Representação Computacional de Dados
Geográficos e Análise Espacial
Jussara de Oliveira Ortiz
Representação Computacional de Dados Geográficos
Referências Bibliográficas utilizadas:
Câmara, G.; Druck, S.; Carvalho, M. S.; Monteiro, A. M. V.; Camargo, E. C. G.; Felgueira,
C. A. Análise espacial de dados geográficos. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados,
2004. 209 p. disponível em: http://www.dpi.inpe.br/livros.php.
Apostilas dos cursos de Geoprocessamento e Spring (Material de curso da DPI).
2
BANCO DE DADOS
Modelo de dados do SPRING
Depósito de informações do SPRING
–
–
SGDB (Access, Dbase, Oracle, MySQL, PostgreSQL) – Tabelas
Mapas – Dados espaciais em formato proprietário do SPRING
Pode-se definir vários BD (apenas um ativo)
Um banco não está relacionado a uma área geográfica
Um BD pode conter vários Projetos
C:\springdb\Banco
–
um sub-diretório (pasta) no sistema de
arquivos.
Nota: O sistema ativa automaticamente o último
banco manipulado ou um pré determinado
3
MODELO DE DADOS
Modelo de dados do SPRING
Define os diversos tipos de dados (ou categorias de dados)
Agrupa grandezas geográficas semelhantes em um único modelo.
Uma categoria é comum aos vários Projetos criados no Banco de
Dados.
– Uso_Terra (Temático), Solo (Temático)
– Imagem_TM (Imagem), Foto_8000 (Imagem)
– Altimetria (MNT)
– Cadastro_Rural (Cadastral)
– Logradouros (Rede)
C:\springdb\Banco\Categorias
–
4
arquivos (tabelas) debaixo do diretório do
banco
PROJETO
Modelo de dados do SPRING
Define a região de interesse:
–
–
–
Área geográfica definida por um retângulo
Tem uma projeção cartográfica e
Contém um conjunto de Planos de Informações
(PI’s) do mesmo tamanho ou menor que a região
geográfica, em escalas específicas.
-
Mapa de solo;
Imagens Landsat;
-
Mapa altimétrico, etc.
-
C:\springdb\Banco\Projeto
–
um sub-diretório (pasta) do diretório do banco
Nota: O sistema ativa automaticamente o último
projeto manipulado ou um pré determinado.
5
PLANO DE INFORMAÇÃO
Modelo de dados do SPRING
Representa o espaço geográfico com características básicas
comuns definidas pela categoria do dado
Condição: existência de um Projeto e da Categoria do Dado
Cada PI está associado apenas a uma categoria
Uma categoria define o tipo de dado de vários PI’s
Ex:
- Mapas de Uso de 1970 e 1980 (Temático)
- Bandas 3, 4 e 5 do Landsat (Imagem)
- Mapa altimétrico (MNT)
- Mapa de fazendas (Cadastral)
- Mapa de Logradouros (Rede)
C:\springdb\Banco\Projeto\PI.lin
–
6
corresponde a arquivos debaixo do diretório
do projeto
* Sempre existirá um PI ativo no Painel de
Controle.
Modelagem de Dados Geográficos
Como traduzir o mundo real para o ambiente computacional?
Paradigma dos 4 Universos
interface usuário
Universo
Universo
Mundo real
Conceitual
Universo
Representação
Universo
Implementação
Mundo Real: fenômenos a serem representados (cadastro urbano,
vegetação, solos)
Universo Conceitual: distinção entre classes formais de fenômenos
contínuos e objetos individualizáveis (campos e objetos)
Universo de Representação: diferentes representações geométricas
(matrizes e vetores)
Universo de implementação: estruturas de dados e linguagens de
programação (R-tree e Quad-tree)
7
Universo do Mundo Real
Geoprocessamento trata de dados de diversas
naturezas obtidos de diferentes fontes
É útil classificá-los em diferentes tipos:
–
–
–
–
–
8
Dados (mapas) temáticos
Dados (mapas) cadastrais
Modelos numéricos de terreno
Redes
Imagens de sensores remotos
Representações Geométricas
Mapas temáticos
Distribuição espacial qualitativa da grandeza ou atributo
em estudo
Domínio do atributo:
– nominal: lista de valores
–
ordinal: escala de medida
9
Ex. em um mapa de vegetação a cada posição pode ser
associada uma classe dentre do conjunto
{floresta, cerrado, desmatamento}
mapa de classes de declividade
{0-5%, 5-10%, 10%}
Mapas Numéricos (MNT)
Distribuição espacial quantitativa da grandeza em estudo
Domínio do atributo
– Intervalo dentro de uma referência arbitrária
Ex. Altimetria, batimetria,
temperatura em graus Celsius
–
razão: referência natural
10
Ex. Peso
Mapas cadastrais
Contêm objetos geográficos individuais
–
mapas de países, lotes, propriedades rurais
PIB
(Us$ bn)
Pop
(milhões)
Brasil
350
159
Argentina
295
34
Chile
45
14
País
11
Mapas de rede
Contêm objetos que guardam orientação
–
utilizado para redes conectadas
cons. 0193516
primária
secun.
