AIDS/HIV AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida HIV-Vírus da Imunodeficiência Humana MEDICINA DO ADOLESCENTE 3 Série Ricardo Zanlorenzi Karen Bobato Yan Aguilera Do que estamos falando? • Portador do HIV – Teste sorológico “+” – Sem sinais ou sintomas – CD4 maior que 350 • Doente de AIDS – Teste sorológico “+” – Doenças Oportunistas – CD4 menor que 350 HISTORIA Em 1981 foi diagnosticado 5 jovens homossexuais com Pneumocystis carinii, queda de linfócitos CD 4 e CD8. 1983 identificação do vírus, retrovírus citopático. Uma Breve História da AIDS AZT 1987 Coquetel Teste AntiVacina 1991 HIV 1998 1.996 ELISA 1985 HIV AIDS 1983 1981 Programa Nacional Lei Sarney Inibidor de Fusão 2003 HIV INFECÇÃO DO LINFÓCITO T FISIOPATOLOGIA Vírus entra na célula T e provoca modificações intracelulares RNA DNA DNA vai para o núcleo da célula, se incorpora ao genoma do hospedeiro Comanda a replicação viral e a síntese de proteínas Partículas ficam alojadas em vesículas na membrana da célula e esta junto com proteínas ficam aptas a infectar outras células Primeiramente não há resposta imune Sinais clínicos de infecção aguda começam com aumento da carga viral(RNA) Secundariamente há uma resposta imune através de linfócitos CD8 que diminuem o RNA viral circulante e há ↓ contagem de CD4 REPRODUÇÃO VIRAL EPIDEMIOLOGIA Pandemia de HIV > Mais de 6800 infecções/dia em 2007 Mais de 96% em países sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento Cerca de 1200 são crianças abaixo de 15 anos Cerca de 5800 são adultos acima de 15 anos, dos quais: Quase 50% de mulheres Cerca de 40% na faixa de 15-24 anos Estimativa de adultos e crianças que vivem com o HIV ao término de 2007 Europa Ocidental Leste Europeu & Asia Central e Central América do Norte 1,3 milhão [480 000 – 1,9 milhão] 760 000 [600 000 – 1,1 milhão] Caribe Oriente Médio & Norte da África [210 000 – 270 000] [270 000 – 500 000] 230 000 1,6 milhão [1,2 – 2,1 milhão] Leste da Ásia 380 000 América Latina África ao Sul do Saara [1,4 – 1,9 milhão] [20,9 – 24,3 milhões] 1,6 milhão 22,5 milhões 800 000 [620 000 – 960 000] Sul e Sudeste da Asia 4 milhões [3,3 – 5,1 milhões] Oceania 75 000 [53 000 – 120 000] Total: 33,2 (30,6 – 36,1) milhões Casos de aids e estimativa do número de infectados pelo HIV no Brasil. RORAIMA (1) Aids: 544.846 casos (adultos) 14.000 (< 13 anos) (2009) HIV: 620.000 infectados (380.000 a 1.000.000) dezembro de 2007) Estimativa % por sexo: feminino - 0,47% masculino - 0,84% total - 0,65% Fonte: CN DST e AIDS/SPS/MS Paraná: 26.369 casos 17,1 / 100.000 TRANSMISSÃO Compartilhando agulhas e seringas Relação sexual sem proteção Exposição ocupacional (Acidentes com sangue) Exposição a sangue contaminado (Lesão aberta da pele) Transmissão vertical (Gestação, Parto, e Aleitamento) TRASMISSÃO DO HIV Material biológico envolvido com a transmissão: • Sangue • Esperma • Secreção Vaginal • Leite humano FORMAS DE PREVENÇÃO Uso de preservativo Prevenir transmissão vertical Evitar amamentação de mães soro + Evitar transfusão sanguínea Evitar compartilhar agulhas EXAMES DIAGNÓSTICOS Para confirmação do diagnóstico deve-se ter ao menos 2 testes positivos ELISA WESTERN-BLOT Teste de imunoflorescência Teste rápido Teste da saliva Contagem de CD 4 Teste de resistência a anti-retrovirais Diagnóstico de infecção pelo HIV Elisa (anti- HIV) Imunofluorescência Western- Blot Antígeno p24 Viremia (PCR-HIV RNA) Cultura viral Testes anticorpos Testes antígenos e viremia QUADRO CLÍNICO A maioria dos sintomas clínicos são em decorrência da diminuição da contagem de CD4 que provoca uma queda da resposta imunológica Síndrome retroviral aguda – Acometimento neurológico. • Sinais: febre, sudorese noturna, letargia, mal-estar, mialgia, artralgia, cefaléia