coagulável

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO – UPF
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - FEAR
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
DISCIPLINA: TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO DE EFLUENTES
Prof. Marcelo Hemkemeier
Prof. Paulo Roberto Koetz
PASSO FUNDO/RS
SETEMBRO/2009
CONCEITOS BÁSICOS
• Dispersões
soluções (<10Å)
dispersões coloidais (10-1000Å)
suspensões (>1000Å)
• Distribuição dos poluentes:
sólidos dissolvidos
Sólidos totais
sólidos suspensos
fixos
voláteis
fixos
voláteis
CONCEITOS BÁSICOS
• Aplicações no tratamento de efluentes:
–
–
–
–
Caracterização de efluentes;
Monitoramento da planta de tratamento;
Identificação da DBO nas diferentes fases;
Determinação da biomassa (sólidos voláteis – 7085% dos sólidos totais);
CONCEITOS BÁSICOS
• Escolha do tipo de tratamento físicoquímico:
• Relação DBO/DQO(Tendendo a 1 – proc.
biológico)
• Relação SSV/SV >80%: Decantação
simples, flotação, precipitação química
com coagulante ou variação de pH;
• Relação SDV/SV >80%: Adsorção com
carvão ativo, oxidação química,
precipitação química com elevação de
pH;
CONCEITOS BÁSICOS
Hidrofílicos
• Tipos de colóides
Hidrofóbicos
• Estado coloidal
Sol
Gel
Emulsão
Aerosol
CONCEITOS BÁSICOS
•Reações de Oxi-Redução: provocam variação real ou
teórica de um átomo
– Oxidante: quem provoca a oxidação e por
consequência se reduz (ganha elétrons);
– Redutor: quem provoca a redução e por
consequência se oxida (perde elétrons);
•Potencial de Oxi-Redução (POR): é a medida da capacidade de
oxidação ou redução de uma substância/efluente
CONCEITOS BÁSICOS
• Produtos químicos utilizados:
– Precipitantes químicos
– Auxiliares de floculação
Sulfato de alumínio (+cal)
Cloreto férrico (+cal)
Polieletrólito catiônico
Cal
Tanino
Polímeros (aniônico,
catiônico, neutro)
Silica ativada
CONCEITOS BÁSICOS
• Produtos químicos utilizados:
– Correção de pH
(efluente alcalino)
– Correção de pH
(efluente ácido)
Gás carbônico
Ácido sulfúrico
Ácido clorídrico
Cal hidratada
Carbonato de cálcio
Hidróxido de sódio
CONCEITOS BÁSICOS
• Produtos químicos utilizados:
– Oxidantes
Cloro
Peróxido
Ozônio
– Redutores
Bissulfito de sódio
Dióxido de enxofre
Metabissulfito de sódio
CONCEITOS BÁSICOS
• Produtos químicos utilizados:
– Remoção de fósforo
– Remoção de cor
Sulfato de alumínio
Cloreto férrico + cal
Cal
Cloro
Ozônio
Carvão ativo
Coagulantes
CONCEITOS BÁSICOS
• Utilização recomendável dos
Processos Físico-Químicos:
– Poluentes inorgânicos dissolvidos ou não;
– Metais pesados;
– Óleos e graxas;
– Cor;
– Matéria orgânica não biodegradável tóxica
CONCEITOS BÁSICOS
• Mecanismo de escolha do processo de
tratamento:
RELAÇÃO DQO/DBO
DQO < 2xDBO – Proc. Biológico
DQO < 3-4xDBO – Proc. Físico-Químico
CONCEITOS BÁSICOS
Tabela 1. Coagulantes mais usados
Coagulante
Alúmen Al2(SO4)3.18H2O
Aluminato Sódico
– Na2Al2O4
Sulfato Ferroso–
FeSO4.7H2O
Coag. Férricos.Fe2(SO4)3; FeCl3
Óxido de
magnésio - MgO
Observações
É o mais empregado
pH
5,5 – 8,0
Junto c/ o alúmen p/
descolorir águas
residuais
Adiciona-se
álcalishidróxidos de
ferro. Os flocos não se
dissolvem em solns.
