Apresentação do PowerPoint

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Capacitação em diagnóstico e tratamento do
Dengue e da FHD.
Pedro J. Vilaça
Médico Infectologista e Epidemiologista
COVISA – SMS / PMSP
2007
INTRODUÇÃO
•Doença infecciosa febril aguda, de etiologia viral e evolução
benigna na maioria das vezes.
•Atualmente é a mais importante arbovirose que afeta o ser
humano, e constitui-se em sério problema de saúde pública
no mundo.
•Sinonímia: febre quebra ossos.
•Origem do termo: “melindre”, “manha” (do espanhol)
Distribuição mundial da Dengue e de seu vetor. Ano de 2003.
35° N
35° S
Fonte: OMS
II – HISTÓRICO
• Primeiro relato: final do século
XVIII no Sudoeste Asiático (Ilha de
Java).
•1779 – 1780: descrição da
primeira epidemia nas Américas
(Filadélfia) por Benjamin Rush.
•1903: demonstração da
transmissão da doença através do
mosquito A. aegypti
• 1944: isolamento do vírus por
Sabin, com a caracterização de
dois sorotipos
II – HISTÓRICO

1950: Primeiros casos descritos de
FHD (Filipinas e Tailândia)

1956: Hammon estabelece a
caracterização de dois novos
sorotipos do vírus da dengue

1958: Brasil recebe da OMS o
certificado de erradicação do A.
aegypt

1960-70: ressurgimento do vetor
nas Américas após sua quase
erradicação nas décadas anteriores.

Década de 90: Intensificação das
epidemias pelo país.
Sorotipos Circulantes no Brasil – 2006 – MS/SVS
Fonte: SVS/MS
Dengue: situação nos
Estados brasileiros em
novembro de 2006
BASES EPIDEMIOLÓGICAS
Fatores de Transmissão
CENÁRIO DE RISCO PARA DENGUE
Idade
Sexo
Individual
Epidemiológico
Número susceptíveis
Densidade vetorial
Raça
Circulação vetorial
Nutrição
Hiperendemicidade
Infecção secundária
Resposta hospedeiro
Viral
Virulência cepa
Sorotipo
Condições Ambientais
Homem
DENGUE
Vírus
Vetor
Condições Sociais
Fatores Ambientais
• Latitude: entre 35°N e 35°S
• Altitude: inferior a 2.200
• Variação de Temperatura : 15° a 40°C
Fatores Sociais
• Densidade Populacional: moderada a alta.
• Padrões de assentamento: urbanização não
planejada, alta densidade demográfica.
• Condições sócio-econômica.
• Período diurnos de inatividade dentro de
casa.
• Crenças e conhecimento acerca da doença
Fatores Sociais
• Habitação
 Tela inadequada ou ausente
 Inexistência de água encanada
 Recipientes e caixa d’água destampada
• Coleta de lixo
 Lixeiras inadequadas;
 Coleta inadequada ou inexistente;
 Pequenos recipientes descartados;
 Pneus, etc
Fatores de risco associado ao
hospedeiro
Sexo;
Idade;
Condições Imunológicas;
Profissão
Fatores de risco associado ao
Agente
Infectividade
Patogenicidade
Virulência
•Agente Etiológico:
•É um vírus RNA.
•Arbovírus do gênero
Flavivírus, pertencente à
família Flaviviridae.
•São conhecidos quatro
sorotipos (DEN1, DEN2,
DEN3, DEN4).
•Reservatório:
A fonte da infecção e reservatório vertebrado é o ser humano. Foi
descrito na Ásia e na África um ciclo selvagem envolvendo
macacos.
Fatores de risco associados
ao Vetor
Abundância de Criadouros;
Densidade de fêmeas adultas;
Freqüência de alimentação;
Preferência de hospedeiro;
Disponibilidade de hospedeiro
Suscetibilidade inata a infecção
•Vetores:
•São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Aedes
(Stegomnya) aegypti é a mais importante na transmissão da
doença, e também pode ser transmissor da Febre Amarela
Urbana.
