AULA DIA 13-10--09

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INFECÇÕES E INFESTAÇÕES
PROFESSORA: MERCÊS MOTA

Como visto anteriormente, infecções são tipos
de relações desarmônicas , em que o parasito
se instala no interior do corpo, enquanto na
infestação o parasito se instala fora do corpo. A
característica mais marcante das infecções e
das infestações é a possibilidade de serem
transmitidas, ou seja, elas podem ir de um ponto
a outro, de um organismo a outro.


A educação da população em relação
à manutenção da saúde, através do
conhecimento de medidas de higiene
individual e coletiva, assim como de
preservação do equilíbrio ecológico,
constitui fator básico na profilaxia das
infecções e infestações.
Sangue, secreções e placenta
podem funcionar como vias de
transmissão de várias infecções
também
passíveis
de
serem
adquiridas por outras vias.
Infecções
transmitidas pelo ar


As infecções que se transmitem
pelo ar são aquelas que ocorrem
pela entrada do microrganismo no
aparelho respiratório, resultado do
contato direto com gotículas
contaminadas.
A hanseníase é considerada por
alguns autores como de possível
transmissão
respiratória.
No
entanto, considerando a forma
mais conhecida de transmissão,
essa doença está descrita no
tópico pele.
CAXUMBA




Conceito
Doença contagiosa aguda caracterizada por
doloroso aumento de volume das glândulas
salivares(parótidas). Por atingir as parótidas,
também é conhecida como parotidite.
Agente causador
Vírus
Sinais e sintomas
Os principais são:
 Edema(inchaço) da parótida (geralmente é a
primeira indicação da doença);
 Mal-estar;
 Falta de apetite;
 Calafrio;
 Febre baixa;
 Faringite;
 Hipersensibilidade no ângulo da mandíbula.
Contágio
O vírus é transmitido nas secreções salivares
contaminadas, sendo as vias respiratórias o
meio de penetração.
Profilaxia e controle
O principal recurso é a vacinação na
infância.(MMR, 12 meses, reforço-4 a 6 anos).
Complicações
Em alguns casos graves pode atingir testículos,
meninges, pâncreas e outros órgãos.

COQUELUCHE




Conceito
Infecção bacteriana aguda da parte superior
das vias respiratórias caracterizadas por
crises de tosse intensa.
Agente causador
Bactéria Bordetella pertussis.
Sinais e sintomas
De modo geral, a doença passa por três
fases, com as seguintes
características:
Primeira fase-muita secreção catarral na
garganta, sem distinção de outras
doenças respiratórias agudas; febre
pouco intensa,mal-estar geral, coriza,
tosse.
Segunda fase- crises fortes e frequentes
de tosse, que podem até mesmo
dificultar a respiração do doente.
Terceira fase- a fase de convalescença,
quando as crises de tosse continuam,
embora diminuam de frequência até o
desaparecimento total.


Contágio
Ocorre através de gotículas de saliva ou escarro
contaminadas com a bactéria, expelidas pelo
doente durante as crises de tosse; essas
gotículas podem transmitir o microrganismo
para outras pessoas através de inalação pelas
vias respiratórias. Também pode ocorrer
transmissão por meio de objetos recentemente
contaminados com secreções de pessoas
doentes.

Profilaxia e controle
O principal recurso para evitar a doença é a
imunização com vacina tríplice(contra difteria,
coqueluche e tétano), com doses administradas
a partir de dois meses de idade. O tratamento e
o isolamento temporário dos doentes também
são um método que permite o controle de
doença. Deve-se fazer o controle dos
comunicantes(pessoas, parentes ou não, que
habitam a mesma casa do doente).
2,4 e 6 meses - 1º R-12 meses 2º R-4-6 anos

Complicações
Podem
ocorrer
distúrbios
neurológicos(convulsão, coma, surdez,
etc) e respiratórios (pneumonia, otite
média,etc).
DIFTERIA


Conceito
Doença transmissível aguda causada pela toxina
de uma bactéria que se localiza na garganta.
Caracteriza-se por uma lesão inflamatória nas
vias respiratórias, onde pode formar placas de
membrana esbranquiçada ou acinzentada.
Também é conhecida como crupe.
Agente causador
Bactéria Corynebacterium diphtheriae.
Sinais e sintomas
 Febre de 37,5º a 38,5º C;
 Palidez;
 Fraqueza;
 Desânimo;
 Dor de garganta;
 Sufocação, quando a membrana diftérica
envolve a faringe, a traquéia ou os brônquios.

