AULA Urgências Cardiológicas em Pediatria

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Emergências Cardiológicas em Pediatria
1988
Prof. Dr. Rossano César Bonatto
Disciplina de Cardiologia Pediátrica - FMB - UNESP
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica - HC - FMB - UNESP
Insuficiência Cardíaca
Arritmias Cardíacas
Crises Hipoxêmicas
Período Neonatal
RN com baixo débito
RN cianótico
Período Neonatal
RN Cardiopata
Maioria dos casos
Determinar a condição hemodinâmica
Deterioração clínica relacionada
ao fechamento do canal arterial
Canal arterial

Mistura fluxo sang. pulmonar e sistêmico

Suprimento fluxo sang. pulmonar

Manutenção do fluxo sang. sistêmico
RN
CIANÓTICO
RN COM BAIXO
DÉBITO
RN CIANÓTICO
Diagnóstico
 Cianose diferencial  pré e pós-ductal
 Teste de hiperoxia  administração de FiO2 de 100%
 PaO2 > 250 mmHg  Afasta a possibilidade de cardiopatia
congênita cianótica crítica
 PaO2 < 100 mmHg  Cardiopatia congênita cianótica
 PaO2 entre 100 e 250 mmHg  Cardiopatia congênita cianótica
com mistura intracardíaca e hiperfluxo pulmonar (Ex. SCEH)
 Ausência documentada de doença pulmonar
RN CIANÓTICO
Conduta
 Prostaglandina E1
Dose inicial de 0,1 mg/Kg/min., e a seguir 0,05 mg/Kg/min.
Efeitos colaterais: apnéia central (10 %) e hipertermia
 Oxigênio  FiO2  0,4
 Intubação e Ventilação Mecânica
PEEP baixa
Exceção
DATVP (PEEP = 6 a 8 cm H2O)
 Manter Hematócrito > 45 % (Hb > 15 g/dl)
 Controle hidro-eletrolítico e ácido-básico
RN COM BAIXO DÉBITO
Diagnóstico

Choque nas 3 primeiras semanas de vida

Etiologia não determinada

Cardiopatias congênitas obstrutivas do VE
RN COM BAIXO DÉBITO

Conduta
Prostaglandina E1
Dose inicial de 0,1 mg/Kg/min., e a seguir 0,05 mg/Kg/min.
Efeitos colaterais: apnéia central (10 %) e hipertermia

Intubação e Ventilação Mecânica
Oxigênio
CUIDADO (efeito vasodilatador pulmonar)
PEEP inicial de 6 a 8 cm H2O


Diurético: Furosemide
Inotrópico: Adrenalina, Dobuta, Dopamina, Milrinone

Manter Hematócrito > 45 % (Hb > 15 g/dl)