muito alcalinas
---
> 8,0
Elimina a sílica solúvel
1,5 – 11,0
4,0 – 11,0

9,5
CONCEITOS BÁSICOS
Tabela 2. Coadjuvantes/auxiliares mais usados
Aniônicos
carboxílicos
Grupos sulfônicos
fosfóricos
Catiônicos
aminas
quaternárias
fosfaminas
sulfaminas
Não-iônicos
poliálcoois
poliésteres
poliamidas
CONCEITOS BÁSICOS
• Rotina para escolha do processo de tratamento:
Amostra do efluente bruto
Caracterização: DQO, DBO, sólidos
Jar test
Efluente tratado
Cálculo da eficiência
Análise de custos
COAGULAÇÃO
• Mecanismos de coagulação:
– Compressão da camada difusa;
– Adsorção e neutralização de cargas;
– Varredura;
– Adsorção e formação de pontes;
COAGULAÇÃO
• Compressão da camada difusa:
– Introdução de um eletrólito de carga oposta a do colóide,
aumentando a densidade de cargas na camada difusa,
ocorrendo a coagulação por compressão da camada difusa;
– Aspectos: quantidade de eletrólitos é independente da
concentração de colóides e não é possível a reversão do
processo;
– Efeito eletrostático;
– Mecanismo associado principalmente aos sais de Al e Fe.
COAGULAÇÃO
• Adsorção e neutralização de cargas:
– Espécies químicas capazes de adsorver na superfície do
colóide, resultando em interações (ligações);
– Estes fenômenos são superiores aos eletrostáticos;
– Aspectos: dosagens menores para desestabilização;
quantidades estequiométricas; possibilidade de reversão;
– Importante quando remoção de partículas desestabilizadas
ocorre em meio filtrante.
COAGULAÇÃO
• Varredura:
– Dependendo do pH, dosagem do coagulante poderá ocorrer
a formação de precipitados (Al(OH)3 e Fe(OH)3) ;
– Mecanismo utilizado quando a floculação é seguida de
decantação ou flotação antes da filtração;
– Aspectos: dosagens maiores, faixa de pH mais estreita; o
potencial zeta mínimo não corresponde às regiões ótimas
de coagulação.
COAGULAÇÃO
• Adsorção e formação de pontes:
– Mecanismo baseado na adsorção dos coagulantes à
superfície das partículas coloidal, seguida pela redução da
carga ou pelo “entrelaçamento” das partículas pelos
polímeros ;
– Coagulantes são polímeros naturais ou sintéticos de cadeia
longa (polieletrólitos).
Comparação entre os mecanismos de coagulação
Diagrama de coagulação do sulfato de alumínio
Mecanismos de coagulação e floculação
COAGULAÇÃO
• Mistura rápida entre o coagulante e o efluente
provocando a hidrolisação, polimerização e reação
com alcalinidade;
• Formação do gel e desestabilização das cargas
(potencial zeta tendendo a zero);
• Tempo de reação = 1s;
• Mistura: misturadores hidráulicos ou mecânicos;
• Tempo de residência: 0,5 à 1,5min;
• Gradiente de velocidade: 500-1500s-1.
COAGULAÇÃO
FLOCULAÇÃO
• Unidade de mistura lenta;
• Objetiva-se transformar o coágulo em partículas
maiores, denominadas flocos;
• Gradiente de velocidade: 20-80s-1;
• Tempo de residência: 30min;
• Uso de auxiliares de coagulação (polieletrólitos);
• Floculadores hidráulicos ou mecânicos (velocidade
não superior a 0,45m.s-1.
FLOCULAÇÃO
Estação compacta – sistema de flocodecantação seguido de filtração
Estação compacta – sistema de flocodecantação seguido de filtração
ELETRÓLISE
• Histórico;
• Eletrólise: Transformações químicas que ocorrem
nos eletrodos e no meio onde estão inseridos pela
passagem da corrente elétrica;
• Tratamento eletrolítico: aplicação da eletrólise ao
tratamento de efluentes;
• O efluente é submetido uma diferença de potencial
elétrico por conjuntos de eletrodos;
ELETRÓLISE
• Mecanismos:
• Eletrofloculação;
• Eletroflotação;
• Eletroxidação.
• Eletrodo positivo: anodo;
• Eletrodo negativo: catodo
ELETRÓLISE
Arranjos de eletrodos
ELETRÓLISE
Arranjos de eletrodos
ELETRÓLISE
Arranjos de eletrodos
ELETRÓLISE
• Aplicações do processo eletrolítico:
• Remoção de metais;
• Remoção de DQO/DBO (coagulável);
• Remoção de substâncias recalcitrantes.
• Efluentes:
•
•
•
•
•
Galvanoplastia;
Hospitalares;
Chorume;
Abatedouros;
Indústria petroquímica.
ELETRÓLISE
• Principais vantagens:
• Não geração de odores;
• Menor área;
• Facilidade e flexibilidade no controle do processo de
tratamento;
• Menor quantidade de lodo;
• Remoção significativa de macronutrientes;
• Baixo custo de implantação;
• Ideal para pequenas vazões.
• Principais desvantagens:
• Custo de tratamento (alto consumo de energia e de
eletrodos);
• Dificuldade de remover DQO/DBO solúvel.
