INTRODUÇÃO À HISTÓRIA ECONÔMICA DO TURISMO Em 1552, na França, o surgimento do Primeiro guia de estradas de autoria de Charles Estiene. Por volta de 1600, organizaram-se os primeiros transportes coletivos sob o reinado de Francisco I, na França. ( as carruagens foram equipadas com vidro na janela ). Em 1737 e 1747, houve um significante desenvolvimento na construção de rodovias. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA ECONÔMICA DO TURISMO O período entre a segunda metade do séc. XVIII e a primeira do século XIX foi marcado por outro momento importante na história do turismo – a transformação econômica e social ocorrida como consequência da Revolução Industrial. A história do turismo começou a partir da segunda metade do séc. XIX, mais precisamente no ano de 1841. Onde organizaram-se as primeiras atividades turísticas por iniciativa de algumas pessoas de destaque como Thomas Cook, Henry Wells, George Pullmann, Thomas Bennet, Luis Stangers e César Ritz. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA ECONÔMICA DO TURISMO O Handbook of the trip, considerado como o primeiro itinerário descritivo de viagesns. Um tour com a participação de guias de turismo, que levou 350 pessoas a uma viagem à Escócia em 1846. O cupom de hotel, ou como hoje é conhecido – o Voucher, foi criado em 1851. A excursão organizada, ou o pacote turístico, permitindo que uma grande parte da população tivesse acesso as viagens de férias. No campo da hotelaria devemos lembrar o nome expressivo de César Ritz. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA ECONÔMICA DO TURISMO Já no séc. XX, no período compreendido entre as duas Grandes Guerras, o automóvel veio revolucionar ainda mais as novidades da época, e o turismo crescendo. Em 1924, foi criada a União Internacional de Organizações Oficiais para a Propaganda Turística, cujo primeiro congresso foi celebrado na cidade de Haya, em 1925. Cinquenta anos mais tarde, essa instituição deu origem à OMT. No Brasil o marco principal do início da atividade turística, nos moldes do século presente, aconteceu em 1922 motivado pelas festas do Centenário da Independência. Hoje, as viagens turísticas ocupam lugar de destaque nas relações econômicas, sociais e políticas das sociedades. NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA Definição de Economia O problema econômico tem origem nas necessidades ilimitadas do ser humano e nas limitações dos recursos existentes para a satisfação daquelas. Se os indivíduos pudessem obter tudo que desejassem não haveria economia e os bens existentes no mundo seriam abundantes ou livres. O que se entende, porém, por economia? NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA Hoje existe certo consenso com relação a uma definição geral do tipo: Economia é o estudo de como os seres humanos e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos que poderiam ter aplicações alternativas, para produzir várias mercadorias, ou seja, bens e serviços, e distribuí-las para consumo, agora e no futuro, entre as diversas pessoas e grupos da sociedade¹ . 1- SAMUELSON, P.A .; NORDHAUS, W.D. Economia. 16. ed. Portugal: Mcgraw Hill,1999. p.3-7 Quais as relações da economia com o turismo ? Mas, afinal de contas, que negócio é esse? O que devemos saber sobre turismo e por quê? Sem dúvida alguma, a literatura científica sobre o tema vem crescendo nos últimos anos, demonstrando o interesse em entender a dinâmica desse setor. Mais do que isso, empreendedores, profissionais, estudantes e políticos ou já em atividade no setor procuram na literatura científica respostas para suas necessidades de qualificação e de sucesso. Em primeiro lugar, quem ingressa no mundo do turismo tem de estar consciente de que há muito por fazer, há ainda grande dose de pioneirismo, e a etapa mais difícil é a inicial: mudar “cabeças” e comportamentos, ou seja, conscientizar. Mas o que deveremos investigar ? Se você busca entender o papel de uma operadora turística e de uma agência de turismo, analisar o que é taxa de câmbio, como calculá-la, qual a influência dela sobre os principais fluxos de turistas internacionais; se você precisa saber como compor custos de um “pacote” ou como calcular comissões sobre vendas e como estas podem estimular a produtividade das empresas, e, principalmente descobrir nichos de mercado, entender das preferências dos clientes e da elasticidade da demanda do turismo, você precisa ler sobre a economia do turismo. Se você quer saber a importância e as tendências dos mercados de feiras, congressos e eventos, terá de saber avaliar a sensibilidade da demanda por determinados bens e serviços em relação aos preços e o nível de renda dos visitantes e expositores. Mas o que deveremos investigar ? Costuma-se dizer que um plano sem uma base de apoio financeiro, sem um estudo de viabilidade econômica, é um sonho, mas para torná-lo realidade, são necessários conhecimentos técnicos que a economia do turismo nos fornece. Além disso, quem quer aprofundar o conhecimento e pesquisar esse setor deve passar a encará-lo como uma atividade econômica muito importante. É claro que ele possui características peculiares, mas existem semelhanças muito grandes na sua essência com outros setores da economia. Mas o que deveremos investigar ? No