romanos roma conseguiu

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1789: início da Revolução francesa.
No dia 4 de Agosto, numa “sessão patriótica”, o clero e a nobreza renunciaram aos
seus privilégios tradicionais. No dia 10 de
Outubro, a Assembleia Constituinte decretava a secularização de todos os bens eclesiásticos, que acabaram rapidamente nas
mãos de particulares, base económica da
nova burguesia francesa. [XXVIII, 2]
1790: 13 de Fevereiro, supressão dos votos monásticos; 12 de Julho,
“Constituição civil do clero” (igreja galicana à margem da autoridade pontifícia). A Assembleia exigiu aos sacerdotes juramento de
fidelidade à Constituição política que incluía a civil. Pío VI proibiu o
juramento e excomungou os que o prestassem. [XXVIII, 3]
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27 de Maio de 1792: a Assembleia Legislativa que sucedeu à
Constituinte, decretou a deportação dos sacerdotes “não juramentados”. Em Setembro, a Convenção substitui a Assembleia Legislativa e começaram as matanças de sacerdotes. A monarquia é
abolida, é proclamada a República e é morto Luís XVI em 21 de
Janeiro de 1793. [XXVIII, 3]
1793-1794: o Terror. Milhares de vítimas e
tentativa de apagar da vida francesa qualquer
traço cristão (até com o calendário republicano). Entronização em Notre-Dame da “Deusa
razão” e instituição por Robespierre do culto
ao “Ser Supremo”. [XXVIII, 4]
Directório jacobino (1797-1799): deportação de Pio VI. [XXVIII, 4]
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09.IX.1799: um golpe de estado elevou Napoleão
Bonaparte à magistratura como primeiro cônsul.
14.III.1800: eleição do Papa Pio VII.
17.VII.1801: nova Concordata para regular as
relações entre o Pontificado e a República francesa
que se transformaria em Império. Novo episcopado.
Sem consultar a Santa Sé, Napoleão promulgou,
juntamente com o texto da Concordata, os “Setenta
e sete Artigos orgânicos” que recolhiam o espírito
dos “Artigos” galicanos de 1682. [XXVIII, 5]
Durante a época napoleónica tomou corpo em França um grupo de
opinião claramente oposto ao Cristianismo e à Igreja. Estes
sectores de opinião integraram uma poderosa força que se enfrentaria com a Igreja ao longo de todo o século XIX. [XXVIII, 6]
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Conflito entre Napoleão e Pio VII quando
o Imperador quis que o Papa se unisse ao
bloqueio continental contra a Inglaterra.
Ante a negativa do Papa, Napoleão reagiu com violência: anexação dos Estados
Pontifícios, Roma segunda capital do
Império, Pio VII prisioneiro e deportado
para Savona (1809) e levado para França
em 1811 (Fontainebleau). [XXVIII, 7]
Em 1814, Pio VII recuperou a liberdade e no dia 7 de Junho de 1815
regressa definitivamente a Roma. 18 de Junho: Waterloo. [XXVIII, 7]
A Restauração pretendeu o regresso da Europa ao Antigo Regime. [XXVIII, 8]
Fracassou: o século XIX passou à história como o século do
Liberalismo. [XXIX, 1]
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A
A Revolução de 1830 pôs fim ao Antigo Regime em
França. Em Portugal o seu desaparecimento sobreveio
após as lutas liberais (1834). A Revolução de 1848 sacudiu a maior parte da Europa. A vitória do Liberalismo
fez-se sentir-se em todas as ordens da vida. [XXIX, 1]
B
O Liberalismo tinha uma doutrina política e económica,
mas fundava-se numa ideologia que entroncava no pensamento ilustrado. Para tal doutrina, os homens não só
são livres e iguais, como também autónomos: desvinculados da lei divina. O poder procede do povo. [XXIX, 2]
C
Nenhuma diferença entre as religiões: são assunto que
competia apenas à intimidade das consciências. [XXIX, 2]
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No ano 1830 apareceu um grupo de “católicos liberais”, formado em França à volta da
revista “L’Avenir”, sob a direcção de
Lamennais. O seu lema foi “Deus e liberdade”: a defesa da liberdade constituía a melhor
credencial para garantir na sociedade moderna o respeito à autoridade de Deus e aos
direitos da Igreja. [XXIX, 4]
Na encíclica Mirari vos (1832), Gregório XVI condenou o programa do grupo de “L’Avenir” (indiferentismo religioso, separação
