COEM – 1° ANO 5 SP - 5ª sessão prática A PRECE OS VÁRIOS TIPOS DE PRECE OS VÁRIOS TIPOS DE PRECE Questão 659 de O Livro dos Espíritos: Qual é o caráter geral da prece? – A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar n’Ele; é se aproximar d’Ele; é colocar-se em comunicação com Ele. Pela prece, podem-se propor três coisas: louvar, pedir, agradecer. LOUVOR ou ADORAÇÃO Reconhecer que Deus é o Criador de tudo que existe e tem a inteligência suprema, a bondade e a misericórdia infinitas e é perfeitamente portanto devemos justo, nos colocar em suas mãos, confiando. A prece é uma invocação. Ao fazê-la, entra-se em comunicação com o ser ao qual nos dirigimos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução da vontade d’Ele, e as que são dirigidas Espíritos são levadas a Deus. aos bons igualmente Quando oramos a outros seres que não a Deus, é somente na qualidade de intermediários que eles a recebem, pois nada pode se realizar sem a vontade de Deus. Jesus ensinou-nos: Pedi e obtereis. (Cap.27 de O Evangelho Segundo O Espiritismo) Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e vos será concedido. (Marcos,11:24) Para compreender a ação da prece precisamos conhecer o modo de transmissão do pensamento. Para isso, vamos lembrar que todos os seres, encarnados e desencarnados, estão mergulhados no fluido cósmico universal, que ocupa todo espaço infinito. O fluido cósmico recebe um impulso da nossa vontade (vibração) e é veículo do pensamento, como o ar é veículo do som, com a diferença de que o fluido cósmico está em todo Universo, inclusive no vácuo. Assim que a prece é ouvida pelos Espíritos em qualquer lugar que estejam; que os Espíritos comunicam-se entre si, nos transmitem suas inspirações, e que as relações se estabelecem entre encarnados, ou entre encarnado e desencarnados, independente da distância. A intensidade dessa vibração, dessa corrente de fluidos, será forte ou fraca, dependendo da força do pensamento e da força da vontade de quem ora (sentimento, emoção). No livro Missionários da luz, do espírito André Luiz através da psicografia de Chico Xavier: “Os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertemse em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se, gradativamente, em foco irradiante de energias da Divindade.” No livro Os mensageiros (André Luiz/Chico Xavier): “O trabalho da prece é mais importante do que se possa imaginar no círculo dos encarnados. Não há prece sem resposta. E a oração, filha do amor, não é apenas súplica. É comunhão entre o Criador e a criatura, constituindo, assim, o mais poderoso influxo magnético que conhecemos. ( Acresce notar, porém, que a rogativa maléfica conta, igualmente, com enorme potencial de influenciação. Toda vez que o Espírito se coloca nessa atitude mental, estabelece um laço de correspondência entre ele e o Além. Se a oração traduz atividade no bem divino, venha donde vier, encaminhar-se-á para o Além em sentido vertical, buscando as bênçãos da vida superior, cumprindo-nos advertir que os maus respondem aos maus nos planos inferiores, entrelaçando-se mentalmente uns com os outros.) - cont – É razoável, porém, destacar que toda prece impessoal dirigida às Forças Supremas do Bem, delas recebe resposta imediata, em nome de Deus. Sobre os que oram nessas tarefas benditas, fluem, das esferas mais altas, os elementos-força que vitalizam nosso mundo interior, edificando-nos as esperanças divinas, e se exteriorizam, em seguida, contagiados de nosso magnetismo pessoal, no intenso desejo de servir com o Senhor.” A prece pode ter uma ação direta e efetiva, mas sempre subordinada à vontade de Deus. Deus, como Pai amoroso e sábio, conhece o que é melhor para cada um de seus filhos. Aqui, como encarnados, estamos iludidos quanto às reais necessidades do nosso espírito para nossa evolução. Portanto, se pedirmos algo que irá atrapalhar ou nos desviar de nossa programação feita antes desta reencarnação, com certeza, se tivermos esse mérito, não seremos atendidos visando nosso próprio interesse como seres que lutamos para evoluir. Contudo, receberemos a coragem, a paciência, a resignação para suportarmos a prova. Se o que pedimos não nos é concedido, não devemos desanimar por isso; é preciso pensar, ao contrário, que a privação do que desejamos nos é imposta como prova ou