•O Aedes albopictus, já presente nas Américas, e com ampla
dispersão na região Sudeste do Brasil, é o vetor de
manutenção da dengue na Ásia, mas até o momento não foi
associado à transmissão da dengue nas Américas.
•O VETOR
Trata-se
adaptado
humanos.
de um artrópode
a
convivência
Preferência
pelo
intra
bem
com
e
peridomicílio.

Distribui-se praticamente em todas
as regiões compreendidas entre os
trópicos de câncer e capricórnio.
Picam
preferencialmente nas duas
primeiras horas da manhã e ao final
da tarde.
• Utiliza diversos tipos de criadouros,
cuja água independe da chuva.
• O aumento da temperatura e da
umidade aumentam seu tempo de
vida,
sua
reprodutibilidade
e
diminuem o tempo necessário para
se tornarem vetores infectantes.
• Somente as fêmeas realizam a
hematofagia.
• Transmissão vertical rara.
• Raio de vôo: 30-35 metros.
DENGUE: A DOENÇA
•Transmissão:
•A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes
aegypti (fêmea), no ciclo ser humano - Aedes aegypti - ser
humano.
• Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto
a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação
extrínseca.
•Não há transmissão por contato direto de um doente ou de
suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de
água ou alimento.
•Período de Incubação:
•Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.
•Período de Transmissibilidade:
•Compreende dois ciclos: um intrínseco (ser humano), e
outro extrínseco, (vetor).
•A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre
enquanto houver presença de vírus no sangue do ser
humano (período de viremia).
•Uma vez infectado, o mosquito transmitirá o vírus até o final
de sua vida (6 a 8 semanas).
Transmissão do vírus do Dengue
Mosquito pica /
Transmite vírus
Mosquito pica /
Adquire vírus
Período
de incubação
intrínseco
Período
de incubação
extrínseco
Viremia
Viremia
0
5
Doença
Ser humano 1
8
12
16
20
24
28
DIAS
Doença
Ser humano 2
Fonte: adaptado de www.cdc.gov/
• Imunidade e Susceptibilidade:
•A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal.
•A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo
(homóloga). Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga)
existe temporariamente.
•A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por
dengue pode ser primária e secundária.
•A resposta primária se dá em pessoas não expostas anteriormente ao
flavivírus, e o título dos anticorpos se eleva lentamente.
•A resposta secundária se dá em pessoas com infecção aguda por
dengue, mas que tiveram infecção prévia por flavivírus, e o título de
anticorpos se eleva rapidamente, atingindo níveis altos.
•Replicação inicial
em fibroblastos e
cél. Dendríticas
locais.
•Grande replicação
viral em linfonodos
•Circulação
regionais.
viral em
•Liberação das
monócitos e
•Início da migração novas cópias virais linfócitos
para linfonodos
para circulação:
periféricos.
regionais
VIREMIA
•Resposta
Imunológica (IgM)
•Início da
neutralização das
partículas virais.
•Resolução da infecção
•Fase de
convalescença
•Fagocitose viral
INFECÇÃO
INFECÇÃO
1
2
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
3
4
5
6
7
8
9
10
1
2
3
4
5
ISOLAMENTO
VIRAL
11
6
12
7
8
13
9
14
10
15
11
16..........................90 DIAS
12
13
14
15
TESTES SOROLÓGICOS (ELISA)
DIAS
Principais elementos na fisiopatogenia da infecção
pelo vírus da Dengue:
•Extravasamento vascular (vascular linkeage)
•Plaquetopenia:
•Ação direta na MO:  produção
•Aumento do consumo plaquetário
•Destruição mediada por imunocomplexos
FISIOPATOGENIA DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA AO DENV
DENV
Endotélio Vascular
Interação Vírus +
Ptns. Ativadoras
Ativação da
Resposta
Inflamatória
Liberação de
Mediadores
(citocinas)
Inflamatórios
•Óxido Nítrico
•Interferon 
•TNF-
•Interleucinas 6 e 10
EXTRAVASAMENTO VASCULAR (Vascular Linkeage)
Aumento da permeabilidade vascular com
extravasamento do conteúdo intravascular para o 3°
espaço (ptns. plasmáticas e até mesmo eritrócitos).
