Cap. 4.1- 4.4. Modelo AS-AD

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Preços variáveis: o modelo AS-AD
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Introdução
• Economia fechada (ou, pelo menos, X e Q exógenas)
• Variáveis endógenas (fundamentais) do modelo: Y, P (e i)
• Instrumentos de política macroeconómica:
• política monetária: M
• política orçamental: G, R e t
• Nota: figuras retiradas de Macroeconomics, Robert Gordon,
Addison-Wesley, 10ª edição, 2005
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Procura e Oferta Agregada
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Procura agregada
• Conjunto de combinações (Y,P) que asseguram o equilíbrio no
MBS e no MM/MT
• Inclinação negativa: Y e P variam em sentidos opostos para se
manter o equilíbrio simultâneo nestes mercados
• Posição depende dos elementos exógenos relativos à curva IS
(G, R, confiança dos investidores, etc.) e à curva LM (M)
• o aumento (diminuição) de algum destes elementos provoca
a deslocação para a direita (esquerda) da curva AD
• Pontos situados à esquerda (direita) da curva AD traduzem
excesso de procura (oferta) de bens e serviços
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Oferta agregada de curto prazo
• Conjunto de combinações (Y,P) que assegura a maximização
dos lucros para as empresas, considerando um dado salário
nominal (W)
• evidencia o volume de produto que as empresas estão
dispostas a realizar para cada nível de preços
• Inclinação positiva:
• para um dado nível de salário nominal, sendo a PMgN
decrescente e necessário mais N para aumentar Y, só um
maior nível de preços (descida dos salários reais) torna um
aumento de produção lucrativo para as empresas
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Oferta agregada de curto prazo
• Posição depende do salário nominal (W) e dos factores que
condicionam a PMgN
• uma diminuição do salário nominal ou um aumento da
PMgN (decorrente de maior uso de K ou de progresso
tecnológico) deslocam a curva AScp para a direita
• Pontos à direita (esquerda) da curva indicam uma situação de
excesso (“insuficiência”) de produção por parte das empresas
• as empresas podem elevar os seus lucros, alterando a
quantidade de produto oferecido
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Salário real de equilíbrio e salário
nominal em cada período
• Uma subida do salário nominal W
• provoca uma deslocação para a esquerda da curva AScp e,
necessariamente, um novo ponto de equilíbrio na economia
• não provoca alterações em Y (e N) se for acompanhada por
igual variação do nível de preços
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Salário real de equilíbrio
e salário nominal em cada período
•A variável relevante para entender o comportamento da oferta
agregada é, pois, o salário real (w = W/P)
• o salário real de equilíbrio é determinado no mercado de
trabalho, pela interacção entre a oferta e a procura de trabalho
• para esse nível de salário real, não há pressões para a
alteração de w (e de N), o mesmo não ocorrendo para outros
pontos (como C, gráfico seguinte)
• o salário nominal (W) é fixado para um determinado
período de tempo, pelo que alterações de P provocam
movimentos no salário real, que levarão a renegociação de w
no(s) período(s) seguinte(s)
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Equilíbrio e
Efeitos de Política Macroeconómica
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Efeitos de política macroeconómica
• No curto prazo, os efeitos reais de uma expansão orçamental
ou de uma expansão monetária são menos intensos que numa
situação de preços fixos:
• o aumento da produção resultante da elevação de G ou de M
só se concretiza a par de um aumento de P
• o aumento de P faz diminuir M/P e, como tal, aumentar
mais i no caso da expansão orçamental (=> “crowding-out”
mais acentuado) ou diminuir menos i no caso da expansão
monetária (=> menor efeito positivo sobre I)
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Efeitos de política macroeconómica
• No médio prazo, verifica-se um processo de ajustamento
progressivo, enquanto Y for diferente de YN:
• no caso de uma política expansionista, a subida de P provoca uma
diminuição do salário real
• no período seguinte, os trabalhadores exigirão a reposição do poder de
compra, levando W a aumentar
• para produzir as mesmas quantidades, as empresas exigirão preços mais
elevados para os bens e serviços (AScp desloca-se para a esquerda)
• o processo ocorre até que Y= YN
• ou seja, até que o salário real retome o valor que equilibra o mercado de
trabalho
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Efeitos de política macroeconómica
• No longo prazo, AS é vertical
• não há efeitos reais da expansão orçamental ou monetária,
apenas aumento do nível geral de preços
• as variáveis reais da economia mantêm o seu valor, apenas se
alteram as variáveis nominais
•no caso da política monetária expansionista, a variação relativa de P
é igual à variação relativa de M (neutralidade da moeda)
• só neste caso é que o mercado de trabalho se encontra em
equilíbrio, ao nível do salário real de equilíbrio
• durante o processo de ajustamento, há sobre-emprego ou
desemprego
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O Processo de Ajustamento:
Reequilíbrio Automático ou Falhas?
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Ajustamento e falhas de ajustamento
• O reequilíbrio “automático”
• escola clássica / neoclássica
• a existência de flexibilidade de salários e preços garante a rápida
absorção de choques na procura agregada
• a variação do nível de preços como “remédio” para os choques na
procura: deflação para choques negativos; inflação para choques positivos
• intervenção do Estado em termos de política de estabilização
desnecessária (ou mesmo indesejável)
• caso exista desemprego, o problema estará em deficiências ao nível da
flexibilidade do mercado de trabalho e não em insuficiência da procura
agregada
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Ajustamento e falhas de ajustamento
• A perspectiva “keynesiana”
• existem situações em que o reequilíbrio não é automático, verificandose desemprego persistente (ex. “grande depressão”):
• impotência do ajustamento monetário (curva AD vertical), face à
baixa confiança de consumidores e investidores
• o “efeito Pigou” como contra-argumento
• rigidez dos salários nominais
• nestas situações, só a intervenção do Estado, através de estímulos
orçamentais suficientes, pode reconduzir Y ao nível do produto potencial
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Ajustamento e falhas de ajustamento
• Outros efeitos “não favoráveis” da deflação
• “efeito das expectativas” => adiamento de aquisições de
bens e serviços no caso de expectativa de continuada descida
de P
• “efeito redistribuição” => aumento do valor real das dívidas
provoca redistribuição do rendimento dos devedores para os
credores no caso de deflação uniforme e não esperada
• Estes dois tipos de efeitos podem determinar a não verificação
do reequilíbrio automático mesmo verificando-se os efeitos
Keynes e Pigou.
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