Contágio
O microrganismo é transmitido
através de secreções orais e
nasais de pessoas doentes ou
objetos
recentemente
contaminados por suas secreções.
Pessoas que possuem a bactéria
mas não apresentam o sintoma da
infecção, também podem transmitir
a doença. A porta de entrada mais
comum para o organismo humano
é a parte superior das vias
respiratórias.
Profilaxia e controle

A medida profilática mais eficaz na difteria é
a imunização com vacina específica ou
tríplice (contra difteria, coqueluche e tétano).
O isolamento e o tratamento de pessoas com
a doença são um método importante de
controle; o controle dos comunicantes
também deve ser feito.
2,4 e 6 meses - 1º R-12 meses 2º R-4-6 anos
Comunicantes: pessoas
com quem o enfermo
convive, não só passíveis
de serem contaminados
mas também capazes de
disseminar a infecção.

Complicações
Lesões
cardíacas,
neurológicas e renais podem
ocorrer, caso o paciente não
seja tratado.
GRIPE
Conceito
Infecção viral respiratória aguda.
 Agente causador
São vários tipos de vírus, sendo o mais
frequente o vírus influenza.

Sinais e sintomas
 Dor de cabeça;
 Febre;
 Calafrios;
 Espirros;
 Secreção nasal(coriza);
 Nariz entupido;
 Ardência nos olhos;
 Dores musculares;
 Dor de garganta.
Contágio
 Normalmente a transmissão da gripe ocorre
pela inalação de gotículas contaminadas com o
vírus que são expelidas através de espirros e
tosse de pessoas que estejam gripadas. A
doença causada por um dos tipos de vírus não
protege contra uma nova gripe, porque esta
pode se originar de um outro tipo de vírus.
Profilaxia e controle
 Existe uma vacina que evita a gripe produzida por
alguns tipos de vírus; ela normalmente é indicada
para pessoas idosas, que em geral têm maiores
tendências a apresentar complicações. No
entanto, para a população em geral a
disseminação da doença pode ser controlada
através de algumas medidas preventivas como
não escarrar, espirrar ou tossir próximo de outras
pessoas; não permanecer muito próximo daqueles
que estão doentes; e, na medida do possível, não
usar copos e talheres usados por outras pessoas.
Complicações
 A principal é a pneumonia, que atinge
principalmente
pessoas
debilitadas(enfraquecidas) e idosos.
HISTOPLASMOSE




Conceito
É uma infecção causada por um fungo (micose),
que geralmente começa pelos pulmões.
Agente causador
Fungo Histoplasma capsulatum.
Sinais e sintomas
A histoplasmose pode variar desde uma
infecção respiratória de pouca gravidade ou
despercebida até uma doença fatal, que se
espalha por todo o organismo, com as seguintes
características:
 Febre
 Anemia
 Aumento do volume do fígado
 Aumento do volume do baço(esplenomegalia)
 Diminuição dos glóbulos brancos(leucopenia)
 Falta de ar e dor torácica
 Ulcerações (lesões) no tubo digestivo
 Perda de peso
Contágio
 Através da inalação de esporos presentes na
poeira e no solo contaminados, no interior de
grutas,
celeiros
e
em
casas
velhas
abandonadas.
 Na maioria dos casos, o microrganismo penetra
pelo pulmão, mas pode também se instalar no
organismo através de lesões localizadas na
boca, na faringe e na pelo, quando então a
doença é mais grave.
Profilaxia e controle
 Não existe vacina para essa micose, que é de
difícil controle, considerando-se que muitos
casos são assintomáticos(não apresentam
sintomas). Deve-se evitar a exposição a
ambientes potencialmente contaminados.
Complicações
 Decorrem de distúrbios hematológicos(sangue),
respiratórios e em outros órgãos.
MENINGITE


Conceito
Doença bacteriana aguda, caracterizada por
inflamação das meninges (membranas que
envolvem o cérebro e a medula). Pode ser
provocada por vários microrganismos: vírus,
bactérias e fungos. A forma mais grave e
contagiosa é a meningite meningocócica, sobre
a qual nos deteremos.
Agente causador
Bactéria Neisseria meningitidis
(meningococo).
Sinais e sintomas
Os principais são:
 Febre
 Dor de cabeça intensa
 Rigidez de nuca
 Vômitos em jato
 Abaulamento da fontanela( aumento da moleira
nos bebês)
 Convulsão
 Em crianças, irritabilidade ou agitação