Perda de líquido para o terceiro
espaço
Hemoconcentração: Ht
EXTRAVASEMENTO
VASCULAR
Desidratação
Perda da homeostase capilar
e do equilíbrio hidroeletrolítico
CHOQUE
PLAQUETAS
Ação direta em MO
levando à diminuição da
produção plaquetária
Aumento do consumo
periférico de plaquetas
Destruição plaquetária devido à
deposição de imunocomplexos
na superfície plaquetária
PLAQUETOPENIA
PROVA DO LAÇO
•Hemorragia induzida
•Não é patognomônico da
dengue
•Evidência indireta da
fragilidade capilar
•Marcador de gravidade na
dengue
•Grandes diferenças na
sensibilidade
Exantema
máculo-papular
Prova do
laço
positiva
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
•A infecção por dengue causa uma doença cujo espectro inclui,
desde formas oligo ou assintomáticas, até quadros com
hemorragia e choque, podendo evoluir para o óbito.
•Infecção Assintomática
•Dengue Clássico (DC)
•Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)
•Síndrome do Choque do Dengue (SCD)
•Formas atípicas
•Dengue clássico (DC):
•A primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°C), de início
abrupto, seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia,
anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos,
exantema, prurido cutâneo.
•Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente,
desde o aparecimento da febre.
•Dor abdominal generalizada tem sido observada mais
frequentemente entre crianças e manifestações hemorrágicas,
como: petéquias, epistaxe, gengivorragia, e metrorragia tem
sido relatadas mais frequentemente entre adultos, ao fim do
período febril.
•A doença tem duração de 5 a 7 dias, mas o período de
convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade
física, e prolongar-se por várias semanas.
CASO SUSPEITO DE DENGUE CLÁSSICO (VE):
Paciente que tenha doença febril aguda, com duração máxima
de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes
sintomas:
•cefaléia
•dor retro-orbital
•mialgia
•artralgia
•prostração
•exantema.
•Ter estado, nos últimos quinze dias, em área onde esteja
ocorrendo transmissão de Dengue ou tenha a presença de Aedes
aegypti.
•Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
•Sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém há um
agravamento do quadro, no terceiro ou quarto dias de evolução,
com aparecimento de manifestações hemorrágicas e de colapso
circulatório.
•A fragilidade capilar é evidenciada pela positividade da prova do
laço.
•Outras manifestações hemorrágicas incluem: petéquias,
equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragia em diversos
órgãos (gastrintestinal, intracraniana etc.), e hemorragia
espontânea pelos locais de punção venosa.
•O choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dias de doença,
geralmente precedido por dor abdominal.
•É decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida
de hemoconcentração e falência circulatória.
•É de curta duração, e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à
recuperação rápida, após terapia anti-choque apropriada.
•Caracteriza-se por pulso rápido e fraco, com diminuição da
pressão de pulso e da pressão arterial, extremidades frias, pele
pegajosa e agitação.
•Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações
neurológicas, como convulsões e irritabilidade.
CASO SUSPEITO DE FHD (VE):
•Todo caso suspeito de Dengue Clássico, que apresente também
manifestações hemorrágicas, variando desde prova do laço
positiva, até fenômenos mais graves como hematêmese, melena
e outros.
•A ocorrência de manifestações hemorrágicas, acrescidas de
sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e
rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial,
pele fria e úmida, agitação), levam à suspeita de síndrome de
choque.
CASO CONFIRMADO DE FHD:
É o caso em que todos os critérios abaixo estão presentes:
•Febre ou história de febre recente, com duração de 7 dias ou
menos;
•Trombocitopenia (<= 100.000/mm3);
•Tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos
seguintes sinais:
•prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras, e
sangramentos de mucosas, do trato gastrointestinal e outros;
•Extravasamento de plasma, devido ao aumento de
permeabilidade capilar,manifestado por:
•(a) hematócrito apresentando um aumento de 20% do valor basal (valor do
hematócrito anterior à doença) ou valores superiores a 44% em crianças, a 48%
em mulheres e a 54% em homens; ou
•(b) queda do hematócrito em 20%, após o tratamento; ou
•(c) presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia.
