Seminário de metais pesados

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Metais pesados
fontes, toxicidade, pesquisa
ARNALDO ANTONIO RODELLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
SETOR DE QUÍMICA
ESALQ/USP
Origem dos metais no ambiente
- Ocorrência natural
- Depósitos minerais
- Poluição causada pelo homem
- Tintas, corantes, pilhas, aditivo de gasolina, catalisadores,
efluentes de indústrias de galvanoplastia, curtume e de
baterias de automóveis, mineração, fungicidas e pesticidas
- Uso agrícola de materiais como fonte de nutrientes
- uso de resíduos industriais e urbanos: lodo de esgoto,
..composto de lixo, escórias
- uso de fertilizantes : fosfatos e fontes de micronutrientes
Contaminação ambiental pela mineração
Doença de itai-itai
- Mineração de metais na bacia do Rio Jinzu, região de Toyama, Japão
ocorria durante muitos séculos.
- Na década de 40 metais pesados, principalmente cádmio, contaminaram
a água de irrigação de arroz.
- Pessoas que se alimentavam de arroz começaram a manifestar sintomas
de uma doença desconhecida, que somente em 1955 foi atribuída a
contaminação com Cd.
- A doença causava intensa desmineralização dos ossos e prejudicava os
rins. A doença recebeu o nome de itai-itai devido aos gemidos de dor
que os pacientes emitiam.
- Em 1968 a doença de itai-ítai foi reconhecida como a primeira doença
causada por poluição do ambiente
Doença de Minamata
Esta doença foi descoberta na cidade de Minamata, região de Kumamoto
no Japão em 1956.
Foi causada pela descarga de metil-mercúrio das águas residuais de uma
indústria química chamada Chisso Corporation na baia de Minamata de
1932 a 1968.
O metil mercúrio se acumulou nos peixes que serviam de alimento para
a população local.
METAIS PESADOS
Metais com densidade superior a 5 g/cm3
Ag Cd Cu Co Cr Fe Mn Mo
Ni
Hg
V Sn Zn
Pb
10,5 8,7 8,9 8,7 7,2 7,9 7,4 10,2 8,9 13,5 6,1 7,3 7,1 11,3
Termo empregado para indicar elementos metálicos tóxicos
Questionamentos
- inclusão de As e Se
- alumínio com densidade 2,70 é tóxico?
- Cu, Zn, Fe, Mo, entre outros, não são também micronutrientes?
- qual a relação entre densidade e toxicidade?
TOLERÂNCIA, TOXICICIDADE E
ESSENCIALIDADE
nutriente
elemento não nutriente
tolerância
essencialidade
tolerância
toxicidade
toxicidade
Dose
Paracelsus (1493-1541) : a dose faz o veneno
Cromo trivalente é um elemento essencial para humanos, recomendando-se
ingestão diária de 50 to 200 µg de Cr3+ para adultos
Teste de Neubauer com amostras de solo coletados em
pomares de figo e uva na região de Louveira, SP
CAUSAS DE TOXICIDADE
- DESLOCAMENTO DE UM METAL ESSENCIAL LIGADO A UMA
BIOMOLÉCULA, POR OUTRO NÃO ESSENCIAL
- COMPLEXAÇÃO DO METAL POR UM GRUPO FUNCIONAL DE UMA
BIOMOLÉCULA, BLOQUEANDO-O PARA POSTERIOR REAÇÃO
- METAL MODIFICA A CONFORMAÇÃO DE UMA BIOMOLÉCULA
CRÍTICA PARA UMA FUNÇÃO BIOQÚÍMICA.
Todas essas causas se relacionam com a formação de complexos.
Portanto metais com facilidade de formarem complexos são os mais
prováveis de serem tóxicos.
