Slide 1 - Novos Olhos

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REVISÃO
Economia Política I
Assimetria da Informação
e
Outras Falhas de Mercado

Em economia, Informação assimétrica é um fenômeno que
ocorre quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem
entre si uma transação econômica com uma das partes
envolvidas
detendo
informações
qualitativa
ou
quantitativamente superiores aos da outra parte.

Uma falha de mercado ocorre quando os mecanismos de
mercado, não regulados pelo estado e deixados livremente ao
seu próprio funcionamento, originam resultados econômicos
não eficientes ou indesejáveis ao ponto de vista social.
Estruturas de Mercados

Concorrência Perfeita – é uma situação de mercado na qual o
número de compradores e vendedores é tão grande que nenhum
deles, agindo individualmente, consegue afetar o preço. Além disso,
os produtos de todas as empresas no mercado são homogêneos;

Monopólio – é uma situação de mercado em que uma única firma
vende um produto que não tenha substitutos próximos;

Concorrência Monopolista – é uma situação de mercado na qual
existem muitas firmas vendendo produtos diferenciados que sejam
substitutos entre si;

Oligopólio – é uma situação de mercado em que um pequeno
número de firmas domina o mercado, controlando a oferta de um
produto que pode ser homogêneo ou diferenciado.
Origem da moeda

Escambo
–
–

Simples troca de mercadoria por mercadoria.
Permuta de sem a preocupação com
equivalência em valor
Moeda-Mercadoria
–
Algumas mercadorias, pela sua utilidade,
passaram a ser mais procuradas do que outras.


–
Gado – facilidade de locomoção
Sal – conservação
Problemas: não eram fracionáveis, perecíveis e
não permitia o acúmulo de riquezas
Origem e Evolução da Moeda

Ouro, Prata e Cobre (moeda)
– Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro,
a prata e o cobre.
– Utilização por impor:
 sua raridade,
 beleza,
 imunidade à corrosão e
 valor econômico,
 mas também por antigos costumes religiosos. (sol e a lua)
– Ouro – valores maiores
– Prata e cobre – valores menores
– Hoje – usado como troco (papel moeda)
– Usando diversas ligas modernas
Origem e Evolução da Moeda

Moeda de Papel
–

Formatos Diversos
–

O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos.
Sistema Monetário
–

Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives,
pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um
recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar
pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel.
O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país forma o seu sistema
monetário. Este sistema, regulado através de legislação própria, é organizado a partir
de um valor que lhe serve de base e que é sua unidade monetária.
Cheque
–
Com a supressão da conversibilidade das cédulas e moedas em metal precioso, o
dinheiro cada vez mais se desmaterializa, assumindo formas abstratas.
Moeda
Conceito de moeda
 Moeda é o objeto aceito pela sociedade como intermediário nas trocas
econômicas, ou seja, para o pagamento de bens ou serviços. Na
sociedade moderna esta aceitação é obrigada por lei (curso forçado).
As funções da moeda
 Meio de troca: serve como intermediário nas trocas econômicas.
 Unidade de conta (ou denominador comum monetário): a moeda é
utilizada para expressar o valor dos diferentes bens produzidos na
economia, possibilitando sua comparação, ou seja, tornando-se uma
unidade de medida.
 Reserva de valor: a posse de moeda representa liquidez imediata
para quem a possui. Assim, pode ser acumulada para a aquisição de
um bem ou serviço no futuro.
Moeda
Tipos de Moeda

Moeda metálicas: emitidas pelo Banco Central , constituem
pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as
operações de pequeno valor e/ou como unidade monetária
fracionada (troco);

Papel-moeda: também emitida pelo Banco Central, representa
parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do
público;

Moeda escritural ou bancária: é representada pelos depósitos á
vista (depósitos em conta corrente) nos bancos comerciais (é a
moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais).
Moeda
Moeda Fiduciária e Moeda Lastreada

Moeda fiduciária é aquela cujo único valor é devido a sua aceitação (ou a seu
curso forçado imposto por lei), sua emissão é livre de qualquer necessidade de
reservas pela autoridade monetária.

Moeda lastreada é um título que tem por base a existência de reservas de metais
preciosos (principalmente ouro) pela autoridade monetária), sendo sua emissão
baseada na existência de tais reservas em quantidade suficiente para que cada
unidade monetária tenha a mantenha a mesma quantidade de ouro associada.
Moeda
Meios de pagamento






Os meios de pagamento são o total de moeda disponível ao setor privado não
bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para
efetuar transações.
Definição de: M1, M2, M3 e M4
M1: Moeda em poder do público + depósitos à vista nos bancos comerciais. são os
meios de pagamento, conceituados como moeda de liquidez imediata, que não
rendem juros;
M2 = M1 + depósitos de poupança + títulos privados (depósitos a prazo, letras
cambiais, hipotecárias e imobiliárias);
M3 = M2 + fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais;
M4 = M3 + títulos públicos federais, estaduais e municipais.
Moeda
Monetização e desmonetização da economia

A desmonetização da economia é a diminuição da quantidade de
moeda sobre o total de ativos financeiros da economia.

