ECONOMIA

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ECONOMIA
PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA:
ECONOMIA
PERÍODO: 3º
DEPARTAMENTO:
PERÍODO DE REALIZAÇÃO:
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 40
CRÉDITOS: 02
Túlio Melo
1
ECONOMIA
PROFESSOR:
TÚLIO CÉSAR DE MELO SILVA
FORMAÇÃO:
MESTRE EM COMUNICAÇÃO SOCIAL; ESPECIALISTA EM
DIREITO PÚBLICO; ESPECIALISTA EM CONTROLADORIA E
FINANÇAS; GRADUADO EM ADMINISTRAÇÃO COOPERATIVAS;
GRADUADO EM DIREITO; TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
CONTATO:
31- 3762- 2507
31- 9921- 5997
[email protected]
Túlio Melo
2
ECONOMIA
OBJETIVOS GERAIS:
Proporcionar ao acadêmico, sólidos
conhecimentos
dos
princípios
e
fundamentos básicos da economia, a
forma como estes interagem na economia
global e local e seus efeitos dentro da
área de Engenharia Elétrica.
Túlio Melo
3
ECONOMIA
EMENTA:
Fundamentos da Economia; Organizações Econômicas
e Mercados; Oferta; Demanda; Preço e Elasticidade;
Função de Produção e Custos; Maximização de Lucros;
Estrutura de Mercado; Investimento e Intervenção do
Governo; Organização Industrial e Custos de
Transação;Mercado de Trabalho; Distribuição de Renda
e Desenvolvimento; Teoria dos Jogos, Externalidades e
Bens Públicos; Governança Corporativa.
Túlio Melo
4
ECONOMIA
METODOLOGIA:
O conteúdo será ministrado através de
aulas
expositivas,
com
trabalhos
individuais e em grupos, seminários,
debates,
resolução
de
exercícios,
pesquisas e atividades extra-classe,
sempre buscando a qualidade do ensinoaprendizagem.
Túlio Melo
5
ECONOMIA
UNIDADES DE ENSINO:
1) Fundamentos da Economia.
a. Introdução;
b. Conceito de Economia;
c. Evolução do Pensamento econômico
(Liberalismo, Keynesianismo, Marxismo e
Neoliberalismo);
d. Sistemas Econômicos e problemas econômicos
fundamentais;
e. Funcionamento de uma economia de mercado:
fluxos reais e monetários;
f. Divisão do estudo econômico.
Túlio Melo
6
ECONOMIA
UNIDADES DE ENSINO:
2) Introdução a Microeconomia.
a.
b.
Conceito;
Pressupostos básicos da análise microeconômica;
i. A hipótese Ceteris Paribus;
ii. Papel dos preços relativos;
iii. Objetivo da empresa;
iv.
Aplicações práticas do estudo microeconômico
Túlio Melo
7
ECONOMIA
UNIDADES DE ENSINO:
3) Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado.
a.
Introdução
i.
b.
Demanda de Mercado.
i.
ii.
iii.
iv.
c.
d.
Utilidade total e marginal.
Conceito;
Lei Geral da Demanda;
Outras variáveis que afetam a Demanda de um bem;
Distinção entre demanda e quantidade demandada.
Oferta de Mercado.
Equilíbrio de Mercado.
i.
ii.
A lei da oferta e procura: tendência de equilíbrio;
Deslocamento das curvas de demanda e oferta.
Túlio Melo
8
ECONOMIA
UNIDADES DE ENSINO:
Continuação: (unidade 3)
e. Interferência do governo no equilíbrio de mercado.
i.
Estabelecimento de impostos;
ii. Política de preços mínimos na agricultura;
iii. Tabelamento.
f. Conceito de elasticidade.
i.
Elasticidade preço da demanda;
ii. Elasticidade renda da demanda;
iii. Elasticidade preço cruzada da demanda;
iv. Elasticidade preço da oferta.
g. Determinação de preço e quantidade de equilíbrio.
Túlio Melo
9
ECONOMIA
UNIDADES DE ENSINO:
4) Produção de Custos
a. Teoria da produção.
i.
ii.
iii.
iv.
Introdução;
Conceitos básicos e teoria da produção;
Analise de curto prazo;
Analise de Longo Prazo;
b. Custos de produção.
i.
ii.
Introdução;
Custos totais de produção;
a)
Custos de Curto Prazo;
Túlio Melo
10
ECONOMIA
•
•
•
•
BIBLIOGRAFIA:
SILVA, Evaldo Sérgio Barbosa da. Introdução a
Economia.São Paulo: FTD,1996.
SOUZA, Nali de Jesus de. Desenvolvimento
Econômico. 4ed. São Paulo: Atlas, 1999.
VASCONCELOS, Marco Antonio S. Fundamentos da
Economia.1ed. Saraiva, 2003.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução a Economia.
19.Ed. Atlas, 2002.
MEDEIROS F, Benedito Cabral de. Fundamentos de
Economia Geral e Economia Política. 3.ed Efeta
Editora Ltda., 2000.
Túlio Melo
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UNIDADE I
Fundamentos da Economia
Túlio Melo
12
Feudalismo
O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado
com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ter-seia iniciado com a desintegração do Império Romano do
Ocidente, no século V (em 476 d.c), e terminado com o
fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de
Constantinopla, no século XV (em 1453 d.C.).
Túlio Melo
13
Feudalismo
Formação:
Alta Idade Média (século V ao século IX)
Decadência:
Baixa Idade Média. ( a partir do século XI)
Contribuições Germânicas:
a)Comitatus.
b) Poder descentralizado.
c) Direito Consuetudinário.
Contribuições romanas:
a)colonato
b) Vila.
Túlio Melo
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Túlio Melo
15
Feudalismo
Unidade de Produção: Feudo
–
–
–
Manso Servil
Manso Senhorial
Reserva ou Bosque ou terras comunais.
Economia:
–
–
–
Agrária.
Amonetária.
subsistência
Sociedade:
1.
Estamental, isto é, rígida, marcada pelo nascimento, sem
mobilidade social.
2.
Grupos sociais básicos:
i. Clero
ii. Nobreza feudal.
iii. Servos
Túlio Melo
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Feudalismo
Túlio Melo
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Túlio Melo
18
Feudalismo
Obrigações servis:
– Talha: parte da produção agrícola do servo era cedida ao
senhor feudal.
– Corvéia: trabalho gratuito do servo no manso senhorial.
– Banalidades: o servo pagava ao senhor feudal pelo uso do
forno, do moinho, que havia no manso senhorial.
– Tostão de São Pedro: taxa paga pelos servos a Igreja para a
manutenção da Capela existente no Feudo.
Nobreza Feudal:
– Suserano ( nobres que doavam feudos)
– vassalo (nobres que recebiam feudo).
– As relações entre suserano e vassalo davam-se através de um
ritual. Essa cerimônia era a Investidura ( o suserano investia a
vassalo com um feudo) e a homenagem ( o vassalo ajoelhado
perante o suserano jurava fidelidade ao suserano)
Túlio Melo
19
Túlio Melo
20
Túlio Melo
21
Feudalismo
Clero:
a)Clero Secular: eram os religiosos que conviviam com os leigos
no dia-a-dia da sociedade, isto é, viviam no mundo.
b)Clero Regular: Eram religiosos que se afastavam dos hábitos da
sociedade e viviam nos mosteiros Ao entrarem nos mosteiros
faziam votos de castidade, de pobreza e de silêncio. Entre eles,
o mais importante foi a regra ou ordem beneditinas, ditadas pelo
monge italiano São Bento.
c) Alto Clero. religiosos originados da nobreza feudal.
d) Baixo Clero. Religiosos originados das classes mais pobres.
Poder Político:
– Descentralizado.
.
Túlio Melo
22
Feudalismo
Baixa Idade Média: (século XI ao século XV)
A partir do século X, muitas transformações aconteceram na Europa
medieval provocando alterações no feudalismo. Esse período foi
caracterizado pelo crescimento populacional, pelo renascimento do
comércio e das cidades e pelas cruzadas. No século XIV, novas
mudanças iriam apressar o processo de decadência do feudalismo, pois
os europeus iriam se deparar com um período de crise, em virtude da
peste negra, das revoltas camponesas e da Guerra dos Cem Anos.
As Cruzadas:
As cruzadas foram convocadas pelo Papa Urbano II, no Concilio de
Clermont para libertar Jerusalém que fora conquistada pelos turcos
(mulçumanos). Na verdade, as cruzadas representavam para a Igreja a
tentativa de expansão do cristianismo em direção ao Oriente. Foram
também uma forma de aliviar as pressões demográficas (aumento da
população) que ameaçavam o feudalismo. Para a nobreza, a participação
das cruzadas significava conquistar terras e riquezas, já para as cidades
italianas, as cruzadas poderiam trazer a reabertura do Mar Mediterrâneo,
que no século VIII foi conquistado pelos mulçumanos.
