Curso de Especialização em Odontologia Legal • Curso de Especialização em Odontologia Legal • FOP-UNICAMP • Prof. Eduardo Daruge e equipe 29 e 30/ 06 / 2009 Prof. Dr. Mauro Machado do Prado [email protected] Disciplina: Bioética 1. http://www.cfm.org.br Mauro Machado do Prado ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS VALOR - MORAL - ÉTICA ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS : • VALORES: - Latim valere: que tem valor, custo. - Uma crença duradoura em um modelo específico de conduta ou estado de existência, que é pessoalmente ou socialmente adotado, e que está embasado em uma conduta preexistente. (Rokeach, 1973) ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS : • MORAL: - É um sistema de valores, que tem a ver com os costumes, princípios, normas e códigos que tentam regulamentar o agir sob o ponto de vista do que é bom/mau, correto/incorreto, virtude/maldade... - A moral responde à pergunta: “O que devo fazer?” ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS : • ÉTICA: - É um juízo de valor. Procura justificar racionalmente os costumes, princípios, normas e códigos que regulamentam o agir. - A ética é a filosofia da moral e responde à pergunta: “Por que devo agir assim?” - ETICIDADE: condição de vir a ser ético; aptidão de exercer a função ética. ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS : • ÉTICA: - Ethos (grego): caráter (qualidades pessoais para a conduta e a atitude). - Designa: senso do agir correto e benevolente. - Sentido: realização de atos, busca exigente além do acabado ou completo. ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS : • ÉTICA: - A ética se fundamenta em 3 pré-requisitos: » percepção dos conflitos (consciência); » autonomia ( condição de posicionar-se entre a emoção e a razão); » e coerência. (Segre & Cohen, 1999) ÉTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS : • ÉTICA: - Tem vários significados: a) DECORUM: as atitudes corretas, humanitárias ou virtuosas das pessoas no seu agir; b) DEONTOLOGIA: os deveres ou obrigações que podem caracterizar ou construir um determinado tipo de vida moral; c) ÉTICA POLÍTICA: as relações entre as pessoas e a sua comunidade, pautadas pelo que é conveniente e pelo que é mau ou inconveniente. (Albert R. Jonsen, A Short History of Medical Ethics. New York: Oxford University Press, 2000. 153p.) ÉTICA ÉTICA PROFISSIONAL : • Deontologia: - deontos (grego) > dever. - logus > estudo. • Diceologia: - dikeos (grego) > direito. - A Deontologia é a codificação dos deveres profissionais e a Diceologia será a codificação dos direitos profissionais. Deontologia profissional: conjunto de normas, baseadas em direitos e deveres, que estabelecem as formas de agir permitidas e/ou proibidas para as pessoas de uma determinada profissão. O Código de Ética disciplina o exercício da profissão. ÉTICA ÉTICA PROFISSIONAL : • • • • - - Deontologia e Diceologia. NORMAS - ética prescritiva (descritiva, formal). Códigos de Ética. Críticas aos CEs: Insuficiência, caráter legalista e corporativista; Feitos sob o aval da corporação, trazem certo caráter prescritivo ( que pode regular, formal e imperativamente), como lei positiva, distanciando-os do sentido ético. • Importância: formação técnica + formação ética. ÉTICA DOMÍNIO COGNITIVO : • Conhecimento (memória), compreensão, aplicação, análise, síntese, avaliação. DOMÍNIO AFETIVO : • Interesses, atitudes (sentimento), receptividade, reação, organização, caracterização. DOMÍNIO PSICOMOTOR : • Habilidades, percepção, predisposição, resposta (orientada, mecânica, complexa evidente). “O problema ético tem a ver com o amor, não com a razão. Ao mesmo tempo, se não usarmos nossa razão, não nos damos conta das conseqüências dos nossos atos”. Humberto Maturana, 1993. BIOÉTICA 1. APRESENTAÇÃO, ANTECEDENTES