Análise diferencial do escoamento (Equações de Navier-Stokes) Prof. Carlos Ruberto Fragoso Júnior 1:05 Sumário da aula Revisão Escoamento Equações de Navier-Stokes 2:52 Continuidade; Quantidade de movimento; Casos Particulares Introdução 2:52 A análise de um escoamento de fluido pode ser feita de duas maneiras: Análise onde a região de interesse é um volume definido (volume de controle); análise macroscópica (balanço global de massa); As trocas que ocorrem dentro do volume de controle, por cada elemento diferencial de fluido; análise microscópica (balanço local de massa dentro do volume de controle); As expressões resultantes deste tipo de análise microscópica são equações diferenciais; A solução destas equações diferenciais dará informações de natureza diferente da obtida através a análise macroscópica (campo de velocidade e de pressões dentro do volume de controle). Escoamento Fluido em movimento! Na natureza existem diversos tipos de escoamento: superfície do solo, rio, lagos... O escoamento é regido por diversas leis: 2:52 Equação da continuidade Equação da quantidade de movimento 2a lei de Newton 1a lei da termodinâmica 2a lei da termodinâmica Equação da continuidade Princípio da conservação da massa: Taxa de matéria que entra 2:52 - Taxa de matéria que sai = Taxa de variação interna Equação da continuidade dx esq m z k j x i 2:52 y m cima dy dz m baixo m dir Equação da continuidade Princípio da conservação da massa Taxa de massa = vazão mássica = VAρ Taxa de variação interna 2:52 dxdydz t Equação da continuidade As vazões mássicas das faces da esquerda, de baixo e de trás, são, respectivamente esq ρvdxdz m baixo ρwdxdy m trás ρudydz m As restantes se obtém expandindo as anteriores com a série de Taylor 2:52 Equação da continuidade dir ρv ρv dy dxdz m y m cima z k j x i 2:52 ρw ρw dz dxdy z m frente y ρu dx dydz ρu x Equação da continuidade Substituindo no princípio da conservação da massa Taxa de matéria que entra 2:52 = ρvdxdz ρwdxdy ρudydz Equação da continuidade Substituindo no princípio da conservação da massa Taxa de matéria que sai 2:52 = dir m cima m frente m Equação da continuidade Substituindo no princípio da conservação da massa Taxa que entra = 2:52 - Taxa que sai = ρu ρv ρw dxdydz y z x Equação da continuidade Substituindo no princípio da conservação da massa com a taxa de variação interna ρu ρu ρw dxdydz y z x ρ dxdydz t 2:52 Equação da continuidade Substituindo no princípio da conservação da massa equação da continuidade para qualquer escoamento ρ ρu ρv ρw 0 t x y z ρ ρV 0 t 2:52 Equação da continuidade Casos particulares - Escoamento permanente: ρ 0 t ρu ρv ρw 0 x y z 2:52 Equação da continuidade Casos particulares - Fluido incompressível: const u v w 0 x y z V 0 2:52 Coordenadas cilíndricas A Equação da continuidade: 1 rv r 1 v v z 0 t r r r z 2:52 Equação da quantidade de movimento Balanço de forças no elemento infinitesimal Gravitacionais (forças de campo) Perpendiculares à superfície (força superficial) Pressão Tangenciais à superfície (força superficial) 2:52 Força peso e Força de Coriolis Viscosas (cisalhamento e compressão) Equação da quantidade de movimento dV F Elem dm dt Elem dV FSuperficiais FCampo dm dt Elem FPr essão FViscos as FGravitacionais Foutras 2:52 dV m dt Elem Da 2ª lei de Newton Para um sistema infinitesimal de massa dm dV F dm dt Elem V dV DV V V dt Dt t 2:52 DV V V V V u v w Dt t x y z Aceleração convectiva Aceleração local 2:52 Da 2ª lei de Newton Para um sistema infinitesimal de massa dm dV F dm dt Elem V dV DV dm dxdydz dxdydz V V dt Dt t 2:52 Força peso Atua na direção vertical; Sua componente longitudinal é quem promove o