Encefalopatias espongiformes transmissíveis (TSE) Precauções de

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I SEMINÁRIO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS PRIÔNICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO
6 de novembro de 2006
Vila Mariana, São Paulo, SP.
Encefalopatias espongiformes
transmissíveis (TSE)
Precauções de segurança para o
manejo do material
Sergio Rosemberg
FMUSP
Disciplina de Neuropatologia
As encefalopatias espongiformes transmissíveis
(TSE) são infecciosas mas não contagiosas.
Não há evidência de risco em contatos com
pacientes ou animais portadores de TSE (parentes,
pessoal de saúde, técnicos de laboratório,
neurocirurgiões, açougueiros, etc.).
Os cerca de 200 casos iatrogênicos conhecidos
devem fazer com que haja prudência no manejo do
material contaminado.
Não há casos provados de contaminação por
outros tecidos além do cérebro, dura-mater e
córnea.
O agente das TSE é resistente
aos procedimentos padrões de
esterilização (fervura,
congelação, etanol, H2O2,
permanganato, iodo, detergentes,
solventes orgânicos, formol,
irradiação UV e gama, e
autoclavagem.
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
European Union Biomed-1 Concerted
Action
NÃO HÁ RAZÃO DE RECUSA DE AUTÓPSIA
DE PACIENTE SUSPEITO DE TSE
O risco é considerado mais baixo do que
autópsias em pacientes portadores de hepatite
viral ou AIDS.
A AUTÓPSIA
Pode ser feita na sala de autópsia e se os
procedimentos seguintes forem seguidos não há
risco para os técnicos ou patologistas.
Evitar feridas penetrantes com o uso de equipamento
de proteção.
Luvas de Teflon ou metálicas sobre as de
borracha.
Avental descartável
Proteção para olhos e boca
Cobrir a mesa com plástico não permeável.
Para remoção do cérebro:
serra mecânica; antes de retirar o cérebro,
tirar dois fragmentos (2cm3) do lobo frontal e cerebelo
para congelar. Os fragmentos devem ser colocados e
duplo saco plástico e colados em recipiente plástico
bem vedado.
O cérebro após remoção deve ser colocado em balde
plástico com formol 4% e bem fechado.
Todo material deve ser devidamente identificado.
Após a autópsia, todo o material plástico deve ser
ensacado e levado para incineração.
Todos os instrumentos devem ser descontaminados.
Todas as eventuais intercorrências devem ser comunicadas
e registradas.
DESCONTAMINAÇÃO
Autoclave a vapor a 134oC por uma
hora.
Material não autoclavável e
superfícies:
2N NaOH (80g por litro) por uma
hora ou 1N NaOH por duas horas;
PREPARAÇÃO DO MATERIAL
(TÉCNICA)
Usar luvas.
Cortar o cérebro sobre toalha plástica não
permeável, que deve ser incinerada após.
Mergulhar os fragmentos em ácido fórmico a
95% ou 100% por uma hora seguido de
formol a 4% por 24 horas.
Todos os instrumentos devem ser
descontaminados.
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