ciencias terceiro (1472512)

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O método científico:
O conhecimento científico é uma
conquista recente da humanidade,
datando de cerca de quatrocentos
anos. No pensamento grego,
ciência e filosofia achavam-se
ainda vinculadas e só vieram a se
separar
a
partir
da
Idade
Moderna, no século XVII, com a
revolução científica instaurada por
Galileu.
A comunidade científica:
As conclusões a que chegam os
cientistas são avaliados pelos seus
pares,
que
pertencem
a
uma
comunidade intelectual encarregada
do constante exame crítico desses
resultados. Uma comunidade científica
pode ser entendida como o conjunto
dos indivíduos que se reconhecem e
são reconhecidos como possuidores de
conhecimentos específicos na área da
investigação científica.
Ciência e valores:
De fato, embora sejam inegáveis as
aplicações tecnológicas, não é essa a
intenção primeira da investigação
científica, que antes de tudo visa ao
conhecimento. Sob esse aspecto, a
ciência
só
visaria
a
valores
cognitivos,isto é, ao cientista só
interessaria conhecer por conhecer,
sem se preocupar com aplicação do
conhecimento.
Valores cognitivos:
Examinaremos inicialmente as três
características aos valores cognitivos
da ciência:
Imparcialidade: imparcialidade
é a
concepção de que as teorias são
corretamente aceitas apenas em
virtude de manifestarem os valores
cognitivos em alto grau, segundo os
mais rigorosos padrões de avaliação e
com respeito a uma série apropriada
de dados empíricos.
Autonomia:
A
autonomia
refere-se
às
condições
independentes
das
investigações, porque, segundo se
espera, as instituições científicas
deveriam estar isentas
de
pressões externas e poder definir
suas agendas voltadas para a
produção de teorias imparciais e
neutras.
O nascimento
da
ciência moderna
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Nos seus primórdios, a ciência não se
distinguia da filosofia. De acordo com a
definição de Aristóteles, a ciência é um
conhecimento das coisas pelas suas
causas. Neste sentido, todos os filósofos
eram também cientistas.
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Aristóteles,
numa
representação
medieval (durante muitos séculos,
Aristóteles foi considerado o modelo
do cientista)
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A ciência encontrava-se ainda no seu
estado teórico:
um saber pelo saber, um saber
desinteressado.
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A revolução científica dos
séculos XVII e XVIII
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A ciência moderna nasceu
entre os séculos XVI e XVIII com
Galileu, Kepler e Newton.
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As leis científicas
passam a explicar
matematicamente os
fenómenos testados
por verificação
empírica e a prever a
ocorrência de novos
fenómenos.
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É nesta altura que a ciência se
autonomiza relativamente à
filosofia
e
se
torna
um
conhecimento
que
procura
formular as leis que regem os
fenómenos mediante linguagens
rigorosas.
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Biologia
O microscópio,
inventado nos finais do
século XVI, permite
observar bactérias,
células vegetais e a
circulação do sangue nos
capilares
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Galileu introduz a
luneta nas suas
investigações
astronómicas em
1609.
Descobre as
montanhas da lua, as
fases de Vénus e os
satélites de Júpiter.
É levado ao tribunal
da Inquisição em
1632.
A célebre luneta de Galileu
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Medicina
William Harvey
descobre, em
1628, a circulação
sanguínea
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Em 1687, Newton
aplica as matemáticas
aos movimentos dos
corpos e estabelece a
lei da gravitação
universal.
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A ciência moderna está associada aos
desenvolvimentos da física clássica e
da linguagem matemática.
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Química
Em 1661, Robert
Boyle, introduz a
noção de elemento
químico e enuncia
a lei da
compressibilidade
dos gases.
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Química
Lavoisier, por volta
de 1780, descobre
a existência do
oxigénio e define o
seu papel na
composição do ar,
da água e na
combustão dos
materiais.
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A revolução industrial dos
séculos XVIII e XIX
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A concepção moderna de ciência
substitui a antiga concepção
teórica de ciência por uma
concepção que coloca o pólo
teórico ao serviço da atividade
manipuladora e tecnológica.
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A revolução industrial do século XVIII e XIX
é a consequência imediata da tecnociência
– a técnica é a ciência posta em prática.
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A ciência transforma-se em
tecnociência.
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O cientismo do século XIX
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No século XIX, a crença ilimitada na
ciência transforma-a no único
conhecimento válido, verdadeiro,
infalível e incontestado.
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Biologia
No século XIX, a
biologia forma
duas direcções
de investigação:
a teoria da
evolução e o
estudo das
células.
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Todos os outros saberes (religião e
filosofia) são formas imperfeitas e
menores de compreensão da
realidade.
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Medicina
No século XIX, a
medicina
identifica as
bactérias
responsáveis
pela lepra,
tuberculose e
paludismo.
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As ciências sociais e humanas
desenvolvem-se durante todo
o século XIX: a Geografia, a
Economia, a Antropologia, a
Sociologia e a Psicologia.
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A ciência é entendida como sinónimo
de progresso e de felicidade.
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As crises e as conquistas da ciência
no século XX
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A ciência do século XX – que alguns
designam por ciência pós-moderna está associada ao surgimento da
teoria da relatividade de Einstein e
aos avanços da física quântica.
A ciência fica marcada pela
incerteza, indeterminismo e
probabilidade.
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A partir da segunda metade do
século XX, acontecimentos como
Hiroxima, Nagasáqui e as
experimentações genéticas levadas a
cabo pela Alemanha nazi,
juntamente com a crise dos
fundamentos da ciência, fizeram
reconhecer os limites da ciência.
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Será que tudo o que é tecnicamente
possível deve ser experimentado?
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