O IMPERIALISMO NO SÉCULO XIX A PARTILHA DO MUNDO NEOCOLONIALISMO OU “PARTILHA DO MUNDO” CONTEXTO HISTÓRICO: – Segunda metade do século XIX quando a expansão dos países europeus industrializados levam as partilhas dos continentes africano e asiático; – Também EUA e Japão exercem atividades imperialistas em suas respectivas regiões de influência COLONIALISMO/NEOCOLONIALISMO COLONIALISMO: – Capitalismo Comercial (mercantilismo); – Objetivos: especiarias, produtos tropicais e metais preciosos; – Continente Americano; – Expansão impulsionada pelo Estado; Séculos XIV, XV e XVI. NEOCOLONIALISMO: Capitalismo industrial e financeiro; Objetivos: mercados consumidores de manufaturas e fornecedores de matériasprimas; busca de colônias para excedente populacional europeu; áreas de investimento de capitais e áreas estratégicas para proteção do comércio marítimo. Continente africano, Asiático e Oceania; Expansão impulsionada pela burguesia europeia COLONIALISMO/NEOCOLONIALISMO COLONIALISMO: NEOCOLONIALISMO: – Ideologias – Ideologia legitimadora: Fé católica legitimadoras: Mito da superioridade racial: “Darwinismo Social” Missão Civilizadora: fardo do homem branco “O FARDO DO HOMEM BRANCO” O literato inglês Rudyard Kipling (1865-1936) forneceu amplo material de apoio ao imperialismo de seu país. Para ele a Inglaterra podia suportar como nenhuma outra nação “o fardo do homem branco”; em sua obra , The White man’s burden, destaca o dever à filantropia da ação colonizadora inglesa, como se constata nos versos: RUDYARD KIPLING Assumi o fardo do homem branco Enviai os melhores dos vossos filhos Condenai vossos filhos ao exílio Para que sejam os servidores de seus Cativos. O FARDO DO HOMEM BRANCO Esta propaganda de sabão usa o tema do "Fardo do Homem Branco" para encorajar pessoas brancas a ensinar noções de higiene a membros de outras raças. O DARWINISMO SOCIAL O imperialismo do século XIX, permeado pelo ideal da supremacia econômica e cultural, formulou o mito da superioridade racial, incluindo concepções pseudocientíficas que enalteciam os brancos e a exploração imperialista. Por esse motivo destacou-se a doutrina racista do filósofo inglês H. Spencer, conhecida como “Darwinismo Social”. O DARWINISMO SOCIAL Segundo Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin, podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade:assim como existia uma seleção natural entre as espécies, com o predomínio dos animais e plantas mais capazes, ela existia também na sociedade: O DARWINISMO SOCIAL A luta pela sobrevivência entre os animais correspondia à concorrência capitalista;a seleção natural não era mais nada além da livre troca dos produtos entre os homens;a sobrevivência do mais capaz, do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento. FORMAS DE DOMINAÇÃO DIRETA – Com agentes metropolitanos ocupando os principais cargos governamentais. – Ex: Inglaterra na Índia. INDIRETA – Aliança com elites locais, mantendo uma aparente independência política. – Ex: EUA na América Central IMPERIALISMO NA ÁFRICA – Início: segunda metade do século XIX – Ponto máximo: “Conferência de Berlim – Objetivo: delimitar fronteiras coloniais e normas a serem seguidas pelas potências colonizadoras. IMPERIALISMO INGLÊS NA ÁFRICA CANAL SUEZ – controle acionário: França e Egito; – 1875:Inglaterra compra as ações do Egito – 1904: franceses abandonam o Egito em troca de auxílio inglês para conquista do Marrocos. GUERRA DOS BÔERES (1899-1902) – Colonos holandeses fundam as Repúblicas de Transvaal e Orange; – Conflito inicia quando se descobre diamantes na região de Joanesburgo, no Transvaal; – Resultado: 1902 Inglaterra vitoriosa anexa as Repúblicas às colônias do Cabo e Natal/ União SulAfricana Cecil Rhodes(1853-1902) Domínio britânico no continente africano A caricatura "The Rhodes Colossus" foi publicada no semanário inglês Punch, em 1892. Cecil Rhodes aparece segurando o cabo do telégrafo, ao mesmo tempo que cruza todo o continente africano de uma só vez. A imagem faz referência à ambição colonialista britânica. Cecil John Rhodes (1853-1902), o homem mais rico de África, rei dos diamantes, dedicou metade da sua vida ao engrandecimento do Império Britânico. Foi um insaciável representante do capitalismo colonial, e concebeu um dos projetos mais