Classificação periódica dos elementos:
1
1
1,00797
-252,7
-259,2
0,071
1
H
Hidrogên
io
DEFINIÇÕES
• ELEMENTO TRAÇO: ocorre em pequena proporção, (<100mg L-1)
nos sistemas naturais ou perturbados
• POLUENTE: Substância presente em concentração superior à
concentração natural, como resultado da atividade humana e que
tem efeito nocivo sobre o ambiente
• BIODISPONIBILIDADE: condição de um elemento essencial ou
tóxico estar apto a ser absorvido prontamente por um ser vivo e
em conseqüência afetar seu ciclo
VALORES ORIENTADORES PARA SOLO E ÁGUA
SUBTERRÂNEA PARA O ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB)
Solo (mg kg-1)
Valores de intervenção
Valor de
intervenção para
água (µg L-1)
Valores
de
referência
Valor de
Prevenção
Agrícola
Residencial
Industrial
Cd
<0,5
1,3
3
8
20
5
Hg
0,05
0,5
2,5
5
20
1
Cu
35
60
100
500
700
2000
Pb
17
72
140
240
500
10
Elemento
Valor de referência: solo limpo e qualidade natural da água
Valor de prevenção: proteção ao ambiente
Valor de intervenção : risco à saúde humana
Efeito de doses de níquel na respiração do solo
Valores orientadores CETESB para níquel no solo (mg kg-1)
Valor de prevenção : 30
Valor de Intervenção : agrícola : 50
residencial : 100
industrial : 150
ESPECIAÇÃO
A toxicidade, disponibilidade, bioatividade, transporte no organismo,
distribuição bio-geológica e transporte, e o eventual impacto de um
elemento no ambiente será determinado pelas espécies ou formas
em que ele se encontra presente.
Teores totais de elementos como determinador por espectrometria
atômica, por exemplo, são insuficientes e por vezes enganosos para
se avaliar toxicidade.
ESPECIAÇÃO
Espécie química
Forma específica de um elemento, definida em função de composição
isotópica, estado de oxidação ou estrutura
Hg2+; CH3Hg+
Fe2+; Fe3+
Cd2+; [CdCl3]- ; [Cd-EDTA]2Análise de especiação
Procedimento analítico de identificação e quantificação de uma ou
mais espécies individuais que ocorrem em uma amostra
Especiação de um elemento
Distribuição de um elemento entre as diferentes formas químicas
que ocorrem em um sistema
ESPECIAÇÃO DE CÁDMIO NA ÁGUA DO MAR
EXTRAÇÃO SEQÜENCIAL
Processo de classificação de um analito em uma amostra de acordo com
certas propriedades químicas ou físicas, tais como tamanho, solubilidade,
reatividade, etc.
2,5 g de solo
2 x 15 mL de solução 0,1 mol L-1 de Sr(NO3)2, por 2h
fração solúvel + trocável
2 x 15 mL de solução de acetato de sódio, pH 5
fração ligada a carbonato
4 x 5 mL de solução 50 g L-1de hipoclorito de sódio, pH 8,5, por 30 min, a 95oC
fração ligada à matéria orgânica
3 x 15 mL de solução 0,2 mol L-1 de oxalato de amônio, 0,2 mol L-1 de ácido
oxálico e 0,1 mol L-1 de ácido ascórbico, a pH 3, por 30 min, a 95oC
fração ligada a óxidos de Fe e Al
ataque de 0,5 g de solo com 2 mL de HNO3, 3 mL de HCl e 5 mL de HF em forno
de microondas.
fração residual
Fracionamento de níquel em lodos de esgoto
Fracionamento de níquel em lodos de esgoto
Arsenobetaina não é tóxico
(CH3)3As+ CH2- COOEm estudos toxicológicos essa espécie representou 80%
do arsênio total em camarão
Tributil estanho é usado como biocida em tintas para barcos
(C4H9)2SnCl2
íon Sn (IV) não é tóxico
Erin Brockovich (2000)
Direção
Steven Soderbergh
Com Julia Roberts, David Brisbin, Dawn
Didawick e grande elenco
Cr3+; Cr2O7 2-; CrO42-
......what she discovers is that the company is trying quietly to buy land that
was contaminated by hexavalent chromium a deadly toxic waste that the
company is improperly and illegally dumping and, in turn, poisoning the
residents in the area .....
FORMAÇÃO DE COMPLEXOS
Mx+ + n Ly-  [MLn]x+y
Incorporação de 3H-aminoácido (%)
USO AGRÍCOLA DE LODOS DE ESGOTO
Fonte de nitrogênio, matéria orgânica e micronutrientes
Fonte de metais pesados e de patógenos
Legislação brasileira
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA
Carga acumulada teórica permitida de substâncias inorgânicas pela aplicação
do lodo (kg/ha) durante os sete anos após a publicação da Resolução 375
Elementos
Arsênio
Bário
Cádmio
Chumbo
Cobre
Crômio
Mercúrio
Molibdênio
Níquel
Selênio
Zinco
Carga acumulada (kg ha-1)
30
265
4
41
137
154
1,2
13
74
13
445
FERTILIZANTES SÃO APENAS
FONTES DE NUTRIENTES ?