Túlio Melo
23
Conseqüências das Cruzadas:
As cruzadas foram responsáveis pela reabertura
do mar Mediterrâneo á navegação e ao comercio
da Europa. Essa reabertura permitiu um
intercambio comercial entre o Oriente e o Ocidente,
acelerando o Renascimento Comercial na Europa.
Outra conseqüência foi a decadência do sistema
feudal, pois com o re aparecimento do comercio,
as cidades européias renasceram. O renascimento
comercial e urbano contribuiu para o surgimento de
um novo grupo social; a burguesia. Com o
surgimento da burguesia, começa a ocorrer o
declínio da nobreza feudal.
Túlio Melo
24
Cruzada dos Reis
Túlio Melo
25
Renascimento Comercial
.
Com o crescimento populacional, aumentou a mão-de-obra para
produzir e surgiu um mercado consumidor. Assim ocorreu um
deslocamento de uma parcela da população para outras atividades
não vinculadas á terra, como o comercio e o artesanato. Essas
atividades econômicas desenvolveram-se impulsionando o
renascimento das cidades e o surgimento de novas.
– Os mares Mediterrâneo (Sul) e os mares, do Norte e o Báltico ( Norte),
foram as rotas mais usadas pelos comerciantes.
– A região ao leste da França, passou a ser um ponto de encontro dos
comerciantes, pois nessa região eram realizadas as principais feiras do
continente europeu.
– Os artesãos para defender os seus interesses se organizaram em
associações chamadas de Corporações de Oficio, Na corporação
havia uma hierarquia formada pelo Mestre (dono da oficina), pelo
jornaleiro e pelo aprendiz.
– Os comerciantes também possuíam as suas associações, que eram
conhecidas como hansas ou ligas. Eram formadas por comerciantes
de varias cidades. A mais importante foi a Liga Hanseática ou
Teutônica, formada por cidades ao norte da Europa, cujos destaques
eram Lübeck e Flandres.
Túlio Melo
26
Idade Moderna na História da Europa
O Nascimento da Idade Moderna na história da
Europa resultou de um número significativo de
invenções científicas, aspectos geográficos e
ideias revolucionárias. Que afetaram não só as
vidas do europeu comum, mas trouxe grandes
mudanças em todo o Continente Europeu.
Túlio Melo
27
•
1)
2)
A Idade Moderna é um período
específico da História do Ocidente.
Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla
ser o evento mais aceito, não é o único.
Tem sido propostas outras datas para o início deste
período, como:
i.
ii.
iii.
3)
4)
Conquista de Ceuta pelos portugueses em 1415;
a viagem de Cristóvão Colombo ao Colombo America
1492;
a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1498;
Algumas correntes historiográficas anglo-saxónicas
preferem trabalhar com o conceito de "Tempos
Modernos", entendido como um período não acabado,
introduzindo nele subdivisões. A época moderna pode ser
considerada, exatamente, como uma época de "revolução
social" cuja base consiste na "substituição do modo de
produção feudal pelo modo de produção capitalista".
O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a
baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII), apresentava o
Túlio Melo
28
seguinte quadro:
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
VII.
No Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente
envolvendo as cidades italianas e os árabes;
No Norte da Europa: ligando o mar do norte ao mar báltico
ao, predominavam os comerciantes alemães;
No Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de
cabotagem, ligava-se o mar do Norte ao Mediterrâneo;
No Interior do Continente Europeu: predominam antigas
rotas terrestres;
As feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo
da Idade Média, eram sinais, também, de que o comércio
renascia;
A
partir
do
Século
XV
o
comércio
cresceu
extraordinariamente, fruto, naturalmente, de modificações
ocorridas no interior das sociedades feudais européias
(aumento da população, crescimento das cidades,
desenvolvimento das manufaturas, etc);
“trilogia negra“: fome, pestes e guerras - criando condições
propícias às descobertasTúlio
marítimas
e ao encontro de povos 29
Melo
A passagem econômica da Idade Média
para a Moderna se deu com o
aparecimento do capitalismo.
1. Gradativamente, o comércio foi se desenvolvendo, a
princípio dentro da própria cidade, depois entre duas
ou mais cidades e, por fim, entre países.
2. Com o sistema capitalista, os trabalhadores
começaram a ter um salário. Os produtos foram
produzidos em maior quantidade, e nascia assim a
passagem do feudalismo ao capitalismo.
3. O desenvolvimento das navegações vai fortalecer as
rotas marítimas e comerciais abertas na Idade Média.
4. Crescia o comércio por terra e por mar e mudava o
Túlio Melo e social da Europa.
30
quadro político, econômico
Progresso comercial e urbano
1. O progresso comercial e urbano a burguesia, o
artesanato, as feiras, as rotas terrestres e marítimas
deram ao rei a certeza de que, se ele não aceitasse o
comércio e se aliasse aos burgueses, certamente não
teria sucesso financeiro.
2. Surgiu a aliança rei-burguesia, e tal fato foi, sem dúvida,
a abertura do sistema capitalista.
O capitalismo é um sistema político, social e
econômico que tem como características:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
produção voltada para os mercados;
relações monetárias;
Lucro, neste sistema, é fundamental;
acúmulo de capitais;
livre iniciativa;
relações assalariadasTúlio
deMelo
produção.
31
1) Fundamento da Economia
Economia?????
Túlio Melo
32
Economia
Túlio Melo
33
Fundamentos da
Economia
RODUÇÃO:
• Economia: é a ciência social que estuda como
o indivíduo e a sociedade decidem empregar os
recursos produtivos escassos na produção de
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as
várias pessoas e grupos da sociedade,
satisfazendo as necessidades humanas
Túlio Melo
34
Fundamentos da
Economia
As necessidades humanas são ILIMITADAS e os recursos
produtivos (fatores de produção) são ESCASSOS.
RECURSOS:
1) naturais: água, terra, luz solar, madeira, minerais;
2) humanos: mão-de-obra, educação, treinamento;
CAPITAL FÍSICO:
1) Prédios;
2) Máquinas;
3) Sistemas viários.
TECNOLOGIA: coleção de “receitas” conhecidas de como se fazer
as coisas, especialmente de como se utilizar recursos para produzir
bens, da maneira mais eficiente.
Túlio Melo
35
CONCEITO DE ECONOMIA
•
Economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como
as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com
valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. Nesta
definição estão implícitas duas questões fundamentais para a
compreensão da economia: por um lado a idéia de que os bens são
escassos, ou seja, não existem em quantidade suficiente para
satisfazer plenamente todas as necessidades e desejos humanos; por
outro lado a idéia de que a sociedade deve utilizar os recursos de que
dispõe de uma forma eficiente, ou seja, deve procurar formas de
utilizar os seus recursos de forma a maximizar a satisfação das suas
necessidades.
• Dito por outras palavras, a economia procura responder a três
questões, as quais constituem os três problemas de qualquer
organização econômica:
 
O que;
 
Como;
 
Para quem.
Túlio Melo
36
CONCEITO DE ECONOMIA
A) O que produzir e em que quantidades? Quais
os produtos e serviços deverão ser produzidos por
forma a satisfazerem da melhor forma possível as
necessidades da sociedade?
B) Como devem os bens ser produzidos? Que
tecnologias e métodos de produção utilizar? Que
matérias primas deverão ser utilizadas para
produzir determinado produto? Como maximizar a
produção tendo em conta os recursos disponíveis?
c) Para quem são os bens produzidos? Como
repartir pelos diferentes agentes econômicos os
rendimentos disponíveis?
Quem
deverá
ganhar
Túlio Melo
37
mais e quem deverá ganhar
menos?
Sociedade Burguesa
Túlio Melo
38
MERCANTILISMO
Túlio Melo
39
Principais características do
sistema econômico mercantilista
Metalismo
O ouro e a prata eram metais que deixavam uma
nação muito rica e poderosa, portanto os
governantes faziam de tudo para acumular estes
metais. Além do comércio externo, que trazia moedas
para a economia interna do país, a exploração de
territórios conquistados era incentivada neste
período. Foi dentro deste contexto histórico, que a
Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades
indígenas da América como, por exemplo, os maias,
incas e astecas
Túlio Melo
40
Principais características do
sistema econômico mercantilista
Incentivos às manufaturas
O governo estimulava o desenvolvimento de
manufaturas em seus territórios. Como o
produto manufaturado era mais caro do que
matérias-primas ou gêneros agrícolas, sua
exportação era certeza de bons lucros
Túlio Melo
41
c) Evolução Pensamento Econômico
Mercantilismo 1450-1750
• Tinha preocupações sobre a acumulação de riquezas de
uma nação. Os pensamentos dessa época eram
baseados em princípios de como fomentar o comércio
exterior e entesourar riquezas. “O governo de um país
será mais forte e poderoso quando maior for seu
estoque de metais preciosos”. Durante os três séculos
do Mercantilismo, as nações da Europa Ocidental
organizaram sua economia interna, baseadas na
unidade nacional e na exportação de todos os seus
recursos econômicos – passagem da economia regional
para a economia nacional
Túlio Melo
42
c) Evolução do Pensamento Econômico
Fisiocracia (1760-1770)
Fisiocracia (1760 – 1770):
Doutrina da Ordem Natural: o Universo é regido por leis naturais,
absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência
divina para a felicidade dos homens.
