Bible School Disciple, a sower LC4 October 25, 2011 Teacher: Pr. Valdison B. Neves 1 2 3 4 5 6 Marcos 4.1-20; 2 Timóteo 2.6 Introdução I. O Meu chamado: Servir ao Senhor II. A minha tarefa: compartilhar a palavra III. A minha lavoura: qualquer lugar Objetivo da Lição: Objetivo Até aqui, em nossos estudos, vimos algumas figuras que representam o verdadeiro "discípulo"de Cristo: nova criatura, o soldado e atleta. Hoje, a comparação que faremos nos lembrará o trabalho realizado por um semeador. De fato, em muitos lugares na Bíblia, aqueles que se alegram em testemunhar sua íntima comunhão com Deus Pai são comparados ao semeador ou a um agricultor. Em algumas comparações somos como aquele que planta a semente; em outras ocasiões nós mesmos somos a semente, plantados por Deus onde Ele quer que "frutifiquemos"; e, às vezes, as nossas atitudes é que são vistas como os frutos que produzimos para Deus (Mt 7.15-20). Entre as muitas parábolas que Jesus usou para ilustrar este ensinamento (de que o discípulo é também um semeador), a mais importante e significativa foi aquela registrada pelos evangelistas Mateus (13.1-23), Marcos (4.1-20) e Lucas (8.4-15) - a "parábola do semeador". Aliás, esta parábola é a chave para entendermos todas as outras ilustrações usadas por Jesus, em Seu ministério. Ele mesmo disse: "Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas?" (Mc 4.13). Leia Lucas, capítulo 8.5-8 e os versos 11 a 15. Nestes textos Jesus nos ensina que todo empenho que fizermos (semeadura) no sentido de compartilhar a Palavra de Deus (semente) com outras pessoas será recompensado (colheita). Alguns, na verdade, por causa da situação de seus corações e de suas atitudes (tipos de solo), acabarão perdendo as oportunidades que lhes serão oferecidas, mas o nosso empenho, feito para o Senhor, não ficará em vão. Vejamos, então o que podemos fazer para Deus; de que maneira devemos agir e , qual será o resultado do nosso trabalho. Servir a Deus não é um castigo - é um privilégio! A Bíblia diz que quando nos dispomos a servir somos comparados a embaixadores: "De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio."(2Co 5.20; Ef 6.20). Mas, ao contrário dos diplomatas de nossos dias, que gostam dos holofotes e cujos nomes estão sempre em evidência, aqueles que servem ao Senhor não estão em busaca do reconhecimento, dos elogios ou do prestígio; buscam apenas fazer bem feito o trabalho para o qual foram designados, de tal forma que toda a honra e todo mérito (fruto do seu trabalho) sejam dados Àquele a quem estão servindo. O nosso chamado é para servir ao Senhor como cooperadores: "lavoura de Deus"(1Co 3.9), e este servicó se resume em "plantar a semente", que é a Palavra de Deus, no coração das pessoas, usando como ferramenta a nossa comunicação, a nossa conduta, a nossa influência e as nossas orações. Nós plantamos, mas não por conta própria, pois a lavoura não é nossa, é do Senhor; portanto não devemos buscar a glória pessoal. Basta lembrar que na "parábola do semeador"a ênfase não foi o semeador, não foi sua aparência, nem sua experiência, e nem tão pouco as suas realizações; o que Jesus enfatizou foi a semente e o solo. A missão do semeador foi, simplesmente, fazer com que o "solo"recebesse a boa "semente". A qualidade e a quantidade da colheita dependerá do tipo de solo em que a semente cair. Portanto, o semeador não tem do que se gloriar. Se aproveitarmos cada oportunidade que Deus colocar em nossa vida para compartilhar aquilo que cremos, no círculo dos nossos relacionamentos, seja na escola, no trabalho, na família, entre os amigos, etc., muitos corações estarão sendo cultivados para que se tornem propícios à Palavra de Deus. Pode ser até que você nem chegue a ver os frutos da semente que plantou, mas com certeza eles serão colhidos por Deus, através de outras pessoas; como disse o apóstolo Paulo: "Eu plantei, Apolo regou: mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento" (1Co 3.67). Cuidado com aqueles que enfatizam mais o seu currículo do que a semente que está plantando! Cuidado com aqueles que se preocupam mais com a carreira que ele mesmo idealizou, do que com "a carreira que nos está proposta"(Hb 12.1). Em toda a história da Igreja, desde seus primórdios, até sua rápida expansão (e a Palavra de Deus mostra que assim será até a consumação dos séculos), uma única verdade explica seu sucesso - a propagação da Palavra de Deus. Não foram os métodos, não foram os homens, não foram os acontecimentos históricos. Foi tão somente a Palavra de Deus, pela luz do Evangelho que transformou essa incontável multidão de pecadores que hoje seguem a Jesus com um coração restaurado. Somente a Palavra de Deus tem esse poder; somente ele pode gerar vida (Tg 1.18); salvar os corações que a acolhem (Tg 1.21); desfazer a corrupção impregnada no ítimo de algumas pessoas (1Pe 1.23), tem poder de libertar os escravos da mentira (Jo 8.32); só ela produz fé naqueles que a ouvem com coração aberto (Rm 10.17); somente a Palavra de Deus está apta para santificar o coração de seus ouvintes (Jo 17.17) e somente ela tem o poder de nos atrair à presença de Deus (Jo 6.44-45) (embora Deus também use outros meios para atrair as pessoas). Por isso, se temos que compartilhar ou ressaltar alguma coisa para que os homens se aproximem de Deus, que ensinemos tão apenas as Sagradas Escrituras. Ao cumprirmos nossa tarefa, duas atitudes devem ser evitadas. 