como expiação, e que a nossa recompensa será proporcional à resignação com que a tivermos suportado. Pela prece, atrai-se a ajuda dos bons Espíritos, que amparam as boas resoluções e inspiram os bons pensamentos. Assim, consegue-se a força moral para vencer as dificuldades e ser orientado pelo caminho do Bem, desviando-se assim dos males que pode evitar (os que não estão em sua programação, para seu resgate ou evolução). A prece não derroga as leis, apenas evita que infrinjamos essas leis pelo mau uso de nosso livre arbítrio. Aquele que ora recebe a intuição da melhor maneira a agir, mas pode segui-la ou não. Deus quer que assim seja para que cada um tenha o mérito da escolha entre o bem e o mal, a responsabilidade de seus atos. É importante que aprendamos a ajudar a nós mesmos pelo esforço e ao mesmo tempo confiarmos na Providência Divina (fé) e nos submetermos à vontade do Pai (humildade, superação do nosso orgulho e da vaidade). “A prece é o orvalho divino que tranquiliza o calor excessivo das paixões.” (Santo Agostinho – Cap.27 de O Evangelho Segundo o Espiritismo) AGRADECIMENTO Cada fato bom que ocorre em nossas vidas, temos que agradecer, pois isto nos faz lembrar que nada temos se não for pela vontade de Deus. Nossos bens são apenas um empréstimo de DEUS. Mesmo nosso corpo físico e sua saúde devemos ao Pai, estarmos pela oportunidade encarnados, de realizando provas que nos permitem evoluir. Agradecer pela proteção e intuição dos bons espíritos. Isto fortalece nossa humildade, atraindo os bons espíritos e afastando os mal-intencionados. Tipos de prece (O Evangelho Segundo o Espiritismo): 1 – por si mesmo 2 – por um encarnado 3 – pelos desencarnados 4 – pelos doentes 5 – pelos obsediados 6 – pelo obsessor 7 – preces em geral: A – Oração ao acordar: agradecer por mais um dia, pela saúde, etc., pedir força e iluminação, amparo e proteção para as tarefas do dia, que possa resistir às tentações, sempre disciplinado e vigilante, que possa ter paciência e tolerância com todos, que não magoe ninguém, que perdoe as ofensas que lhe fizerem, etc. B – Oração ao deitar ao final do dia: agradecer, pedir proteção para o desdobramento durante o sono. C – Agradecer a cada situação em que nos livramos de um mal D – Agradecer um favor obtido E – Nos momentos de aflição F – Diante de um perigo iminente G – Prece de resignação diante de algo que não se pode mudar H – Força e iluminação nos momentos de dificuldades Reuniões Espíritas: Onde quer que se encontrem duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu me encontrarei entre elas (Mateus, 18:20) A presença espiritual de Jesus e dos bons espíritos se dará sempre que o sentimento de caridade seja a base da união com fraternidade, em comunhão de pensamentos, com benevolência mútua (sem prevenção entre si, ódio, inveja ou ciúme). “A prece deve ser feita no início e no encerramento de cada reunião espírita.”(Kardec em ESE) EVANGELHO NO LAR No manual ‘Orientação ao Centro Espírita’ do Conselho Federativo Nacional, lê-se que o Evangelho no Lar é uma reunião da família em dia e hora certos, para estudo do Evangelho e oração em conjunto. Pode-se dizer, em outras palavras, que é uma reunião familiar de estudo e reflexão dos ensinamentos de Jesus, interpretados à luz da Doutrina Espírita, na qual se utiliza a prece como instrumento de ligação com o Senhor da Vida. No livro Missionários da luz é ensinado que o ‘lar não é somente a moradia dos corpos, mas, acima de tudo, a residência das almas. O santuário doméstico que encontre criaturas amantes da oração e dos sentimentos elevados converte-se em campo sublime das mais belas florações e colheitas espirituais.’ No livro Os mensageiros: ‘Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, espirituais pelas que claridades acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza.’ E no livro Desobsessão (idem): ‘Além dos companheiros desencarnados que estacionam no lar ou nas adjacências dele, há outros irmãos já desenfaixados da veste física, principalmente os que remanescem das tarefas de enfermagem espiritual no grupo, que recolhem amparo e ensinamento, consolação e alívio, da conversação espírita e da prece em casa. O culto do Evangelho no abrigo doméstico equivale a lâmpada acesa para todos os imperativos do apoio e do esclarecimento espiritual.’