Cádmio se transfere em alta proporção das rochas
fosfatadas para fertilizantes (MORTVEDT,1987)
• 60% do cádmio proveniente da rocha ocorre no
superfosfato triplo
• 30% é encontrado no gesso, sub-produto de
fabricação de ácido fosfórico.
Fertilizante
Ni
Cd
Cr
Pb
mg kg-1
Rocha fosfatada Catalão
45
3,7
19
58
Concentrado apatítico Araxá
95
7,1
44
127
Ácido fosfórico Catalão
49
3,5
25
62
Superfosfato simples granulado
47
3
29
86
METAIS EM FERTILIZANTES
FOSFATADOS
E
1
0,5
1
6
MISTURAS
Superfosfato triplo
3
2,6
14
2
Fosfogesso
MAP
GABE & RODELLA, 1999
24
3,5
17
18
DAP
24
2,7
17
1
TERMOFOSFATO
360
3,9
949
84
Mistura NPK 4-30-10
11
7,1
19
4
Mistura NPK 4-14-8
30
11,2
19
169
METAIS EM FONTES DE MICRONUTRIENTES
GABE & RODELLA, 1999
Fertilizante
Ni
Cd
Cr
Pb
Garantias
mg kg-1
Óxido de Zn e Cu
128
110
78
2332
---
Óxido de Zn
108
61
24
127
20% Zn , 10% Mn
Óxido de Zn
2
<10
6
130
60 % Zn
Sulfato de Zn
2
<10
2
95
---
Nutricitro
461
35
110
7500
20% Zn, 2% B , 4%Mn
BR 10
72
1,3
366
713
4% Fe, 4% Mn, 0,1%Mo,
0,1%Co
BR 5
103
563
30
1221
---
BR 12
117
120
274
4720
9% Zn, 3%Fe, 2%Mn,
0,1%Mo, 0,8%Cu, 1,8%B
VIAS DE PERDA DE METAIS PESADOS A PARTIR
DO PONTO DE APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE
Atmosfera
K
Volatilização
Colheita
K
K
Erosão por poeira
K
Lixiviação
runoff
K
Água
subterrânea
K
Água superficial
Fluxo em
sub-superfície
Em cada via, o processo ocorre governado por uma constante K
A IMPORTÂNCIA DE CADA VIA E A
MAGNITUDE DE K DEPENDE DO METAL
SOLO  ÁGUA
SOLO  PLANTA
Elemento
Elemento
logKK
d
Kd 
[metal total no solo ]
[metal em solução ]
As
Pb
As
Cd Cd Cr
Hg
Ni HgPb
0,01-0,10
4,12
3,46 1-104,17 0,01-0,10
3,95 4,220,01-0,10
5,23
Perdas nos vegetais mais importante para Cd e Ni do que para Pb
Volatilização é importante para Hg e As
SeNi
0,1-1,0
4,64
BUSCA POR REGULAMENTAÇÃO PARA TEOR
DE CONTAMINANTES EM FERTILIZANTES
Dois sistemas gerais são usados para estabelecer padrões de
metais em fertilizantes, propondo-se a limitar:
De maneira geral, a legislação sobre fertilizantes até
recentemente, estabelecia basicamente as regras para
- Massa total de contaminante adicionado ao solo por
assegurar
qualidade ao consumidor em termos de
unidade de área e por unidade de tempo
concentração de nutrientes garantidos
ou:
- Máxima concentração de contaminante no produto
IMPORTANTE
- Incertezas associadas aos parâmetros envolvidos no
estudo de avaliação de risco fazem os limites de
contaminantes serem intencionalmente super-protetores
QUINCY
5044 habitantes
1996
RODELLA, A. A.
Legislação sobre teores de contaminantes em fertilizantes estudo de um caso. Revista Brasileira de Ciência do Solo vol.