tr. 1567
p 92-17-64
p. 92-17-63
Sub-estação
Hospital
12
Imagens
Matrizes de valores discretos da superfície terrestre
obtidos por sensores remotos
Exemplo: imagens de satélites e fotografias aéreas
Elemento de imagem é chamado pixel
–
13
Valor em cada pixel é proporcional à energia
eletromagnética refletida ou emitida pela
área da superfície terrestre correspondente
RESUMO DO MODELO DE DADOS SPRING
• Nome
Banco de Dados
• Diretório
• SGBD
Categorias
• Objeto
• Não Espacial
Tabelas
• Nome
• Projeção
• Ret. Envolvente
• Nome
• Categoria
• Resolução
• Escala
• Ret.Envol
Projeto A
PI 1
PI 2
• Imagem
• Numérico
• Cadastral
• Rede
•Temático
Classe 1
Classe 2
Projeto B
PI 3 PI 4
PI 1
PI 2
1
Objeto com atributos
14
Id
Rótulo/
Nome
Area /
Perimetro
Pais
Pib (US $
milhoes
Populacao
(milhoes)
1
BR / BR
nn / nn
Brasil
350
160
2
AG /AG
nn / nn
Argentina
295
34
Definições – Universo Conceitual
Fenômeno espacial: Discreto ou Contínuo
Discreto - espaço contém entidades do mundo real.
Exs: municípios, bairros, quadras, lotes, etc...
na literatura denominado de Geo-objeto.
Contínuo - informação presente em todas as posições.
Exs: temperatura, pressão, teor de argila no solo, etc...
na literatura denominado de Geo-campo.
15
Universo Conceitual (Matemático)
Campos ou geo-campos (variáveis geográficas continuas)
–
Temático
–
Numérico
–
Imagem
Objetos ou geo-objetos (variáveis geográficas discretas)
Mapa Lotes
Lotes
–
–
Cadastral
Redes
geoid
22
22
dono
Guimaraes
endereco
cadas IPTU
C Bevilacqua 768 250186
Universo Conceitual
Parte de
Banco de
Dados
Geográfico
Parte de
Dados Não
Espaciais
Parte de
Plano de
Informação
É um
Associado a
É um
Objetos
Mapa
Geo-Campo
É um
Mapa
Geo-Objeto
É um
É um
É um
Mapa
Temático
17
Mapeado em
Imagem de
SR
Modelo
Numérico
Terreno
Mapa
Cadastral
É um
Mapa de
Redes
Universo de Representação
18
Define as possíveis representações geométricas que
podem estar associadas aos modelos do universo
conceitual. Podem ser de dois tipos:
–
Vetoriais
–
Matriciais
Universo de Representação
Plano de Informação é a
generalização dos conceitos de
geo-campo e de geo-objeto
Plano de
Informação
é-representado-por
Representação
Geométrica
é-uma
Matricial
19
é-uma
Vetorial
Representação Vetorial
A localização e a aparência
gráfica dos objetos são
representadas por um ou mais
pares de coordenadas
Y
PONTO
POLÍGONO
Coordenadas e atributos
descrevem o elemento
LINHA
20
Objetos compostos
X
Representação Vetorial
Componentes
–
–
ponto, linha, região
região M={1,2,3,4,5}
Topologia
–
–
relação espacial entre
objetos; invariante à rotação
e à translação
Toulouse fica na região M
2 3
1
toulouse
M
5
21
4
Representação Matricial
Espaço é representado por uma superfície plana,
decomposto em porções do terreno chamadas de células
–
–
22
Matriz P(m,n): m colunas e n linhas, definindo m x n células, onde
cada célula possui o valor ou tipo do atributo
Dimensão de cada célula é chamada de resolução
Comparação Entre Representações
Vetorial
–
–
–
Matricial
–
–
–
–
23
preserva relacionamentos topológicos
associa atributos a elementos gráficos
melhor exatidão e eficiência de armazenamento
fenômenos variantes no espaço
adequado para simulação e modelagem
processamento mais rápido e simples
maior gasto em armazenamento
Representações para MNT
Grade regular (matriz de reais)
•
•
24
elemento com espaçamento fixo
valor estimado da grandeza
Representações para MNT
Grade triangular (TIN)
• conexão entre amostras
25
Exemplo de Exercício – Procedimento Inicial
Que tipos de dados pretende utilizar na sua aplicação
geográfica ?