Controle hidro-eletrolítico e ácido-básico
RN COM BAIXO DÉBITO
Conduta

Relação Qp/Qs = 1  Sat. O2 entre 75 e 80%

Relação Qp/Qs > 1  Sat. O2 > 85%
Aumentar a resistência pulmonar
Reduzir o fluxo pulmonar
Aumentar o shunt direito-esquerdo pelo canal arterial
Hipoventilação permissiva (pH = 7,25 a 7,30 e PaCO2 = 45 a 60)
Paralisação farmacológica (curarização)  FR baixas na VM
FiO2 = 0,21
Crise Hipoxêmica
Caracteriza-se:
Início abrupto
Acentuação de cianose pré-existente
Taquidispnéia (respiração acidótica)
Agitação psicomotora
flacidez, hipotonia, sonolência e coma
Resolução
Choque refratário
Duração: minutos a horas
Diferenciar de ICC
Crise Hipoxêmica
Origem
 Diminuição súbita do fluxo sangüíneo pulmonar
- Fechamento do canal arterial (RN)
 Aumento da obstrução da VSVD (infundibular)
- Tetralogia de Fallot
 Fluxo pulmonar fixo
- Ventrículo único + EP
- TGA + CIV + EP
- Atresia tricúspide + EP
Crise Hipoxêmica Desencadeantes e Fisiopatologia
Febre
Calor excessivo
Sedação
Esforço físico
Taquicardia
Digoxina
 Pressão arterial
sistêmica
Aumento do consumo
de O2
Espasmo
infundibular
Catecolaminas
Poliglobulia
Anemia
 Shunt D-E
 PaO2
 pH
Aumento da resistência
ao fluxo tecidual
 Resistência
vascular pulmonar
Tratamento
Crise Hipoxêmica
 Posição genupeitoral ou similar ( RVS)
 Oxigenioterapia (cuidado  canal arterial)
 Controle da temperatura
 Sedação (Hidrato de cloral / Meperidina / Morfina)
 Beta-bloqueador (EV)
- Propranolol ( 0,1 mg/Kg)
- Metoprolol (0,1 a 0,2 mg/Kg)
 Tratar as causas desencadeantes
- Anemia (Hb. = 15 a 17 g/dl)
- Poliglobulia (Ex-sanguineotransfusão parcial)
- Infecções
Crise Hipoxêmica
Tratamento
Crise Prolongada
 Ventilação Pulmonar Mecânica
 Glicose
 Correção da Acidose metabólica
(HCO3- = Peso (Kg) x 0,15 x BE)
 Prostaglandina E1
- RN com FSP dependente do canal arterial
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Débito Cardíaco
 Pré-carga
 Contratilidade
Volume
Sistólico
 Pós-carga
Freqüência Cardíaca
Débito
Cardíaco
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Avaliação diagnóstica
 História
 Exame Físico com PA em todos os membros
 Hemograma e Glicemia
 Ionograma sérico (Na+, K+, Ca++, Mg++)
 Uréia, Creatinina e Urina I
 Eletrocardiograma / Radiologia de tórax
 Ecocardiograma bidimensional com doppler
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Tratamento
Medidas gerais
 Restrição hídrica (50 a 70% das necessidades diárias)
 Manter oferta calórica adequada
 Repouso / Sedação
 Decúbito elevado
 Oxigenação adequada
 Correção de DHE, Ácido-básicos e metabólicos
 Manter hematócrito adequado
 Tratar infecções
Insuficiência Cardíaca Congestiva
 Pré-carga
T=
PxR
2h
LaPlace
 Pós-carga
 Contratilidade
 Tamanho
do coração
 Sintomas
Congestivos
Controle de
arritmias
 Débito Cardíaco
 Sinais de
Baixo Débito
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Tratamento
Pré-Carga
 Diuréticos
 Vasodilatadores venosos/mistos
 Diálise peritoneal / Hemodiálise
 PEEP (Ventilação Pulmonar Mecânica)
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Tratamento
Inotrópicos
Arritmia Cardíaca (?)
Sim
Pressão Arterial (?)
Normal
Milrinone
Diminuída
Digitálicos
Não
Pressão Arterial (?)
Normal
Dobutamina
Diminuída
Dopamina
Adrenalina
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Tratamento
Pós-Carga
 Vasodilatadores arteriais / mistos
 Hemodinâmica estável
 Captopril
 Enalapril
 Hemodinâmica instável
 Nitroprussiato de sódio
 Nitroglicerina
Arritmias Cardíacas
em Pediatria
Distúrbios do Ritmo Cardíaco em Pediatria
Avaliação
 História
 Exame Físico
 Pulsos Centrais e Periféricos
 Eletrocardiograma / Monitor Cardíaco
Distúrbios do Ritmo Cardíaco em Pediatria
Causas
Primárias
Cardiopatias congênitas
Cardiopatias adquiridas
Doenças do Sistema de Condução
PO de cirurgia cardíaca
Secundárias
DHE e/ou Ácido-básico
Hipoxemia
Drogas
Sepse
Distúrbios do Ritmo Cardíaco em Pediatria
Pulsos
Ausentes ?
Presentes ?
Distúrbios do Ritmo Cardíaco em Pediatria
Pulsos Presentes
 Lentos
 Rápidos
Bradiarritmias
Bradicardia sinusal
 Bloqueios atrioventriculares

Taquiarritmias
Taquicardia
Sinusal
Taquicardia
Supra-ventricular
Taquicardia
Ventricular
Distúrbios do Ritmo Cardíaco em Pediatria
Pulsos Ausentes

Taquicardia ventricular sem pulso

Fibrilação ventricular

Atividade elétrica sem pulso (AESP)