Quesnay:apresentou de modo simplificado o fluxo de despesas e de
bens entre as diferentes classes sociais, distinguindo um equilíbrio
de quantidades globais. Evidenciou a interdependência entre as
atividades econômicas: a terra era a única fonte de riqueza, e a
riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza em
atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a caça.
Túlio Melo
43
c) Evolução do Pensamento Econômico
Fisiocracia (1760-1770) Fisiocracia
(1760 – 1770)
Túlio Melo
44
c) Evolução do Pensamento
Econômico
Adam Smith (1723 – 1790)
Túlio Melo
45
c) Evolução do Pensamento
Econômico
Adam Smith (1723 – 1790):
• “A Riqueza das Nações”. Smith afirmava que a livre
concorrência levaria a sociedade à perfeição uma vez
que a busca do lucro máximo promove o bem-estar da
comunidade. Smith defendia a não intervenção do
Estado na economia (LIBERALISMO).
• Laissez faire – livre iniciativa
• Teoria do Valo-Trabalho: a causa da riqueza das nações
é o trabalho humano.
• Divisão de trabalho e especialização = produtividade
Túlio Melo
46
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Túlio Melo
47
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Através da concorrência e da
lei da oferta e da procura, o
preço de mercado tem a
tendência de se aproximar do
preço "natural". Os salários
dos
trabalhadores
estão
também submetidos a esse
regime "natural" orientando-se
pela Lei da Oferta e Procura.
Existiria, portanto, o que se
chamava a "mão invisível" do
mercado, que equilibraria as
disparidades
sem
a
intervenção do Estado que se
acontecesse atrapalharia tal
equilíbrio natural
Túlio Melo
48
c) Evolução do
Pensamento Econômico
• O liberalismo se caracteriza por um individualismo
metódico
Túlio Melo
49
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Thomas Malthus (1766 – 1834):
Tentou colocar a economia em sólidas bases
empíricas. Para ele, o excesso populacional era
a causa de todos os males da sociedade
(população cresce em progressão geométrica e
alimentos crescem em progressão aritmética).
Subestimou o ritmo e o impacto do progresso
tecnológico.
Túlio Melo
50
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Para Malthus, assim como para seus
discípulos, qualquer melhoria no
padrão de vida de grande massa é
temporária, pois ela ocasiona um
inevitável aumento da população, que
acaba
impedindo
qualquer
possibilidade de melhoria. Foi um dos
primeiros pesquisadores a tentar
analisar
dados
demográficos
e
econômicos
para
justificar
sua
previsão de incompatibilidade entre o
crescimento
demográfico
e
à
disponibilidade de recursos.
Túlio Melo
51
c) Evolução do Pensamento
Econômico
David Ricardo (1772 – 1823):
Túlio Melo
52
c) Evolução do
Pensamento Econômico
David Ricardo (1772 – 1823):
Mudou, de modo sutil, a análise clássica do problema do valor:
“Então, a razão, pela qual o produto bruto se eleva em valor
comparativo é porque mais trabalho é empregado na produção da
última porção obtida, e não porque se paga renda ao proprietário da
terra. O valor dos cereais é regulado pela quantidade de trabalho
empregada em sua produção naquela qualidade de terra, ou com
aquela porção de capital, que não paga aluguel”. Ricardo mostrou
as interligações entre expansão econômica e distribuição de renda.
Tratou dos problemas do comércio internacional e defendeu o livrecambismo.
Túlio Melo
53
c) Evolução do
Pensamento Econômico
John Stuart Mill (1806 – 1873):
Introduziu na economia preocupações
de “justiça social”
Túlio Melo
54
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Não aceitava o fato de as mulheres serem
privadas dos direitos financeiros ou das
propriedades e comparou a saga feminina à de
outros grupos de desprovidos. Condenava a
idéia da submissão sexual da esposa ao desejo
do marido, contra a própria vontade, e a
proibição do divorcio
com base na
incompatibilidade de gênios. Sua concepção de
casamento era baseada na parceria entre
pessoas com os mesmos direitos, e não na
relação mestre-escravo.
Túlio Melo
55
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Jean Baptiste Say (1768 – 1832):
Deu atenção especial ao empresário e ao lucro;
subordinou o problema das trocas diretamente à
produção, tornando-se conhecida sua concepção de
que a oferta cria a procura equivalente”, ou seja, o
aumento da produção transformar-se-ia em renda
dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na
compra de outras mercadorias e serviços.
Túlio Melo
56
c) Evolução do
Pensamento Econômico
A Lei de Say estabelece que
"quando um produtor vende
seu produto, o dinheiro que
obtém com essa venda está
sendo gasto com a mesma
vontade da venda de seu
produto " - sinteticamente: "a
oferta de um produto sempre
gera demanda por outros
produtos".
Túlio Melo
57
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Karl Marx (1818 – 1883):
Túlio Melo
58
c) Evolução do Pensamento
Econômico
Karl Marx (1818 – 1883):
Problema dos detentores dos meios de produção;
exploração da mão-de-obra humana; lucro sobre o
trabalhador; mais-valia. Acreditava no trabalho como
determinante do valor, tal como Smith e Ricardo, mas
era hostil ao capitalismo competitivo e à livre
concorrência, pois afirmava que a classe trabalhadora
era explorada pelos capitalistas.
Túlio Melo
59
Pensamento Econômico:
visão do lucro
Remuneração
do investimento
Resíduo
Túlio Melo
Mais valia
60
c) Evolução do Pensamento
Econômico
Alfred Marshall (1842 – 1924):
Túlio Melo
61
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Alfred Marshall (1842 – 1924):
Estudo da satisfação do consumidor (utilidade
do produto) e do produtor (lucro). Teoria
Marginalista. Considerava a economia como
estudo “da humanidade nos negócios comuns
da vida”, ou seja, ciência do comportamento
humano e não ciência da riqueza.
Túlio Melo
62
c) Evolução do Pensamento
Econômico
Keynes (1883 – 1946)
Túlio Melo
63
c) Evolução do
Pensamento Econômico
Keynes (1883 – 1946):
Apresentou um programa de ação governamental para a promoção
do pleno emprego. Procurou determinar as causas das flutuações
econômicas e os níveis de renda e de emprego em economias
industriais. Esforçou-se no sentido de contestar a condenação
marxista do capitalismo: este poderia ser preservado, sem sua parte
essencial, se reformas oportunas fossem efetuadas, já que um
capitalismo não regulado mostrara-se incompatível com a
manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.
Túlio Melo
64
c)Evolução do
Pensamento Econômico
Keynes propôs o fim do laissez-faire: como não existem
forças de auto-ajustamento na economia torna-se
necessária a intervenção do Estado através de uma
política de gastos públicos – PRINCÍPIO DA DEMANDA
EFETIVA.
Túlio Melo
65
c)Evolução do
Pensamento Econômico
Túlio Melo
66
c)Evolução do Pensamento
Econômico
Política Econômica
Política Fiscal
Política Monetária
Política Cambial
Túlio Melo
67
c)Evolução do Pensamento
Econômico
Política Fiscal
É a ação do Estado no que se refere às receitas e
despesas do governo. Pode ser Restritiva ou
Expansiva.
Restritiva reduz a quantidade de moeda em
circulação, enquanto a Expansiva aumenta a
liquidez da Economia.
Instrumentos:
 alíquotas de impostos;
 gastos públicos;
 concessão de subsídios;
Túlio Melo
68
 transferências financeira.
c)Evolução do Pensamento
Econômico
Política Monetária
É o conjunto de medidas adotadas pelo governo
para adequar a quantidade de moeda em circulação
às necessidades da Economia.
São instrumentos de Política Monetária:
 Depósito Compulsório;
 Empréstimos de Liquidez ou Redesconto;
 Operações de Mercado Aberto ou “Open Market”:
Túlio Melo
69
c)Evolução do Pensamento
Econômico
Política Cambial:
É a administração da taxa de câmbio para garantir
o funcionamento regular do mercado. O gestor da
política cambial é o BACEN que atua nas
transações entre o Brasil e o exterior.
A taxa de câmbio é a relação entre duas moedas
(quantos reais são necessários para adquirir um
dólar, por exemplo), e pode estimular ou
desestimular as trocas internacionais, ou seja,
movimentos de mercadorias, serviços e capitais
entre os países.