turismo, por fazer parte do sistema econômico, também é possível buscar respostas com base na análise de mudanças do “ estado das coisas “ no presente. Como por exemplo. Como saber se a nossa cidade tem potencial para produzir turismo ? O que poderá acontecer com a recepção de turistas se a taxa de câmbio se modificar? Por que os investimentos no turismo são tão escassos no Brasil? E como ficarão no futuro? Mas o que deveremos investigar ? Que empregos existem no mercado e quanto estão pagando? Vale a pena investir em turismo? Por que algumas localidades e regiões desenvolvem mais o turismo do que outras? Você já deve ter feito algumas dessas perguntas. Sendo assim, você já está estudando economia, pois essas são preocupações econômicas. Riqueza O que chamamos, porém, de riqueza? Chama-se riqueza ao conjunto de coisas materiais e imateriais que são escassas. Assim, os bens e os serviços constituem a riqueza econômica. Suas principais característica são a de ter utilidade para os indivíduos e a de estar à disposição em quantidade limitada. Como exemplos de bens e serviços, temos: Riqueza Bens – máquinas, edifícios, hotéis, quadros, jóias, alimentos, carros, ônibus, aviões etc.; Serviços – transportes, bancos, correios, restaurantes, cabeleireiros, agências de viagens, alojamentos etc. Dessa forma , se não houvesse bens e serviços relativamente escassos, denominados bens econômicos, dificilmente haveria o estudo da economia.Todos os bens seriam livres, existentes em quantidade ilimitadas, como o ar atmosférico, a luz do sol e as areias do deserto. A essa transformação chamamos de atos de produção que se desenvolvem em três setores da economia: Riqueza setor primário – são as atividades de produção que têm contato direto com a natureza. setor secundáriosão as atividades de produção que abrangem as indústrias. setor terciário- são as atividades de produção que envolvem o comércio de todos os serviços. De forma geral, os bens e serviços produzidos em todos os setores constituem a riqueza de um país que segundo Adam Smith, significa o conjunto de bens e serviços que os homens podem dispor para fins econômicos PROBLEMAS ECONÔMICOS Dada a limitação de recursos, podemos considerar três problemas interdependentes que atuam sobre a organização econômica, a saber: 1. Quais serão os bens e serviços que devem ser produzidos? E, em que quantidades? Serviços hospitalares ou serviços de transporte? Hotéis de cinco ou de três estrelas? 2. Como deverão ser produzidos os bens e serviços? Isto é, de que forma? E, com quais recursos? Qual o processo tecnológico empregado? Máquinas e /ou homens? 3. Para quem deverão ser produzidos esses bens e serviços? Isto é, quem irá usufruir e obter benefícios do que for oferecido? Os ricos e /ou os pobres? Os turistas estrangeiros e /ou os turistas brasileiros? PROBLEMAS ECONÔMICOS Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas em virtude da escassez de recursos, as quatro questões são levantadas, sendo que suas respostas envolvem o problema fundamental da economia, isto é, o problema da escassez. Lei da escassez : È a impossibilidade de se produzir bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer as necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores da produção existem em quantidades limitadas. Fatores de produção : São os recursos empregados pelo homem para produzir os bens e serviços. Trabalho + capital + recursos naturais = Bens e serviços. AGENTES ECONÔMICOS São os indivíduos que fazem parte da economia e desempenham diferentes papéis, como o consumidor, e as empresas. Os primeiros são responsáveis pelo consumo, objetivando a maximização de suas satisfações; O segundo, pela produção dos diversos bens e serviços existentes na economia, procurando atingir o máximo de seu lucro. AGENTES ECONÔMICOS Das inúmeras necessidades dos consumidores e das diversas alternativas de produção das empresas, destacamos um tipo específico de bem e serviço econômico que pode ser considerado útil para os indivíduos, pois possui a qualidade de satisfazer algumas de suas necessidades de lazer. São os bens e serviços turísticos ou, como passaremos a distingui-los, os produtos turísticos. Antes de definirmos produto turístico, devemos considerar os diversos grupos que participam e que afetam a sua produção e o seu consumo em qualquer país. Esses grupos são, a saber: AGENTES ECONÔMICOS 1. Os turistas: que buscam vários tipos de experiências de satisfações psíquicas e físicas, tentando maximizar a utilidade ( satisfação ) de suas viagens; 2. As empresas turísticas : que vêem o turismo como uma oportunidade de aumentar ao máximo seus lucros, ao proporcionar os vários tipos de bens e serviços que o mercado turístico demanda; 3. O governo : que assume o turismo como um fator econômico; 4. A comunidade anfitriã: que, representada pelas pessoas nativas da região turística. Vêem o turismo como um fator cultural. Para essa comunidade, um dos aspectos mais importantes é o efeito das inter-relações entre os residentes e os visitantes. AGENTES ECONÔMICOS Importa, no entanto, destacar que o principal requisito para o desenvolvimento de produtos turísticos é a compatibilidade de objetivos e de esforços combinados dos quatro grupos de agentes envolvidos nas atividades turísticas.