em geral um produto
cultural singular, especifico.
Uma das deficiências mais gritantes para alavancar e disseminar as
industrias culturais no país é a falta de estatísticas e pesquisas. Com os
números se tem uma forma mais concreta para realizar melhores investimentos
e sair da ideia de ideal para o real. O que se tem muito são dados isolados e
de setores específicos como por exemplo a moda e softwares, feitos através de
setores privados.
11
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), órgão internacional define que mesmo com dados das
pesquisas defasados, tem por base os valores declarados na alfândega dos
países, que os serviços relacionados das industrias culturais é válido, e que de
uma forma geral não se distancia da realidade.
As industrias criativas hoje buscam e representam cada vez mais uma
lucratividade “infinita”, isso é bem possível quando fala-se do intelecto e poder
de criatividade humana, nessa perspectiva a indústria criativa é responsável
por milhares de empregos diretos e indiretos e uma fatia considerável no PIB,
segundo a ultima pesquisa da FIRJAN/2008 o numero de trabalhadores no
setor cresceu 21,8% para trabalhadores formais com salários acima da media
nacional, a renda é 42% a cima também da média nacional, media é de R$
1.600 mensais contra R$1.170 mensais nos setores crescentes da indústria
criativa, e representa 17,8% do PIB do estado do Rio de Janeiro. Abaixo podese notar que o trabalhador do Rio de Janeiro das industrias criativas é mais
bem remunerado que os demais estados.
Figura 2
FIGURA 2. FONTE: A CADEIA INDUSTRIA CRIATIVA NO BRASIL
FONTE: FIRJAN/2008
12
As cidades criativas demonstram e de uma certa forma nos dá a certeza
que as industrias criativas podem sim modificar todo um contexto econômico.
No caso do Rio de Janeiro é notório a importância dada na produção interna
bruta do estado. Isso é mais fácil notar quando comparado ao PIB de outros
estados. Essa pesquisa se atenta apenas na parcela em que as industrias
culturais tem contribuído para um contexto geral.
FIGURA 3
FIGURA 3: A CADEIA INDUSTRIA CRIATIVA NO BRASIL
FONTE:FIRJAN/2008
O Rio de Janeiro sai na frente nesta corrida com a criação do Rio
Criativo. Órgão responsável a estimular e fomentar a cultura e a economia do
estado do Rio de Janeiro. A SECRJ (Secretaria de Estado da Cultura do Rio de
Janeiro) lançou as incubadoras, que seriam grandes centros de trabalhos
planejados para apoiar desenvolvimentos com um potencial inovador.
Pesquisas do Sebrae revelam que 80% dos empreendimentos não superam o
primeiro ano de atividades, mas quando esses empreendimentos passa pelas
13
incubadoras do Rio Criativo, recebem consultoria em diversas áreas e com isso
faz a inversão desses dados, 80% desses empreendimentos sobrevivem.
Na pesquisa da Fundação Getúlio Vargas em 2007, revela que 2,6% do
PIB do estado de São Paulo é gerado a partir de
serviços das industrias
criativas, e de uma forma geral as industrias criativas detêm de apenas 1% do
total do PIB paulista. Na geração de empregos o setor cultural fica com 2%
aproximadamente
das
pessoas
economicamente
ativas.
Dados
ainda
insatisfatórios comparados ao estado do Rio de Janeiro e comparados com o
tamanho de São Paulo.
INDUSTRIAS CRIATIVAS E O DESIGN
A maior preocupação dos lideres tanto em um contexto mundial quanto
nas limitações de nosso país se refere no investimento sem tecnologia e na
inovação tecnológica, mas essa preocupação não se refere no que é de mais
importante no âmbito do design, que é a criatividade na concepção do novo.
Em contra partida o relatório da UNCTAD (United Nations Conference
on Trade and Development) descreve o design como uma ferramenta
altamente funcional e geradora de renda, esse descrição vale mais para países
emergentes onde a tecnologia ainda não se consolidou com profundidade nos
mecanismos de inteligência.