Contágio
A meningite meningocócica é transmitida
pelas pessoas infectadas através de
gotículas e secreções do nariz e da garganta
durante a fala, a tosse, espirros e beijos.
Inicialmente os microrganismos localizam-se
na garganta e só depois atingem a
meninges.
Profilaxia e controle
 É essencial tratar os doentes com isolamento
em hospital, vacinar a população e garantir
higiene e alimentação adequada.(2,4,6 mesesHIB).
Complicações
 Surdez, deficiência mental, hidrocefalia e
choque tóxico.
PNEUMONIA

Conceito
Doença infecciosa aguda de início súbito e
progressivo, que ocorre mais comumente em
climas frios e no inverno. O pulmão pode ser
comprometido total ou parcialmente, e em
geral são observadas febre e expectoração
abundante.

Agente causador
A bactéria Streptococcus pneumoniae, conhecida
também como pneumococo, tem sido a mais
comum, embora tenda a ser menos prevalente
graças aos medicamento mais modernos. A
infecção também pode ser provocada por outros
microrganismos
como
por
exemplo
Staphylococcus aureus, Hemophilus influenzae,
Chlamydia pneumoniae e Klebsiela pneumoniae.
Os principais agentes da infecção nos
lactentes e crianças são vírus.
A bactéria denominada Legionella pneumophila,
tem sido responsabilizada por uma forma de
pneumonia grave que costuma atacar
principalmente
fumantes,
idosos
e
imunodeprimidos.
Sua
transmissão
está
associada a aerossóis produzidos por sistemas
de refrigeração em prédios.






Sinais e sintomas
A pneumonia é frequentemente precedida
por alguns dias de coriza ou outros sintomas
de doença respiratória comum. Os sinais e
sintomas mais significativos são:
Calafrios
Temperatura elevada(38,8ºC a 41,1ºC)
Dor nas costas, no lado afetado, que é
agravada pela respiração e pela tosse
Respiração acelerada
Sudorese
Tosse com escarro mucoso, algumas vezes
purulento, geralmente de cor rósea ou
feruginosa.

Contágio

Os
microrganismos
geralmente
são
transmitidos pela inalação de gotículas
expelidas pelo doente no ar e pelo contato na
boca com objetos contaminados por suas
secreções respiratórias.
Profilaxia e controle
 Atualmente, uma vacina muito empregada nos
EUA e nos países europeus tem demonstrado
boa eficácia para evitar a pneumonia
pneumocócica, tanto em indivíduos jovens como
em idosos e pacientes diabéticos. Em relação
aos idosos, pode ser recomendada vacinação
contra o Hemophilus influenzae, de forma a
evitar a complicação de gripes. No entanto,
alguns
cuidados
básicos
também
são
importantes na sua profilaxia e controle:
 Lavagem das mãos, principalmente após o
contato com doente e seus pertence
 Alimentação saudável
 Tratamento adequado das doenças respiratórias
comuns (gripes, por exemplo).
2,4,6
meses-HIB).
Complicações
 Empiema, meningite, pericardite e
endocardite.
Um empiema é uma coleção de pús dentro de uma cavidade natural. Deve ser
diferenciada de abcesso, que é uma colecção de pús numa cavidade que um
processo inflamatório origine. Na medicina humana, os empiemas ocorrem mais
frequentemente no espaço pleural. Outro local comum para empiemas é o útero e
o apêndice (apendicite).
RUBÉOLA
Conceito
 Também
conhecida como sarampo
alemão ou sarampo de três dias, uma
doença infecciosa febril, porém menos
contagiosa que o sarampo.
Agente causador
 Vírus da rubéola
Sinais e sintomas
O período de incubação, que é o tempo decorrido
desde a exposição ao vírus até o aparecimento
de erupções cutâneas, é de 14 a 21 dias.
Os seguintes sintomas podem ocorrer:
 Mal-estar
 Dor de cabeça
 Febre baixa
 Conjuntivite branda
 Exantema(pequenas manchas elevadas, em
áreas circunscritas na pele)
 Dores generalizadas
 Coriza
 tosse


Contágio
Secreções do nariz e da faringe de indivíduos
infectados.
Profilaxia e controle- 12 meses e R-4 a 6 anos MMR
A vacina é um método eficaz para evitar a doença.
No entanto, gestantes ou mulheres que possam
engravidar no período de seis meses pósvacinação não devem ser vacinadas. Gestantes,
principalmente no primeiro trimestre, não devem
entrar em contato com pessoas que apresentem a
doença.