ambiciosos do colonialismo: o de unir a cidade do Cabo, na África do Sul, à cidade do Cairo, no Egipto, através de uma linha de caminho de ferro transcontinental. IMPERIALISMO FRANCÊS NA ÁFRICA Presente na África desde 1830, a França dominava as seguintes regiões do continente: – Argélia; – Tunísia; – Marrocos; – Sudão ; – Madagascar; – Somália francesa. OUTROS PAÍSES EUROPEUS NA ÁFRICA Itália: litoral da Líbia, Eritréia, Somália, “Abissínia/Etiópia” são derrotados; Bélgica: Congo (propriedade pessoal do rei); Portugal: Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde; Espanha: Rio do Ouro(Gâmbia) IMPERIALISMO NA ÁFRICA IMPERIALISMO NA ÁFRICA IMPERIALISMO NA ÁSIA ÍNDIA: – 1498: chegada dos portugueses com Vasco da Gama; – 1763: a vitória da Inglaterra na “Guerra dos Sete Anos(1756/1763)” resulta no predomínio inglês sobre o território; – 1848: intensificação do controle com a imposição de uma administração britânica: FORMA DIRETA Construção de estradas; Organização de missões políticas e religiosas; Ruína da economia tradicional (voltada para subsistência e indústria manufatureira); IMPERIALISMO NA ÁSIA 1857: Revolta dos Cipaios (indianos derrotados passam a condição de colônia britânica) 1876: Ministro Disraeli transforma a Índia em área do Império, sendo a rainha Vitória coroada como “Imperatriz da Índia”. Outras regiões colonizadas pela Inglaterra: Tibete, Afeganistão, Austrália e ilhas vizinhas; 1900: Inglaterra é o maior Império do mundo. IMPERIALISMO NA ÁSIA JAPÃO: – Até 1542: isolado do Ocidente; – Grandes Navegações: Portugal e Espanha enviam missões jesuíticas; – 1616: extermínio de 37 mil cristãos japoneses e retorno ao isolamento por mais dois séculos; – 1648: fecha seus portos aos estrangeiros e organiza-se sob uma estrutura feudal; IMPERIALISMO NA ÁSIA – 1854: EUA força abertura dos portos japoneses ao comércio mundial: Estratégia: acordo com o clã do Xogunato (família Tokugawa) que possuía comando político do país; Início da europeização do Japão, este sujeitando-se ao Ocidente; Oposição ao Xogunato se organiza: clãs rivais unidos ao Imperador se revoltam e voltam centralizar o poder (Império); Período denominado por “Era Meiji” (industrialização e modernização) que resulta no início do IMPERIALISMO japonês (Ex: guerra contra a China (1894) e contra a Rússia( 1904). IMPERIALISMO NA ÁSIA CHINA: – Meados do séc XIX: essencialmente Essencialmente agrícola Governo imperial em constantes crises 400 milhões de trabalhadores – 1841: Guerra do Ópio Motivo: em 1839 chineses derramam ao mar 20 mil caixa de ópio dos britânicos (Inglaterra exige indenização que não é paga); IMPERIALISMO NA ÁSIA Resultado: – derrota chinesa com assinatura do “Tratado de Nanquin”; – Tratado de Nanquin: Obrigação de abrir 5 portos ao livre comércio; Forçada a abolir o sistema de fiscalização; Hong Kong é entregue à Inglaterra(devolvida em 1997). IMPERIALISMO NA ÁSIA 1851: “Revolta de Taiping” – Revolta camponesa com apoio da cidade; – Sufocada em 1864. 1900:Guerra dos Boxers (“punhos fechados”) – nacionalistas radicais que buscam libertar o país da dominação estrangeira; – Resultado: reprimidos internacionalmente pela “Força Expedicionária” (ingleses, franceses, alemães, russos, japoneses e estadunidenses) – Derrota da China que é obrigada a reconhecer todas as concessões já realizadas às potências estrangeiras. IMPERIALISMO NA ÁSIA 1911: Fundação do Partido Kuomitang (nacionalismo chinês: – Fim da monarquia e proclamação da República; – Não obtenção de desenvolvimento autônomo, o que só irá ocorrer em 1949 com a REVOLUÇÃO CHINESA. “QUINTALDO MUNDO” PENÍNSULA DA INDOCHINA Meados do século XIX: – Penetração francesa no sudeste asiático; – Ocupação do Vietnã por missionários franceses e após por soldados de Napoleão III – 1863: submetem Laos e Camboja; – 1887: Criação da União Indochinesa (a qual só irá se libertar em meados do séc XX). RESULTADO DO IMPERIALISMO Metrópoles imperialistas: – Lucros e intensificação do desenvolvimento; – Solução parcial para crise (de mercado, de superpopulação...) – Amenizou lutas sociais internas (classe operária)... Mundo colonizado: – Desestruturação econômica, política, social e cultural; – Fomes, lutas nacionalistas; – Segregação racial e social... CONDUZIU O MUNDO A 1ª GUERRA MUNDIAL.