Túlio Melo
70
c)Evolução do
Pensamento Econômico
Monetaristas:
Baixa intervenção do Estado, preocupação com a saúde da moeda,
neo-liberais.
Fiscalistas:
Alta intervenção do Estado, recomendam uso de políticas fiscais
ativas.
Pós – Keysenianos:
Enfatizam o papel da especulação financeira, defendem o papel
ativo do Estado na condução da atividade econômica.
Teoria das Finanças (1970):
Controle e planejamento macroeconômico, técnicas econométricas,
conceitos de equilíbrio de mercados e hipóteses sobre o
comportamento dos agentes econômicos.
Túlio Melo
71
Deslocamento da Curva de
Possibilidade de Produção
Túlio Melo
72
Funcionamento de uma economia de
mercado: fluxos reais e monetários
Mercado de bens e serviços
Demanda
Família
Fluxo Real da
Economia
Oferta
Oferta
Empresas
Demanda
Mercado de fatores de produção
Túlio Melo
73
Fluxo Monetário da Economia
Pagamento dos bens e serviços
Famílias
Empresas
Remuneração dos
fatores
Túlio
Melo de produção
74
Fluxos Circular de Renda
Demanda de bens
e serviços
Mercado de bens e serviços
O que e quanto produzir
Demanda
Fluxo
Monetário
Oferta
Família
Oferta
Como produzir
Empresas
Fluxo real (bens e
serviços)
Para quem produzir
Oferta de serviços
Mercado
dos fatores de
produção
Oferta de
bens e
serviços
de fatores de produção
Túlio Melo
Demanda
Demanda de serviços dos
fatores de produção
75
f) DIVISÃO DO ESTUDO
ECONÔMICO:
Na economia existem dois grandes
ramos:
Microeconomia;
Macroeconomia.
Túlio Melo
76
f) DIVISÃO DO ESTUDO
ECONÔMICO:
A microeconomia é considerada a base da
moderna teoria econômica, estudando
suas relações fundamentais. Procura
analisar o mercado e outros tipos de
mecanismos que estabelecem preços
relativos entre os produtos e serviços,
alocando de modos alternativos os
recursos dos quais dispõe determinados
indivíduos organizados numa sociedade
Túlio Melo
77
f) DIVISÃO DO ESTUDO
ECONÔMICO:
MACROECONOMIA: Estuda
os agentes econômicos em
seu conjunto. Analisa o
comportamento dos grandes
agregados nacionais, como o
PIB (produto interno bruto),
nível geral dos preços, o
nível de renda e poupança.
Túlio Melo
78
f) DIVISÃO DO ESTUDO
ECONÔMICO:
A macroeconomia é o estudo do comportamento
agregado de uma economia, no que concerne
principalmente à produção, à geração de renda, ao
uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao
comércio exterior. Os objetivos da macroeconomia
são principalmente: o crescimento da produção e
consumo, o pleno emprego, a estabilidade de preços,
o controle inflacionário e uma balança comercial
favorável.
Um conceito fundamental à macroeconomia é o de
sistema econômico, ou seja, uma organização que
envolva recursos produtivos, unidades de produção e
instituições (regras que definem as relações
econômicas).
Túlio Melo
79
UNIDADE II
Introdução a Microeconomia
Túlio Melo
80
2) Introdução a Microeconomia
Túlio Melo
81
Economia
Noções de Microeconomia
Definições preliminares
Túlio Melo
82
Microeconomia
a) Conceito
A
Microeconomia,
ou
Teoria dos Preços, analisa
a formação de preços no
mercado, ou seja, como a
empresa e o consumidor
interagem e decidem qual
o preço e a quantidade de
um determinado bem ou
serviço
em
mercados
específicos.
Túlio Melo
83
Microeconomia
A
Microeconomia
estuda
o
funcionamento da oferta e da demanda
na formação do preço no mercado, isto
é, o preço sendo obtido pela interação
do conjunto de consumidores com o
conjunto de empresas que fabricam um
dado bem ou serviço. Do ponto de vista
da economia de empresas, onde se
estuda uma empresa específica,
prevalece a visão contábil-financeira na
formação do preço de venda de seu
produto, baseada principalmente nos
custos de produção, enquanto na
Microeconomia prevalece a visão do
mercado.
Túlio Melo
84
Microeconomia
A abordagem econômica se diferencia da contábil mesmo quando são
abordados os custos de produção, pois o economista analisa não só os
custos efetivamente incorridos, mas também aqueles decorrentes das
oportunidades sacrificadas, ou seja, dos custos de oportunidade ou
implícitos. Como detalharemos mais tarde, os custos de produção do
ponto de vista econômico não são apenas os gastos ou desembolsos
financeiros incorridos pela empresa (custos explícitos), mas também
quanto às empresas gastariam se tivessem de alugar ou comprar no
mercado os insumos que são de Túlio
sua Melo
propriedade (custos implícitos). 85
Microeconomia
• Os agentes da demanda - os
consumidores - são aqueles que se
dirigem ao mercado com o intuito de
adquirir um conjunto de bens ou serviços
que lhes maximize sua função utilidade.
No Direito utilizou-se a conceituação
econômica para se definir consumidor:
pessoa natural ou jurídica que no
mercado adquire bens ou contrata
serviços como destinatário final, visando
atender a uma necessidade própria.
Deve-se salientar que o Código
Brasileiro de Defesa do Consumidor
considera
o
consumidor
como
hipossuficiente, uma vez que entre
fornecedor e consumidor há um
Túlio Melo
desequilíbrio que favorece o primeiro.
Hipossuficiente
86
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
I) Hipótese coeteris paribus
Para analisar um mercado
específico, a Microeconomia se
vale da hipótese de que tudo o
mais permanece constante"
(em latim, coeteris paribus). O
foco de estudo é dirigido
apenas
àquele
mercado,
analisando-se o papel que a
oferta e a demanda nele
exercem, supondo que outras
variáveis
interfiram
muito
pouco, ou que não interfiram
eira absoluta.
Túlio Melo
87
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
I)
Hipótese coeteris paribus
Sabemos, por exemplo, que a
procura de uma mercadoria é
normalmente mais afetada por
seu preço e pela renda dos
consumidores. Para analisar o
efeito do preço sobre a procura,
supomos que a renda permaneça
constante (coeteris paribus); da
mesma forma, para avaliar a
relação entre a procura e a renda
dos consumidores, supomos que
o preço da mercadoria não varie.
Temos assim, o efeito "puro" ou
"líquido" de cada uma dessas
variáveis sobre a procura. Túlio Melo
88
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
II) Papel dos preços relativos
Na análise microeconômica, são mais relevantes os
preços relativos, isto é, os preços de um bem em
relação aos demais, do
que os preços absolutos
Túlio Melo
(isolados) das mercadorias.
89
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
II) Papel dos preços relativos
Por exemplo, se o preço do guaraná cair em 10%,
mas também o preço da soda cair em 10%, nada
deve acontecer com a demanda (procura) dos dois
bens
(supondo
que
as
demais
variáveis
permaneceram constantes). Agora, tudo o mais
permanecendo constante, se cair apenas o preço do
guaraná, permanecendo inalterado o preço da soda,
deve-se esperar um aumento na quantidade
procurada de guaraná, e uma queda na de soda.
Embora não tenha havido alteração no preço
absoluto da soda, seu preço relativo aumentou,
quando comparado com o do guaraná.
Túlio Melo
90
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
III) Objetivos da empresa
A grande questão na
Microeconomia,
que
inclusive é a origem
das
diferentes
correntes
de
abordagem, reside na
hipótese
adotada
quanto aos objetivos
da empresa produtora
de bens e serviços.
Túlio Melo
91
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
III) Objetivos da empresa
A análise tradicional supõe o Princípio
da Racionalidade, segundo o qual o
empresário
sempre
busca
a
maximização do lucro total, otimizando
a utilização dos recursos de que
dispõe.
Essa
corrente
enfatiza
conceitos como receita marginal, custo
marginal e produtividade marginal em
lugar de conceitos de média (receita
média, custo médio e produtividade
média),
daí
ser
chamada
de
margina1ista. A maximização do lucro
da empresa ocorre quando a receita
marginal iguala-se ao custo marginal.
Túlio Melo
92
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
Aumento da participação
Maximização sobre os custos de produção
III) Objetivos da empresa
As correntes alternativas consideram que o móvel do empresário
não seria a maximização do lucro, mas fatores como aumento da
participação nas vendas do mercado, ou maximização da margem
sobre os custos de produção, independente da demanda de
mercado
Túlio Melo
93
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
IV)
Aplicações da análise
microeconômica
A análise microeconômica, ou
Teoria dos Preços, como parte
da
Ciência
Econômica,
preocupa-se em explicar como
se determina o preço dos bens e
serviços, bem como dos fatores
de produção. O instrumental
microeconômico
procura
responder, também, a questões
aparentemente
triviais;
por
exemplo, por que, quando o
preço de um bem se eleva, a
quantidade demandada desse
bem deve cair, coeteris paribus.