HISTÓRICOS E CONCEITUAÇÃO BIOÉTICA ÉTICA PROFISSIONAL x BIOÉTICA BIOÉTICA Ética Aplicada: -Ética Ambiental; -Ética dos Negócios (Business Ethics); -Bioética. Formas de Abordagem: HISTORICISTA TEÓRICO-FILOSÓFICA TEMÁTICA Código de Nuremberg Código de Nuremberg Código de Nuremberg II Guerra Mundial – Tribunal de Nuremberg: crimes contra a humanidade; Julgamento: 318 dias – 20/11/45 a 01/10/46; Código ( 1947 ): ética da pesquisa em humanos; A utilidade, a inocuidade e a auto-decisão do sujeito (consentimento voluntário); Declaração Universal dos Direitos Humanos ( 1948 ) - ONU. Declaração de Helsinque Associação Médica Mundial ( 1964 ); Diretrizes éticas relacionadas com pesquisas biomédicas; Revista em Tóquio (1975), Veneza (1983), Hong Kong (1989), Sommerset West (1996), Edimburgo (2000), ...; Patrimônio da humanidade. As Denúncias de Henry Beecher Publicação do artigo: “Ethics and Clinical Research” – New England Journal of Medicine 1966; 50 artigos: 22 experimentos envolvendo seres humanos em condições precárias de pesquisa; A imoralidade da ciência não era exclusiva dos médicos nazistas. O Neologismo de Potter: Origem e Difusão da Bioética Van Rensselaer Potter: oncologista norteamericano; 1971 – Livro: “Bioethics: bridge to the future”; BIO – sistemas viventes; ÉTICA – sistemas dos valores humanos. O Neologismo de Potter: Origem e Difusão da Bioética Big Science – Bioproblemas: alimentação, saúde, degradação ambiental e crescimento demográfico; BIOÉTICA GLOBAL; Importância das ciências biológicas na melhoria da qualidade de vida; Sobrevivência do planeta. O Neologismo de Potter: Origem e Difusão da Bioética A. Hellegers: assumiu o termo como campo de estudo e como movimento social; Kennedy Institute for the Study of Human Reproduction and Bioethics ( 1971 ); Georgetown University – Washington (D.C.); Bioética: ética aplicada ao campo da medicina e da biologia – idéia inicial desvirtuada; Encyclopedia of Bioethics ( 1978 ). O Relatório Belmont EUA (1974) – National Commission for the Protection of Human Subjects of Biomedical and Behavioral Research; Relatório (1978) – princípios éticos básicos norteadores; O respeito pelas pessoas (autonomia), a beneficência e a justiça; Questões éticas: pesquisas em seres humanos. O Principialismo Tom L. Beauchamp & James F. Childress ( 1979 ): Livro: “Principles of biomedical ethics”; Questões éticas: prática clínica e assistencial; A autonomia, a beneficência, a não-maleficência e a justiça; Encyclopedia of Bioethics Conceituação: 1978 – “estudo sistemático da conduta humana no campo das ciências da vida e da saúde, enquanto examinada à luz dos valores e princípios morais”; 1995 – “estudo sistemático das dimensões morais incluindo visão, decisão e normas morais – das ciências da vida e do cuidado da saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto multidisciplinar”. Bioética Conceituação: “Bioética é um ramo da ética aplicada que reúne um conjunto de conceitos, direitos, princípios e teorias, com a função de dar legitimidade às ações humanas que podem ter efeito sobre os fenômenos vitais”. (Mauro Godoy Prudente, 2000) Bioética – Origem e Expansão Fatores – ética aplicada – impacto na prática médica – desafios dos novos tempos: - HISTÓRICOS; - CULTURAIS; - CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS. Expansão: Anos 70 > EUA Anos 80 > Europa Anos 90 > Mundial Década de 70: mundo plural, sem absolutismos morais. Bioética – Estatuto Epistemológico Bases conceituais: ética prática ou aplicada, multidisciplinariedade, interdisciplinariedade, pluralismo moral, secularização, diálogo, prudência, respeito, tolerância, responsabilidade. Bioética – Estatuto Epistemológico Do que trata a Bioética? > Inicialmente pensou-se tratar de uma NOVA ÉTICA MÉDICA. Questões bioéticas de hoje: > Discernir