O relatório de 2008 da UNCTAD descreve as industrias culturais,
setores dinâmicos e emergentes do comercio mundial. Entre 2000 e 2005 o
valor agregado a bens e serviços criativos atingiu a taxa média anual de 8,7%
e os produtos propriamente ditos como criativos foram avaliados em US $
424,4 bilhões isso em 2005, superando em 53,55% no ano de 1996.
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Assim como o combustível primordial para as industrias criativas é a
criatividade singular de cada um, o design com seu formato vem se integrando
facilmente. O design tem como saída de seus produtos a satisfação do cliente
e visando o crescimento econômico da empresa, unindo de uma forma
inovadora
cinco
principais
pilares
do
setor:
performance,
qualidade,
durabilidade, aparência e custo.
Ao definir a importância do design nas industrias criativas, percebe-se o
design estratégico nas empresas, visando a satisfação a interação do cliente
com o produto adquirido. Nesta concepção de que o design é uma peca que se
encaixa de forma singular nos conceitos e na essência no que representa as
industrias criativas, é fácil imaginar no poder que o design pode dar a
economia.
Na Noruega, 63% das empresas que se utilizam da metodologia do
design para dirigir os seus negócios tem melhor desempenho e recebem mais
benefícios e seu crescimento é maior nos últimos 4 anos. No Reino Unido a
Design
Council
efetuou
uma
pesquisa
onde
metade
das empresas
entrevistadas utilizava-se dos métodos projetais de design viram suas seu
faturamento, seu rendimento e suas vendas alavancarem de forma
impressionante. Já na Espanha 40% dos lideres e gerentes das empresas
entrevistadas, acreditam que o design tem um valor positivo nas vendas.
(LEMOS; CANELLAS, p.4)
A Confederação Nacional das Industrias, em seu relatório de 1996
mostra que o design é peça fundamental para um chave para competitividade
para o Brasil, o relatório também aponta como estratégia de negocio a
observância de
dois pontos: a inserção do país no mercado mundial e o
crescimento das exportações. Nessa mesma linha de metodologia a pesquisa
apontou que 500 empresas entrevistadas no Brasil, 75% delas utilizando
design melhoram suas vendas e seu poder de competitividade e 41% delas
reduziram seus custos de produção. (LEMOS; CANELLAS, p.4)
15
Jack Welch, CEO da General Electric refere-se ao design como a
contribuição econômica mais importante dos novos empreendedores,
destacando que a agilidade na implementação é um fator crucial. A
suposição da operação é que alguém, em algum lugar, teve uma
idéia melhor; a solução imediata é descobrir quem teve essa idéia
melhor, aprendê-la e colocá-la em ação. (LEMOS; CANELLAS, p.4)
O que deve ser feito para fomentar a ideia que o design estratégico é
uma boa solução para as empresas, é encarar o design como ferramenta de
negocio e gerar produtos mais atrativos e transformar seus produtos mais
competitivos e com isso fidelizar através de valores agregados ao produto os
seus clientes.
CONCLUSAO
No passado as industrias criativas eram utilizadas de forma mais voraz
para manipular toda massa. Com ideais iluministas o que se via era tudo dentro
de graves padrões que atrofiava a criatividade e a cultura. Com o passar do
tempo novas formas de pensar sobre o conceito de indústrias culturais
modificaram toda essa estrutura onde só um ganha enquanto muitos olhavam
e trabalhavam anos e anos para no final de tudo não ter nada.
A pesquisa bibliográfica feita para melhor entender a evolução dessas
industrias foi evoluindo para um novo desafio, dar dinamismo a economia e
evolução tecnológica com consciência a sustentabilidade e usar as industrias
criativas para o despertar dessa nova consciência ambiental.
No design, essas industrias descobriram uma ferramenta fundamental e
favorável para o crescimento de produtos diversificados para vários gostos que
dá maior impulso na indústria que prega a criatividade como principal valor.
Usar então a metodologia do design e com um conceito de design estratégico
para a evolução de empresas não é difícil de imaginar um atalho para
cominhos infinitos que as industrias criativas.
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