FISIOPATOGENIA DA FHD
Pessoas que tenham sofrido uma infecção pelo vírus da
dengue desenvolvem anticorpos que podem neutralizar o vírus do
mesmo sorotipo (homólogos).
Em uma infecção subsequente, os anticorpos heterólogos préexistentes formam complexos com o novo sorotipo de vírus que
causa infecção, mas estes Ac não neutralizam o novo vírus.
Anticorpos Homólogos Formam Complexos
Neutralizantes
Vírus Dengue 1
Anticorpo neutralizante ao vírus Dengue 1
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo
neutralizante e vírus Dengue 1
Anticorpos Heterólogos Formam Complexos
Não-Neutralizantes
Vírus Dengue 2
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo
não neutralizante e vírus Dengue 2
Complexos Heterólogos Penetram em Mais
Monócitos, Onde o Vírus se Multiplica.
Vírus Dengue 2
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo não
neutralizante e vírus Dengue 2
A amplificação dependente de anticorpos é o processo no
qual determinadas cepas do vírus do dengue, complexadas com
anticorpos não-neutralizantes, podem penetrar uma grande
proporção de células mononucleares (Macrófagos) aumentando
assim a produção do vírus.
Esse “escape” imunológico permite infecção em maior número de
células e uma demora na resposta específica.
Abundância de mediadores inflamatórios
Parasita
Hospedeiro
Resposta imunológica
Tipo
Intensidade
Inaparente
Oligo
Clínica
Grave
DENGUE NA CRIANÇA
•Maioria das infecções é assintomática.
•Quando mais jovem, menos específico é o quadro clínico.
•Sintomas de vias aéreas superiores.
•Sintomas gastrintestinais
•Acometimento hepático
•Maior fragilidade capilar: maior risco de sangramentos
•Hiponatremia.
•Comportamento diferente em menores de 1 ano.
•A maioria das infecções é oligo ou assintomática.
•Tailândia: 87% das infecções em escolares resultaram em
apenas 1 dia de ausência à escola. (Kalayanarooj et al, J Infect Dis. 1997)
•Rio de Janeiro: Inquérito sorológico em escolares: 33% IgM+
sem relato de sintomas. (Nunes-Araujo et al. Ann Trop Med Parasitol. 2003)
•Dor de garganta, coriza e tosse costumam estar presentes em
crianças com dengue.
•A elevação de AST (TGO) é mais comum em crianças, em
níveis até acima de 1.000 U/L.
FHD EM MENORES DE 1 ANO
•Infecção primária (90%)
•Idade:
•2-12 meses (média de 8 meses)
•Queda dos Ac maternos
•Fatores de risco:
•Ac heterofílicos maternos em níveis sub neutralizantes nos
lactentes os expõe ao processo de imunoamplificação.
•Pouca idade (< 12 meses).
N° de Casos
DISTRIBUIÇÃO DA FHD/SCD NA CRIANÇA
Infecção sequencial por
diferentes sorotipos
•Primeira infecção
•Persistência de Ac maternos
QUADRO CLÍNICO:
•Febre
•Hepatomegalia
•Sintomas de vias aéreas superiores
•Sangramentos
•Vômitos
•Irritabilidade
•Exantema
•É frequente a associação com infecções bacterianas
(pneumonia, meningites, IVAS).
•Alterações neurológicas são mais frequentes, devido
principalmente a convulsões febris e hiponatremia.
•Maior frequência de acometimento hepático com elevação de
AST (TGO).
•Maior prevalência no grupo com alteração de AST .
•Não houve associação estatisticamente significativa entre a
doença e a maioria dos sintomas analisados.
•O exantema foi o único sintoma mais frequente na dengue
quando comparado a outras doenças febris indiferenciadas.
(RP:
1,53; IC95%: 1,07-2,19; p=0,06).
