Programa de História e Teoria Antropológica II

Programa de História e Teoria Antropológicas II
Professora Roberta Campos
Objetivo: conhecer e discutir criticamente a construção do conhecimento antropológico
com ênfase na literatura moderna e contemporânea.
Avaliação: acordada em sala.
1a aula:
Apresentação do programa e discussão da bibliografia.
Planejamentos dos seminários.
Estrutura, símbolos e significados.
2ª aula: Claude Lévi-Strauss
Textos base: A estrutura dos Mitos, Noção de estrutura (in Lévi-Strauss, C.
Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 1996) e Mito e Significado
(in Lévi-Strauss, Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1976).
Textos para discussão:
Sturrock, John. Introduction in Sturrock (ed) Structuralism ans since, Lévi-Strauss to
Derrida. Oxford: Oxford University Press, 1979, p.1-18.
Sperber, Dan. Claude Lévi-Strauss, idem, p. 19-51.
Viveiros de Castro, E. Xamanismo Transversal. Lévi-Strauss e a cosmopolítica
amazônica in Queiroz e Nobre (ogs), Lévi-Strauss, leituras brasileiras. Belo Horizonte:
Ed. UFMG, 79-124.
3ª aula:
Mary Douglas
(livro pré-requisito: Pureza e Perigo (Introdução e capítulo VII perigos
)
Goods as a system of communication in The active voice. London: Routledge, 1982,
p.16-33.
Deciphyring a Meal in Implicit Meanigs. London: Routledge, 1975, p.249-275.
4a ula
Victor Turner:
(livro pré-requisito O processo Ritual)
Texto para discussão: Turner, V. Apresentação e Dramas sociais e metáforas rituais in
Dramas, Campos e Metáforas. Rio de Janeiro:EdUFF, 2008, p 11-53.
5ª Aula
Leach, Edmund. sistemas Políticos da Alta Birmânia, São Paulo: Edusp, 1996. p. 20-40,
93-121, 307-336).
Texto de apoio: Roberto Da Matta , introdução da coleção Grandes Cientistas Sociais:
Edmund Leach; Stanley Tambiah, Leach and Lévi-Strauss; similarities and differences
in Edmund Leach. Cambridge: Cambridge University Press.
6ª aula:
Louis Dumont
Introdução in Homo Hierarchicus, São Paulo: EDUSP, 1997, p.49-68.
O valor nos modernos e nos outros in O individualismo. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p.
237-280.
Hermenêutica e interpretativismo
7ª aula:
RICOEUR, Paul. “Hermenêutica e estruturalismo”. In: RICOEUR, Paul. O conflito das
interpretações. Ensaios de hermenêutica. Rio de Janeiro, Imago, 1978, p. 27-83.
Geertz, Clifford. Uma Descrição Densa: por uma teoria interpretativa da cultura. Rio de
Janeiro: Zahar, p. 13-44;
Texto de apoio: George Marcus.2011. Geertz`legacyBeyond the Modes of Cultural
Analysis of His Time: speculatives notes and queries in remenbrance in Jeffrey
Alexander et all (eds) Interpreting Clifford Geertz, New York: Palgrave Macmillan .
Etnografia e Narrativa
Textos referência: CLIFFORD, James. “Sobre a autoridade etnográfica”. In:
GONÇALVES, José Reginaldo S. (Org.). A experiência etnográfica: antropologia e
literatura no século XX. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 1998, p. 17-16.
8ª aula:
STRATHERN, Marilyn. Out of context: the persuasive fictions in Anthropology.
Current Anthropology, v. 28, n. 3, p. 251-281.
CLIFFORD, James. “Introducción: verdades parciales”. In: CLIFFORD, James y
MARCUS, George E. (Eds.). Retoricas de la antropologia. Madrid, Ediciones Júcar,
1991, p. 25-60.
BRUNER, Edward M. “Ethnography as narrative”. In: TURNER, Victor W. e
BRUNER, Edward M (Eds.). The Anthropology of experience. Urbana and Chicago,
University of Illinois Press, 1986, p. 139-155.
CABRAL, João de Pina. Semelhança e verossimilhança: horizontes da narrativa
etnográfica. Mana. 2003, vol. 9, no. 1, pp. 109-122. ISSN 0104-9313. (texto não
obrigatório, de apoio)
Estrutura, Prática, Agência e Poder
9ª aula: ORTNER, Sherry. “Uma atualização da Teoria da Prática” e “Poder e Projetos:
Reflexões sobre a Agência”. In: GROSSI, Miriam; ECKERT, Cornelia e FRY, Peter.
Conferências e diálogos: saberes e práticas antropológicas. Blumenau, Nova
Letra/ABA, 2007, p. 19-80.
___________. Teoria na antropologia desde os anos 60. Rio de Janeiro: Mana 17(2):
419-466, 2011.
Z. Bauman. Culture as Práxis. London: Sage, 1999 ( capítulos a indicar)
10ª aula: SAHLINS, Marshall. “Introdução” e “Estrutura e história”. In: _____. Ilhas de
História. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1987, p. 7-21 e172-194.
SAHLINS, Marshall. “O retorno do evento, outra vez”. In: _____. Cultura na prática,
Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004, p. 317-377.
SAHLINS, Marshall. Two or three things that I know about culture. The Journal of the
Royal Anthropological Institute, v. 5, n.3, set 1999, p. 399-421.
Cultura e Sociedade
11ª aula:
WOLF, Eric. “Inventando a sociedade”. In: FELDMAN-BIANCO, Bela e LINS
RIBEIRO, Gustavo. Antropologia e poder. Brasília/Campinas, Ed. UnB/Unicamp,
2003, p. 307-324.
WAGNER, Roy. The invention of culture. Chicago: The University of Chicago Press,
1981. 168 p. (tem em português pela Cosac Naif, introdução até (inclusive) cap.2)
Maluf, Sonia. A antropologia reversa e “nós”: alteridade e diferença. Ilha, vol.12, n.1,
Head, Scott. Reinventando a roda: inversões e reversões de uma antropologia do sujeito.
Idem.
12ª e 13ª aula Indivíduo e Sociedade
Douglas, Mary. Como as instituições pensam. São Paulo: EDUSP, 1998.( p.15-54)
ELIAS, Norbert. “A sociedade dos indivíduos (1939)” e “Mudanças na balança nós-eu
(1987)”. In: ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar
Ed., 1994, p. 11-79 e 127-193.
13ª aula:
Sthratern, Marilyn. Parts and Wholes: refiguring relationships in a post-plural world In
Adam Kuper (ed) Conceptualizing society.
Overing, Joanna. Elogio do cotidiano: a confiança e a arte da vida social em uma
comunidade amazônica. Mana [online]. 1999, vol. 5, no. 1 [citado 2009-03-06], pp. 81107.
Natureza e Cultura
14ª aula
Latour, Bruno. Nunca fomos Modernos.
Descola, P. Societies of nature and the nature of society. In Adam Kuper (ed)
Conceptualizing Societies. London: Routledge.
Viveiros de Castro, Eduardo. “Perspectivismo e multinaturalismo na América
indígena”. In: _____. A inconstância da alma selvagem – e outros ensaios de
antropologia. São Paulo, Cosacnaify, 2002, p. 347
15a aula
Ingold, Tim. The Perceptions of Environment. Routledge: London ( Introduction to Part
I, Chapter one).
Csordas, Thomas. “A Corporeidade como um Paradigma para a Antropologia”. In:
CSORDAS, Thomas. Corpo/Significado/Cura. Porto Alegre, Editora da UFRGS, 2008,
p. 101-146.