JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO 31/05/2017 www.nilson.pro.br 1 Justificar o Estado é dizer por que temos obrigação de obedecer às Leis do Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 2 JUSTIFICAÇÃO NEGATIVA: A vida no Estado de Natureza é intolerável; A instauração do Estado parece inevitável. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 3 Questões: Há alguma outra alternativa real ao Estado? É possível justificar positivamente o Estado? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 4 Necessário: Apresentar um argumento que prove a existência de um dever moral de obediência ao Estado (p. 56) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 5 PROBLEMA DE FUNDO: LEGITIMAÇÃO DO ESTADO; POR QUE TEMOS O DEVER MORAL DE OBEDIÊNCIA AO ESTADO? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 6 LOCKE: Seres humanos [1] São naturalmente livres; [2] Iguais; [3] Independentes. PORTANTO: Não são naturalmente subordinados a autoridade de outra pessoa. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 7 RELAÇÕES LEGÍTIMAS DE PODER: Artificiais; Construção humana. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 8 LOCKE: NOÇÃO DE ‘CONSENTIMENTO’: VOLUNTARIAMENTE DOU MEU CONSENTIMENTO PARA OUTRO TER AUTORIDADE SOBRE MIM 31/05/2017 www.nilson.pro.br 9 PROBLEMA PARA LOCKE: Como conciliar: AUTORIDADE SOBRE MIM x MINHA AUTONOMIA INDIVIDUAL 31/05/2017 www.nilson.pro.br 10 RESPOSTA: [1] Apelo à idéia de ‘consentimento individual’; [2] Contrato Social. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 11 ESTADO: É JUSTIFICADO SE TODOS OS INDIVÍDUOS, SOBRE OS QUAIS ELE TERÁ AUTORIDADE, TIVEREM MANIFESTADO SEU CONSENTIMENTO. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 12 BASE: AUTONOMIA DOS INDIVÍDUOS UTILITARISMO Perspectiva coletiva: Maximizar a felicidade. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 13 [1] DETENTOR DO PODER POLÍTICO: [a] Direito de fazer leis; [b] Direito de punir quem desobedece. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 14 MAX WEBER (p. 58): O ESTADO POSSUI O MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA LEGÍTIMA. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 15 [2] DETENTOR DA VIOLÊNCIA LEGÍTIMA: Poder coercitivo; Violência / coerção --- Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 16 VIA DIRETA: Policia; Tribunais; VIA INDIRETA: Permissão de violência – autodefesa. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 17 Violência legítima Exercida e supervisionada pelo Estado 31/05/2017 www.nilson.pro.br 18 Papel do Estado: Proteger contra a violência ilegítima não me protejo o Estado me protege 31/05/2017 www.nilson.pro.br 19 ESTADO: [1] DETÉM O PODER POLÍTICO; [2] DETÉM O MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA LEGÍTIMA; [3] DEVE PROTEGER SEUS CIDADÃOS. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 20 Problemas: Na realidade o Estado não cumpre, efetivamente, seu papel. Homicídios; Perseguição às minorias. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 21 CONCLUSÃO: NENHUM ESTADO PODE, VERDADEIRAMENTE, MONOPOLIZAR A VIOLÊNCIA, E ASSIM NÃO PODE, DE FATO, PROTEGER AS PESSOAS DO SEU TERRITÓRIO. (p. 59 – 60) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 22 OBJETIVO DA JUSTIFICAÇÃO MOSTRAR QUE HÁ OBRIGAÇÕES POLÍTICAS UNIVERSAIS DE OBEDIÊNCIA AO ESTADO 31/05/2017 www.nilson.pro.br 23 OBRIGAÇÃO POLÍTICA: DEVER DE OBEDECER ÀS LEIS DO PAÍS. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 24 DEVERES: pagar impostos; lutar pela pátria; denunciar conspiração. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 25 OBEDIÊNCIA À LEI: OBRIGAÇÃO POLÍTICA OBRIGAÇÃO DE OBEDIÊNCIA À LEI POR QUE É LEI. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 26 EXEMPLO: LEI: manda pagar impostos; MORALMENTE CONTRA: aplicação em armas. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 27 JUSTIFICAR O ESTADO: MOSTRAR QUE HÁ OBRIGAÇÕES UNIVERSAIS DE OBEDIÊNCIA À LEI. (p. 61) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 28 OBRIGAÇÃO UNIVERSAL: não significa obedecer todas as leis; significa que as leis se aplicam a todos; todos estão moralmente obrigados a obedecer às leis do país. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 29 OBRIGAÇÃO VOLUNTÁRIA: LOCKE: VOLUNTARISMO Poder político sobre mim somente pode ocorrer em conseqüência dos meus atos voluntários de consentimento. Voluntariamente eu consinto que um outro tenha poder político sobre mim. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 30 Princípio de auto-adoção: ninguém tem qualquer dever a menos que tenha adotado este dever. somente tenho um dever quando aceito voluntariamente este dever. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 31 Pouco plausível: Temos certos deveres morais quer concordemos que não. Mas isso não é suficiente para demonstrar que: [1] alguém tem o direito de fazer leis; [2] e, que, estou obrigado a obedecer. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 32 PROBLEMA PARA LOCKE: ‘OBRIGAÇÃO POLÍTICA’ [a] Como explicar a existência do Estado a partir do voluntarismo? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 33 [b] Como mostrar que cada indivíduo concedeu ao Estado a autoridade que ele detém sobre eles? [c] Como mostrar que cada indivíduo consentiu voluntariamente na existência do Estado? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 34 CONFORME LOCKE: Ainda que a existência do Estado resulte em meu benefício; Não se segue que o Estado esteja justiçado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 35 Por quê? [i] Porque tenho um Direito Natural à liberdade; [ii] Logo, o poder político só pode ser exercido sobre mim com meu consentimento. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 36 CONSENTIMENTO LEGITIMIDADE (p. 63) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 37 TEORIA DO CONTRATO SOCIAL: DEVE MOSTRAR QUE OS INDIVÍDUOS VOLUNTARIAMENNTE CONSENTEM NA EXISTÊNCIA DO ESTADO. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 38 [1] Ou, mostrar que os indivíduos voluntariamente consentem na existência do Estado; [2] Ou, estabeleceram um contrato com o Estado; [3] Ou, formaram um contrato entre eles para a criação do Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 39 Assim: [i] Se demonstrarmos isto; [ii] Então, mostramos que o Estado adquire autoridade universal e que todos consentem voluntariamente em reconhecer tal autoridade. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 40 RESULTADO: resolvido do problema da obrigação política. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 41 TEORIA DO CONTRATO SOCIAL 31/05/2017 www.nilson.pro.br 42 [1] UNIVERSALISMO TODOS OS INDIVÍDUOS ESTÃO SUBORDINADOS IGUALMENTE ÀS LEIS DO ESTADO. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 43 [2] VOLUNTARISMO OBRIGAÇÕES POLÍTICAS EXISTEM POR MEIO DO CONSENTIMENTO INDIVIDUAL 31/05/2017 www.nilson.pro.br 44 QUESTÕES: [a] Como a teoria contratualista entende a formação do contrato social? [b] Quais são as estratégias? [c] Todas contemplam os requisitos de universalismo e voluntarismo? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 45 CONTRATO ORIGINAL Acontecimento histórico real (p. 64) PASSAGEM: ESTADO DE NATUREZA SOCIEDADE CIVIL 31/05/2017 www.nilson.pro.br 46 CRITICAS: gera obrigações futuras; requer um consentimento permanente. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 47 QUESTÃO: Quando expresso meu consentimento? (p. 65 – 66) Juramento Plebiscito Voto 31/05/2017 www.nilson.pro.br 48 ACORDO TÁCITO TRATA-SE DE UM ACORDO IMPLÍCITO 31/05/2017 www.nilson.pro.br 49 ARGUMENTO: [1] Aceito proteção e os benefícios; [2] Consinto implicitamente; [3] O consentimento gera obrigação. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 50 PROBLEMA (p. 67) AQUELES A QUEM NÃO AGRADA O PACOTE DE BENEFÍCIOS E OBRIGAÇÕES OFERECIDAS PELO ESTADO, PODEM LEVANTAR E IR EMBORA. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 51 DAVID HUME: DO FATO DE RESIDIR EM UM DETERMINADO ESTADO, NÃO SE SEGUE QUE CONSINTA. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 52 CONCLUSÃO (p. 69) AS CONDIÇÕES PARA O ACORDO TÁCITO NÃO SÃO SATISFEITAS 31/05/2017 www.nilson.pro.br 53 ACORDO HIPOTÉTICO BASE: Racionalidade Liberdade 31/05/2017 www.nilson.pro.br 54 Hipótese: [i] SE ESTIVERMOS NO ESTADO DE NATUREZA E PERCEBERMOS NOSSA CONDIÇÃO; [ii] ENTÃO, RACIONAL E LIVREMENTE ESTABELECERÍAMOS UM CONTRATO PARA CRIAR O ESTADO. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 55 PROBLEMA: VOLUNTARISMO X ACORDO 31/05/2017 www.nilson.pro.br 56 [1] SE SÓ PODEMOS ADQUIRIR OBRIGAÇÕES POLÍTICAS ATRAVÉS DOS NOSSOS PRÓPRIOS ATOS VOLUNTÁRIOS DE CONSENTIMENTO; 31/05/2017 www.nilson.pro.br 57 [2] SE RECONHECEMOS QUE OS ATOS HIPOTÉTICOS DE CONSENTIMENTO NÃO SÃO, DE FATO, ATOS; 31/05/2017 www.nilson.pro.br 58 [3] SEGUE-SE QUE O ARGUMENTO NÃO SATISFAZ O REQUISITO DO VOLUNTARISMO EXIGIDO PELA TEORIA DO CONTRATO. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 59 RECURSO: Dizer que determinados tipos de Estados merecem nosso acordo. O Estado possui certas características desejáveis. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 60 PROBLEMA: Nesta perspectiva são as características do Estado e não o nosso acordo que constitui a justificação do Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 61 Não vamos para o Estado por causa do nosso acordo; Vamos para o Estado por causa das características desejáveis do Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 62 PORTANTO: O contrato hipotético não é uma boa forma de defesa voluntarista do Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 63 UTILITARISMO: O Estado é justificado pela contribuição que traz ao bemestar humano. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 64 OUTRO RECURSO (p. 71) Apelo a noção de ‘predisposição para o consentimento’. Consinto sem perceber. Atitude concordante, que nunca expresso formalmente. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 65 PROBLEMA (p. 72) Pode haver indivíduos que após a percepção, não concordem, como, por exemplo, os anarquistas. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 66 Anarquismo Situação: Não é possível demonstrar que todas as pessoas têm obrigações políticas. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 67 [1] se não conseguimos descobrir uma forma de justificar o Estado a partir de premissas aceitáveis; [2] parece que estamos fadados a aceitar uma espécie de anarquismo moral. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 68 Raciocínio: (p. 73) Não somos consultados sobre a atuação do Estado e da policia; Logo, ambos agem sem meu consentimento e sua ação é ilegítima. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 69 Versão radical A obediência ao Estado se deve a prudência – medo de punição. O forte é aquele que deve ignorar o Estado e seus agentes. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 70 Versão moderada Diferença: lei / moralidade Ajo segundo à lei por motivos morais, não por que o Estado decreta. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 71 Atitude [a] Lei: de acordo com a moral – obedeço [b] Lei: não está de acordo com a moral – não obedeço 31/05/2017 www.nilson.pro.br 72 Portanto: Apoio a ação que tem autoridade moral. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 73 QUESTÃO: Devemos sempre obedecer à Lei? NÃO! 31/05/2017 www.nilson.pro.br 74 Há um limite moral para a obrigação de obediência da Lei (p.74). QUESTÂO: Qual é este limite? Nosso juízo moral pessoal. PROBLEMA: Voltamos para o Estado de Natureza (p. 75). 31/05/2017 www.nilson.pro.br 75 RESOLUÇÃO (p. 75) POSSUIR UM CONJUNTO PARTILHADO DE LEIS É, RACIONALMENTE, MUITO MAIS IMPORTANTE DO QUE ACEITAR O JUÍZO PESSOAL DE QUALQUER INDIVÍDUO SOBRE AQUELAS QUE SERIAM AS MELHORES LEIS. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 76 CERTAMENTE É MUITO MELHOR, ACEITARMOS UM CONJUNTO DE LEIS PUBLICAMENTE ESTABELECIDAS E RECONHECIDAS, EM NOSSAS RELAÇÕES MÚTUAS, DO QUE DEIXAR AS PESSOAS AGIREM COM BASE NOS SEUS PRÓPRIOS CÓDIGOS CONFLITUOSOS. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 77 UTILITARISMO SITUAÇÃO [1] Argumentos contratualistas são falhos; [2] Argumento anarquista é implausível. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 78 UTILITARISMO EM TODAS AS SITUAÇÕES A AÇÃO MORALMENTE CORRETA É AQUELA QUE TEM COMO RESULTADO A MAIOR QUANTIDADE POSSÍVEL DE UTILIDADE. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 79 UTILIDADE: Felicidade; Prazer; Satisfação de desejos; Preferências. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 80 REGRA GERAL: MAXIMIZAÇÃO DA FELICIDADE. ENTRE AS AÇÕES POSSÍVEIS NO MOMENTO, DEVEMOS ESCOLHER AQUELA QUE GERARÁ MAIS FELICIDADE (OU MENOS INFELICIDADE). [p. 76] 31/05/2017 www.nilson.pro.br 81 QUESTÃO: COMO SERIA UMA TEORIA UTILITARISTA DA OBRIGAÇÃO POLÍTICA? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 82 JEREMY BENTHAM DEVEMOS OBEDECER AOS NOSSOS GOVERNANTES, DESDE QUE OS BENEFÍCIOS SE SOBREPONHAM AOS CUSTOS. (p. 77) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 83 PORTANTO: DEVO OBEDECER À LEI SE MINHA OBEDIÊNCIA CONDUZIR A MAIS FELICIDADE DA SOCIEDADE DO QUE MINHA DESOBEDIÊNCIA. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 84 REGRA GERAL: mais felicidade: obedeço menos felicidade: não obedeço 31/05/2017 www.nilson.pro.br 85 PROBLEMA (p.78) Isso parece favorecer o infrator: MINHA FELICIDADE ESTÁ INCLUÍDA NA FELICIDADE GERAL 31/05/2017 www.nilson.pro.br 86 EXEMPLO: [1] Roubo um livro; [2] Aumento minha felicidade; [3] Não sou descoberto; [4] Não prejudico ninguém 31/05/2017 www.nilson.pro.br 87 PORTANTO: [a] MAXIMIZO MINHA FELICIDADE INDIVIDUAL; [b] NÃO CAUSO INFELICIDADE COLETIVA. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 88 CONFLITO: FELICIDADE INDIVIDUAL FELICIDADE COLETIVA 31/05/2017 www.nilson.pro.br 89 [1] Se todos passam a roubar: aumentam sua felicidade individual; [2] Gera insegurança: aumenta a infelicidade coletiva. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 90 UTILITARISMO INDIRETO ( REGRA): PRECISAMOS DE UM CONJUNTO DE LEIS QUE DEVEM SER RESPEITADAS, MESMO QUANDO NUMA SITUAÇÃO PARTICULAR O NÃO CUMPRIMENTO DELAS FOSSE PERMITIDO E CONDUZISSE A UM AUMENTO DA FELICIDADE. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 91 RACIOCÍNIO (p. 79) [1] As leis devem ser aprovadas se contribuírem para a felicidade humana; [2] Deve-se obedecer às Leis porque são Leis; só podem ser desobedecidas para evitar uma catástrofe; 31/05/2017 www.nilson.pro.br 92 [3] As Leis devem ser repudiadas e substituídas se não cumprem sua função utilitária – maximizar a felicidade. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 93 OBRIGAÇÃO POLÍTICA UTILITARISTA: ESTADO: Cria e faz cumprir um conjunto de Leis. O estado é justificado se contribui mais para a felicidade humana do que qualquer acordo alternativo. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 94 PORTANTO: O ESTADO DEVE CONTRIBUIR PARA MAXIMIZAR A FELICIDADE COLETIVA. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 95 ARGUMENTO UTILITARISTA (p. 80) P 1: A sociedade moralmente melhor é aquela na qual a felicidade é maximizada. P 2: O Estado promove a felicidade mais do que o Estado de Natureza. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 96 P 3: O Estado e o Estado de Natureza são as únicas alternativas ao nosso dispor. LOGO: Temos o dever moral de criar o Estado. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 97 ANÁLISE DO ARGUMENTO: [a] Aceita-se P 2 e P 3 como verdadeiras; [b] O problema é com P 1 – o princípio da utilidade é vulnerável. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 98 CRITICA: P 1 conduz à conseqüências moralmente inaceitáveis. Conduz à injustiças. EXEMPLO: ‘Bode expiatório’ (p. 81) Torna moralmente correto punir um inocente para maximizar a felicidade coletiva. 31/05/2017 www.nilson.pro.br CASO: Atentado do IRA (p. 82 – 83) 99 RESPOSTA UTILITARISTA Adotar regras: UTILITARISMO INDIRETO. CARÊNCIA: Teoria dos Direitos Individuais. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 100 CONCLUSÃO (p. 84) O UTILITARISMO, TAMBÉM, FALHA; PODE LEVAR AO SACRIFÍCIO DE INOCENTES. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 101 PRINCÍPIO DE EQÜIDADE HART: [1] Se me beneficio das vantagens proporcionadas pelo Estado; [2] Tenho obrigações políticas como ele – devo obediência. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 102 RELAÇÃO: VANTAGEM – DEVER FORMA DE CONSENTIMENTO VANTAGENS DO ESTADO: SEGURANÇA ESTABILIDADE EXEMPLO: Bar (p.86) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 103 QUESTÃO: Todos se beneficiam? DAVID HUME Todos os indivíduos se beneficiam das vantagens proporcionadas pelo estado. (p. 86) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 104 BENEFICIO: normas de justiça propriedade privada; segurança pessoal. [a] sacrifício – curto prazo [b] benefício – longo prazo 31/05/2017 www.nilson.pro.br 105 PARADOXO (p. 86 – 87) [i] Se temos benefícios; [ii] Por que temos que ser obrigados a obedecer às Leis? Sofremos sanções. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 106 Problema: Necessidade da Lei. HUME: Seres humanos são movidos pelas paixões, que sobrepujam a razão. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 107 CONFLITO: [1] Nosso interesse – curto prazo [2] Lei – benefícios a longo prazo. MAGISTRATURA: obriga a cumprir a Lei (p. 88) 31/05/2017 www.nilson.pro.br 108 DOIS ASPECTOS: [1] punição – curto prazo [2] cumprimento da Lei – longo prazo 31/05/2017 www.nilson.pro.br 109 VANTAGENS DO GOVERNO: EQÜIDADE: benefícios deveres 31/05/2017 www.nilson.pro.br 110 OPOSIÇÃO: Robert Nozick (p. 89) [1] Se tenho benefícios que não solicitei; [2] Não tenho obrigações recíprocas. Não quero o benefício; Para não ter ônus 31/05/2017 www.nilson.pro.br 111 DISTINÇÃO: benefícios aceitos benefícios não aceitos 31/05/2017 www.nilson.pro.br 112 ESTADO: Pode distribuir benefícios, quer eu aceite quer não. SUS 13º salário 31/05/2017 www.nilson.pro.br 113 PROBLEMA: [1] Não aceitar benefícios; [2] Me coloca entre aqueles que não têm obrigações políticas com o Estado. É possível haver indivíduos sob o Estado que não tenham qualquer obrigação política com ele? 31/05/2017 www.nilson.pro.br 114 CONCLUSÃO: DE ALGUM MODO TODOS TEMOS UM TIPO DE OBRIGAÇÃO POLÍTICA COM O ESTADO. 31/05/2017 www.nilson.pro.br 115 FIM www.nilson.pro.brf 31/05/2017 www.nilson.pro.br 116