GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Centro de Ensino Superior do Amapá Arquitetura e Urbanismo Estudos Ambientais Prof. Msc. Themístocles Raphael Gomes Sobrinho E-mail: [email protected] GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo O que é Geologia? A Geologia, como ciência, procura decifrar a história geral da Terra, desde o momento de sua formação até o presente; utilizando-se para tanto, das informações físicas, químicas e biológicas contidas nas rochas. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. DIVISÃO Arquitetura e Urbanismo GEOLOGIA GERAL DA GEOLOGIA GEOLOGIA HISTÓRICA Estuda a composição, a estrutura e os fenômenos genéticos formadores da litosfera e interior do planeta. Estuda e data cronologicamente a evolução geral: modificações físicas, químicas, estruturais e biológicas pretéritas. A Geologia Ambiental: consiste no estudo dos problemas geológicos decorrentes da relação que existe entre o homem e a superfície terrestre. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo DINÂMICA INTERNA Gênese, agentes, processos e produtos. SUBDIVISÃO DA GEOLOGIA GERAL OU DINÂMICA DINÂMICA EXTERNA Gênese, agentes, processos e produtos. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Dinâmica Interna ou Fatores Endógenos: GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Astenosfera Do grego asthenes = fraqueza e sphaera = esfera. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Dinâmica Externa ou Fatores Exógenos: GOMES SOBRINHO, T. R. ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo ESTRUTURA GEOLÓGICA E RELEVO ARQUEOZÓICA: Formação da crosta terrestre. Surgimento dos primeiros aglomerados rochosos, chamados de escudos cristalinos. PROTEROZÓICA: Intensa atividade vulcânica originando imensos depósitos de minerais metálicos. PALEOZÓICA: Grande atividade transformadora da superfície. Surgem os Alpes Escandinavos, os Montes Apalaches. Soterramento de florestas, dando origem às jazidas de carvão mineral. MESOZÓICA: Surgimento dos grandes répteis. Intenso vulcanismo. Intenso processo de sedimentação dos fundos marinhos, originando jazidas petrolíferas. CENOZÓICA: Terciário: - Intensa atividade orogenética. - Dobramentos modernos (Andes, Alpes e Himalaia) Quaternário: - Grandes glaciações. - Tectônica de placas, deriva dos continentes. GOMES SOBRINHO, T. R. T E M P O G E O L Ó G I C O Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. As Camadas da Terra Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo As Rochas: São agregados naturais constituídos por minerais. Algumas são formadas por um único mineral, como o calcário; outras por vários minerais, como o granito. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Os Minerais: são substâncias naturais, sólidas e cristalinas, geralmente inorgânicas, e com uma composição química específica. Os minerais podem ser identificados em amostras de mão através das suas propriedades. O estudo dos minerais é particularmente importante para a compreensão da génese e evolução das rochas. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo As rochas apresentam uma grande diversidade. Podem ser classificadas quanto à sua origem em: 1. rochas magmáticas: vulcânicas e plutónicas, 2. rochas sedimentares detríticas, quimiogénicas e biogénicas, 3. rochas metamórficas. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Rochas Magmáticas ou Ígneas: As rochas magmáticas são originadas a partir da consolidação do magma, sendo que através de sua textura pode-se determinar as condições geológicas em que estas rochas se formaram. Ao saber a textura, consegue-se determinar o tamanho e a disposição dos minerais que compõem a rocha. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Rochas Magmáticas ou Ígneas: GOMES SOBRINHO, T. R. Vulcanismo Arquitetura e Urbanismo Plutonismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Rochas Metamórficas: As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. GOMES SOBRINHO, T. R. Rochas Metamórficas: Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Rochas Sedimentares: As rochas sedimentares são o produto de uma cadeia de processos que ocorrem na superfície do planeta e se iniciam pelo intemperismo das rochas expostas à atmosfera. As rochas intemperisadas perdem sua coesão e passam a ser erodidas e transportadas por diferentes agentes (água, gelo, vento, gravidade), até sua sedimentação em depressões da crosta terrestre, denominadas bacias sedimentares. A transformação dos sedimentos inconsolidados (p. ex. areia) em rochas sedimentares (p. ex. arenito) é denominada diagênese, sendo causada por compactação e cristalização de materiais que cimentam os grãos dos sedimentos. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Tectônica de Placas: Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Deriva Continental: A idéia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener. Em 1912, ele propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. As Placas Tectônicas Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo A litosfera é um envoltório descontínuo, dividido em partes chamadas placas tectônicas, que se apóiam ou flutuam sobre a astenosfera. A – Movimento convergente B – Movimento divergente C – Movimento transformante ou transcorrente GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo A Geomorfologia “Ciência geológico-geográfica que estuda o relevo terrestre, sua estrutura, origem, história desenvolvimento e dinâmica atual” (J. L. Hubp) Geologia Geografia Geomorfologia do GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Relevo Relevo são as formas e compartimentos da superfície do planeta (serra, montanha, colina, planalto, planície, depressão, entre outras). Essas formas e compartimentos definem-se em função da atuação de agentes internos e externos à crosta terrestre. -Agentes internos (formadores) - vulcanismo, terremotos, movimento das placas; forças tectônicas em geral. - Agentes externos (modeladores) - chuva, vento, geleiras, rios, lagos, mares; agentes erosivos em geral. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA ESCUDOS CRISTALINOS: - Formação pré-cambriana. - Terrenos arqueozóicos: Serra do Mar (granito). - Terrenos proterozóicos: jazidas de minerais (ferro e manganês). BACIAS SEDIMENTARES: - Formação recente. - Terrenos paleozóicos: jazidas carboníferas do sul. - Área mesozóica: depósitos petrolíferos do litoral. - Terrenos cenozóicos: planícies. TERRENOS VULCÂNICOS: - Áreas que durante a era mesozóica sofreram intensos derrames vulcânicos. (bacia do Paraná) - Rochas basálticas. - Solo fértil (terra roxa) GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo O RELEVO BRASILEIRO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Estrutura geológica Agentes internos (tectonismo e o vulcanismo) Agentes externos (águas correntes e intemperismo) Predomínio das formações sedimentares recentes. (64%) Origem cristalina. (36%) Baixa altimetria, predomínio das baixas e médias altitudes. Não sofreu ação dos movimentos orogenéticos recentes. Três grandes formas: Planaltos, as depressões e as planícies. 95% planaltos e depressões de origem tanto cristalina quanto sedimentar. Planícies representam 5% do território brasileiro e são exclusivamente de origem sedimentar. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo O RELEVO BRASILEIRO GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo O RELEVO BRASILEIRO GOMES SOBRINHO, T. R. CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO AROLDO DE AZEVEDO Década de 40. Nível altimétrico. PLANALTOS: Superfícies aplainadas com mais de 200 metros de altitude. PLANÍCIES: Superfícies aplainadas com menos de 200 metros de altitude. 8 unidades de relevo; 4 planaltos (59%) e 4 planícies (41%) Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO AZIZ NACIB AB’SABER • Década de 50. •Tipo de alteração dominante na superfície, processo de erosão ou de sedimentação. •PLANALTO: Superfície aplainada, onde o processo de erosão estaria predominando sobre o sedimentar. •PLANÍCIE: o inverso, sedimentar sobre o erosivo. •10 unidades: 7 planaltos (75%), e 3 planícies (25%) GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO JURANDYR ROSS Década de 90. Levantamento por satélite. Associação de dados altimétricos com informações sobre os processos de erosão/sedimentação. PLANALTOS: Superfície irregular com altitudes superiores a 300 metros, e que teve origem a partir de erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares. DEPRESSÃO: Superfície mais plana, com altitudes entre 100 e 500 metros, apresentando inclinação suave, resultante do processo erosivo sobre rochas cristalinas ou sedimentares. PLANÍCIE: Superfície extremamente plana e formada pelo acúmulo recente de sedimentos fluviais, marinhos ou lacustres. 28 unidades: 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo FORMAS DE RELEVO Montanhas: Grande elevação de terreno formada por ação de forças tectônicas. Originam-se a partir de dobras, falhas ou vulcões; quanto à idade, podem ser antigas, como as serras do Mar e da Mantiqueira, ou recente, como a Cordilheira dos Andes, dos Alpes e do Himalaia. Planaltos: Superfície mais ou menos plana e elevada em relação às áreas próximas, delimitadas por escarpas; o processo de desgaste supera o de deposição de materiais. Planícies: Superfície mais ou menos plana, de natureza sedimentar, predominando os processos de deposição de sedimentos. Existem dois tipos de planícies: as costeiras (junto ao litoral) e as continentais (interior dos continentes). GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo FORMAS DE RELEVO Depressões absolutas Porções do relevo mais baixas que o nível do mar; no Brasil não há ocorrência deste tipo de depressão; porém, existem as depressões relativas, mais baixas em relação às terras próximas e acima do nível do mar. Chapadas: Planalto de rochas sedimentares apresentando topografia tabular. Cuestas: Presentes no planalto Meridional. São formas assimétricas de relevo, formadas pela sucessão alternada de camadas rochosas cuja resistência varia de acordo com o desgaste. Depressões periféricas: São áreas deprimidas formadas pelo contato entre terrenos sedimentares e massas cristalinas. São comuns nos planaltos brasileiros. GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo FORMAS DE RELEVO Vista Parcial Aérea de Contato Chapada/Planície GOMES SOBRINHO, T. R. FORMAS DE RELEVO Pico da Neblina: 3.014m Planalto das Guianas Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. FORMAS DE RELEVO Planície Costeira Arquitetura e Urbanismo GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo FORMAS DE RELEVO Foto - Escarpa do Tombador vista da serra das Palmeiras, visando sul GOMES SOBRINHO, T. R. Arquitetura e Urbanismo Obrigado!!!