–
Qual sua região geográfica de interesse ?
–
Município, estado, fazenda, cena CBERS, etc.
Você tem uma base de referência para ajustar
geograficamente todos os demais dados ?
–
26
Imagens, mapas temáticos, modelos numéricos, etc.
Carta topográfica, imagem corrigida, amarração com medidas
em campo (GPS), etc..
Exemplo de Exercício – Qual sua base de referência?
Para uma determinada escala de trabalho é importante
definir qual a base que será utilizada para corrigir
eventuais distorções de outros dados (mapas /
imagens) a serem incorporados no BDG. Exemplos:
–
–
27
Bases vetoriais : cartas topográficas (vias de acesso e rede
de drenagem) e levantamentos com GPS
Bases matriciais : imagens de SR (ortofotografias, radar e
satélites)
IMPORTANTE : conhecer os parâmetros cartográficos
(projeção, datum, paralelos e meridianos de origem) e
métricos dos dados.
Exemplos de bases na Internet ...
28
Imagens satélite CBERS e Landsat – INPE- www.dgi.inpe.br
IBGE – www.ibge.gov.br
EMBRAPA – www.embrapa.br
GLCF – NASA - http://glcf.umiacs.umd.edu/data/
CPRM – GeoBank - http://geobank.sa.cprm.gov.br/
Dados de Minas – www.geominas.mg.gov.br
Exemplo de Exercício
Alocação de um depósito de resíduos sólidos
Dados geográficos
–
–
–
–
–
–
–
–
–
29
Geologia: permeabilidade do solo a partir do grau de
fraturamento
Rede de drenagem: escoamento superficial
Lençol freático: escoamento sub-superficial
Declividade: inclinação do terreno a partir da altimetria
Uso da Terra: áreas de uso para residência, produção e
ocupação clandestina – área com uso atual
Rede viária: escoamento, logística
Solos: análise de permeabilidade
Cadastro de lotes: indica ocupação
Setores censitários: indica distribuição socioeconômica
Exercício – Universo Conceitual
Mundo Real
30
Conceitual
Tipo
Geologia
Geo-campo
Temático
Rede de Drenagem
Geo-campo
Temático
Lençol freático
Geo-campo
Numérico e temático
Altimetria
Geo-campo
Numérico
Declividade
Geo-campo
Numérico e Temático
Imagem satélite
Geo-campo
Imagem
Uso da Terra
Geo-campo
Temático
Rede viária
Geo-objeto
Rede
Solos
Geo-campo
Temático
Cadastro de lotes
Geo-objeto
Cadastral
Setores censitário
Geo-objeto
Cadastral
Análise Espacial - Introdução
31
O que distingue um SIG de outros tipos de sistemas
de informação são as funções que realizam análises
espaciais.
Tais funções utilizam os atributos espaciais e não
espaciais das entidades gráficas armazenadas na base
de dados espaciais (conceitos geo-campos e geoobjetos).
geral
Sugestões para Literaturas de Apoio
Câmara, G.; Druck, S.; Carvalho, M. S.; Monteiro, A. M. V.; Camargo, E. C. G.; Felgueira, C. A.