29 no.5, 2005
Business: Thursday, July 03, 1997
Fear In The Fields -- How Hazardous Wastes Become
Fertilizer -- Spreading Heavy Metals On Farmland Is
Perfectly Legal, But Little Research Has Been Done To
Find Out Whether It's Safe
Duff Wilson
Seattle Times Staff Reporter
A Seattle Times investigation found that, across the nation, industrial
wastes laden with heavy metals and other dangerous materials are being
used in fertilizers and spread over farmland. The process, which is legal,
saves dirty industries the high costs of disposing of hazardous wastes
Part I:
Spreading heavy metals on farmland
Resources on the World Wide Web
What's known, and not known, about toxics, plants and soil
Part II:
How hazardous wastes become fertilizer
Across the nation: hazardous wastes being turned into fertilizer
Experts: How to reduce risk
Editorials & Opinion: Tuesday, July 15, 1997
Industry Responds To `Fear In The Fields'
Pete Fretwell
Special To The Times
Business: Tuesday, August 05, 1997
EPA To Review Use Of Industrial Waste In Fertilizer
Eric Nalder
Seattle Times Staff Reporter
The agency launched the review last week because of a Seattle
Times investigation published early last month and because of
the resulting letters and e-mail messages sent to the EPA, said
Michael Shapiro, acting deputy assistant administrator for solidwaste management.
Business: Tuesday, September 16, 1997
Fertilizer Industry To Pay For Study Of Heavy Metals -Group Will Look At Health Risks In $12 Billion-A-Year
Industry
Duff Wilson
Seattle Times Staff Reporter
ATLANTA - The trade group for the nation's fertilizer producers said
today that it would spend more than $1 million for a one to two-year
study of potential health risks from heavy metals in some fertilizer
products.
Local News: Monday, November 24, 1997
WSU Proposes To Study Fertilizer -- Tests Would Assess
Risks To Soil And People
Duff Wilson
Seattle Times Staff Reporter
Washington State University is proposing a two-year, $400,000 study of
the plant and human health risks from potentially toxic chemicals in
some fertilizers.
Local News: Thursday, March 05, 1998
Opponents Say Bill To Regulate Waste In Fertilizer Is Far Too
Weak
The AP
OLYMPIA - The House yesterday approved a proposal to regulate the
manufacture of fertilizer, despite environmentalists' objections that the
bill is too weak and will give consumers a false sense of security.
Business: Wednesday, March 18, 1998
Locke Signs Bill Limiting Fertilizer Toxins -- State Takes
National Lead With New Standards, Governor Says
Duff Wilson
Seattle Times Staff Reporter
OLYMPIA - Gov. Gary Locke today signed the nation's first law to
limit potentially toxic metals in fertilizers and require a major
study on dioxins in the products before the end of the year.
Exatos 8 meses e meio se passaram entre a reportagem Fear in
the fields e a promulgação da lei !
AMAZON.COM
ADIÇÃO MÁXIMA ANUAL PERMITIDA DE METAIS AO
SOLO POR FERTILIZANTES
Metais
Arsênio (As)
Cádmio (Cd)
Cobalto (Co)
Mercúrio (Hg)
Molibdênio (Mo)
Níquel (Ni)
Chumbo (Pb)
Selênio (Se)
Zinco (Zn)
Libra/acre/ano
0,297
0,079
0,594
0,019
0,079
0,713
1,981
0,055
7,329
Kg/ha/ano
0,333
0,089
0,667
0,022
0,089
0,800
2,222
0,062
8,222
CONTAMINANTES EM SOLOS ADUBADOS
Fonte: Washington State Department of Ecology, 1999
Elemento
Área sob agricultura
Média
Desvio padrão
Área referência
Média
Desvio padrão
Teores totais ( mg kg-1)
As
3,35
1,04
3,13
0,977
Cd
0,103
0,04
0,050
0,022
Cu
14,3
2,23
13,5
2,39
Pb
7,28
1,12
6,92
1,64
Hg
0,007
0,003
0,011
0,014
Ni
11,3
2,30
10,5
2,05
Zn
53,1
5,86
45,3
7,79
Extração DTPA ( mg kg-1)
Cd
0,060
0,027
0,020
0,012
Zn
3,91
1,65
1,34
1,09
INDICAÇÕES DO ESTUDO
- Práticas agrícolas conduzidas no estado de Washington
nos últimos 50 anos provocou ligeiro aumento no teor
de Cd do solo
- Os teores mais elevados não sugerem prejuízo à
qualidade do solo
- O aumento do teor de Cd nos solos adubados indica a
