PHD.5011

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CARACTERIZAÇÃO E
TRATAMENTO DE ÁGUAS
RESIDUÁRIAS CONTENDO
POLUENTES PERIGOSOS
Profa. Dra. Dione Mari Morita
Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo
DEFINIÇÕES
SUBSTÂNCIA PERIGOSA
 Qualquer substância que quando lançada no
meio ambiente, em qualquer quantidade,
apresente um risco iminente e substancial à
saúde e bem estar público, incluindo, mas
não limitado, à vida aquática e selvagem
(Salas, 1988)
SUBSTÂNCIA TÓXICA
 Aquela que demonstra potencial de:
– induzir câncer, tumor ou efeitos neoplásicos no
Homem ou em cobaias;
– induzir mudanças transmissíveis permanentes
nas características dos descendentes de seres
humanos ou cobaias;
– produzir defeitos físicos no embrião em
desenvolvimento em seres humanos ou cobaias;
– causar a morte em cobaias ou animais
domésticos expostos através das vias
respiratória, cutânea ou oral;
 Produzir irritação ou sensibilização na pele,
olhos ou vias respiratórias;
 diminuir a atividade mental, reduzir a
motivação ou alterar o comportamento
humano;
 provocar efeito adverso à saúde de uma
pessoa normal de qualquer idade ou sexo,
colocando em risco sua vida ou causando
morte, devido à exposição através das vias
respiratória, cutânea e oral, em qualquer
quantidade, concentração ou dose, por
qualquer período de tempo
POLUENTE TÓXICO
 Qualquer elemento, substância, composto
ou mistura, incluindo os agentes causadores
de doenças, que após serem lançados no
corpo receptor e expostos à qualquer
organismo, através da ingestão, inalação ou
assimilação, diretamente ou indiretamente
por ingestão através da cadeia alimentar,
causa morte, alterações de comportamento,
distúrbios orgânicos e reprodutivos, câncer,
mutação ou deformações físicas em tal
organismo (CERCLA, 1988)
BIOREFRATABILIDADE
 Significativa redução nas taxas de
assimilação ou metabolismo de um
composto específico em relação às taxas de
assimilação dos metabólitos comumente
encontrados na natureza, quando lançados
no meio ambiente ou numa porção deste, tal
como a estação de tratamento de águas
residuárias (Brower et al., 1986)
EFLUENTES DOMÉSTICOS
 todo despejo líquido proveniente do uso da
água para higiene e necessidades
fisiológicas (NBR 9.678 - ABNT, 1986).
EFLUENTES NÃO DOMÉSTICOS
 São os efluentes oriundos de empreendimentos
cujos serviços e/ou processos produtivos, geram
efluentes com características físicas, químicas
e/ou biológicas, qualitativamente diferentes dos
efluentes domésticos e que podem causar danos
ou sobrecarga nos sistemas de coleta e
tratamento de esgotos, representar risco à
segurança e saúde dos operadores, danos ao
meio ambiente ou efluentes em desacordo com
a legislação vigente, devendo portanto serem
objeto de programas específicos (SABESP,
1998).
POLUENTES PRIORITÁRIOS
 poluentes priorizados pela United States
Environmental
Protection
Agency
(USEPA), selecionados a partir dos
seguintes critérios (USEPA, 1987):
 presença nos despejos líquidos e industriais,
no meio aquático, nos peixes e na água de
abastecimento;
 evidência substancial de carcinogenicidade,
mutagenicidade e/ou teratogenicidade em
estudos epidemiológicos ou toxicológicos em
seres humanos ou em cobaias;
 toxicidade do poluente ao homem e ao meio
aquático;
 persistência do poluente no meio ambiente;
 características de bio-concentração do
poluente;
 produção anual do poluente, e
 disponibilidade de métodos analíticos para
identificar e quantificar os poluentes em
corpos d’água e águas residuárias.
DESREGULADORES ENDÓCRINOS
 substância exógena que causa efeito adverso
na saúde do organismo intacto, ou na sua
prole, com conseqüentes alterações nas
funções endócrinas (EUROPEAN
COMMISION, 1996)
FONTES DE POLUENTES
PERIGOSOS
METAIS PRIORITÁRIOS E CIANETO:
 Galvanoplastias;
 Indústrias Químicas - Formulação de
compostos orgânicos;
 Couros, peles e produtos similares;
 Farmacêuticas;
 Ferro e aço;
 Indústrias químicas - Elementos e compostos
inorgânicos;
 Lavanderias industriais;
 Indústria do petróleo;
 Formulação de corantes e pigmentos.
