Doenças da Mama

Propaganda
FACULDADE DE MEDICINA DE S. J. DO RIO PRETO
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
FUNFARME/FAMERP
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
A dor nas mamas (mastalgia), acompanhada ou não de espessamento
mamário, que surge no início da menacme e tende a desaparecer na
menopausa,
recebe
a
denominação
de
"ALTERAÇÕES
FUNCIONAIS
BENIGNAS DAS MAMAS”.
São mais freqüentes em nuligestas e em mulheres com
baixa paridade.
Costumam regredir na menopausa e reaparecer com a
reposição hormonal.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
QUADRO CLÍNICO
- INICIAM-SE POR VOLTA DOS 20 ANOS
- Nesta fase, as mamas não costumam apresentar alterações palpatórias importantes.
- A sensação dolorosa é quase sempre de leve intensidade, e na grande maioria das
vezes apresenta reforço sintomático pré-menstrual, com sinais de ingurgitamento
local.
- POR VOLTA DOS 30 ANOS:
- Existe tendência dor ser acompanhada por espessamento de parênquima.
- Evidenciam-se a irregularidade e a nodularidade do tecido, principalmente nos
quadrantes súpero-laterais, que se apresentam como áreas granulosas à palpação.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
QUADRO CLÍNICO
- Às vezes a acentuada fibrose determina um nódulo dominante, podendo
simular neoplasia maligna.
- FLUXO PAPILAR (COMUM):
- É quase sempre bilateral, exteriorizando-se por vários orifícios de cada lado
mediante expressão.
- Apresenta coloração esbranquiçada, amarelada, acastanhada, ou esverdeada .
- Raramente é incolor ou serossanguinolento.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
DIAGNÓSTICO
- ANAMNESE  mastalgia cíclica
- EXAME GINECOLÓGICO  tendência à nodularidade na palpação
- EXAMES COMPLEMENTARES: - MAMOGRAFIA
- ULTRA-SOM
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
1. Dor na região mamária quase sempre não-cíclica, sem reforço pré-menstrual, e de
etiologia músculo-esquelética:
- Nevralgias intercostais
- Inflamação das cartilagens da junção costocondral (caracterizada por dor à
compressão ao nível da segunda e terceira articulações)
- Traumas de parede torácica
- Neuromas decorrentes de cirurgias torácicas
2. Mamas em pêndulo, extremamente volumosas:
- Dor por distensão nervosa e ligamentar
3. Distúrbios psicossomáticos
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
TRATAMENTO
- Excluir a presença de tumor (anamnese, exame físico e radiológico s/n).
- Explicar que os sintomas não estão associados ao câncer e que não há
risco maior de desenvolver a doença no futuro.
- Muitas mulheres conseguem alívio dos sintomas depois das explicações
do médico. Ao conseguirmos a tranqüilidade da paciente e afastado o
temor do câncer, ela passa a conviver melhor com o incômodo mamário.
- Farmacoterapia  eficientes durante o tempo de uso.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
FARMACOTERAPIA
- ÁCIDO GAMA-LINOLEICO
- TAMOXIFENO
- BROMOERGOCRIPTINA
- LISURIDA
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
- DANAZOL
- DIURÉTICO
- ANALGÉSICO
- ANTI-INFLAMATÓRIO
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
ÁCIDO GAMA-LINOLEICO
(ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL)
- Posologia  180 a 360 mg/dia por pelo menos quatro meses.
- Geralmente, obtido do óleo de uma flor chamada prímula.
- Mecanismo de ação  promove, através do aumento de seus precursores, a síntese de
prostaglandina E1, que modula a ação estrogênica e prolactínica na mama.
- Efeitos colaterais  é praticamente desprovido, ainda que não pareça ser
comparativamente a droga mais efetiva, tem sido recomendada por alguns como a
primeira medida quando a orientação verbal falha.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
TAMOXIFENO
- Posologia  10 mg/dia por 3 a 6 meses.
- Mecanismo de ação  Anti-estrogênico (compete com os receptores).
- Efeitos colaterais  alterações menstruais, náuseas, fogachos e irritabilidade.
- Mais efetivo na mastalgia cíclica.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
BROMOCRIPTINA E LISURIDA
- Posologia  05 mg/dia e 0,4 mg/dia por 3 a 6 meses
- Mecanismo de ação  dopaminérgicas
- Introdução progressiva da dose (vários dias), para minimizar os efeitos colaterais
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
DANAZOL
- Posologia  100 a 400 mg/dia e 0,4 mg/dia por 3 a 6 meses
- Mecanismo de ação  antigonadotrófica
- Efeitos colaterais  manifestações androgênicas (ganho de peso, acne, hirsutismo e
alterações na voz)
- Mais efetivo na mastalgia cíclica
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
DIURÉTICO
- Mecanismo de ação  reduzir a retenção perimenstrual de sódio e água
- Prescrever nos dias que antecedem a menstruação
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS
- Mastalgia ocasional e não cíclica
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
FIBROADENOMA
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
FIBROADENOMA CALCIFICADO
FIBROADENOMA
FIBROSE
DOENÇAS DA MAMA
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
ENCAMINHAMENTO:
O médico em unidade básica de saúde deve conseguir diferenciar as
"alterações funcionais benignas das mamas" de um nódulo mamário.