Túlio Melo
94
b) Pressupostos básicos da
análise microeconômica
IV)
Aplicações da análise
microeconômica
Entretanto, deve-se salientar que, se a
Teoria Microeconômica não é um
manual de técnicas para a tomada de
decisões do dia-a-dia, mesmo assim
ela representa uma ferramenta útil
para
estabelecer
políticas
e
estratégias, dentro de um horizonte de
planejamento, tanto ao nível de
empresas quanto ao nível de política
econômica.
Túlio Melo
95
A nível de empresas, a análise microeconômica
pode subsidiar as seguintes decisões:
 Política de preços da empresa
 Previsões de demanda e de faturamento
 Previsões de custos de produção
 Previsões ótimas de produção (escolha da melhor alternativa de
produção, isto é, da melhor combinação de fatores de produção)
 Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custobenefício da compra de equipamentos, ampliação da empresa etc.)
 Política de propaganda e publicidade (como as preferências dos
consumidores podem afetar a procura dos produtos)
 Localização da empresa (se a empresa deve situar-se próxima aos
centros consumidores ou aos centros fornecedores de insumos)
 Diferenciação de mercados (possibilidades de preços diferenciados,
em diferentes mercados consumidores do mesmo produto)
Túlio Melo
96
Política econômica, a Teoria Microeconômica pode
contribuir na analise de decisões das seguintes
questões:
 Efeitos de impostos sobre mercados específicos
 Política de subsídios (nos preços de produtos como
trigo e leite, ou na compra e insumos como
máquinas, fertilizantes etc.)
 Fixação de preços mínimos na agricultura
 Controle de preços
 Política salarial
 Política de tarifas públicas (água, luz etc.)
 Política de preços públicos (petróleo, aço etc.)
Leis antitruste (controle de lucros de monopólios e
oligopólios)
Túlio Melo
97
Interdisciplinaridade
Evidentemente, a contribuição da Microeconomia está associada à utilização de
outras disciplinas, como a Estatística, a Matemática Financeira, a Contabilidade
e mesmo a engenharia, de forma a dar conteúdo empírico a suas formulações e
conceitos teóricos.
Túlio Melo
98
UNIDADE III
Demanda, Oferta e
Equilíbrio de Mercado
Túlio Melo
99
Unidade III
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Utilidade do consumidor
A utilidade refere-se à forma como os consumidores fazem a
hierarquia dos diferentes bens e serviços (em função da
satisfação que proporcionam).
A utilidade é uma construção económica que permite
compreender como os consumidores racionais repartem os
seus recursos limitados entre os bens que lhes
proporcionam satisfação.
A teoria da procura considera que os consumidores
maximizam a sua utilidade, o que significa que escolhem o
conjunto de bens que mais lhes agrada.
Túlio Melo
100
Escolha e teoria da utilidade
Utilidade marginal
Utilidade marginal
Utilidade marginal corresponde à utilidade
adicional que se consegue com o consumo de
uma quantidade adicional de um bem.
Lei da utilidade decrescente
Segundo a lei da utilidade decrescente, à
medida que a quantidade consumida de um
bem aumenta a utilidade marginal desse bem
tende a diminuir
Túlio Melo
101
Escolha e teoria da utilidade
Utilidade e utilidade marginal decrescente
Túlio Melo
102
Escolha e teoria da utilidade
Utilidade e utilidade marginal decrescente
Túlio Melo
103
Escolha e teoria da utilidade
Substitutos e complementos
1.
Dois bens dizem-se substitutos se o aumento do
preço de um leva ao aumento da procura do outro
(exemplo: vaca e frango)
2.
Dois bens dizem-se complementares se o
aumento do preço de um leva à diminuição da
procura do outro (exemplo: automóveis e gasolina)
3.
Dois bens dizem-se independentes se a variação
do preço de um não afetar a procura do outro
(exemplo: petróleo e arroz)
Túlio Melo
104
Excedente do consumidor
A satisfação do consumidor é superior à quantia paga
Túlio Melo
105
Unidade III
Demanda, Oferta e Equilíbrio de
Mercado
b) Demanda
• Conceito
– Expressa o desejo que as pessoas têm de consumir
bens e serviços aos preços de mercado por unidade
de tempo, mantendo-se os outros fatores constantes
(ceteris paribus).
– Expressa a relação entre as quantidades de um
determinado bem ou serviço e seus preços
alternativos.
Túlio Melo
106
Demanda
• Fatores deslocadores da demanda:
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Preços de produtos substitutos (Ps);
Preços de produtos complementares (Pc);
Renda dos consumidores (R);
Expectativas futuras quanto aos preços futuros, abastecimento
(E);
Condições climáticas como temperatura, precipitações (C);
Mudança nas preferências dos consumidores (G);
Tradições, aspectos culturais e religiosos (T);
Número de compradores potenciais ou população (POP);
Outros.
Túlio Melo
107
Demanda
• Preços dos bens substitutos:
– Entre peixe e frango, o aumento do
preço do frango faz o consumo do
peixe aumentar.
R$ 2,80
R$ 10,0
R$ 9,90
• Preços dos bens
complementares:
– Entre peixe e arroz, o aumento do
preço do arroz faz o consumo do
peixe diminuir.
Túlio Melo
R$ 7,90
+
R$ 2,59
R$ 2,65
+
108
R$ 10,0
Demanda
• Renda dos consumidores:
– Um aumento na renda do
consumidor faz o consumo de
bens e serviços aumentar.
• Expectativas futuras:
– A expectativa otimista para o
comportamento da economia
faz os produtores aumentarem
a produção.
Túlio Melo
109
Demanda
• Condições climáticas:
– Condições climáticas desfavoráveis
compromete a produção e
comercialização de produtos
agrícolas.
• Gostos dos consumidores:
– Maior preferência por peixe faz o
consumo de peixe aumentar.
Túlio Melo
110
Demanda
• Tradições e aspectos
culturais e religiosos:
BACALHAU
– Tradição cristã de comer peixe
durante a Semana Santa faz o
consumo de peixe aumentar no
período.
• Número de consumidores:
– Aumento no número de
consumidores faz aumentar o
Túlio Melo
consumo de bens e serviços.
111
Demanda
• Representação gráfica:
6.00
Curva de Demanda:
Preço ($)
5.00
Representa a relação entre os
preços alternativos e quantidades
demandada do bem por unidade
de tempo, ceteris paribus.
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
5
10
15
20
25
30
35
40
(kg) lbs / Tempo
Quantidade em
Túlio Melo
112
Lei da Demanda
• Um aumento no preço do produto levará à redução na
sua quantidade demandada, enquanto que uma queda no
preço do bem causará um aumento na quantidade
demandada, vice-versa.
P

Q
• Isto ocorre por que à medida que as pessoas consomem
mais de um bem, tendem a valorizar menos cada unidade
adicional do produto (Princípio da Utilidade Marginal
Decrescente).
Túlio Melo
113
Lei da Demanda
$
A
P1
B
P0
DEMANDA
Q1
Q0
Túlio Melo
Q
114
Demanda
• Demanda ≠ Quantidade Demandada
$
Quantidade Demandada
3
A
Quantidade demandada:
refere-se a um ponto sobre a
curva de demanda
B
2
Demanda: refere-se a curva
toda;
DEMANDA
150
175
Túlio Melo
Q
115
Demanda
• Mudança na Demanda:
– Deslocamento da curva
como um todo
determinado por
mudança nos fatores
deslocadores da
demanda.
AUMENTO DA
DEMANDA
P
A
B
P*
D1
• Exemplo:
– Aumento na renda do
consumidor;
– Aumento no número de
consumidores.
D0
Q0
Túlio Melo
Q1
Q
116
Demanda
• Mudança na Quant.
Demandada:
– Deslocamento sobre a
curva de demanda
determinado por
mudança no preço do
próprio produto.