1. Substituir a semente de Deus Infelizmente muitos "semeadores" dos nossos dias estão (por conta própria) optando pelo plantio de "sementes levemente modificadas". Mas este problema não é novo. O apóstolo Paulo menciona em 2 Coríntios 2.17 alguns que estavam "mercadejando a palavra de Deus." O verbo mercadejar" significa "trocar comercialmente", "mascatear". Em Isaías 1.22 é usado para aqueles que misturam vinho com água a fim de enganar os compradores. Também era o termo para um comerciante de vinho que, para se livrar de um mau estoque, adulterava a mercadoria. Os caixeiros viajantes com frequência enganavam seu fregueses. Por isso é que Paulo usou a expressão "falamos com sinceridade", porque a sinceridade do apóstolo contrasta com a falsidade de outros (2Co 2.17). Se na época de Paulo já existiam "tantos outros", imagine hoje em dia! Muitos alteram a semente (Palavra) em sua composição original, crendo que com tal mudança obterão melhores resultados do que som o uso convencional da "semente de Deus". Sabemos que há muitos métodos que Deus usa para a apresentação do evangelho de Jesus Cristo. Todavia, precisamos tomar cuidado para que a forma não afete, não adultere o conteúdo. Daí existirem tantas igrejas que experimentam "novos métodos" de evangelização, mas que não pregam a Jesus Cristo, e este crucificado (1Co 2.1-5). 2. Desprezar um terreno Não cabe a nós avaliar se um terreno tem potencial ou não, isto é, se vale ou não vale a pena compartilhar a nossa fé com alguém, cujo coração parece ser infértil, pois a verdade é que para Deus não existe terreno improdutivo. Assim como faz um bom agricultor, Deus pode quebrantar a dureza, retirar as pedras e remover espinhos de um coração "imprestável"e transformá-lo em terra boa.. coração aberto e produtivo, como fez com Onésimo que antes era "inútil", mas com Cristo se tornou um "servo útil" (Fm 11). Devemos também utilizar a criatividade que Deus nos deu e criar oportunidades para levar as palavras de salvação ao perdido. O fruto que cada produz depende não somente da maneira como recebe a Palavra de Deus, mas como reage a ela. Aquele que não se contenta apenas com ouvir, mas também quer ler, meditar e praticar os seus ensinamentos, esse tem tudo para se tornar muito produtivo. A Palavra deve achar guarida em nosso coração (Cl 3.16), para que possa começar a germinar e produzir seus frutos (Tg 1.21). Quem determina o tipo do fruto que vai ser colhido é a semente que foi plantada, e não o perfil daquele que plantoiu. A Palavra Deus possui em si mesma toda força e autoridade necessária para levar qualquer pessoa à regeneração (brotar), ao crescimento, florescimento e frutificação. Bastanos a coragem de compartilhar. Na parábola de Jesus aprendemos que as diferentes reações que as pessoas demonstram ao ouvir a Palavra têm a ver com a condição e com a situação do coração delas, de seus interesses e de suas experiências de vida. 1. Alguns demonstrarão ter mente influenciada maciçamente pelos conceitos mundanos, o que torna o coração deles não receptivos à Palavra. 2. Outros, apesar de demonstrar uma certa receptividade à Palavra de Deus, ainda guardam pedras camuflamadas, submersas (Jd 12); as pedras da incredulidade e do pecado, as quais obstruem o desenvolvimento da santa semente que foi plantada no coração deles, conduzindo-os a uma espiritualidade superficial. 3. Há também aqueles que olham tanto para a luz quanto para as trevas; gente em cujo coração cresce tanto o "trigo"quanto o "joio"; de tal forma que um acaba aniquilando o outro e, por fim, nenhum fruto há que se compense colher. 4. Quando o coração for aberto e compatível com aquilo que Deus quer implatar em nós; quando os efeitos da "semente" forem mais desejados que nossas próprias conquistas, quando forem maiores que a nossa dúvida, mais valorizados que as nossas ambições; então certamente haverá uma boa safra a ser colhida nesse coração. Que espécie de terreno há em seu coração? Por quais caminhos você tem passado? que tipo de sementes há em suas mãos? Que tipo de semeador é você? Ser um discípulo de Cristo é, portanto, muito mas do que ser apenas um ouvinte. Ser discípulo é ser aprendiz, praticante e imitador. Se você é discípulo de Cristo saiba que também foi chamado para ser "semeador"; alguém que sabe criar e aproveitar as oportunidades, que sabe manejar bem a palavra de Deus e que tem a disposiçao de testemunhar a qualquer um, mesmo que pareça disperdício. A palavra é poderosa o suficiente pra germinar em qualquer lugar. Quanto a você basta crer e lançar as sementes que Deus lhe deu.