•49,2% das crianças (1 a 12 anos) não teriam sido diagnosticadas
como dengue caso o critério utilizado fosse somente o
preconizado pelo MS/OMS.
•Nenhum caso de FHD/SCD foi diagnosticado.
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DO DENGUE
CLÁSSICO
ENFERMIDADE
EPIDEMIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
Influenza e outras viroses
respiratórias
Rubéola
Ocorre mais no inverno,
contato pessoa-pessoa
Ausência de vacinação
prévia com tríplice viral ou
rubéola prévia, contato com
pessoa doente
Contato com pessoa doente,
ausência de vacinação antisarampo ou doença prévia
Predominam os sintomas
respiratórios
Estado geral preservado,
cursa com exantema mais
florido e adenopatias
Sarampo
Escarlatina
HIV agudo
Rickettisioses (febre
maculosa, tifo endêmico,
tifo epidêmico, febre Q
Leptospirose anictérica
Ocorre predominantemente
em crianças nos meses de
inverno
Contato sexual, uso de
drogas EV, tranfussional,
vertical
História de exposição a
carrapato, piolho, pulga
acampamentos me mata.
Frequente no verão e
primavera
Contato com águas de
enchentes ou com ratos
Queda importante do estado
geral com sintomatologia
respiratória e exantema
exuberantes, conjuntivite e
sinal de Koplik
Presença de faringite e/ou
amigdalite purulenta, e
sinais de Pastia e Filatov
Síndrome mono-like, com
adenopatia e exantema
Tríade de cefaléia, exantema
e febre
Evolução bifásica com
mialgias predominantemente
em panturrilhas e presença
de injeção conjuntival na
fase de leptospiremia.
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA FEBRE
HEMORRÁGICA DA DENGUE
ENFERMIDADE
Meningococcemia
EPIDEMIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
Ocorre mais nos meses de
Apresentação extremamente
inverno, transmissão se dá
variável desde formas
pessoa-pessoa
benignas até evolução
fulminante com choque
séptico e óbito poucas horas
após início da sintomatologia
Sepse bacteriana (Gram
Varia de acordo com o foco
positivos ou negativos)
Geralmente presente um foco
primário de infecção com
repercussões sistêmicas, por
exemplo, infecção de trato
urinário, pneumonias etc.
Febres Virais Hemorrágicas
Viagens para áreas
Exemplos: FH Argentina,
Outras
endêmicas
Venezuela, Bolívia, de Lassa,
vírus Sabiá, FH Hantan, FH
Margburg-Ebola etc.
Febre Purpúrica Brasileira
Doença bacteriana grave.
Uma conjuntivite purulenta
Ocorre mais em crianças
precede um quadro grave de
sepse e púrpura
PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA FEBRE
HEMORRÁGICA DA DENGUE
ENFERMIDADE
EPIDEMIOLOGIA
Febre Amarela
Viagem recente para área
endêmica de febre amarela
sem vacinação prévia
Leptospirose forma íctero
hemorrágica
Contato com águas de
enchentes ou com ratos
Malária por Plasmodium
falciparum (febre terçã
maligna)
Viagem recente para área
endêmica de malária
Hepatite Viral Aguda
Epidemiologia váriável de
acordo com o tipo, sendo os
tipos A e E de transmissão
oral-fecal e os tipos B, C e D
de transmissão parenteral e
este último só ocorrendo em
vigência de infecção prévia
ou concomitante pelo B.
QUADRO CLÍNICO
Icterícia intensa com enorme
elevação de transaminases,
predominando sintomas de
falência hepática e diáteses
hemorrágicas
Presença de icterícia rubínica
típica, injeção conjuntival,
insuficiência renal com hipo
ou normocalemia e
hemorragias sendo a
pulmonar a mais temida
Quadro variável de acordo
com o acometimento
preferencial por determinado
órgão. Há os chamados
acessos palúdicos
Ocorre icterícia intensa, com
grande elevação de
transaminases , podendo
haver evolução do quadro
para insuficiência hepática
aguda grave
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
•Diagnóstico sorológico
a) Método de escolha para o diagnóstico da dengue;
b) Detecta anticorpos antidengue;
c) Coleta a partir do sexto dia do início dos sintomas;
d) A técnica disponível nos laboratórios centrais do país é
o ELISA;
e) Outras técnicas como Inibição de hemaglutinação, teste
neutralização não são utilizadas na rotina.