P
A
P*
• Exemplo:
– Diminuição do preço de
P* para P’
B
P’
D0
Q0
Túlio Melo
Q1
Q
117
Demanda
• Mudanças na
demanda:
• Aumento na renda do
consumidor:
R0 < R1
AUMENTO DA
DEMANDA
P
A
B
P*
D1
•
D0
Aumento da demanda 
deslocamento da curva de
demanda para direita
Q0
Túlio Melo
Q1
Q
118
Demanda
• Mudanças na
demanda:
DIMINUIÇÃO DA
DEMANDA
P
• Diminuição no número
de consumidores:
N0 > N1
P*
•
B
A
D1
Diminuição da demanda
 deslocamento da curva
de demanda para esquerda
Q1
Túlio Melo
Q0
D0
Q
119
Demanda
MERCADO DO FRANGO
P
B
P1
• Mudanças na demanda:
• Aumento no preço do
frango:
P0 < P1
•
•
a. Diminuição da quantidade
demandada de frango
A
P0
Q1
a
Dfrango
Q0
Q
MERCADO DO PEIXE
P
b
A
B
P*
D1
b. Aumento da demanda 
deslocamento da curva de
demanda de peixe para direita
D0
Túlio Melo
Q0
Q1
120
Q
Demanda
MERCADO DO ARROZ
P
B
P1
• Mudanças na demanda:
• Aumento no preço do
arroz:
P0 < P1
•
Q1
a. Diminuição da quantidade
demandada de arroz
a
B
Q0
Q
A
b
b. Diminuição da demanda 
deslocamento da curva de
demanda de peixe para
esquerda
D1
Túlio Melo
Darroz
MERCADO DO PEIXE
P
P*
•
A
P0
Q1
Q0
D0
121
Q
c. Oferta de Mercado
• Conceito:
– Representa o desejo dos produtores em produzir e
colocar um produto no mercado por unidade de
tempo.
– Expressa uma relação entre as quantidades vendidas
de um determinado bem ou serviço e os preços
alternativos de mercado por unidade de tempo,
ceteris paribus.
Túlio Melo
122
Oferta
• Fatores deslocadores da oferta:
– Custo de produção através de mudanças no nível de preços dos
fatores de produção (C);
– Mudança no nível tecnológico pela aplicação de uma melhor
forma de combinar os fatores de produção (NT);
– Condições climáticas que afetem os níveis de produção
(escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas
temperaturas) (CC);
– Os preços de produtos que concorrem pelos mesmos fatores de
produção na fazenda (PP);
– As expectativas futuras sobre as condições de mercado (oferta e
demanda, preços de bens complementares e substitutos) (EF).
Túlio Melo
123
Oferta
• Custo de produção (C);
– Quanto maior o custo de
produção menor será a oferta do
produto;
• Nível tecnológico (NT);
– Quanto mais avançado o nível
tecnológico, maior será a oferta
do produto.
Túlio Melo
124
Oferta
• Condições climáticas (CC):
– Quanto mais favoráveis as
condições climáticas maior será
a oferta do produto;
• Os preços de produtos
concorrentes (PP):
– Quanto maior for a competição
pelos fatores de produção menor
será a oferta de uma produto
particular.
Túlio Melo
125
Oferta
• As expectativas futuras
(EF):
– Quanto mais prováveis
forem as expectativas
futuras dos produtores
quanto à elevação dos
preços, maior será a oferta
do produto.
Túlio Melo
126
Oferta
Preço
OFERTA
Curva de Oferta:
8,00
Representa a relação entre os
preços alternativos e quantidades
ofertadas do bem por unidade de
tempo, ceteris paribus.
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
2
4
6
8
10
12
Quantidade / tempo
Túlio Melo
127
Oferta
•
Lei da Oferta:
–
Aumento no preço do produto aumenta a quantidade ofertada
enquanto que, uma diminuição no preço leva à redução na
quantidade ofertada, ceteris paribus.
P

Túlio Melo
Q
128
Lei da Oferta
Preço
OFERTA
B
6,00
A
4,00
4
8
Quantidade / tempo
Túlio Melo
129
Oferta
• Oferta ≠ Quantidade Ofertada
$
Quantidade Ofertada
OFERTA
Oferta: refere-se a curva
toda;
B
6,00
4,00
Quantidade ofertada:
refere-se a um ponto sobre a
curva de oferta.
A
4
8
TúlioQ/t
Melo
130
Oferta
• Mudança na Oferta:
– Deslocamento da curva
como um todo
determinado por
mudança nos fatores
deslocadores da oferta.
P
S0
S1
P*
A
B
AUMENTO DA
OFERTA
• Exemplo:
– Diminui dos custos de
produção;
– Condições climáticas
favoráveis à produção.
Q0
Túlio Melo
Q1
Q
131
Oferta
• Mudança na Quant.
Ofertada:
– Deslocamento sobre a
curva de oferta
determinado por mudança
no preço do próprio
produto.
• Exemplo:
P
S0
B
P’
P*
A
– Aumento no preço de P*
para P’
Q0
Túlio Melo
Q1
Q
132
Oferta
• Mudanças na oferta:
• Aumento do salário da
mão-de-obra:
S1
P
P*
S0
B
A
R0 < R1
•
Diminuição da oferta 
deslocamento da curva de
oferta para esquerda
Q1
Túlio Melo
Q0
Q
133
Oferta
• Mudanças na oferta:
P
S0
• Diminuição do ICMS:
S1
ICMS0 > ICMS1
P*
•
Aumento da oferta 
deslocamento da curva de
oferta para direita
Túlio Melo
A
B
Q0
Q1
Q
134
Oferta
• Mudanças na oferta:
P
S0
• Condições favoráveis à
produção:
S1
– Preciptações, Ph,
salinidade etc.
P*
•
Aumento da oferta 
deslocamento da curva de
oferta para direita
Túlio Melo
A
B
Q0
Q1
Q
135
Oferta
• Mudanças na oferta:
• Expectativas futuras de
queda de preço do
produto:
S1
P
S0
B
P0
P1
A
C
P0 > P1
•
Diminuição da oferta 
deslocamento da curva de
oferta para esquerda
Q1
Túlio Melo
Q*
Q0
Q
136
Demanda e mercado
Túlio Melo
137
d. Equilíbrio de mercado
É um ponto único, no qual a quantidade que os
consumidores desejam comprar é exatamente igual à
quantidade que os produtores desejam vender. Quando
ocorre excesso de oferta, os vendedores acumularão
estoques não planejados e terão que diminuir seus
preços, concorrendo pelos escassos consumidores. No
caso de excesso de demanda, os consumidores estarão
dispostos a pagar mais pelos produtos escassos.
Consumidores e empresa, sem qualquer interferência do
governo, tendem a encontrar sozinhos uma posição de
equilíbrio, mediante o mecanismo de preços, ou seja, da
lei da oferta e procura.
Túlio Melo
138
Por exemplo:
1.Se uma empresa produz calças e camisas, e o preço das
calças sobe para R$ 60,00, a empresa passará a produzir
mais calças e menos camisas, pois poderá lucrar mais com
as calças. Muitos tomarão a mesma decisão, e isso
aumentará a quantidade de calças ofertadas no mercado.
2.A empresa produz somente saias, mas com o
aumento do preço das calças, ela prefere deixar de
produzir as saias e entrar no mercado de calças, assim,
passará a produzir calças, o que levará a um aumento da
oferta de calças no mercado.
3.Isso causa um excesso de oferta do produto no mercado,
pois muitos consumidores não estarão dispostos a adquirir
a mercadoria pelo preço de R$ 60,00. Veja no gráfico que a
quantidade ofertada é de 15.000 unidades, mas a
quantidade demandada (adquirida pelos consumidores) é
de apenas 8.000 unidades. Isso causa um excesso de
oferta de 7.000 unidades e há, portanto, um desequilíbrio
no mercado.
Túlio Melo
139
Equilíbrio de Mercado
Túlio Melo
140
i. A lei da oferta e procura:
tendência de equilíbrio
Este é um caso onde há um excesso de oferta
e uma escassez de demanda. O preço do
produto no mercado está em R$ 60,00. Com
isso,
alguns
produtores
se
sentem
estimulados a ofertar uma quantidade maior
da mercadoria, e mais produtores tendem a
entrar neste mercado devido ao preço estar
em nível elevado.
Túlio Melo
141
d. Equilíbrio de Mercado
Túlio Melo
142
Quando há excesso de oferta, a tendência é
ocorrer uma queda no preço do produto. É a lei
da oferta e procura. Muito produto para pouco
comprador ocasiona uma concorrência, por parte
dos produtores, em busca dos consumidores.
Com isso, alguns produtores passarão a ofertar o
produto a um preço menor, isso fará com que
mais consumidores estejam dispostos a adquirir a
mercadoria àquele preço, e esse processo
continua até atingir um preço de equilíbrio.
No gráfico é fácil visualizar este comportamento.
Conforme o preço da mercadoria vai caindo
(ponto azul), a quantidade ofertada também vai
diminuindo (ponto vermelho)
Túlio Melo
143
Equilíbrio de Mercado
Túlio Melo
144
e. Interferência do Governo no
equilíbrio de mercado
O governo intervém na formação de preços de
mercado, a nível microeconômico, e quando fixa
impostos e subsídios, estabelecem critérios de
reajustes do salário mínimo, fixa preços
mínimos para produtos agrícolas decreta
tabelamentos ou ainda congelamento de preços
e salários.