A monetização é o processo inverso: o aumento da quantidade
de moeda sobre o total de ativos financeiros da economia. O
processo inflacionário leva a uma maior desmonetização da
economia.
Moeda
Oferta de moeda
As Funções clássicas do Banco Central são:
 execução da política monetária
 banco emissor
 banco dos bancos
 banco do governo
 controle e regulamentação da oferta de moeda
 execução da política cambial e administração do câmbio
 fiscalização das instituições financeiras.
Moeda
Os instrumentos de que dispõe para operar a política monetária são:

Controle das emissões: o Banco Central controla, por força de lei, o volume de
moeda manual da economia;

Depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias: os bancos comerciais são
obrigados a depositar no Banco Central um percentual determinado por esse sobre
os depósitos à vista. Basta o Banco Central aumentar ou diminuir o percentual do
depósito compulsório para influir no volume ofertado de empréstimos bancários

Operações com mercado aberto (open market): consistem na compra e venda de
títulos públicos ou obrigações pelo governo. O Banco Central mantêm um carteira
de títulos para realizar operações reguladoras da oferta monetária.

Operações de redesconto: englobam a liberação de recursos pelo Banco Central
aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos.
Moeda
Base monetária e meios de pagamento

A base monetária é a soma da moeda manual em poder do
público e das reservas bancárias (técnicas, compulsórias e
voluntárias). É praticamente o total da moeda emitida, excluindo
apenas a moeda que permaneceu com o Banco Central.

Meios de pagamento são o total de moeda disponível ao setor
privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser
utilizada imediatamente para efetuar transações.

A diferença entre os conceitos é que os depósitos a vista não
estão incluídos no conceito de base monetária, bem como as
reservas bancárias não estão incluídas no conceito de meios de
pagamento.
Moeda
Demanda de moeda

Demanda de moeda para transações: as pessoas e empresas
precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia, para
alimentação, transporte, aluguel etc.;

Demanda de moeda por precaução: o público e as empresas
precisam ter certa reserva monetária para fazer face a pagamentos
imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados;

Demanda de moeda por especulação (ou por portfólio): dentro de
sua carteira de aplicações (portfólio), os investidores devem deixar
uma “cesta” para a moeda, observando o comportamento da
rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo negócio. Ou
seja, a moeda, embora não apresente rendimentos, tem a vantagem
de ter liquidez imediata, e pode viabilizar novas aplicações.
SFN – Sistema Financeiro Nacional

Conjunto de instituições financeiras e instrumentos
financeiros que visam transferir recursos dos agentes
econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários
para os deficitários.
Órgão normativo máximo:
CMN
Estrutura do SFN
SUBSISTEMA
NORMATIVO
SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL
(SFN)
SUBSISTEMA DE
INTERMEDIAÇÃO
Estrutura do SFN
CONSELHO
MONETÁRIO
NACIONAL (CMN)
Comissões
Consultivas
BANCO
CENTRAL
(BACEN)
SUBSISTEMA
NORMATIVO
Responsável pelo
funcionamento do
mercado financeiro e
de suas instituições.
(CVM) COMISSÃO
VALORES
MOBILIÁRIOS
INSTITUIÇÕES
ESPECIAIS
B.B.
BNDES
CEF
CMN
FINALIDADE PRINCIPAL:
Formulação de toda a política de moeda e do crédito,
Objetivando atender aos interesses econômicos e sociais do país.
•Fixar diretrizes e as normas da política cambial
•Regulamentar as operações de câmbio
•Controlar a paridade da moeda e o equilíbrio do Balanço de
Pagamentos
•Regulamentar as taxas de juros
•Regular a constituição e o funcionamento das instituições financeiras
•Fixar índices de encaixe, capital mínimo e normas de contabilização
•Acionar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios
•Disciplinar o crédito e orientar na aplicação dos recursos
•Regular as operações de redesconto e as operações no mercado
aberto
CMN
Composto por:
•Ministro da Fazenda
•Ministro de Planejamento
•Presidente do Banco Central
Comissões Consultivas: assessoram em assuntos tais como:
•Assuntos Bancários
•Mercado de Capitais e Mercados Futuros
•Crédito Rural
•Crédito Industrial
•Política Monetária
•Política Cambial
BACEN

Executor das políticas traçadas pelo CMN e órgão fiscalizador do
SFN.

Banco fiscalizador e disciplinador do MF.

Banco que aplica penalidades, na intervenção e na liquidação
extrajudicial de instituições financeiras.

Banco gestor do SFN ao expedir normas e autorizações e promover
o controle das instituições financeiras.

Banco executor da política monetária.

Banco do Governo.
CVM

Incentivar a poupança no mercado acionário.

Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das
instituições operadoras do mercado acionário.

Assegurar a lisura nas operações de compra/venda de valores
mobiliários.

Promover a expansão dos negócios do mercado acionário.