Poderá, então, encaminhar para inter-consulta com ginecologista.
Porém, a orientação e o tratamento inicial das "alterações funcionais
benignas das mamas" podem e devem ser feitos pelo médico geral
devido a melhor qualidade da relação médico-paciente.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
- No Brasil, nas últimas duas décadas, a taxa de mortalidade por câncer de mama
apresentou uma elevação de 68%, passando de 5,77 em 1979, para 9,70 mortes
por 100.000 mulheres em 1998.
- É a > causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa
etária entre 40 e 69 anos.
- Aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao
palpar suas mamas
- Cerca de 50% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, gerando
tratamentos muitas vezes mutilantes
- Em 2001, segundo as Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer, serão
diagnosticados 31.590 novos caso de câncer de mama e 8.670 óbitos
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
FATORES DE RISCO
- PARIDADE TARDIA
- NÚMERO DE FILHOS REDUZIDOS
- NÃO AMAMENTAÇÃO
- CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS
- GENÉTICO (FAMILIAR)
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO
- AUTO-PALPAÇÃO
- EXAME GINECOLÓGICO
- MAMOGRAFIA
- ESTUDO ANÁTOMO-PATOLÓGICO POR PUNÇÃO ASPIRATIVA, TROCÁTER,
BIÓPSIA INCISIONAL OU BIÓPSIA EXCISIONAL.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
AUTO-PALPAÇÃO
QUANDO REALIZAR:
- Após a menstruação (7o ao 10o dia do ciclo), uma vez/mês
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
AUTO-PALPAÇÃO
O QUE PROCURAR: - DIANTE DO ESPELHO
- NO BANHO OU DEITADA
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
PREVENÇÃO DO CÂNCER DA MAMA
AUTO-PALPAÇÃO
DIANTE DO ESPELHO
O QUE PROCURAR:
- Deformações ou alterações no
formato das mamas
- Abaulamentos ou retrações
- Ferida ao redor do mamilo
Eleve e abaixe os braços.
Observe se há alguma anormalidade
na pele, alterações no formato,
abaulamentos ou retrações.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
PREVENÇÃO DO CÂNCER DA MAMA
AUTO-PALPAÇÃO
DEITADA
O QUE PROCURAR:
- Caroços nas mamas ou axilas
- Secreções pelos mamilos
Coloque um travesseiro debaixo do lado esquerdo
do corpo e a mão esquerda sob a cabeça. Com os dedos
da mão direita, apalpe a parte interna da mama.
Inverta a posição para o lado direito e apalpe da
mesma forma a mama direita.
Com o braço esquerdo posicionado ao lado do corpo,
apalpe a parte externa da mama esquerda com os
dedos da mão direita.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
PREVENÇÃO DO CÂNCER DA MAMA
AUTO-PALPAÇÃO
NO BANHO
O QUE PROCURAR:
- Caroços nas mamas ou axilas
- Secreções pelos mamilos
Com a pele molhada ou ensaboada,
eleve o braço direito e deslize os dedos
da mão esquerda suavemente sobre a
mama direita estendendo até a axila.
Faça o mesmo na mama esquerda.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
PREVENÇÃO DO CÂNCER DA MAMA
MAMOGRAFIA
- É UM EXAME RADIOLÓGICO QUE PERMITE VISUALIZAR IMAGENS TUMORAIS E
CALCIFICAÇÕES.
- INDICAÇÃO:
Complementação do diagnóstico detectado através do exame clínico ou do auto
exame das mamas e para o ACOMPANHAMENTO de mulheres consideradas com
situação de alto risco.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
PREVENÇÃO DO CÂNCER DA MAMA
MAMOGRAFIA
QUANDO REALIZAR:
- Mulheres com 40 anos ou mais que tenham história familiar de câncer de mama
ocorrido na pré-menopausa ou antecedente pessoal de biópsia de mama cujo
resultado foi hiperplasia atípica ou carcinoma lobular " in situ" deverão realizar
mamografia anualmente
- Mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, assintomáticas, deverão fazer o exame
a cada 2 anos
- Quando o exame clínico da mama revelar alterações suspeitas e câncer, deverão
submeter-se à mamografia segundo a orientação do médico
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000
DOENÇAS DA MAMA
PREVENÇÃO DO CÂNCER DA MAMA
MAMOGRAFIA
MICROCALCIFICAÇÃO
CARCINOMA DUCTAL
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
DOENÇAS DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
FIM
Download