PROCESSOS OXIDATIVOS
AVANÇADOS - POA
• Oxidar compostos orgânicos complexos a
moléculas simples, ou até mesmo
mineralizá-las
• Baseado na geração de radical hidroxila
(OH.), altamente oxidante e não seletiva.
PROCESSOS OXIDATIVOS
AVANÇADOS - POA
•Classificação
Sistema
Com irradiação
Sem
irradiação
O3/H2O2/UV
Homogêneo
O3/UV
O3/H2O2
H2O2/UV
Fe(II)/H2O2
Fe(II)/H2O2/UV
Heterogêneo
semicondutor/UV
semicondutor/H2O2/UV
PROCESSOS OXIDATIVOS
AVANÇADOS - POA
•Processos Homogêneos :
•Fotólise de peróxido de hidrogênio (H2O2/UV);
h
H 2O2  2 HO
.
•Ozonização (O3/H2O2;O3/UV;O3/H2O2/UV);
h
O3  H 2O  H 2O2  O2
h
H 2O2  2HO
.
PROCESSOS OXIDATIVOS
AVANÇADOS - POA
Fe2+ + H2O2
Fe3+ + H2O2
HO. + RH
R. + H2O2
HO. + Fe2+
FENTON
Fe3+ + OH- + HO.
Fe2+ + HO2. + H+
R. + H2O
ROH + HO.
HO- + Fe3+
PROCESSOS OXIDATIVOS
AVANÇADOS - POA
FOTO-FENTON
Fe2+ + H2O2
Fe3+ + OH- + HO.
Fe3+ + H2O + hv
Fe2+ + HO. + H+
( = 580 nm)
PROCESSOS OXIDATIVOS
AVANÇADOS
• Principais utilizações:
– Efluentes recalcitrantes (chorume, textil, químico);
– Remoção de substâncias específicas (fenóis, HCN, H2S);
– Biorremediação de solos.
ELETRODIÁLISE
• O efluente é submetido uma diferença de potencial
elétrico por dois eletrodos;
• Existência de membranas seletivas;
• Utilizada na dessalinização e desmineralização de
águas;
• Método promissor na eliminação de nitrogênio e
fósforo;
• Necessita pré-tratamento eficiente.
ELETRODIÁLISE
OSMOSE REVERSA
• Aplicação de força superior a pressão
osmótica da solução no compartimento de
solução concentrada;
• Aplicação restrita no tratamento de
efluentes industriais;
• Reuso;
• Necessita pré-tratamento rigoroso.
OSMOSE REVERSA
OSMOSE REVERSA
CARVÃO ATIVO
• Fixação de poluentes por adsorção na superfície;
• Material adsorvente possui área superficial elevada devido a
porosidade;
• Remoção: cor, matéria orgânica dissolvida, fenóis, nutrientes e
sólidos em suspenão;
• Sistemas são utilizados após sistemas de filtração com areia;
• Tempo de residência: 15-40min;
• Vantagem: capacidade de regeneração;
• Outras substâncias adsorventes: turfa, cinzas, areia, casca de
extração de tanino.
CARVÃO ATIVO
Filtro de carvão ativo
TROCA IÔNICA
• Fixação, em uma superfície sólida (fase
estacionária), de íons, que se trocam por íons da
solução de outra espécie (fase móvel);
• Vantagem: Capacidade de regeneração;
• Utilização em processos de galvanoplastia.
TROCA IÔNICA
Troca iônica: Esquema
TROCA IÔNICA
Troca iônica: efluente de galvanoplastia
TROCA IÔNICA
REMOÇÃO DE FÓSFORO
• Precipitação química:
– Fe3+ + PO43-
– 3Ca2+ + 2P43– Al3+ + PO43-
FePO4 (E=90%)
E=95%
Ca3(PO4)2 (E=50%)
AlPO4 (E=95%)
•Dosagens devem ser determinadas experimentalmente.
REMOÇÃO DE NITROGÊNIO E
FÓSFORO
Esquema para remoção de fósforo e nitrogênio
REFERÊNCIAS
• Di BERNARDO, L.; DI BERNARDO, A. & CENTURIONE FILHO, P.
L. Ensaios de tratabilidade de água e dos resíduos gerados em
estações de tratamento de água. Editora Rima/São Carlos/SP.
237p, 2002.
• METCALF & EDDY. Wastewater engineering: treatment,
disposal and reuse. Ed. McGraw Hill. 1334p, 1993.
• NUNES, J. A. Tratamento físico-químico de águas residuárias
industriais. Editora triunfo/Aracajú/SE. 299p, 2001.
• Anais do XXII Congresso da Abes, 2003.
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