É constituído por um conjunto de órgãos, tecidos e células capazes de: • Reconhecer os elementos próprios e estranhos ao organismo • Desenvolver acções que protegem o organismo dos agentes patogénicos e das células cancerosas. Isabel Nascimento 1 Órgãos Linfóides Primários: Locais onde ocorre o processamento, maturação e diferenciação dos linfócitos. Timo Medula Óssea Órgãos Linfóides Secundários ou Periféricos: locais de armazenamento, circulação e desenvolvimento da resposta imunitária. Baço Gânglios Linfáticos Amígdalas Tecido linfático disperso Isabel Nascimento 2 Células efectoras - Fagócitos: Neutrófilos Eosinófilos Monócitos Macrófagos Isabel Nascimento 3 Produção de substâncias químicas (histamina): Mastócitos (células do tecido conjuntivo) Basófilos Isabel Nascimento 4 Linfócitos: Linfócitos B - Plasmócitos Produzem anticorpos que defendem o organismo contra bactérias e vírus Linfócitos T- Células T Atacam células infectadas por bactérias, fungos, vírus e protozoários Isabel Nascimento 5 O reconhecimento dos elementos próprios e estranhos ao organismo baseia-se num conjunto de glicoproteínas superficiais da membrana citoplasmática que funcionam como marcadores celulares. Estas glicoproteínas são codificadas por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, sendo designado complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Antigénio – molécula que pode ser reconhecida como estranha pelas células do sistema imunitário, pois possui marcadores de superfície (determinantes antigénicos) diferentes dos que possuem estas células. Anticorpo – proteína específica (imunoglobulinas) que reconhecem os antigénios, ligando-se a estes. São produzidos pelos plasmócitos. Isabel Nascimento 6 Diapedese – Pelo facto de mudarem de forma verifica-se a migração dos leucócitos através dos poros do endotélio dos vasos sanguíneos para os tecidos envolventes. Fagocitose – Captura, por endocitose, de células ou restos de células que são destruídas em vesículas digestivas. Quimiotaxia – Processo de atracção dos neutrófilos e outros leucócitos para zonas de tecidos lesionados, através de sinalizadores químicos libertados pelas células lesionadas, proteínas de complemento activadas, linfócitos e outras substâncias. Isabel Nascimento 7 Células fagocitárias: Neutrófilos; Monócitos; Eosinófilos. Os agentes patogénicos, vírus e outras células são reconhecidos pelos anticorpos que se ligam aos antigénios específicos. A célula fagocitária forma pseudópodes que ajudam no processo de endocitose, de modo que a que o agente patogénico penetre no interior desta célula. O agente patogénico é degradado por enzimas dos lisossomas. Os produtos de excreção são libertados por exocitose direccionados para o exterior através dos gânglios linfáticos. Isabel Nascimento 8 Defesa não específica ou imunidade natural/inata: Aparece a partir do nascimento; Não é específica para um agressor; Não distingue os agentes infecciosos uns dos outros; Actua sempre do mesmo modo Não possui memória. Isabel Nascimento 9 Pele:Evita a entrada de agentes patogénicos e substâncias estranhas que raramente penetram quando a pele está intacta. «Flora normal»: Fungos e bactérias que normalmente vivem e se reproduzem em grande número nas superfícies do nosso corpo, competem por espaço e nutrientes com os agentes patogénicos, constituindo um tipo de defesa. Muco :Produzido por tecidos dos sistemas, respiratório, digestivo, excretor e reprodutor. Captura bactérias e outros agentes patogénicos. Secreções ácidas: Impedem o crescimento de bactérias na pele. Pêlos nasais: Filtram as bactérias. Cílios: Movem o muco e retêm materiais. Suco gástrico: Constituído por HCl e proteases que destroem agentes patogénicos no estômago. Lágrimas e saliva: Lubrificam e limpam; contêm lisozima, que ataca a parede celular de inúmeras bactérias. Isabel Nascimento 10 Surge quando agentes patogénicos conseguem ultrapassar as barreiras físicas de defesa do organismo. Produção de mediadores químicos ( principalmente histamina1) pelo tecido ferido, mastócitos e basófilos. Vasodilatação dos capilares do local maior afluxo de sangue ,vermelhidão e calor. Aumento da permeabilidade da parede dos capilares sanguíneos , filtração abundante de fluído para o tecido ,edema. Saída do plasma dos capilares e de alguns leucócitos por diapedese: neutrófilos ,monócitos (macrófagos) , fagocitose Factores de coagulação; Reparação de tecidos. Isabel Nascimento 11 Surge quando os agentes patogénicos são particularmente agressivos e ocorre em várias partes do organismo. Aumento do número de leucócitos em circulação – resulta da estimulação da medula óssea por substâncias químicas produzidas pelas células lesadas. Febre – desencadeada por toxinas produzidas pelos agentes patogénicos ou por pirógenos produzidos por leucócitos, que actuam sobre o hipotálamo e regulam a temperatura do corpo para um valor mais alto. A febre moderada é benéfica porque acelera as reacções do organismo, estimulando a fagocitose e a reparação dos tecidos lesados. Adicionalmente, inibe a multiplicação de alguns microorganismos.´ Isabel Nascimento 12 Em consequência do processo inflamatório pode ocorrer a acumulação de pus, que é constituído por células mortas (neutrófilos e corpos celulares atingidos) e pelo plasma libertado. Numa fase final, o pus é, geralmente, consumido e digerido pelos macrófagos. Isabel Nascimento 13 Mecanismo contra infecção por vírus: 1 - o vírus liga-se a uma célula 2 - Ocorre produção de interferão (proteína antimicrobiana)por essa célula. 3 - O interferão entra na circulação e liga-se aos receptores membranares das células vizinhas. 4 - As células ligadas ao interferão produzem proteínas antivirais que bloqueiam a multiplicação de qualquer vírus que entre na célula. Isabel Nascimento 14 Constituído por uma série de cerca de 20 proteínas do plasma (produzidas no fígado, baço, intestino...) e que, normalmente, circulam no sangue no estado inactivo. Após activadas, as diferentes proteínas podem: Aumentar a vasodilatação e a permeabilidade dos vasos facilitando a saída de fagócitos; Facilitar a fagocitose: os fagócitos reconhecem células estranhas mais facilmente após as proteínas complemento se ligarem a essas células; Formar poros na parede da célula bacteriana, por onde entram fluídos e sais (iões) que provocam o seu rebentamento por choque osmótico. As proteínas de complemento actuam numa sequência característica ou em «efeito cascata», no qual cada proteína activa a seguinte. Isabel Nascimento 15