Estratificação de Risco
Cardiovascular
na Doença Renal Crônica
Dr. Carlos Alberto de Oliveira
NIEPEN – UFJF
2009
Apoio: Fundação IMEPEN
MORTALIDADE CONTINUA ELEVADA
Medicação Cardioprotetora
80
70
Pop total n=133
DCV (+) n=47
60
50
% 40
30
20
10
0
IECA
AAS
B-bloq
Estatinas
ARA II
Altíssimo risco CV mesmo antes do diagnóstico de DRC
Diagnóstico tardio da DRC
Baixa prescrição de medicações cardioprotetoras
Fatores não tradicionais são importantes?
Risco de Mortalidade Cardiovascular
• Hipertensão Arterial Sistemica
• Hipertrofia ventricular esquerda
• Insuficiência cardíaca
• Doença isquêmica coronariana
• Dislipidemia
• Arritmias cardíacas
A longevidade crescente das populações expõe por mais tempo o indivíduo às
consequências da HA e aumenta o contingente de hipertensos
100
75
50
25
0
1970
Expectativa de Vida
1990
2010
Diagnóstico HA
2030
“Vida Hipertensa”
Mais tempo de hipertensão = mais tempo para danos renais e vasculares
10 a 15 anos para manifestação de retinopatias e nefropatias, 20 anos para
manifestação de Insufuciência Renal crônica
Proteção Renal
Controle rígido da PA
PA Alvo
{
< 130/85 mm Hg
130/80 (Diretrizes da ADA)
< 125/75 mm Hg
(Se proteinúria > 1g/24h)
Controle da Proteinúria
Idealmente = 0 mg/24h
American Diabetes Association. Diabetes Care 2002;25(Suppl.1):S85-S89.
Declíneo da taxa de filtração glomerular
(mL/min/1.73m2/ano)
Evolução
natural da doença
Estudos com BRAs em dose
máxima
Evolução sem
doença
-2
-6
- 12
-5,7
-5,5
Proteção
proporcionada
por BRAs
BRAs reduzem pela metade a perda da função renal, no entanto, mesmo com o tratamento com doses máximas, a
progressão da doença continua, mostrando a necessidade de melhor proteção
Barnett AH, et al. Engl J Med 2001;345:870–878; Brenner BM, et al. N Engl J Med 2001;345:861–869; Lewis EJ, et al. N Engl J Med 2001;345:851–860.
Incidência anual / 1000
ajustado para a idade
Prognóstico e Significado da Proteinúria
The Framingham Study - 16 anos de seguimento (idade 3574 anos)
Mortalidade
geral
Mortalidade
cardiovascular
Kannel WB et al. Am Heart J 1984, 108: 1347.
Risco de Mortalidade Cardiovascular
• Hipertensão Arterial Sistemica
•
Hipertrofia ventricular esquerda
•
Insuficiência cardíaca
•
Doença isquêmica coronariana
• Dislipidemia
•
Arritmias cardíacas
ALTA PREVALÊNCIA DE HVE ANTES DO INÍCIO DA TRS
DRC ( n=25)
Controle (n=14)
Homens/Mulheres
14 / 11
09 / 05
Idade
56,5 ± 12,5
54,5 ± 10,3
Creatinina
2,8 ± 13,8
0,7 ± 0,2
PAS mmHg
155,2 ± 23,5
121,8 ± 8,3
PAD mm.Hg
97 ± 23,5
82,4 ± 8,7
Hipertensão Arterial (%)
25 (100%)
00 (00%)
HVE (%)
18 (72%)
00 (00%)
Oliveira CA e cols
Tese Mestrado - UFJF
Risco de Mortalidade Cardiovascular
• Hipertensão Arterial Sistemica
•
Hipertrofia ventricular esquerda
•
Insuficiência cardíaca
•
Doença isquêmica coronariana
• Dislipidemia
•
Arritmias cardíacas
Risco de Mortalidade Cardiovascular
Insuficiência cardíaca
- Sistólica
Diagnóstico = Clínico + ecocardiograma (FE, %D)
Isquemia, HVE,hipervolemia,anemia,Hiperparatireoidismo
Freqüência = 33-58%
- Diastólica
• HVE – fibrose intersticial
• Freqüência = 30 – 50%
INTERVENÇÕES POSSÍVEIS
USO DE BETABLOQUEADORES
BLOQUEIO DO SRAA
Risco de Mortalidade Cardiovascular
• Hipertensão Arterial Sistemica
• Hipertrofia ventricular esquerda
•
Insuficiência cardíaca
•
Doença isquêmica coronariana
.