Análise espacial de dados geográficos. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2004. 209 p.
disponível em: http://www.dpi.inpe.br/livros.php
geoestatística
área
ponto
Camargo, E.C.G. Curso de Anãlise Espacial. DPI:INPE
32
Bailey, T. C.; Gatrell, A. C. Interactive spatial data analysis. New York: Wiley, 1995. 413 p.
Anselin, L. SpaceStat tutorial: a workbook for using SpaceStat in the analysis of spatial data.
Santa Barbara, NCGIA (National Center for Geographic Information and Analysis), 1992.
Anselin, L. Local indicators of spatial association - LISA. Geographical Analysis v.27, p.91-115, 1995.
Issaks, M. e E. Srivastava (1989). An Introduction to Applied Geostatistics. New York, Oxford
University Press, 1989.
Deutsch, C. e A. Journel (1992). GSLIB: Geostatistical Software Library and user’s guide. New York,
Oxford University Press.
Goovaerts, P. Geostatistics for natural resources evaluation. New York: Oxford University Press,
1997. 483 p.
Objetivo
Apresentar algumas técnicas de análise espacial que são
empregadas a classes distintas de problemas. Exemplos:
saúde
pedologia
segurança pública
ecologia
entre tantas outras…
Todos esses problemas fazem parte da análise espacial de dados
geográficos.
A ênfase da análise espacial é mensurar propriedades e
relacionamentos, levando em conta a localização espacial do fenômeno
em estudo de forma explícita. Ou seja, a idéia central é incorporar o
espaço à análise que se deseja fazer.
33
Intodução
Base Geográfica
BD
Variáveis (exs: população, taxas de mortalidade, propr. solos etc)
Apresentação espacial “automática”
Mapas: temáticos e pontuais
SIG
A distribuição espacial do Índice de Apgar
por bairros na cidade do Rio de Janeiro.
A QUESTÃO É:
Grande parte dos usuários limita
seu uso em SIG a essas
operações de visualização,
tirando conclusões intuitivas.
34
Intodução
• É possível ir muito além...
• Quando visualizamos um padrão espacial, é muito útil
traduzi-lo em considerações objetivas, como:
O padrão que observamos é aleatório ou apresenta uma
agregação definida?
Esta distribuição pode ser associada a causas mensuráveis?
• Alguns exemplos
35
Intodução
• A violência que ocorre em determinadas regiões forma um padrão no
espaço? Está correlacionada a características sócio econômicas?
CACHOEIRINHA
ALVORADA
GUAÍBA
VIAMÃO
N
0
5
10
Quilômetros
36
Legenda:
Homicídios / Acidentes de transporte / Suicídios
Intodução
• Disparidade social: o percentual de idosos na cidade de São Paulo.
Existe algum padrão espacial? Que fatores explicam essa distribuição?
37
Intodução
SÍNTESE: CLASSES
Tipos de Dados
Exemplos
Eventos
Ocorrências de
Localizados
Crimes, Espécies
(Dados Pontuais)
Vegetais
38
DE
PROBLEMAS
Problemas Típicos
Técnicas
Determinação
de Padrões
Análise de
Padrões Pontuais
Entidades e
Atributos
(Dados Zonais)
Dados
Censitários
Relacionamento
das entidades
Análise de Áreas
Amostras de
Campo
(Dados Contínuos)
Teor de
Zinco no solo
Interpolação de
Superfície
Métodos
Geoestatísticos
Introdução
Consideramos aqui fenômenos expressos através
de ocorrências pontuais.
Representações pontuais podem corresponder a
dados como:
–
–
–
Objetivo
–
39
MAI/08
índices de mortalidades,
ocorrências de doenças,
localização de espécie vegetais etc.
aumentar o entendimento do processo inferindo valores
em locais sem observações.
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
39
Introdução
ALGUNS
Epidemologia
–
A distribuição dos casos de uma doença formam um
padrão no espaço? Existe associação com alguma
fonte de poluição? Evidência de contágio?
Crime
–
40
MAI/08
EXEMPLOS
Roubos que ocorrem em determinadas áreas estão
correlacionados com características sócio econômicas
e/ou de infra estrutura básica?