Complicações
Normalmente a rubéola é uma doença
benigna para crianças e adultos, mas
quando
acomete
gestantes,
principalmente no primeiro trimestre da
gravidez, pode levar à síndrome da
rubéola congênita, com infecção crônica e
malformação do feto.
SARAMPO
Conceito
 Doença infecciosa aguda, viral, grave,
transmissível, muito contagiosa, comum
na infância, mas que pode ocorrer em
qualquer idade.
 Agente causador
 Vírus do sarampo

Sinais e sintomas
 coriza
 mal-estar
 febre acima de 3ºC
 tosse seca
 irritabilidade
 pálpebras inchadas
 secreção nasal



pequenas lesões avermelhadas e
irregulares, com centro brancoazulado
na
mucosa
da
boca(manchas de Koplik)
erupções vermelhas, que surgem
primeiro na testa e depois atingem
a face, o pescoço e o tronco,
aparecendo nos pés por volta do
3ºdia
conjuntivite com lacrimejamento
abundante.
Contágio
 O vírus do sarampo é transmitido pelas
secreções do nariz e da boca, ao serem
expelidas pelo doente para as vias respiratórias
da pessoa através de:
 Contato direto(beijo)
 Inalação de gotículas de muco e saliva( tosse e
espirro)
 Levar à boca objetos que tenham sido
recentemente contaminados, como talheres,
chupetas, etc.
Profilaxia e controle 12 meses MMR 4 a 6 anos
 A doença pode ser evitada por meio de
vacinação, mas o isolamento temporário da
pessoa doente também é medida eficaz na
controle da infecção.
Complicações
 As mais comuns são as infecções bacterianas
no ouvido (otite), pulmões(pneumonia) e no
encéfalo(encefalite).
TUBERCULOSE
Conceito
 Infecção bacteriana
cujas principais lesões
localizam-se nos pulmões, mas podem localizarse também nos ossos, rins e outros órgãos.
Agente causador
 Bactéria Mycobacterium tuberculosis (bacilo de
Koch)
Sinais e sintomas
 Perda de peso
 Falta de apetite
 Febre
 Transpiração noturna
 Tosse com escarro e sangue
Contágio
 A transmissão do bacilo ocorre normalmente
pela inalação de gotículas expelidas por
portadores da bactéria através da fala, tosse ou
espirro.
Profilaxia e controle- Ao nascer
 As
principais medidas para evitar a
tuberculose são a imunização através da
vacina BCG e condições satisfatórias de
alimentação, habitação e higiene. Deve-se
diagnosticar e tratar o doente e fazer o
controle dos comunicantes. Educação em
saúde.
Complicações
 Quando
não
tratada
adequadamente,
a
infecção pode evoluir para
insuficiência respiratória,
lesões tuberculosas nas
meninges, coração, rins,
fígado,
ossos
e
articulações.
VARICELA
Conceito
 Também chamada de catapora, é uma doença
frequente na infância, caracterizada por febre e
uma erupção cutânea vesicular que se espalha
por todo o corpo.
Agente causador
 Vírus
Sinais e sintomas
A manifestação cutânea é a principal característica
da virose:
 Pequenas manchas evoluem em poucas horas
para vesículas contendo líquido claro. No dia
seguinte, a vermelhidão diminui e as vesículas
sofrem afundamento no centro, formando lesões
em forma de crateras que, depois, ressecam
formando crostas que caem em alguns dias sem
deixar cicatriz. Ao contrário do sarampo, as
erupções são mais concentradas no tronco. O
doente também apresenta febre e mal-estar
durante a virose.
Contágio
 É um doença altamente contagiosa, e o vírus é
transmitido, provavelmente, pela via respiratória.
O período de contágio estende-se de um ou
dois dias antes da erupção, até seis dias após o
aparecimento de novas lesões cutâneas, ou até
que todas as vesículas tenham se transformado
em crostas.
Profilaxia e controle
 O isolamento temporário (na fase de
risco de contágio) do doente é o
principal recurso para evitar a
disseminação da doença. Não existe
vacina para essas viroses.
Complicações
 De um modo geral, a doença evolui
para cura total. No entanto, podem
ocorrer
complicaçõesencefalite,
infecção bacteriana das lesões e, em
pessoas debilitadas, pneumonia e
hepatite.
ATÉ A PRÓXIMA AULA...
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