escoamento. x1 x2 2:52 Significativa em simulações de rompimento de barragem; Força peso FG g dmk FG g dxdydzk 2:52 Força de Coriolis 2:52 A força de Coriolis, embora não possa causar o movimento da água, é importante porque pode modificar, significativamente, a direção do movimento da água, especialmente em lagos e estuários grandes. A força de Coriolis é uma força aparente que surge porque analisamos o escoamento fixando o referencial à Terra, que está em movimento de rotação. Força de Coriolis 2:52 Assim, o resultado é que, no hemisfério Sul, os fluidos escoando para o Sul são desviados para Leste e os fluidos escoando para o Norte são desviados para Oeste, ou seja, os escoamentos são sempre desviados para a esquerda no hemisfério Sul. Força de Coriolis 2:52 Força de Coriolis Os efeitos da força de Coriolis tornam-se significativos em lagos maiores do que 5.rc; onde rc é um raio característico que depende da velocidade média da água e da latitude. u u rc f 2 sinl 2:52 onde rc é o raio característico de circulação inercial (m); u é velocidade média da água (m.s-1); é a velocidade angular da terra (7,29 . 10-5 rad.s-1); e l é a latitude. Força de Coriolis 2:52 Considerando um lago na latitude de 30o (latitude aproximada dos lagos do RS), onde a velocidade da água é de 0,1 m.s-1, o valor de rc é de 1370 m. Se o lago for maior do que 7 km, aproximadamente, a força de Coriolis será significativa. Força de pressão 2:52 É necessário um gradiente de pressão para promover escoamento. O sentido do escoamento é de um ponto com maior pressão para um ponto com menor pressão Balanço de pressões 2:52 Força de pressão dy px dx px x dz z k j x i 2:52 y Fpx yzpx - px x Força de pressão Pela 2ª lei de Newton, têm-se: Fpx dydz px px x p Fpx dydz px px dx x p Fpx dxdydz x Analogamente para as outras direções 2:52 Força de cisalhamento 2:52 Força de atrito entre duas superfícies ou entre duas camadas; A nível molecular, as forças de tensão que atua em um volume de água são produzidas pela viscosidade do fluido (atrito interno das moléculas de água) que seria uma força intrínseca do fluido) Força de cisalhamento Nos contornos Vento Atrito do fundo 2:52 Forças de superfície normais na direção x. σ xx dxdydz x 2:52 Forças de superfície normais na direção x. σ xx 2:52 u x Forças de superfície normais na direção x. σ xx 2:52 u x Tangenciais na direção x: τ yx τzx x x 2:52 dxdydz Tangenciais na direção x: 2:52 τ yx u y τ zx u z A resultante na direção x é: u u u 2 2 2 dxdydz y z x 2 2 2 Um resultado análogo é obtido nas demais direções 2:52 Equação da quantidade de movimento A EQM se torna, nas 3 direções: 2u 2u 2u u u u u p u v w g x 2 2 2 x y z x y z t x 2v 2v 2v v v v v p u v w g y 2 2 2 x y z y t x y z 2w 2w 2w w w w w p u v w gz 2 2 2 x y z z y z t x 2:52 Coordenadas cilíndricas A EQM se torna, nas 3 direções: vr 1 vr vr 1 2vr 2 v 2vr vr v vr v2 vr p g r vr vz 2 2 r 2 2 2 t r r r z r r r r r r r z v v v v v v v vr r vz r r r z t 1 v 1 p g r r r r r 2 2 v 1 v 2 vr v 2 2 2 2 2 r r z r 1 vz 1 2vz 2vz vz v vz vz p vz vr vz 2 g z r 2 2 r r z z z t r r r r 2:52 Equação da quantidade de movimento Casos particulares - Escoamento permanente: 2u 2u 2u u u u p u v w g x 2 2 2 y z x z x x y 2v 2v 2v v v v p u v w g y 2 2 2 y z y x x y z 2w 2w 2w w w w p u v w gz 2 2 2 y z z y z x x 2:52 Equação da quantidade de movimento Casos particulares - Escoamento bidimensional (w=0): 2u 2u u u p u v g x 2 2 y x y x x 2v 2v v v p u v g y 2 2 y y x x y 2:52 Equação da quantidade de movimento Casos particulares - Escoamento unidimensional (v=w=0): 2 u p u u gx 2 x x x 2:52 Exercício Lista de exercícios. y v(x) x h 2:52 h