Proteger aos investidores do mercado acionário.
Atuação da CVM
Instituições Financeiras
do Mercado
Companhias de
Capital Aberto
CVM
Investidores
Banco do Brasil

Sociedade Anônima de capital misto, controlada pela União. Até
1986 foi considerada uma autoridade monetária, atuando na
emissão de moeda. O privilégio foi revogado por decisão do CMN.

Agente financeiro do Governo Federal: na execução de sua política
creditícia e financeira sob a supervisão do CMN.

Banco Comercial:
instituições.

Banco de Investimento e Desenvolvimento: financia atividades
rurais, industriais, comerciais e de serviços, além de fomentar a
economia de diferentes regiões.
pode
exercer
atividades
próprias
dessas
BNDES

Empresa pública vinculada ao Ministério do Planejamento,
principal instrumento de médio e longo prazo de execução da
política de financiamento do Governo Federal.

Objetivo: reequipar e fomentar empresas de interesse ao
desenvolvimento do país.

Atua através de agentes financeiros, pagando uma comissão
chamada del credere.

Esses agentes são co-responsáveis na liquidação da dívida junto
ao BNDES.
CEF

As caixas econômicas são instituições financeiras
autônomas e que apresentam um claro objetivo social.
públicas,

A CEF executa atividades características dos bancos comerciais e
múltiplos.

A CEF é o principal agente do SFH, atuando no financiamento da
casa própria.

O SFH foi criado em 1964 e , com a extinção do BNH, a CEF se
transformou no seu órgão executivo.

Os recursos para o SFH são originados pelo FGTS, cadernetas de
poupança e fundos próprios dos agentes financeiros.
CEF

Outros objetivos da CEF:
–
Administrar com exclusividade os serviços de loterias
federais
–
Constituir-se no principal arrecadador do FGTS
–
Ter o monopólio das operações de penhor, que são
empréstimos garantidos com bens de valor e alta liquidez
como jóias, metais preciosos, pedras preciosas, etc..
Instituições Financeiras Bancárias

Bancos Comerciais:
–
–
–
–
–
Constituídas em forma de S.A.
Executam operações de crédito de curto prazo
Capacidade de criar moeda
Tendência a concentração via fusões
Prestação de serviços, pagamento de cheques, cobranças, transferências,
ordens de pagamentos, aluguel de cofres, custódia de valores, operações de
câmbio
Classificação:


Bancos de varejo: trabalham com muitos clientes
Bancos de negócios: voltados a grandes operações
–
Private bank: atende pessoas físicas de renda/patrimônio elevado
– Personal bank: atende pessoas físicas de renda elevada e pequenas e médias
empresas
– Corporate bank: atende pessoas jurídicas de grande porte
Instituições Financeiras Bancárias

Bancos Múltiplos: formados com base nas atividades
(carteiras) de quatro instituições: banco comercial, banco
de investimento e desenvolvimento, sociedade de crédito,
financiamento e investimento e sociedade de crédito
imobiliário.

Para ser configurada como Banco Múltiplo, uma instituição
deve operar pelo menos duas das carteiras mencionadas,
sendo uma delas a de Banco Comercial ou Banco de
Investimento.

Sua criação foi uma evolução do mercado, que mostrava
que a segregação de operações impunha restrições ao
setor financeiro com grandes disponibilidades em algumas
IF e déficits em outras.
Bolsas de Valores

Proporcionam liquidez aos títulos negociados, atuando por
meio de pregões contínuos.

Têm responsabilidade pela fixação de preços justos, formados
pelo mecanismo da oferta e da procura.

Obrigam-se a divulgar todas as operações realizadas no menor
tempo possível.

Atuam em diversos tipos de mercados:
–
–
–
–
A vista
A termo
Opções
Futuros
Principais papéis privados negociados no
MF

Ações: menor parcela do capital social de uma S.A. Têm valores
negociáveis e são distribuídos aos subscritores de acordo com sua
participação monetária. Podem ser emitidas com e sem valor
nominal.

Ações ordinárias: direito a voto. Dividendo obrigatório fixado por lei
ou o indicado nos estatutos.

Ações Preferenciais: sem direito a voto.
–
–
Preferência no recebimento dos dividendos
Preferência no reembolso do capital
Vantagens dos investidores em ações

Dividendos: parte dos resultados da empresa, pago aos acionistas
em dinheiro no final de cada exercício social.

Bonificação: emissão e distribuição gratuita aos acionistas, em
quantidades proporcionais ao capital, de novas ações resultantes de
aumento de capital pela incorporação de reservas.

Valorização: valorização das ações no mercado.
Principais papéis privados negociados
no MF

Debêntures: títulos de crédito emitidos por sociedades
anônimas, tendo por garantia seus ativos. Os recursos
gerados por esta emissão se usam para o financiamento do
capital de giro e o capital fixo das empresas.

Letras de Câmbio: são emitidas pelos financiados dos
contratos de crédito. Após do aceite, a LC é vendida a
investidores através do MF. São a principal fonte de recursos
para financiar bens duráveis (CDC), utilizadas pelas
Sociedades Financeiras.

Certificados de Depósitos Bancários (CDB): é uma obrigação
de pagamento futura de um capital aplicado em depósito a
prazo fixo em IF. Transferível.
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