e fotofobia. Manifestação cutânea e lesão de mucosa. Linfadenopatia generalizada persistente (LGP): 50 a 70% durante síndrome retroviral aguda, aumento dos gânglios devido a infecção. QUADRO CLÍNICO Encefalite e síndrome demência: 20%, alteração neurologia elo vírus atingir preferencialmente células do SN. Meningoencefalites: liquor claro com discreta pleocitose mononuclear e discreto aumento de proteínas. Mielites Distúrbios psiquiátricos INFECÇÕES OPORTUNISTAS Fúngicas: Candidíase, Pneumocitose, Criptococose, Histoplasmose Infecção por coccídios: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Microsporidiose, Isosporíase. Virais: Herpes simples,Varicela-Zóster, Citomegalovírus. Bacterianas: Bactérias piogênicas, Tuberculose, Micobacterioses atípicas, Sífilis HIV na adolescência 138.341 casos de aids no Estado de São Paulo, 16.154 casos referem-se a adolescentes e jovens (12% do total); Adolescentes e jovens são mais vulneráveis a infecção pelo HIV/Aids; 36,1 % dos casos notificados de DST concentram-se na faixa etária de 13 a 24 anos; As principais causas de mortalidade de adolescentes e jovens são as causas externas (segundo pesquisa UNESCO, em 2002 a taxa de homicídios na população jovem foi de 54,5 para cada 100 mil habitantes, contra 21,7 para o restante da população); Jovens de 15 a 24 anos representam 47% do total de desempregados do país; Mais da metade dos jovens brasileiros entre 15 e 24 anos não estudavam em 2001. HIV NA ADOLESCÊNCIA “Tais informações nos mostram que a suscetibilidade de adolescentes e jovens ao HIV é resultante de um conjunto de aspectos não apenas individuais, mas também coletivos, contextuais, que acarretam maior suscetibilidade à infecção e menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para se proteger.” No Brasil, 5565 casos até junho de 2007 de 13-19 anos TRATAMENTO TARV - Terapia Anti-RetroViral Metas: • • • • • Restaurar a imunidade perdida; Retardar o aparecimento da AIDS; Minimizar os efeitos adversos; Manter níveis mínimos de adesão de 95%; Reduzir o aparecimento de resistência. ALVOS DA TARV Inibidores de Ligação Antagonistas de Co-receptores Inibidor de Fusão Inibidores de ITRNs, ITRNNs Entrada Inibidores Transcriptase Reversa IPs Inibidores Integrase Inibidores Inibidores Protease Maturação TRATAMENTO Deve-se iniciar tratamento em pacientes com contagem de CD4 menor que 200, pacientes sintomáticos entre 200 e 350. Não se trata pacientes com contagem de CD4 maior de 350. Para escolha do esquema de tratamento deve levar em conta: • Existência de co-infecções, estado imunológico, sexo, história familiar, uso de fumo, medicações, comorbidades, gestação e/ou risco gestacional, etc. Medicamentos anti-retrovirais distribuídos no SUS: Medicamentos nacionais: Zidovudina (AZT) Lamivudina (3TC) AZT+3TC Estavudina Indinavir Nevirapina Saquinavir Medicamentos importados: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Abacavir Atazanavir Darunavir Didanosina Efavirenz (em produção nacional a partir de 2009) Enfuvirtida Fosamprenavir Lopinavir/Ritonavir Ritonavir e Tenofovir CLASSES DE MEDICAMENTOS Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: abacavir, lamivudina, zidovudina, tenofovir. Inibidores não-nucleosidicos da transcriptase reversa: delavirdina, efavirenz, nevirapina. Inibidores da protease: amprenavir, fosamprenavir, indinavir, nelfinavir, ritonavir. CAMPANHAS BRASILEIRAS DE COMBATE A AIDS BIBLIOGRAFIA Harrison - 16◦ edição - Medicina Interna Carlos Lopes, Antônio - 2◦ edição - Tratado de clínica médica Ferreira Takahashi, Renata – Vulnerabilidade dos adolescentes ao HIV/AIDS Organização Mundial da Saúde - UNAIDS Aids epidemic update: 2003 Pio da Silva, Ana Carolina – Breastfeeding and HIV/AIDS – review