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
40
Distribuição de Pontos
Distribuição pontual: é um conjunto de localizações pontuais,
contidos numa área de estudo, que estão associados a eventos de
interesses.
• p1
• p2
• p3
Área de Estudo
• p4
• p5
• p6
• p8
41
MAI/08
• p1
• p7
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
41
Distribuição de Pontos
• Uma característica importante de um padrão espacial de pontos é a
localização dos eventos e a relação entre eles (arranjos espaciais).
• Objetivo: verificar se os eventos observados apresentam algum tipo de
padrão sistemático, ao invés de estarem distribuídos aleatoriamente.
Aleatório
Agrupado
Regular
• Na realidade o que se deseja é detectar padrões de aglomerados espaciais
(“clusters”).
42
MAI/08
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
42
Caracterização de Distribuição de Pontos
Processo de análise de pontos pode ser descritos em
termos de :
Efeitos de Primeira Ordem
considerados globais ou de grande escala.
correspondem a variações no valor médio do processo.
Neste caso estamos interessados na intensidade do processo
(No Eventos / Unidade de Área).
43
MAI/08
Efeitos de Segunda Ordem
denominados locais ou de pequena escala.
representam a dependência espacial no processo
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
43
Caracterização de Distribuição de Pontos
Técnicas a serem abordadas :
–
Para Efeitos de Primeira Ordem
–
Para Efeitos de Segunda Ordem
44
MAI/08
Estimador de Intensidade (“Kernel Estimation”)
Vizinho mais Próximo
Função K
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
44
Estimador de Intensidade (“Kernel Estimation”)
Exemplo: Mapeando a violência na cidade de Porto Alegre - RS.
CACHOEIRINHA
Kernel
ALVORADA
GUAÍBA
VIAMÃO
N
0
5
10
Quilômetros
Legenda:
45
MAI/08
Homicídios / Acidentes de transporte / Suicídios
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
Santos,S.M., 1999
45
Método - Vizinho mais Próximo
O método do vizinho mais próximo estima a função de
distribuição cumulativa ( Gˆ ( w) ) baseado nas distâncias
entre eventos em uma região de análise.
A plotagem dos resultados da função em relação as
distâncias, pode ser utilizado como um método
exploratório para verificar se existe evidência de interação
entre os eventos.
46
MAI/08
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
46
Método - Vizinho mais Próximo
•Crescimento rápido para pequenas distâncias interação entre eventos
agrupamentos nestas escalas.
•Pequenos valores no início crescendo rápido para distâncias maiores
distribuição mais regular.
47
MAI/08
Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
47
Função K
• Ao contrário do método do vizinho mais próximo, a função
K considera escalas maiores para análise de padrões
pontuais (Momento 2a ordem).
• A função K se aplica a processos isotrópicos, isto é, supõe-
se uma região de estudo homogênea.
48
MAI/08
Curso de Análise Espacial - Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
48
Função K
ˆ (h ) ,este pode ser plotado e examinado.
Uma vez obtido, K
O gráfico da função K não é tão intuitivo quanto a do gráfico do vizinho
mais próximo. Portanto, utiliza-se uma função auxiliar L, para facilitar a
interpretação.
O estimador de L é Lˆ ( h ) , e tem a seguinte interpretação da plotagem:
Lˆ (h )
• extremos positivos: mais agrupamento
0
• em torno de zero aleatório
• extremos negativos: mais regularidade
h
49
MAI/08
Curso de Análise Espacial - Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
49
Função K
Exemplo :- O exemplo abaixo refere-se ao município Bood Moor, situado no
condado de Cornwall, Inglaterra. Dados geomorfológicos com 36 localizações de
rochas de granito. Neste caso percebe-se que para distâncias entre
aproximadamente 2.5 a 3 (extremo positivo do gráfico) há evidências de
agrupamento.
Distância mín.=0.5 máx.=4 #intervalos=10
50
MAI/08
Curso de Análise Espacial - Análise de Padrões de Distribuição de Pontos
50
Análise de Padrões de Áreas
• No caso da análise de padrões de áreas, a distribuição de
eventos está associada a áreas (polígonos).
• Objetivo de análise será determinar a existência de um padrão
espacial nos valores agregados aos polígonos.
Disparidade Social
Percentual de Idosos na cidade de São Paulo.