necessidade de monitoramento
LEGISLAÇÃO EM AÇÃO
Sulfato de Zinco importado da China para o porto Seattle, WA,
EUA, em 2000. Especificação: < 10 mg kg-1 Cd
Fertilizantes
Cd total
(g kg-1)
Cd solúvel
Produto 1
2,26
0,079
Produto 2
2,17
0,081
Produto 3
2,37
0,101
Produto 4
10,6
0,426
ZnSO4 1
18,9
0,667
ZnSO4 2
164,0 = 16,4% Cd
7,15
Matéria prima 1
44,6
2,13
Matéria prima 2
72,8
3,50
Matéria prima 3
215,0
5,67
Matéria prima 4
199,0
5,76
(g kg-1)
LEGISLAÇÃO EM AÇÃO
Sulfato de Zinco importado da China para o porto Seattle, WA,
EUA, em 2000. Especificação: < 10 mg kg-1 Cd
Fertilizantes
Cd total
(g kg-1)
Cd solúvel
Produto 1
2,26
0,079
Produto 2
2,17
0,081
Produto 3
2,37
0,101
Produto 4
10,6
0,426
ZnSO4 1
18,9
0,667
ZnSO4 2
164,0 = 16,4% Cd
7,15
Matéria prima 1
44,6
2,13
Matéria prima 2
72,8
3,50
Matéria prima 3
215,0
5,67
Matéria prima 4
199,0
5,76
(g kg-1)
TRANSFERÊNCIA SOLO PLANTA
ABSORÇÃO PELAS PLANTAS DE As, Cd e Pb
PRESENTES EM FERTILIZANTES
- Washington State University - Cd é mais preocupante que As e Pb
- Comparados a Cd, níveis de As e Pb em fertilizantes são
baixos e a transferência de As e Pb do solo para a
planta é desprezível
- Disponibilidade elevada do Cd presente nos fertilizantes
levou a teores elevados do elemento em alface e trigo
em dois dos solos estudados
- Extrapolação para outros solos é problemática pois
disponibilidade de Cd depende do tipo de solo
- Estudos a longo prazo, mais de dois anos, são exigidos,
pois a disponibilidade do Cd variou com o tempo
O QUE FALAM OS “FEDERAIS” ?
EPA – ENVIRONMENTAL PROTECTION
AGENCY
http://www.epa.gov/
Em clara reação aos acontecimentos desencadeados no Estado
de Washington, a EPA emitiu ainda em Dezembro de 1997 um
documento: ENVIRONMENTAL FACT SHEET, onde informava
estar considerando:
- tipos de resíduos usados na fabricação de fertilizantes
- composição de fertilizantes com relação a contaminantes
- potencial de contaminação do solo e de riscos para o
ambiente e saúde humana
- incidência de problemas, agronômicos ou não, relacionados
a uso de fertilizantes produzidos com resíduos
- regulamentações existentes em estados americanos e demais
paises
AGOSTO DE 1999:
ESTIMATING RISK FROM CONTAMINANTS
CONTAINED IN AGRICULTURAL FERTILIZERS
http://www.epa.gov/epaoswer/hazwaste/recycle/fertiliz/risk/index.htm
POSIÇÕES:
- Fertilizantes são em geral seguros
- EPA não vê razão para regulamentar em âmbito nacional os
contaminantes em fertilizantes
- Regulamentações estaduais como a do Estado de Washington
devem estimuladas
EPA restringiu sua ação a um aspecto do amplo tema
relativo à presença de contaminantes em fertilizantes:
Fertilizantes fontes de zinco, fabricados pela
reciclagem de resíduos perigosos
http://www.epa.gov/cgi-bin/epaprintonly.cgi
- Representam menos de 1% do mercado americano de
fertilizantes
- Praticamente todos esses fertilizantes são fontes de zinco
- Menos da metade das fontes de zinco são provenientes de
materiais reciclados
FONTES DE ZINCO COMERCIALIZADAS NO
BRASIL SUBMETIDAS AOS CRITÉRIOS DA EPA
Fontes de Zinco
Cd
Cr
Pb
mg kg -1
ÓXIDO DE ZINCO 48,8% Zn
110
78
2332
EPA
68
30
137
NUTRICITRO 16,3% Zn
35
110
7500
EPA
23
10
46
BR-12 9% Zn
120
274
4720
EPA
18
8
37
BRASIL
FERTILIZANTES MINERAIS CONTENDO FÓSFORO
Metal Pesado
Valor máximo admitido em miligrama por quilograma (mg/kg)
por ponto percentual (%) de P2O5 presente no fertilizante
Cádmio
0,75
Chumbo
37,5
FERTILIZANTES MINERAIS CONTENDO EXCLUSIVAMENTE
MICRONUTRIENTES
Metal
Pesado
Valor máximo admitido em miligrama
por quilograma (mg/kg) por ponto
percentual (%) de micronutriente ou
soma destes presentes no fertilizante
Valor máximo admitido em
miligrama por quilograma
(mg/kg) na massa total do
fertilizante
Cádmio
15
150
Chumbo
750
7.500
Níquel
420
4.200
OUTROS FERTILIZANTES MINERAIS
Metal
Pesado
Valor máximo admitido em miligrama por quilograma (mg/kg) na
massa total de fertilizante.