Dislipidemia
Arritmias cardíacas
SPECT
Anemia e DRC preditores da presença de Coronariopatia
Cont
Anemia
DRC
DRC + Anemia
“...supporting the inclusion of anemia and CKD in global risk assessment for
patients with suspected CAD..."
Cook JR and cols
Am J Cardiol 2008;102:266-71
FMUSP
Risco de Mortalidade Cardiovascular
• Hipertrofia ventricular esquerda
• Insuficiência cardíaca
• Doença isquêmica coronariana
.
Dislipidemia
• Arritmias cardíacas
Escore de risco de
Framingham
Calcula o risco absoluto de
eventos coronarianos em
10 anos
Idade
PAS
CT
HDL-C
FUMO
Grundy SM, et al. Circulation 2004;110:227-39
Escore de Framingham
Estratificação do Risco
Risco absoluto de evento de DAC
(IAM ou morte por DAC) para os próximos 10
anos
Baixo risco
< 10%
Médio risco
entre 10 e 20%
Alto risco
>20%
NCEP ATP III - NIH Publication No. 02-5215 Sep 2002
ATP III
Novas categorias de risco e LDL-C alvo
Categoria de Risco
Alto risco: DAC e equivalentes
(RA em 10 anos >20%)
Muito alto risco‡: SCA/DAC + DM/+fumo/+ SM
(RA em 10 anos > 20%)
Risco Moderadamente alto &: 2 + fatores de risco
(RA 10-20%)
Risco moderado: 2 + fatores de risco
(RA em 10 anos <10%, ou 10-20%)
Baixo risco: 0–1 fator de risco
LDL-C alvo (mg/dL)
<100
<70 (opcional)
<100 (opcional)
<130
<160
‡ em indivíduos de muito alto risco o LDL-C <70 é uma opção terapêutica. Pode ser extendida a pacientes com
LDL-C basal< 100
& >2 fatores de risco/idosos/TG e não-HDL-C altos/HDL-C baixo/síndrome metabólica/fatores emergentes
(PCR-as >3,0 mg/dL/ escore de cálcio > 75 %
Grundy SM et al. Circulation 2004;110:227-39
ESCORE DE FRAMINGHAM
FATORES AGRAVANTES DE RISCO:
História familiar de DAC prematura(parente de primeiro grau masculino <
55 anos ou feminino < 65 anos)
Síndrome metabólica
Hipertrofia ventricular esquerda
Micro ou macroalbuminúria (>30 ug/min)
Insuficiência renal crônica(creatinina >1,5 mg/dl ou clearance de creatinina
< 60 ml/min
Proteina-C-reativa de alta densidade > 3mg/L
Exame complementar com evidência de doença aterosclerótica subclínica:
Escore de cálcio coronário > 100 ou > percentil 75 para idade ou sexo
Espessamento de carótida (IMT) máximo > 1mm
Índice tornozelo braquial – ITB < 0,9
AURORA STUDY
Rosuvastatin and Cardiovascular Events in Patients Undergoing Hemodialysis
B. C. Fellström and Others - 2 Apr, 2009
Risco de Mortalidade Cardiovascular
•
Hipertensão arterial sistêmica
• Hipertrofia ventricular esquerda
•
Insuficiência cardíaca
•
Doença isquêmica coronariana
• Dislipidemia
•
Arritmias cardíacas
Doença Renal Crônica
Morte Súbita: 60%
Principal causa: arritmias ventriculares
Fatores associados:
HVE
DAC
DM
Idade
Apnéia Obstrutiva do Sono
Alt. eletroliticas / hemodinâmicas
Diálise intermitente
Aumento do intervalo QT
Diminuição da variabilidade R-R
K/DOQI,2002
Avaliação do Sistema Nervoso Autônomo em Pacientes
Renais Crônicos em Tratamento Conservador Através do
Estresse Postural Passivo e Análise Espectral do Ritmo
Cardíaco.
Orientador: Prof. Dr. Rogério Baumgratz de Paula
Co-orientador: Prof. Dr. Hélio de Lima Brito Júnior
Repouso
Controle
Renal Crônico
Estresse Postural Passivo
Repouso
Inclinado
C
RC
Mais arritmias nos renais crônicos
RENAL
CONTROLE
VENTRICULARES
E. S. ISOLADAS
26.108
BIGEMINISMO
1.163
01
E. S. PARES
462
124
TAQUICARDIAS N.S.
67
3.892
02
CONCLUSÕES
População de ALTÍSSIMO risco CV
Chega à TRS com complicações irreversíveis
Intervenção deveria ser precoce
Bloqueio do SRA, receptores mineralocorticóides,
correção da anemia, Ca x P, dislipidemia ...
“Novo paradigma” DISAUTONOMIA