completa Igreja-Estado, liberdade de consciência,...). A reprovação
pontifícia foi seguida pela defecção de Lamennais, que abandonou
o sacerdócio e a Igreja. Os seus principais colaboradores mantiveram-se fiéis à Igreja: Lacordaire, Montalembert, Falloux, etc. [XXIX, 5]
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A explosão de sentimentos nacionais, favorecida pela política liberal, promoveu em diferentes países da Europa a emancipação de
populações católicas, submetidas ao domínio de príncipes doutra
confissão (Polónia, Bélgica, Irlanda). Em Italia, o caminho até à unidade nacional passava pelo desaparecimento dos Estados Pontifícios e pela conversão de Roma na capital do Reino dos Saboias. [XXIX, 6]
Ao mesmo tempo, atitudes intelectuais de sinal anti-religioso:
Positivismo de Augusto Comte , que conduzia ao Cientismo,
verdadeira religião que devia suplantar o Cristianismo; Idealismo
e positivismo de Hegel, na base do materialismo de Feuerbach,
tão próximo ao Marxismo. [XXIX, 7]
Crítica da historicidade da Bíblia. Renan: Jesus não é Deus. [XXIX, 8]
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Pontificado mais longo da historia: Pio IX (1846-1878). No início
fez reformas bem recebidas pelos liberais nacionalistas, como
uma Constituição e um governo dos Estados Pontifícios com um
primeiro ministro civil. Mas não quis encabeçar uma liga nacional
contra os austríacos que dominavam o norte da Península. Em
Novembro de 1848, é assassinado o primeiro ministro. Em Fevereiro de 1849, Mazzini proclamou a República Romana e o Papa
teve de fugir disfarçado para Gaeta (no Reino de Nápoles). [XXX, 2-3]
O Papa regressa a Roma em Abril de 1850,
sob a protecção de tropas francesas. Agonia
do poder temporal dos papas. Início da guerra
franco-prussiana (1870): as tropas francesas
retiram-se de Roma e Pio IX recolhe-se como
prisioneiro voluntário no Vaticano. [XXX, 3-4]
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A atitude da Igreja perante os princípios “liberalistas” foi fixada
por Pio IX na encíclica Quanta cura (8.XII.1864). Tinha como
anexo o Syllabus, relação de 80 proposições em que se resumiam
os “erros modernos”, cada um dos quais com uma condenação
expressa. [XXX, 6]
O Pontificado de Pio IX foi uma época de claro
florescimento da vida interna da Igreja. Crescimento das ordens religiosas (Beneditinos D. Guéranguer; Dominicanos - Lacordaire; Jesuítas restaurados por Pio VII). Nasceram os Salesianos de D. Bosco. São João Maria Vianney
em França. Iniciativas apostólicas e beneficentes
de simples fiéis, como as “Conferências de São
Vicente”, criadas por Frederico Ozanam. [XXX, 7]
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Poderoso impulso espiritual na Igreja do século XIX. Exemplo
do Anglicanismo com o “Movimento de Oxford” (Henry Newman recebido na Igreja em 1845, futuro cardeal). [XXX, 8]
Duas manifestações deste impulso espiritual:
- dogma da Imaculada Conceição (8.XII.1854)
(passados quatro anos das aparições de Lourdes);
- Concílio Vaticano I (1869-1870). [XXX, 8]
Vaticano I [XXX, 8]:
- infalibilidade pontifícia;
- Constituição Dei Filius (problema das relações
entre a fé e a razão).
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Século XIX: notável transformação das realidades sociais: o
auge do Capitalismo, a revolução industrial e o aparecimento
dos proletariados urbanos provocaram a aparição de um “problema social”, desconhecido até então. Situação deplorável da
classe operária (jornadas laborais esgotantes, vencimentos escassos, trabalho infantil, habitações insalubres). [XXXI, 1]
Vaticano I reuniu abundante documentação
acerca da questão social, mas não teve tempo
de ocupar-se do tema. Leão XIII (1878-1903)
fê-lo na Encíclica Rerum Novarum (1891).
Rejeita a dialética da luta de classes e pedia
aos patrões e aos operários uma harmónica
colaboração. [XXXI, 5]
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Durante o Pontificado de São Pio X (1903-1914) a dinâmica anticlerical fez-se sentir nos países latinos do sul da Europa. [XXXII, 2]
Os governos franceses fizeram gala de um laicismo militante.