•Diagnóstico por detecção de vírus ou antígenos
virais
a) Isolamento viral: seu uso deve ser orientado pela vigilância
epidemiológica com o objetivo de monitorar os sorotipos
circulantes;
b) Coleta até o quinto dia de início dos sintomas;
c) Detecção de antígenos virais pela imuno-histoquímica de
tecidos;
d) Diagnóstico molecular feito pelo RT-PCR.
Viremia
IgM
IgG
Pétequias em abdomen
Hemorragia conjuntival
Equimose em membro superior
Exantema em membro
superior
Prova do laço
positiva
Dengue: perspectivas epidemiológicas e clínicas
• Hiperendemicidade:  Casos de FHD
•  formas atípicas de apresentação (manifestações
neurológicas, cardíacas, hepáticas e hematopoiéticas)
• Deslocamento etário: doença da infância (sudeste asiático)
TRATAMENTO E CONDUTA
Estadiamento e tratamento
•A dengue é uma doença dinâmica, o que permite que o paciente
evolua de um estágio a outro rapidamente.
•O manejo adequado dos pacientes depende:
•do reconhecimento precoce de sinais de alerta,
•do contínuo monitoramento e re-estadiamento dos casos e
•da pronta reposição hídrica.
•Atenção: os sinais de alerta e agravamento do quadro
costumam ocorrer na fase de remissão da febre.
•Não há tratamento específico para a dengue, o que o torna
eminentemente sintomático ou preventivo das possíveis
complicações.
•As drogas antivirais, o interferon  e a gamaglobulina, testados
até o momento, não apresentaram resultados satisfatórios que
subsidiem sua indicação terapêutica.
ESTADIAMENTO
CASOS
LEVES
GRUPO A
CASOS
MODERADOS
GRUPO B
CASOS
GRAVES
GRUPOS
C/D
Exames específicos:
• A confirmação laboratorial é orientada de acordo com a situação
epidemiológica:
•Em períodos não epidêmicos: solicitar o exame em todos os casos
suspeitos;
•Em períodos epidêmicos: solicitar o exame conforme a orientação da
vigilância epidemiológica;
•Solicitar sempre nas seguintes situações:
•Gestantes (diagnóstico diferencial com rubéola);
•Exames inespecíficos:
•Hematócrito, hemoglobina, plaquetas e leucograma:
– Recomendado para pacientes que se enquadrem nas seguintes situações:
gestantes; idosos (>65 anos); hipertensão arterial, diabete melito, DPOC, doenças
hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme), doença renal crônica,
doença severa do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica e doenças autoimunes;
•Coleta no mesmo dia e resultado em até 24 horas.