poder técnico de poder ético; > O ser humano como pessoa: início e fim da vida humana; > Como estabelecer critérios éticos? > Reflexão sobre os princípios e retomada da visão de Potter. BIOÉTICA 2. TEORIAS BIOÉTICAS, PRINCIPIALISMO E CONTEXTUALIZAÇÃO O Principialismo Autonomia: > Liberdade e dignidade da pessoa humana; > AUTO = próprio NOMOS = regra, norma; > Alternativas de ação – escolha, capacidade e poder de decisão, informação; > Consentimento livre e esclarecido; > Não absoluto, mas deve ser respeitado. > Vulnerabilidade: capacidade de autodeterminação reduzida. O Principialismo Beneficência: AÇÃO > Hipócrates: preceito antigo da ética médica; > Promover o bem – Prevenir e retirar danos; > Maximizar os benefícios e minimizar os riscos; > Paternalismo X Paciente como sujeito moral; > Virtude da prudência ( Aristóteles ). O Principialismo Não-maleficência: ABSTENÇÃO > Tradição Hipocrática: ao menos não causar danos; > Interpretação associada ao da beneficência; > Prudência: evita acidentes e erros. > “...evitar danos é um postulado fundamental demais para ser discutido.” Miguel Kottow O Principialismo Justiça: > EQÜIDADE na repartição de recursos e bens considerados comuns; > Igualdade de oportunidades de acesso; > John Rawls: “...distribuição igual, a menos que uma distribuição desigual redunde em benefício.”; > Políticas ecológicas; destinação, alocação e distribuição de recursos em saúde... A Hegemonia do Principialismo Poder de convencimento: base teórica e eficácia instrumental ( “ferramentas morais” ); “...nenhum princípio esclarece sozinho uma orientação ética.” Hubert Lepargneur Transculturação acrítica X Contextualização; Não são absolutos, taxativos, nem independentes; Outros: prudência, responsabilidade, tolerância. Outras Correntes - O casuísmo, o contextualismo, o humanismo,...; Tendências atuais na Bioética: Principialismo; - Liberalismo; Bioética de Virtudes; - Casuística; Feminista; - Naturalista; Personalista; - Contratualista; Hermenêutica; - Libertária; A Bioética na Visão Latinoamericana A moral anglo-saxônica é a mesma da latinoamericana?; Bioética das SITUAÇÕES PERSISTENTES; Bioética das SITUAÇÕES EMERGENTES; Foco central: pobreza, exclusão social, escassez de recursos; Ênfase de sociedades latinas: amizade, proteção, solidariedade; BIOÉTICA REFLEXÃO - CASOS CLÍNICOS Dilemas éticos envolvendo a prática profissional BIOÉTICA 3. BIOÉTICA, SAÚDE PÚBLICA E ODONTOLOGIA Alocação de Recursos em Saúde Definição de critérios; Priorização de programas; Defesa ética da alocação; Poder de decisão sobre os recursos; A situação da alocação de recursos nos programas de Aids. Alocação de Recursos em Saúde O Brasil está em 11º lugar na classificação de países de acordo com o seu Produto Interno Bruto - PIB; No Brasil, aplicamos em torno de 3,9% do PIB no setor saúde, enquanto que países como EUA investem no setor mais de 10% de seu PIB; Gasta-se pouco e gasta-se mal. Alocação de Recursos em Saúde Embora na maioria dos países subdesenvolvidos 3/4 dos óbitos ocorram por doenças passíveis de prevenção a um baixo custo, 3/4 do orçamento em saúde destinam-se a serviços curativos, muitos dos quais oferecidos a alto custo; Incorporação acrítica de recursos tecnológicos de última geração. Universalidade do Acesso Os princípios constitucionais do SUS; Como atender a todos?; Quais os critérios de prioridade? O Princípio da Justiça e Eqüidade A justiça segundo John Rawls; Eqüidade X Igualdade; “Tratar desigualmente os desiguais”; Bioética e situações persistentes. O Princípio da Ética da Responsabilidade Segundo Hans Jonas: O progresso moral coletivo pode ser evidenciado: > através da legislação dos Estados Modernos; > em certos valores que são incorporados nos códigos das leis; > nos comportamentos públicos. Dimensão da Ética em Saúde Pública