Túlio Melo
145
e. Interferência do Governo no
equilíbrio de mercado
i. Estabelecimento de Impostos:
É sabido que quem recolhe a totalidade
do tributo é a empresa, mas isso não quer
dizer que é ela quem efetivamente paga.
Assim,
saber
sobre
quem
recai
efetivamente o ônus do tributo é uma
questão da maior importância na análise
dos mercados.
Túlio Melo
146
e. Interferência do Governo no
equilíbrio de mercado
Os tributos se dividem em impostos, taxas e
contribuições de melhoria. O impostos dividemse em:
• Impostos Indiretos: impostos incidentes sobre
o consumo ou sobre as vendas. Exemplo:
Imposto sobre Circulação de Mercadorias
(ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI).
• Impostos Diretos: Impostos incidentes sobre a
renda. Exemplo: Imposto de Renda.
Túlio Melo
147
e. Interferência do Governo no
equilíbrio de mercado
Entre os impostos indiretos destaca-se:
• Imposto Específico: Recai sobre a unidade vendida.
Exemplo: para cada carro vendido, recolhe-se, a título
de imposto, R$ 5.000 ao governo (esse valor é fixo e
independente do valor da mercadoria).
• Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota)
aplicado sobre o valor de venda. Exemplo: supondo a
alíquota do IPI sobre automóveis de 10 %, se o valor do
automóvel for de R$ 50.000, o valor do IPI será de R$
5.000; se o valor aumentar para R$ 60.000, o valor do
IPI será de R$ 6.000. Assim, como se pode notar, a
alíquota permanece inalterada em 10%, enquanto o
valor do imposto varia com o preço do automóvel
Túlio Melo
148
e. Interferência do Governo no
equilíbrio de mercado
ii.Política de preços mínimos na agricultura:
Trata-se de uma política que visa dar garantia de
preços ao produtor agrícola, com propósito de
protegê-lo das flutuações dos preços no
mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma
possível queda acentuada de preços e
consequentemente da renda agrícola. O
governo, antes do início do plantio, garante um
preço que ele pagará após a colheita do
produto.
Túlio Melo
149
e. Interferência do Governo no
equilíbrio de mercado
iii.Tabelamento:
Refere-se à intervenção do governo no sistema
de preços de mercado visando coibir abusos por
parte dos vendedores, controlar preços de bens
de primeira necessidade ou então refrear o
processo inflacionário, como foi adotado no
Brasil ( Planos Cruzado, Bresser etc.), quando
se aplicou o congelamento de preços e salários.
Túlio Melo
150
f. Conceito de Elasticidade
Na teoria econômica o conceito de elasticidade
significa sensibilidade. Na realidade, a
elasticidade mostra quão sensíveis são os
consumidores de um produto X (ou seus
produtores), quando seu preço sofre uma
variação para mais ou para menos.
Em outras palavras,a elasticidade serve para
medir a reação - grande ou pequena - desses
consumidores (ou produtores) diante de uma
variação do preço do produto X.
Túlio Melo
151
i.A Elasticidade-Preço da Demanda
• Neste caso, teríamos a chamada, elasticidadepreço da demanda (ou no caso dos produtores,
elasticidade-preço da oferta) por este produto.
• Podemos observar que as pessoas reagem com
intensidade diferente diante de variações de
preços dos diferentes produtos.
• Se o sal sobe de preço, as pessoas não
deixarão de comprá-lo por causa disso e,
provavelmente nem reduzirão a quantidade
comprada desse produto, já que o sal é
essencial para elas.
Túlio Melo
152
i.A Elasticidade-Preço da Demanda
• Na realidade, a reação das pessoas a uma
variação de preços depende muito do tipo de
produto que elas vão consumir ou comprar.
• Em alguns casos, a reação pode ser muito
grande, intensa e, em outro muito pequena e
em, poucos casos nem reação há.
• Observe que é muito importante para um
produtor/vendedor saber a reação do seu
consumidor quando deseja alterar o preço do
seu produto para mais ou para menos.
Túlio Melo
153
Túlio Melo
154
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155
Túlio Melo
156
i.A Elasticidade-Preço da Demanda
Túlio Melo
157
CLASSIFICANDO BENS COM A
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA
• 1. ELÁSTICOS
• Se a elasticidade-preço do bem for maior que 1,00 dizse que a demanda por esse bem é elástica. A variação
percentual na quantidade excede a variação percentual
no preço. Ou seja, os consumidores são bastante
sensíveis a variações no preço.
• 2. INELÁSTICOS
• Se a elasticidade-preço do bem for menor que 1,00 dizse que a demanda por esse bem é inelástica. A
variação percentual na quantidade é menor que a
variação percentual no preço. Ou seja, os consumidores
são relativamente insensíveis a variações no preço.
Túlio Melo
158
i.A Elasticidade-Preço da Demanda
• 3. ELASTICAMENTE UNITÁRIOS
• Se a elasticidade-preço do bem for igual a
1,00 diz-se que a demanda por esse bem
é de elasticidade neutra. A variação
percentual na quantidade é igual à
variação percentual no preço.
Túlio Melo
159
ELASTICIDADE E BENS
SUBSTITUTOS
• A elasticidade-preço da demanda para um
bem em particular é influenciada pela
disponibilidade
ou
não
de
bens
substitutos.
• Quanto mais bens substitutos estiverem
disponíveis mais elástica é a demanda, se
não há bens substitutos a demanda é
inelástica.
Túlio Melo
160
OUTROS DETERMINANTES DA
ELASTICIDADE
•
•
•
•
Tempo
Elasticidade de Curto-Prazo e Elasticidade de
Longo-Prazo. Quanto mais tempo os
consumidores
tiverem
para
procurar
substitutos maior será a intensidade de sua
reação.
Espaço
A elasticidade de um mercado é diferente da
elasticidade de uma única firma. A elasticidade
do mercado diz quanto a quantidade global
mudará se o preço geral mudar mas se uma
única empresa muda seu preço a elasticidade
é outra.
Túlio Melo
161
Elasticidade-preço da demanda
•
Participação no Orçamento
•
Se um bem representa pouco do orçamento total do
consumidor a reação será menor a variações de
preço.
Exemplo: aumento de 10% no preço do lápis.
Aumentou de R$ 1,00 para R$ 1,10. Poucas pessoas
deixaram de comprar lápis por isso. Entretanto, se o
bem tem um participação razoável no orçamento
então as reações serão maiores.
Exemplo: O preço do automóvel subiu 10%. Aumentou
de R$ 15.000,00 para R$ 16,500,00. Mais pessoas
irão reagir a essa mudança. A demanda será mais
elástica.
•
•
Túlio Melo
162
Elasticidade-Preço da Demanda
• Bens
Necessários
versos
bens
supérfluos
• Para bens essenciais como pão, arroz,
feijão, etc a demanda é mais inelástica.
Para bens de luxo a demanda é mais
elástica.
Túlio Melo
163
USANDO A ELASTICIDADEPREÇO DA DEMANDA
• Em geral o aumento de preço tem dois
efeitos, do ponto de vista do empresário:
• Efeito Positivo de vender a um preço
mais alto.
• Efeito Negativo de vender menos.
• A decisão de aumentar ou não dependerá
de qual dos efeitos supera o outro.
Túlio Melo
164
PREVENDO MUDANÇAS NO PREÇO
USANDO ELASTICIDADES
• Quando oferta ou demanda mudam podese traçar um diagrama para saber a
direção da mudança do preço de
equilíbrio.
• Esse diagrama dirá tudo sobre direções,
mas, quando se deseja saber o quanto o
preço
mudará
faz-se
uso
das
elasticidades.
Túlio Melo
165
PREVENDO MUDANÇAS NO PREÇO
USANDO ELASTICIDADES
• Sabendo-se as elasticidades de demanda
e oferta, a variação nos preços, resultante
de um aumento na quantidade demandada
será dada pela divisão do percentual de
mudança na demanda pela soma das
elasticidades de oferta e demanda:
Túlio Melo
166
Resumo
Túlio Melo
167
Túlio Melo
168
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169
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170
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171
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172
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174
Determinantes da
Elasticidade-Preço da Demanda
• A demanda tende a ser mais elástica. . .
–
–
–
–
se o bem for de luxo .
quanto maior for o período de tempo.
quanto maior for o número de bem substitutos.
quanto mais restrito for definido o mercado.
• A demanda tende a ser mais inelástica . . .
–
–
–
–
se o bem for uma necessidade.
quanto menor for o período de tempo.
quanto menor for o número de bens substitutos.
quanto mais amplo for definido o mercado.
Túlio Melo
175
4) PRODUÇÃO E CUSTOS
a)Teoria da Produção
Túlio Melo
176
Teoria da Produção: trata das relações
tecnológicas e físicas entre a quantidade
produzida e as quantidades de insumos
utilizadas na produção.