Existe algum padrão espacial ?
Que fatores explicam essa distribuição ?
51
31/05/2017
51
Análise de Padrões de Áreas
• A forma usual de apresentação dos padrões de áreas é através
de mapas temáticos.
Distribuição da Mortalidade
por Município no Estado da Bahia
Ano - 1997
0 - 50
50 - 250
Salvador
250 - 500
500 - 1000
1000 - 2000
2000 - 13000
FONTE : www.datasus.gov.br
52
31/05/2017
52
Análise de Padrões de Áreas
Mapas Cadastrais (poligonais)
–
Objetos: entidades do mundo real (Ex: Estados, Municipios,
Bairros, etc...)
–
53
31/05/2017
Atributos: valores agregados aos objetos.
53
Técnicas de ESDA (Exploratory Spatial Data Analysis)
ESDA: “Coleção de técnicas para descrever e visualizar distribuições espaciais,
identificar situações atípicas, descobrir padrões de associação espacial, clusters e
sugerir regimes espaciais ou formas de heterogeneidade espacial” (Anselin).
1- Visualização de distribuição espacial
– técnicas convencionais de visualização cartográfica, estatísticas
espaciais.
2- Indicadores Globais de Autocorrelação
– explorar a dependência espacial, mostrando como os valores estão
correlacionados no espaço.
– O conceito utilizado é o de autocorrelação espacial.
– Ex. Indicadores Globais: Moran’s I, Geary’s C
3- Indicadores Locais de Associação Espacial (LISA)
Identificação de: - “Clusters”: objetos com valores de atributos semelhantes,
- “Outliers”: objetos anômalos,
não-
- A presença de mais de um regime espacial.
- Ex. Indicadores Locais: Moran (Ii), Getis e Ord (Gi e Gi*).
54
31/05/2017
54
Explorando Dados de Área
Efeitos de Primeira Ordem
Dependência Espacial Global
Efeitos de segunda ordem
Indicadores: Moran’s I, Geary’s C
Dependência Espacial Local
55
31/05/2017
Média Espacial Móvel
LISA (Local Indicators of Spatial
Association)
Indicadores: Moran Local Ii (Anselin), Gi
(Getis)
55
Indicadores Globais de Autocorrelação
Espacial
Para muitos tipos de dados é importante explorar a
dependência espacial, mostrando como os valores
estão correlacionados no espaço.
O conceito mais utilizado é o de autocorrelação espacial.
Resumidamente a autocorrelação espacial mede o
quanto o valor observado de um atributo numa região é
independente dos valores desta mesma variável nas
localizações vizinhas.
Uma das formas de detecção de similaridade entre áreas
é através do índice global de Moran I.
56
31/05/2017
56
Indicadores Globais de Autocorrelação
Espacial
O índice global de Moran (I ): O que é necessário
entender ?
Qual o significado do valor do índice global de
Moran ( I ) ?
Como interpretar a equação acima ?
Qual sua siginificância ou validade estatística ?
Como avaliar ?
57
31/05/2017
57
Indicadores Globais de Autocorrelação
Espacial
O significado do valor do índice global de Moran
(I ) é análogo ao coeficiente de correlação convencional,
porque têm em seu numerador um termo que é produto
de momento.
Como um coeficiente de correlação, os valores de I
também variam de:
-1 a +1, quantificando o grau de autocorrelação espacial
existente.
-1
autocorrelação espacial negativa ou inversa.
0 significa aleatoriedade
+1 significa autocorrelação espacial positiva ou direta.
58
31/05/2017
58
Indicadores Locais de Associação Espacial
(LISA)
O estimador de autocorrelação espacial, Moran (I), fornece
um valor único como medida da associação espacial.
Por outro lado, muitas vezes é necessário examinar padrões
numa escala local.
Neste caso, é preciso utilizar indicadores locais de
associação espacial que possam ser associados a
diferentes localizações de uma variável distribuída
espacialmente.
A utilização destes indicadores em conjunto com os
indicadores globais, refinam nosso conhecimento sobre o
processos que dão origem a dependência espacial.
59
31/05/2017
59
Indicadores Locais de Associação Espacial
(LISA)
Os indicadores locais de associação espacial, produzem um valor
específico para cada objeto.
