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A INDEPENDÊNCIA DA
COLÔNIAS
AMERICANAS DA
ESPAPANHA
Natania A. Silva Nogueira
[email protected]
www.historiadoensino.blogspot.com
A Guerra da sucessão e as
reformas bourbônicas
 A guerra da sucessão foi a disputa pelo trono espanhol
entre Felipe V (Bourbon) e Carlos II (Habsburgo), ocorrida
no século XVIII, que terminou com a vitória de Felipe II,
que assumiu o trono espanhol.
 Seus filhos realizaram uma série de mudanças com o
objetivo de modernizar a administração e a economia.
 Tais medidas eram inspiradas em ideias iluministas mas,
da mesma forma que ocorreu em Portugal, elas
fortaleciam o Estado e o poder do rei.
 Os Bourbons permaneceram no poder até a invasão de
Napoleão.
Felipe V
 As reformas bourbônicas não agradaram a
todos.
 A Espanha tinha muitas dívidas com a
Inglaterra e a França, pois importava produtos,
já que seu desenvolvimento industrial ainda
era atrasado.
 Para contornar a situação, a Coroa espanhola,
aumentou os impostos e restringiu ainda mais
o comércio colonial.
 Tais medidas desagradaram os colonos, em
especial os criollos. Além dessas restrições
econômicas, os criollos também eram
proibidos de tomar decisões políticas, pois o
controle estava nas mãos dos Chapetones.
 A independência da
América espanhola está
relacionada com:
- A independência das
colônias inglesas na
América do Norte.
- A Revolução Industrial.
- O Iluminismo
- A Revolução Francesa.
Napoleão ajudou, mesmo
sem querer
 O processo da independência da América
Hispânica está diretamente relacionado
com a deposição de Fernando VII em 1808,
quando as tropas francesas ocuparam a
Espanha.
 Napoleão Bonaparte nomeia seu irmão,
José Bonaparte, como o novo rei da
Espanha, desencadeando uma forte reação
nas colônias, que passaram a formar as
Juntas
Governativas
- com caráter
separatistas e lideradas pelos criollos.
Fernando VII
José Bonaparte
 Antes dos movimentos separatistas ocorreram
revoltas coloniais contra o domínio espanhol,
destacando-se a revolta dos índios do Peru,
liderados por Tupac Amaru.
A independência do México
 A primeira tentativa de emancipação ocorreu no
México, em 1810, sob a liderança do padre Miguel
Hidalgo.
 Hidalgo era estudioso do Iluminismo e defensor das
causas dos grupos explorados, por isso contava
com a admiração de indígenas e mestiços.
 Em 16 de setembro de 1810, Hidalgo convocou as
massas populares para lutar contra o domínio
espanhol. Esse episódio passou à história como o
Grito de Dolores, marcou o início da luta pela
Independência do México e transformou Miguel
Hidalgo y Costilla no primeiro líder desse processo, à
frente de milhares de indígenas e mestiços.
 A revolta não recebeu apoio dos criollos, que
temiam que fossem realizadas grandes reformas
sociais.
Miguel Hidalgo y Costilla
 No ano de 1821, o General Augustin
Itúrbide proclama a independência do
México.
 Em 24 de fevereiro de 1821, Iturbide
promulgou o Plano de Iguala, declarou a
independência Setentrional (México).
 Após a proclamação da independência,
ele prosseguiu com a criação do "México
Imperial. "
A
independência
do
México
foi
consumada após a entrada de Iturbide na
Cidade do México, no comando de suas
tropas, em 27 de setembro de 1821.
 Mas o Império Mexicano teve vida curta. O
governo de Iturbide durou até 1823,
quando ele foi deposto e foi proclamada a
República.
Augustin Itúrbide
A Independência do Haiti
 Este foi um caso único na América.
 Em 1791, uma mobilização composta por escravos,
mulatos e ex-escravos se uniu com o objetivo de dar
fim ao domínio exercido pela ínfima elite branca que
controlava os poderes e instituições políticas do local.
 Sob a atuação do líder negro Toussaint Louverture, os
escravos conseguiram tomar a colônia e extinguir a
ordem vigente
 Mas as lutas não terminariam aí.
 O reconhecimento da independência daquele país
só aconteceria no ano de 1825, quando o governo
francês recebeu uma indenização de 150 milhões de
francos.
 A notícia da independência no Haiti inspirou a revolta
de escravos em diferentes regiões do continente
americano.
Independências na América
Centra e América do Sul
 A partir de 1823, as colônias da América Central
proclamarem a independência, surgindo as Províncias
Unidas da América Central, que fragmentou-se em
diversas Repúblicas.
 No ano de 1818, sob a liderança de Símon Bolívar surge a
Grã- Colombia, que em 1830 se separam, formando a
Colômbia e a Venezuela.
 Em 1822 é proclamada a independência do Equador.
 Bernardo O'Higgins liberta o Chile, com a ajuda de San
Martín, no ano de 1817; San Martin e Bolívar libertam o
Peru em 1821; em 1825 foi a vez da Bolívia, sob o
comando de Sucre.
 Na região do Prata o grande libertador foi San Martín
(Argentina, 1816; Paraguai 1811 e Uruguai em 1828).
Características gerais dos movimentos de
independência das colônias espanholas
 O processo de independência contou com forte
participação popular e com o apoio da Inglaterra,
interessada em ampliar seu mercado consumidor.
 Grande fragmentação territorial, em virtude do
choque entre os diversos interesses das elites
coloniais.
 A independência não rompeu com os laços de
dependência em relação às potências europeias.
 As novas nações continuavam a ser exportadoras de
matérias-primas
e
importadoras
de
produtos
manufaturados.
 Os novos dirigentes excluíram qualquer forma de
participação popular nas decisões políticas.
 Síión Bolívar defendia a unidade política interamericana
(Bolivarismo), que contou com a oposição da Inglaterra e
dos Estados Unidos.
 Estados Unidos: desejava a fragmentação política para a
consolidação norte-americana sobre a região ( Doutrina
Monroe)
 A Inglaterra: a fragmentação consolidaria sua hegemonia
econômica. Ou seja, dividir para melhor controlar.
 O principal fenômeno político destas novas
americanas foi o surgimento do caudilhismo.
nações
O Caudilhismo
 O caudilho era um chefe político local, grande
proprietário de terra ou militar e que procurava
manter as mesmas estruturas sociais e
econômicas herdadas do período colonial.
 O caudilhismo contribuiu para a fragmentação
política e territorial da América Hispânica.
 Outros fatores para a fragmentação: ausência de
vínculos econômicos entre as colônias e
atividades econômicas voltadas para atenderem
as exigências do mercado externo.
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