A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL; A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE COLETIVA. Dimensão da Ética em Saúde Pública “...resultante moral do conjunto de decisões e medidas políticas e sanitárias - individuais e coletivas - que proporcionam aumento da cidadania e diminuição da exclusão social.” Volnei Garrafa, p. 09 BIOÉTICA E ODONTOLOGIA A relação profissionalpaciente; Princípios: autonomia, beneficência, nãomaleficência e justiça; Consentimento livre e esclarecido. BIOÉTICA E ODONTOLOGIA Odontologia brasileira: Tecnicamente elogiável; Cientificamente discutível; Socialmente caótica. Volnei Garrafa & Samuel Jorge Moysés Divulgação, n.13, julho – 1996. BIOÉTICA RELAÇÃO PROFISSIONAL-PACIENTE Relação Profissional-Paciente • Relação interpessoal; • Competência profissional; • Paciente: informação e conscientização; • Atualidade: mudanças na relação. Relação Profissional-Paciente • Assimetria na relação PS – P : / \ Autoridade proveniente Fragilidade do SABER DIFERENCIADO do paciente. do PS. ( SUBORDINAÇÃO ) Relação Profissional-Paciente • Problemas : modo pelo qual o PS entende e vivencia esta relação. • Visão do PS : assimetria leva o PS a não ver qualquer tipo de RECIPROCIDADE na relação. Relação Profissional-Paciente • Fragilidade : BEM » VIDA » SAÚDE. • Transgressão : » passagem do SABER para o PODER. » beneficência X paternalismo. • CUIDADO ÉTICO - CUIDADO TERAPÊUTICO. Relação Profissional-Paciente • Paciente: » sujeito individual, moral, histórico, social; » singularidade, contextualização. • Equilíbrio : » EXERCÍCIO X AUTONOMIA. • PS : visão crítica do seu comportamento. Relação Profissional-Paciente • Relação PS – P ( ÉTICA ) : 1) PS deve ter aguda consciência crítica de sua RESPONSABILIDADE; 2) Estar ALERTA para, na medida do possível, tornar INTERATIVA a relação; 3) Mediações com prudência, sensibilidade e profissionalismo: exercício de DIREITOS e DEVERES . “...se soubermos compreender antes de condenar, estaremos no caminho da humanização das relações humanas”. Edgar Morin. Recomendações • Educar o paciente para o tratamento : » prestar informação clara e precisa; » permitir escolha de produtos e serviços; » apresentar alternativas; » informar sobre os passos, benefícios, riscos e custos; Termo de Consentimento Livre e Esclarecido • Paciente: » ser legalmente capaz ; » receber informação apropriada; » autorização específica para o procedimento; » oportunidade para perguntar; » receber respostas compreensíveis. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido • Ser feito em linguagem acessível; • Conter : » os procedimentos / terapêutica; » desconfortos e riscos possíveis; » benefícios esperados; » opções de tratamento e o escolhido; » assinatura. BIOÉTICA 4. ÉTICA EM PESQUISAS COM SERES HUMANOS Ética em Pesquisa PRINCIPAIS DOCUMENTOS: • Documentos internacionais; • Documentos nacionais; BIOÉTICA E A ÉTICA NA PESQUISA. PRINCÍPIOS ÉTICOS GERAIS. A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE. O SISTEMA CEPs / CONEP. Bioética – Ética na Pesquisa Ética e experimentação científica: > Novas descobertas » situações intrigantes e complexas » repercussões morais e éticas. > História » exemplos de desrespeito e violação dos direitos humanos, exclusão e alijamento social, degradação ambiental, crueldade contra animais humanos e nãohumanos. > William Saad Hossne » século XX » Revoluções atômica e molecular. Bioética – Ética na Pesquisa Ética e experimentação científica: > Ser humano: - interferência nos fenômenos da natureza; - poder X responsabilidade. > Pesquisas: - valores da sociedade, metodologia adequada, recomendações éticas internacionais > Responsabilidade para com a humanidade, a natureza e as gerações futuras » CONTROLE ÉTICO. Bioética – Ética na Pesquisa Principais documentos