A França cortou relações com a Santa Sé, foi revogada a
Concordata (1905), expulsaram-se muitos religiosos do país,
os bens eclesiásticos foram confiscados. [XXXII, 3]
Perigos mais graves no interior da Igreja: o Modernismo (Alfredo Loisy) procurava “racionalizar” a fé cristã, esvaziando-a dos dogmas e de
todo o conteúdo sobrenatural. Foi condenado
pelo decreto Lamentabili e pela Encíclica
Pascendi (1907). [XXXII, 5-7]
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Zelo pastoral de São Pío X: preocupação pela
santidade dos sacerdotes, redação de um novo
Catecismo, concessão da Primeira Comunhão
às crianças desde a idade do discernimento. [XXXII, 9]
Por determinação sua o cardeal Gasparri iniciou os
trabalhos preparatórios, que culminariam, na
promulgação por Bento XV do primeiro Código
de Direito Canónico (1917). [XXXII, 9]
Três semanas depois do início da Primeira Guerra Mundial morre S. Pio X. O seu sucessor, Bento XV (1914-1922) esforçou-se,
sem êxito, em conseguir a paz entre os beligerantes. Outro suces-so
de grande transcendência durante o seu Pontificado: a revolu-ção
russa de 1917: primeiro Estado marxista da história. [XXXIII, 1-2]
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Período de “entre-guerras”: coincidiu práticamente com o Pontificado de Pio XI (1922-1939).
Conseguiu-se pôr fim à “questão romana” (Estado da Cidade do Vaticano e Concordata). Expansão missionária na Ásia e África. Idade de
ouro da Acção Católica. [XXXIII, 3-5]
Instituição da Festa de Cristo Rei (encíclica Quas Primas, 1925),
encíclicas sobre a educação (Divini illius Magistri, 1929), matrimónio e família (Casti Connubii, 1930), doutrina social da Igreja
(Quadragesimo Anno, 1931), contra o Nacional-socia-lismo
alemão (Mit Brennender sorge, 1937) e contra o Marxis-mo ateu
(Divini Redemptoris, 1937). [XXXIII, 5 e 7]
Perseguições na Rússia, México e Espanha. [XXXIII, 6]
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Um dos testemunhos da acção do Espírito Santo na história: nascimento e desenvolvimento do Opus Dei, fenómeno ascético e pastoral
de singular importância suscitado por Deus para servir a Iglesia e
contribuir para o bem temporal e eterno da humanidade. [XXXV, 4]
Fundado por São Josemaría Escrivá de
Balaguer (1902-1975) em 2.X.1928. Difundido pelos cinco continentes. Núcleo da sua
mensagem: a chamada universal à santidade e a santificação dos homens através do
seu trabalho ordinário (doutrina comum da
Igreja depois do Vaticano II). A Santa Sé
erigiu o Opus Dei como Prelatura pessoal
(28.XI.1982). O Fundador foi canonizado em
6.X.2002.
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Na primeira nomeação do seu Pontificado, Pio XII (1939-1958) criou quatro cardeais italianos e 28 doutras nacionalidades. Reafirmou-se assim a nota da catolicidade da Igreja. Entre o seu vasto magistério destacam-se várias encíclicas, como a Mystici Corporis sobre a
Igreja (1943), e em 1950 o dogma da Assunção da Virgem. [XXXIV, 6]
João XXIII (1958-1963) abriu em 1962
o Concílio Vaticano II. Paulo VI (19631978) encerrou-o em 1965. Quatro Constituições: Lumen gentium (sobre a Igreja),
Dei Verbum (sobre a Sagrada Escritura),
Sacrosanctum Concilium (sobre a Liturgia) e Gaudium et Spes (sobre a Igreja
no mundo actual). [XXXV, 1]
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Entre os documentos mais importantes de
Paulo VI devem recordar-se a Encíclica
Humanae Vitae (1968) sobre os problemas
do matrimónio e da família e o “Credo do
Povo de Deus” (1968). [XXXV, 3]
Inúmeros documentos do Magistério de João
Paulo II. Alguns temas sobre os que incidiram
os seus ensinamentos: defesa do homem, da sua
dignidade de criatura e filho de Deus, defesa
do direito à vida e à liberdade. [XXXV, 5]
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