Isto acarreta a identificação de:
– “Clusters”: objetos com valores de atributos semelhantes,
– “Outliers”: objetos anômalos,
– A presença de mais de um regime espacial.
Segundo Anselin (1995), um indicador local de associação espacial
(LISA) tem que atender a dois objetivos:
–
Permitir a identificação de padrões de associação espacial
significativos;
–
60
31/05/2017
Ser uma decomposição do índice global de associação espacial.
60
Indicadores Locais de Associação Espacial
(LISA)
Getis e Ord (1995) propõem duas famílias de indicadores
locais:
–
Os indicadores locais Ii de Moran (Anselin, 1996)
–
Os indicadores locais Gi e Gi * (Getis e Ord, 1992)
O indicador local de Moran Ii é assim definido:
Ii > 0 “clusters” de valores similares (altos ou baixos)
Ii < 0 “clusters” de valores distintos (Ex: uma localização
com valores altos rodeada por uma vizinhança de valores baixos)
61
31/05/2017
61
Indicadores Locais de Associação Espacial
(LISA)
Uma outra forma de análise é através do mapa denominado “Moran Map”
(Anselin, 1999). Neste caso, os índices locais Ii são associados ao diagrama de espalhamento de Moran.
Nota: este resultado apresenta somente as
regiões para os quais os valores de Ii ,foram
considerados significantes (com intervalo >95%).
SPRING
4
1
2
3
% Idosos
não significantes -------------> 0
Q1 [HH] -----------------------> 1
Q2 [LL] -----------------------> 2
62
31/05/2017
62
Análise Espacial
Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico (LEGAL)
63
INPE - Divisão de Processamento de Imagens
L E G A L (Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico)
–
Operações sobre geo-campos,
–
Operações sobre geo-objetos,
–
Operações de transformação entre geo-campos
e geo-objetos,
–
Operações mistas entre geo-campos e geoobjetos.
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L E G A L (Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico)
• A partir do modelo de dados definido no SPRING foi
estabelecida uma taxonomia para as diversas operações
de análise geográfica:
– Operações sobre geo-campos,
– Operações sobre geo-objetos,
– Operações de transformação entre geo-campos e
geo-objetos,
– Operações mistas entre geo-campos e geo-objetos.
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
Temático/Numérico/Imagem
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São descritas a seguir as operações sobre geocampo e suas especializações Temático, Numérico, e
Imagem.
Tais operações podem ser classificadas como:
–
Pontuais,
–
Vizinhança,
–
Zonais.
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
Temático/Numérico/Imagem
OPERAÇÕES PONTUAIS
–
Unárias ou de Transformação: entrada é um único geocampo, equivale a um mapeamento entre os geo-campos
de entrada e saída.
–
Booleanas: são utilizadas em análise espacial qualitativa e
geram um TEMÁTICO a partir de regras aplicadas a geocampos.
–
Matemáticas: funções aritméticas, logarítmicas e trigonométricas, aplicadas aos modelos Numérico, Temático e
Imagem.