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COMPOSTOS ORGÂNICOS
PRIORITÁRIOS:
 Indústria química - Compostos orgânicos;
 Plásticos;
 Produtos mecânicos;
 Farmacêuticas;
 Galvanoplastias;
 Formulação de pesticidas;
 Ferro e aço;
 Indústria do petróleo;
 Lavanderias industriais e
 Indústria da madeira.
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POLUENTES NÃO PRIORITÁRIOS:
 Indústria química - compostos orgânicos;
 Plásticos;
 Tintas e vernizes;
 Indústria química - elementos e compostos
inorgânicos;
 Componentes elétricos e eletrônicos.
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POLUENTES
PRIORITÁRIOS MAIS
FREQUENTES EM
EFLUENTES INDUSTRIAIS
 Cromo e seus compostos;
 Níquel e seus compostos;
 Cianeto;
 Fenol;
 Cloreto de metileno;
 1,1,1-Tricloroetano;
 Chumbo e seus compostos;
 Tolueno;
 Benzeno;
 Etil benzeno;
 Tricloroetileno;
 Tetracloroetileno;
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 Clorofórmio;
 Ftalato de bis-2-etil hexila;
 2,4-dimetil fenol;
 Naftaleno;
 Prata e seus compostos;
 Arsênio e seus compostos;
 Ftalato butil de benzila e
 Acroleína.
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POLUENTES NÃO
PRIORITÁRIOS MAIS
FREQUENTES EM
EFLUENTES INDUSTRIAIS:
 Xileno;
 Cresóis;
 Acetofenona;
 Metil etil cetona;
 Acetona;
 Metil isobutil cetona;
 Difenilamina;
 Anilina e
 Acetato de etila.
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EFEITOS DOS POLUENTES
PERIGOSOS NO SISTEMA
DE COLETA E
TRATAMENTO DE ÁGUAS
RESIDUÁRIAS
EFEITOS NO SISTEMA DE COLETA:
 Corrosão;
 Inflamabilidade;
 Explosividade;
 Vapores tóxicos;
 Incrustração.
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Casos documentados de problemas de saúde em
operadores devido a volatilização de poluentes perigosos
no sistema público de esgotos.
E.T.E.
POLUENTES
EFEITOS
Baltimore, M.D.
Benzeno, tolueno,
outros solventes
1,1,1-tricloroetano
náusea
Hexano
náusea
Compostos
orgânicos e metais
Composto volátil
náusea
Gloucester County,
N.J.
Louisville, K.Y.
Mt. Pleasant, T.N.
Passaic Valley, N.J.
morte
dispnéia,
irritação na
pele
dispnéia,
lacrimejamento
Pennsauken, N.J.
Benzeno, tolueno,
clorofórmio, fenol
St. Paul, M.N.
Solventes
cefaléia
Tampa, F.L.
solvente orgânico
náusea
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EFEITOS NA ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO:
 Volatilização, danos aos operadores e à
população que vive ao redor da estação;
 Inibição dos processos biológicos de
tratamento;
 Geração
de
lodo
com
características
perigosas;
 Efluente final apresentando toxicidade e
portanto, causando danos à vida aquática e
ao Homem.
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PRINCIPAIS POLUENTES
VOLATILIZADOS NAS
ETES
 1,1,1-tricloroetano;
 cloreto de metileno;
 xileno;
 clorofórmio;
 tricloroetileno;
 tolueno;
 tetracloroetileno;
 etil benzeno;
 benzeno e
 1,2-dicloroetano
PRINCIPAIS POLUENTES
ADSORVIDOS NO LODO DE
ETES
 Fenol;
 cromo;
 álcool metílico;
 tolueno;
 xileno;
 cianeto;
 ftalato de bis-2-etil hexila;
 cloreto de metileno
 níquel e formaldeído
POLUENTES COMUMENTE
PRESENTES NOS
EFLUENTES DE ETES
 Acetona;
 Cromo;
 Metanol;
 Metil isobutil cetona;
 Cloreto de metileno;
 Xileno;
 Formaldeído;
 Furfural;
 Níquel;
 Fenol.
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