Assistolia
Part 12: Pediatric Advanced Life Support
Distúrbios do Ritmo Cardíaco em Pediatria
ECG / Monitor / DAE
Atividade elétrica
Ausente
Atividade atrial (onda P)
Bradiarritmia
Intervalo PR
Regularidade do intervalo R-R
Taquiarritmia
Freqüência ventricular
Duração do complexo QRS
Algoritmo da Bradicardia com Pulso
SBV , Oxigênio e Monitor / Desfibrilador
Comprometimento cárdio-respiratório grave ?
(perfusão ruim, hipotensão, dificuldade respiratória, nível consciência)
Sim
Não
Manter RCP, se FC < 60 com perfusão ruim
Sem melhora
Observar
- Epinefrina
Manter ABC
Oxigênio (se necessário)
EV /IO: 0,01 mg/Kg (1:10.000 - 0,1 ml/Kg)
ET: 0,1 mg/Kg (1:1000 - 0,1 ml/Kg)
Repetir a cada 3-5 min.
Transferir para serviço SAV
Sem pulsos
Algoritmo da PC sem pulso
- Tonus vagal aumentado ou BAV primário:
Atropina: 0,02 mg/Kg (mínimo: 0,1 mg; máximo de 1
mg)
Sem melhora
Considerar Marcapasso cardíaco
Bradicardia refratária
Identificar e tratar possíveis causas
 Hipovolemia
 Hipoxemia / hipoventilação
+
  H (Acidose)
 Hipo / Hipercalemia
 Hipoglicemia
 Hipotermia
}6H
 Toxinas / intoxicações / drogas
 Tamponamento cardíaco
 PneumoTórax hipertensivo
 Trombose (pulmonar ou coronária)
 Trauma (hipovolemia,  PIC)
}5 T
Algoritmo da Taquicardia com Perfusão Adequada
SBV , Oxigênio e Monitor / Desfibrilador
(ECG com 12 derivações)
Duração do QRS  0,08 segundos
Avaliar o ritmo
American Heart
Association recomenda:
Consulte um
•
•
•
•
•
•
•
Provável Taquicardia Sinusal
História compatível
Ondas P presentes e normais
FC varia com atividade
RR variável com PR constante
< 1 ano: FC < 220 bpm
> 1 ano: FC < 180 bpm
•
•
•
•
•
•
•
Provável Taquicardia Supraventricular
História incompatível
Ondas P ausentes / anormais
FC não varia com atividade
Mudanças abruptas na FC
< 1 ano: FC > 220 bpm
> 1 ano: FC > 180 bpm
• Considerar manobra vagal
• Identificar e tratar as possíveis
causas
• Acesso vascular
• Adenosina 0,1 mg/Kg (1a vez)
0,2 mg/Kg (2a vez)
Especialista
• Considerar medicações alternativas
Amiodarona ou Procainamida
• Cardioversão
elétrica
0,5 a 1 J/Kg (1a vez)
2 J/Kg (2a vez )
Algoritmo da Taquicardia com Perfusão Adequada
SBV , Oxigênio e Monitor / Desfibrilador
(ECG com 12 derivações)
American Heart
Association
recomenda: Consulte
um
Especialista
Duração do QRS  0,08 segundos
Provável Taquicardia Ventricular ( ou TPSV com condução aberrante)
• Adenosina: 0,1 mg/Kg (1a vez) / 0,2 mg/Kg (2a vez)
• Amiodarona: 5 mg/Kg EV em 20 a 60 minutos
ou
• Procainamida: 15 mg/Kg EV em 30 a 60 minutos
• Cardioversão
0,5 a 1 J/Kg (1a vez)
2 J/Kg (2a vez )
Algoritmo da Taquicardia com Perfusão Ruim
SBV , Oxigênio e Monitor / Desfibrilador (ECG com 12 derivações)
Sim
Não
Pulso presente ?
Duração do QRS  0,08 segundos
•
•
•
•
•
•
•
Provável Taquicardia Sinusal
História compatível
Ondas P presentes/e normais
FC varia com atividade
RR variável com PR constante
< 1 ano: FC < 220 bpm
> 1 ano: FC < 180 bpm
• Identificar e tratar etiologia
• Considerar medicações alternativas
Amiodarona ou Procainamida
•
•
•
•
•
•
•
Iniciar RCP
Algoritmo da PC sem pulso
Provável Taquicardia Supraventricular
História incompatível
Ondas P ausentes / anormais
FC não varia com atividade
Mudanças abruptas na FC
< 1 ano: FC > 220 bpm
> 1 ano: FC > 180 bpm
• Considerar Manobras vagais
(não retardar)
• Cardioversão
imediata
• Adenosina
(EV / IO)
0,5 a 1 J/Kg (1a vez)
2 J/Kg (2a vez )
0,1 mg/Kg (1a vez)
0,2 mg/Kg (2a vez)
Algoritmo da Taquicardia com Perfusão Ruim
SBV , Oxigênio e Monitor / Desfibrilador
(ECG com 12 derivações)
Sim
Pulso presente ?
Duração do QRS  0,08 segundos
Não
Iniciar RCP
Algoritmo da PC sem pulso
Provável Taquicardia Ventricular (ou TPSV)
• Cardioversão elétrica
(sedação, se possível)
0,5 a 1 J/Kg (1a vez)
2 J/Kg (2a vez )
Adenosina (não retardar a cardioversão)
• Considerar antiarrítmicos:
- Amiodarona: 5 mg/Kg EV em 20 a 60 minutos
ou
- Procainamida: 15 mg/Kg EV em 30 a 60 minutos
Taquicardia Refratária
Identificar e tratar possíveis causas
 Hipovolemia
 Hipoxemia / hipoventilação
+
  H (Acidose)
 Hipo / Hipercalemia
 Hipoglicemia
 Hipotermia
}6H
 Toxinas / intoxicações / drogas
 Tamponamento cardíaco
 Pneumotórax hipertensivo
 Trombose (pulmonar ou coronária)
 Trauma (hipovolemia,  PIC)
}5 T
Obrigado pela atenção !!!
1988
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