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
Temático/Numérico/Imagem
OPERAÇÕES PONTUAIS
–
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UNÁRIAS OU DE TRANSFORMAÇÃO:
ENTRADA
SAÍDA
NOME DA OPERAÇÃO
TEMÁTICO
MNT
PONDERAÇÃO
TEMÁTICO
TEMÁTICO
IMAGEM
TEMÁTICO
FATIAMENTO
MNT
TEMÁTICO
FATIAMENTO DE CLASSES
RECLASSIFICAÇÃO
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
Temático/Numérico/Imagem
OPERAÇÕES PONTUAIS / TRANSFORMAÇÃO /
FATIAMENTO
– Exemplo:
Classes de declividade:5.0
3.0
8.0
5.0
10.0
15.0
10.0
12.0
20.0
Numérico
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Baixa: 0 - 9%
Média: 10 - 19%
Alta: > 20%
Baixa
Média
Alta
Temático
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
Temático/Numérico/Imagem
OPERAÇÕES PONTUAIS / BOOLEANA
–
Exemplo: Mapa de Aptidão Agrícola
Aptidão Agrícola
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PI Temático
Solos
PI Numérico
Precipitação
média mensal
PI Numérico
Declividade
Boa
Latossolos
> 100mm
0 - 3.5%
Média
Podzólicos
100 - 50mm
3.5 - 12%
Inapto
Litólicos
< 50mm
> 12%
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
Temático/Numérico/Imagem
RESUMO DAS OPERAÇÕES SOBRE GEO-CAMPOS
TIPOS
PONTUAIS
OPERAÇÕES
ENTRADA
SAÍDA
PONDERAÇÃO
RECLASSIFICAÇÃO
TEMÁTICO
NUMÉRICO
TEMÁTICO
TEMÁTICO
FATIAMENTO
BOOLEANAS
NUMÉRICO
TEMÁTICO
TEMÁTICO/NUMÉRICO
TEMÁTICO
NUMÉRICO
NUMÉRICO
TEMÁTCO
NUMÉRICO
NUMÉRICO
NUMÉRICO
NUMÉRICO
NUMÉRICO
TRANSFORMAÇÃO
AND/NOT/OR/XOR
MATEMÁTICA
FUNÇÃO
VIZINHANÇA
OPERAÇÕES
Filtros de Imagens
Métodos de Interpol., etc
ZONAIS
RESTRIÇÃO
TEMÁTICO
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OPERAÇÕES
MÉDIA, MÁX., MÍN.
DESV.PADRÃO, etc
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RELACIONAMENTOS ESPACIAIS ENTRE GEOOBJETOS
GEO-OBJETOS estão sempre associados a representações gráficas 2D
(pontos, linhas e polígonos).
Operações da ágebra de geo-objetos podem envolver restrições espaciais,
divididas em:
– relacionamentos topológicos ( “dentro de”, “adjacente a”, etc...)
– relacionamentos métricos (derivados de operações de distância e
direção)
Um conjunto mínimo de operadores topológicos são necessários
(Clementini, 1993):
Toca,
Dentro de,
Cruza,
Sobrepõe,
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Disjunto.
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-OBJETO
SELEÇÃO POR ATRIBUTOS
A seleção por atributos sobre um conjunto de geo-objetos, GO, dada uma
restri-ção baseada apenas nos atributos descritivos de GO, gera como
resultado um sub-conjunto GO’ GO, cujos membros satisfazem a
restrição.
Ex: “selecione todos os municípios da Bahia com densidade populacional
maior que 40hab/km2”.
Mapa de Municípios
do Estado da Bahia
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-OBJETO
SELEÇÃO ESPACIAL
Derivada a partir dos relacionamentos topológicos das
entidades geográficas ou de relacionamento métrico
(distância).
Ex: “Selecione todos os municípios da Bahia adjacentes ao município de
Canudos”.
Mapa de Municípios
do Estado da Bahia
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Canudos
Monte Santo
Uauá
Jeremoabo
Chorrochó
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OPERAÇÕES SOBRE GEO-OBJETO
JUNÇÃO ESPACIAL
Esta operação produz como resultado uma coleção de objetos que
satisfazem a restrição espacial.
Exemplos:
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–
“Para cada estrada da Amazônia, ache as reservas indígenas a
menos
de 5Km de uma estrada”.
Resp: conjunto de pares (reserva, estrada)
–
“Para as cidades do sertão cearense, ache quais estão a menos de
10Km de algum açude com capacidade de mais de 50.000m3 de
água”.
Resp: conjunto de pares (cidade, açude)
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A LINGUAGEM LEGAL
Um programa em LEGAL é estruturado em três partes:
–
Declarações
–
Instanciações
Operações
–
Declarações: toda variável LEGAL deve ser declarada antes de
ser utilizada, como segue:
Cadastral <var> (“<categoria>”);
Exemplos:
Cadastral cad (“Cadastro_Urbano”);
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Cadastral
mapa1, mapa2, mapa3 (“Estado”);
Cadastral
mapa1 (“Estado”), mapa2 (“Paises”);
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SINTAXE DA LINGUAGEM LEGAL - Instanciações
Instanciações: são caracterizadas pelos operadores Recupere e
Novo.
Recupere:- associa um plano de informação existente do projeto
corrente a uma variável previamente declarada.
Sintaxe: variável = Recupere (Nome=“Nome_do_PI”);
Exemplos:
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