internacionais e nacionais: > Código de Nuremberg – 1947; > Declaração Universal dos Direitos do Homem – 1948; > Delcaração de Helsinque – 1964; > Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos – 1966; Bioética – Ética na Pesquisa Principais documentos internacionais e nacionais: > Relatório Belmont – 1978; > Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos – 1982 e 1993; > Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos – 1991; Bioética – Ética na Pesquisa Principais documentos internacionais e nacionais: > Declaração Ibero-Latino-Americana sobre Ética e Genética – 1996 e 1998 (revisada); > Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos – 1997 (UNESCO); > Convênio sobre Direitos Humanos e Biomedicina – 1997 (Conselho da Europa); Bioética – Ética na Pesquisa Principais documentos internacionais e nacionais: > Resoluções CNS: 01/88; 170/95; 173/95; 196/96; 240/97; 246/97; 251/97; 292/99; 301/00; 303/00; 304/00; 340/04; 346/05; 347/05; 370/07. > Embasadas nos principais documentos internacionais; > Amplamente discutidas; > Verdadeiras peças de natureza bioética; > Nova cultura de ética em pesquisa no país. Bioética – Ética na Pesquisa Princípios éticos gerais: > Autonomia; > Beneficência: AÇÃO; > Não-Maleficência: ABSTENÇÃO; > Justiça. Outros valores: confidencialidade, privacidade, não estigmatização. Bioética – Ética na Pesquisa O Sistema CEPs / CONEP: > Burocracia X espaço de reflexão. > CEPs: número e composição multidisciplinar » demonstram alto grau de adesão à Resolução 196/96. > Problemas. > CONEP: atividades educativas e de divulgação. Bioética – Ética na Pesquisa O Sistema CEPs / CONEP: > O Brasil e a cooperação estrangeira. > Preocupação ética no mesmo patamar de importância que as questões metodológicas e teóricas. > Recrutamento fácil e por maiores lucros X valorização, respeito e compromisso moral de nossos pesquisadores. Bioética – Ética na Pesquisa Sociedade e controle ético: > Ética: utilização, interesses e conseqüências sociais. > Controle: - coletivo, mundial, societário. - ÉTICO: ciência e técnica não podem prescindir da ponderação ética. > Interpretação sócio-política das questões controversas » evitar que o fundamentalismo econômico pelos países ricos resulte em imperialismo ético, levando as comunidades dos países pobres a situações de vulnerabilidade, discriminação e exclusão social ainda piores. BIOÉTICA 5. PAUTA DA REFLEXÃO BIOÉTICA: Situações Persistentes e Situações Emergentes Situações Persistentes • Questões que afligem a humanidade há tempos, como: escassez, alocação e distribuição de recursos, principalmente na área da saúde; pobreza; marginalização; violência; exclusão e alijamento social; justiça e eqüidade em políticas públicas; discriminação; racismo; acesso a bens, produtos e serviços básicos; direitos humanos e cidadania; eutanásia e a morte com dignidade; aborto. Situações Emergentes • Temas referentes às novas situações, conquistas e avanços da atualidade, nos mais diferentes campos e em suas múltiplas facetas, que fazem emergir questionamentos e conflitos morais a serem discutidos pela comunidade mundial. Situações Emergentes • Seriam eles sobre: o desenvolvimento científico e tecnológico acelerado; a engenharia genética; genoma humano; diagnóstico preditivo; clonagem; transgênicos; novas tecnologias reprodutivas; maternidade de aluguel; biodiversidade; biossegurança; ética ambiental e meio ambiente; transplante e doação de órgãos; etc. Considerações Finais “...Peço apenas, acima de tudo, que a bioética não se preocupe somente com aqueles casos extremos ou com situações colocadas na ordem do dia das restrições monetárias impostas pelos governos. Que se ocupe, portanto, também daquilo que acontece à maioria das pessoas, cada dia, e não deveria acontecer.” Giovanni Berlinguer