CONDUTA (grupo A):
Hidratação oral 60-80 ml/Kg/dia (1/3 do volume com SRO,
restante líquidos caseiros)
Sintomáticos ( antitérmico, analgésico)
Orientação – (retorno imediato ao identificar Sinais de alerta)
Critérios de Internação
• Hipotensão ou choque
• Sinais de mau prognóstico
• Plaquetopenia  50.000
• Hematócrito elevado ou ascendente
• Doença crônica descompensada
Critérios de Alta
• Ausência de febre por 24 horas sem terapia antitérmica
• Melhora visível do quadro clínico
• Hematócrito normal e estável por 24 horas
• Plaquetas em elevação
• Reabsorção dos derrames cavitários
• Estabilização hemodinâmica por 48 horas
Situação Epidemiológica da
Dengue no Município de
São Paulo
Incidência(por 100.000hab) e número de DA com transmissão de dengue
ano
no período de 1998 a 2006 no MSP- ESP
Nº casos
Nº de
Nº de DA
Nº supeitos confirmados
autoctones Incidência infestados
Nº de DA com
transmissão
1998
809
145
0
0
27
0
1999
412
84
2
0,02
33
1
2000
412
122
0
0
33
0
2001
2646
631
308
2,9
40
16
2002
14586
2135
429
4,0
52
40
2003
6590
1503
760
7,2
70
53
2004
1720
98
10
0,09
75
3
2005
1420
274
2006
4440
1598
fonte:Vigilância Saúde Ambiental -SMS
37
464
0,32
3,65
81
83
9
63
Incidência de Dengue(por 100000hab) no município de São
Paulo, Interior da Grande São Paulo e Estado de São Paulo no período de
1998 a 2006
160,00
140,00
137,3
120,00
102,62
100,00
103,42
84,26
80,00
60,00
52,67
42,36
40,00
30,27
22,81
20,00
13,43
9,72
0,00
0
0,00
1998
0
0,02
1999
0
0,00
2000
6,03
2,93
2001
M SP
Fonte: Div.Zoonoses- CVE
4,11
2002
INTERTIOR GSP
7,16
2003
ESTADO
7,66
0,09
0,12
2004
0,66
0,34
2005
16,38
4,26
2006
CARNAVAL
FONTE: SINAN/VIG.SAÚDE//SMS
SEMANA SANTA
Distribuição dos casos de Dengue por
semana epidemiológica no município de
São Paulo -2003
120
100
carnaval
Semana Santa
nº de casos
80
60
autóctone
importado
40
20
se
FONTE: SINAN/VIG.SAÚDE//SMS
31
29
27
25
23
21
19
17
15
13
11
9
7
5
3
1
0
Kernel: Concentração espacial dos casos
AUTÓCTONES de dengue, ano 2003.
Kernel: Concentração espacial dos casos
IMPORTADOS de dengue, ano 2003.
Kernel prismático: concentração
espacial dos casos de dengue
AUTÓCTONES, ano de 2003
Kernel prismático: concentração
espacial dos casos de dengue
IMPORTADOS, ano de 2003
Distribuição mensal dos casos suspeitos e confirmados de
dengue no município de São Paulo 2004-2006
ESTRATIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE ACORDO COM SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA.
Maio 2001
Junho 2002
ESTRATO 2:
Casos autóctones de Dengue
ESTRATO 3:
Área com Aedes aegypti
ESTRATO 4:
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Área sem Aedes aegypti
Fonte: Coordenação Geral de Controle do Aedes aegypti
ESTRATIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE ACORDO COM SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA.
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Município de São Paulo
Distritos Administrativos por Estrato
Julho 03 a junho 04
Parelheiros
Grajaú
Estrato 2: Com infestação
dom. e dengue autóctone
Estrato 3: Com infestação domiciliar
Estrato 4: Sem infestação
domiciliar
Marsilac
Fonte: Centro de Controle de
Zoonoses SMS-PMSP
ESTRATIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE ACORDO COM SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA.
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Município de
São Paulo
Distritos
Administrativos
por Estrato
julho 04 a junho 05
Estrato 2: com
infestação
por A.aegypti e casos
de dengue autóctone
Estrato 3: com
infestação
por A.aegypti
Estrato 4: sem
infestação
por A.aegypti
ESTRATIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE ACORDO COM SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA.
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Município de
São Paulo
Distritos
Administrativos
por Estrato
julho 05 a junho 06
Estrato 2: com
infestação
por A.aegypti e casos
de dengue autóctone
Estrato 3: com
infestação
por A.aegypti
Estrato 4: sem
infestação
por A.aegypti
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Município de
São Paulo
Cidade
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Parelheiros
Marsilac
Pedreira
Grajaú
Distritos Administrativos por Estrato
Julho 06 a Jun 07
Estrato 1: infestação A.aegypti,
de 2
sorotipos e/ou casos
hemorrágica
circulação
dengue
Estrato 2: com infestação por
e casos
de dengue autóctone
A.aegypti
Estrato 3: com infestação por
A.aegypti
Estrato 4: sem infestação por
A.aegypti
Fonte: GCCZ/COVISA/SMS
BIBLIOGRAFIA
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• Gubler, D CMR 11(3),2002
FIM
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