Cádmio
20
Chumbo
100
REMEDIAÇAO DE SOLOS CONTAMINADOS
POR METAIS
Como recuperar áreas contaminadas?
1. Remoção da camada contaminada
Vegetação nativa
2. Adição de solo não contaminado
microbiota, erosão
$$$ - Inviável em grandes áreas
Ecologicamente incorreto
3. Lixiviação de metais com ácidos ou quelatos
Contaminação de água
subterrâneas
4. Adição de materiais orgânicos
5. Plantas hiperacumuladoras de metais
$ - Viável em áreas extensas
Ecologicamente correta
FITOREMEDIAÇÃO
Utilização de plantas para remoção de metais do
ambiente ou para torná-lo menos contaminado.
(10-500 x)
Redução do material vegetal
Armazenadas como material perigoso
Reciclagem dos metais para indústrias
Tecnologia promissora para locais poluídos devido ao menor
custo e possibilidade de recuperação de grandes áreas
PROCESSOS ENVOLVENDO A FITOREMEDIAÇÃO
FITOESTABILIZAÇÃO
FITOVOLATILIZAÇÃO
Remoção de contaminantes
do solo e subsequente liberação para a atmosfera
Minimizar o movimento e
a disponibilidade do metal
no solo
FITODEGRADAÇÃO
Utilização de plantas para
degradar contaminantes
FITOEXTRAÇÃO
Extração dos contaminantes do
solo através de plantas
RIZODEGRADAÇÃO
Utilização de ácidos orgânicos para degradar contaminantes
Quadro 6. Eficiência das espécies na remoção de metais pesados.
Elemento Quantidade
acumulada
mg vaso-1
Quantidade a ser
removida do solo
Índice de
Remoção
nº cultivos
nº anos
mg kg-1 mg vaso-1
%
Brassica juncea (Mostarda da Índia)
Zn
Cu
Mn
Pb
B
15,07
0,33
1,38
0,29
1,33
247
494
33
3,05
77,5
155
469
0,21
55
110
79
1,25
9,5
19
65
1,53
2,85
5,7
4
23,33
Brassica napus (Nabo Forrageiro)
8
117
19
16
1
Zn
Cu
Mn
Pb
B
8,36
0,18
0,708
0,22
0,93
247
77,5
55
9,5
2,85
59
861
155
86
6
14
215
38
21
1
Zn
Cu
Mn
Pb
B
16,46
0,35
3,91
0,25
1,24
247
77,5
55
9,5
2,85
30
442
28
76
4
7
110
7
19
1
Zn
Cu
Mn
Pb
B
35,65
1,06
8,19
0,54
2,67
247
77,5
55
9,5
2,85
13
146
13
35
2
3
36
3
8
0,53
494
1,69
155
0,12
110
0,64
19
1,16
5,7
16,32
Amarantus (Amarantus)
494
3,33
155
0,23
110
3,55
19
1,32
5,7
21,75
Hibiscus (Knafe)
494
7,22
155
0,68
110
7,45
19
2,84
5,7
46,84
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
Bom final de semana.......
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