Produção é o processo pelo qual uma
firma transforma os fatores de produção
adquiridos em produtos ou serviços para a
venda no mercado.
Túlio Melo
177
Função
oferta:
conceito
econômico
(produção; preços dos fatores produtivosinsumos).
Função produção: conceito “físico” ou
“tecnológico” (quantidades físicas e fatores
de produção).
Escolha da Eficiência
-Técnica (tecnologia) – produção com menos
quantidade física de fatores de produção.
-Econômica – produção com menos custos.
Túlio Melo
178
Função de Produção
É a relação técnica entre a
quantidade física de fatores de
produção e a quantidade física
do produto em determinado
período de tempo.
Túlio Melo
179
Curto prazo: período no qual existe
pelo menos um fator de produção
fixo.
Longo prazo: todos os fatores variam.
Fatores
fixos:
Permanecem
inalterados quando a produção varia.
Fatores variáveis: se alteram com a
variação da quantidade produzida.
Túlio Melo
180
Economias de Escala
a)Rendimentos crescentes a escala
Se todos os fatores de produção crescerem numa
mesma proporção, a produção cresce numa
proporção maior.
b)Rendimentos decrescentes de escala
Ocorre quando todos os fatores de produção
crescem numa mesma proporção, e a produção
cresce numa proporção menor.
c)Rendimentos constantes de escala
Se todos os fatores crescem em dada proporção, a
produção cresce na mesma proporção. As
produtividades médiasTúliodos
fatores de produção
Melo
181
permanecem constante.
b) Custos de Produção
i) Introdução
Para realizar o processo produtivo, as empresas
precisam arcar com as despesas de produção,
despesas essas que são definidas, em linguagem
mais técnica, como Custos de Produção.
A firma, quando da realização de seu processo
produtivo,
sempre
procura
otimizar
seu
comportamento, isto é, produzir sempre da melhor
maneira possível. Ao fazer isso, a empresa opera
dentro da hipótese de racionalidade; a Teoria
Econômica considera que, nesse caso, a empresa
atende a sua conduta de otimização.
Túlio Melo
182
Custos de Produção
Assim, para cada nível de produção, a empresa
realiza sempre um nível ótimo de custos.
Considerando essas
observações, podemos
conceituar o Custo Total de Produção, como sendo o
custo da combinação mais econômica dos fatores
por meio da qual se obtém essa quantidade do
produto.
É importante ainda que se possa diferenciar a
noção de Custo Social de Produção da noção de
Custo Privado de Produção.
Túlio Melo
183
Custos de Produção
O Custo Social de Produção é decorrente de
uma análise macroeconômica e se constitui no custo
que toda a sociedade deve suportar para que os
recursos limitados sejam usados para produzir bens e
serviços a serem colocados a sua disposição.
Já o Custo Privado de Produção decorre de
uma análise microeconômica, e se constitui no gasto
explícito realizado pela empresa para a aquisição dos
recursos necessários.
Túlio Melo
184
ii) Custos a Curto Prazo
Como já citado anteriormente, a
curto prazo, alguns fatores são fixos,
qualquer que seja o nível de produção.
Normalmente, consideramos como fator
fixo a planta da empresa e os
equipamentos de capital.
Túlio Melo
185
Custos fixos e custos variáveis
Os
Custos
Totais
de
Produção
são
subdivididos em dois tipos: custos fixos totais (CFT)
e custos variáveis totais (CVT).
Custo Variável Total: parcela do custo que varia,
quando a produção varia. É a parcela dos custos da
empresa que depende da quantidade produzida., ou
seja, são os gastos com fatores variáveis de
produção, como folha de pagamento, despesas com
matérias-primas etc.
Custo Fixo Total: parcela do custo que se mantém
fixa, quando a produção varia, ou seja, são os gastos
com fatores fixos de produção, como aluguéis,
depreciação etc.
Túlio Melo
186
Custo Total
O Custo Total de Produção ou simplesmente
Custo Total é a soma do custo variável total com o
custo fixo total.
Figura 1 - Custos Totais
Custos
CT = CVT + CFT
Totais
$
CVT
CFT
Quantidade produzida
Túlio Melo
187
Custo Total Médio, Custo Variável
Médio e Custo Fixo médio
São conceitos de custos por unidade de
produção:
Custo Médio (CME ou CTMe) = CT / q
Custo Variável Médio (CVMe) = CVT / q
Custo Fixo Médio = CFT / q
Túlio Melo
188
Figura 2 - Custos Médios
Custos
Médios
$
CTMe
CVMe
CFMe
q
Túlio Melo
Como CFMe tende a zero,
quando q aumenta, seguese que o CVMe tende a
igualar-se ao CTMe, pois
CTMe = CVMe + CFMe.
Tende a zero, pois CFMe =
CFT/q. Como q tende ao
infinito, CFMe tende a zero.
189
Custos Médios
O formato em U das curvas de CTMe e CVMe a
curto prazo também se deve à lei dos rendimentos
decrescentes,
ou lei dos
custo
crescente.
Inicialmente, os custos médios são declinantes, pois
tem-se pouca mão-de-obra para um relativamente
grande equipamento de capital. Até certo ponto, é
vantajoso absorver mais trabalhadores e aumentar a
produção, pois o custo médio cai. No entanto, chegase a certo pronto em que satura a utilização de capital
(que está fixado) e a admissão de mais trabalhadores
não trará aumentos proporcionais de produção, ou
seja, os custos médio ou unitários começam a elevarse.
Túlio Melo
190
Custo Marginal
Diferentemente dos custos médios, os custos
marginais referem-se às variações de custo, quando
se altera a produção. É obtido pela divisão da
variação do custo total pela variação da quantidade
produzida.
O custo marginal pode também ser
definido como o custo adicional de uma unidade de
produção. Em termos matemáticos, é definido como a
derivada primeira da curva custo total.
CMg = (CT2 - CT1) / (q2 - q1)
CMg = CT ’
Túlio Melo
191
Custos a longo prazo
Quanto ao conceito de custo a longo prazo, sua
existência se vincula à variação de todos os fatores
de produção.
As curvas de longo prazo são chamadas de
curvas de planejamento que são denominadas
horizontes de planejamento.
O longo prazo vai consistir em todas as
situações possíveis de curto prazo entre as quais
uma empresa pode fazer suas escolhas.
O empresário escolherá, dentre os vários
tamanhos que definem os custos unitários de curto
prazo, a instalação capaz de produzir a mercadoria ao
menor custo médio ou unitário.
Túlio Melo
192
Custos a longo prazo
A longo prazo, também o capital e todos os
demais fatores variam, as empresas podem expandirse, o mesmo ocorrendo com a indústria1 como um
todo.
Assim, cada empresa da indústria poderá
aumentar a área construída ou os equipamentos de
suas unidades de produção.
Indústria é aqui usada como um conjunto de empresas que produzem
um produto homogêneo.
Túlio Melo
193
O GOVERNO DE ITAMAR
FRANCO (1992 - 1994)
Teve atuação destacada em
1992 na transição pacífica
do governo COLLOR para o
governo
de
ITAMAR
FRANCO. FHC foi, de 1992
a
1993,
Ministro
das
Relações Exteriores de
Itamar
Túlio Melo
194
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Plano Real
Mudou
o
rumo
da
história. Desarmou o sistema
de indexação, restabeleceu a
confiança deixando claro,que
governo não faria loucuras
na economia, assim, virou
uma página complicada da
história brasileira.
As notas de Real, que se
tornaram a moeda nacional em 1994
Túlio Melo
195
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Criação do Plano Real
A primeira fase, que durou do final de
1993 a fevereiro de 1994 consistiu na
batalha por aprovar no Congresso
medidas que assegurassem um
mínimo de controle sobre as contas
públicas.
Túlio Melo
196
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Criação do Plano Real
A segunda fase transcorreu de fevereiro
a junho de 1994 e foi marcada pela
progressiva cotação dos preços em URV,
uma unidade real de valor, ou seja, uma
referência estável de valor. O cruzeiro
novo não saiu de cena de imediato.
Túlio Melo
197
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Criação do Plano Real
A terceira fase começa com a emissão
da nova moeda, o Real, em lugar dos
cruzeiros novos. A URV foi a parteira
do Real, amparou sua chegada ao
mundo.
Túlio Melo
198
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Razões do sucesso
A primeira é que a sociedade
brasileira havia chegado a um ponto
máximo de saturação com a inflação,
a tal ponto que mesmo os setores e
grupos que se beneficiavam dela
estavam dispostos a virar aquela
página da história
Túlio Melo
199
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Razões do sucesso
A segunda é o aprendizado com a
experiência fracassada dos planos
anteriores (alguns dos "pais do Real"
participaram do Cruzado 1).
Túlio Melo
200
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Razões do sucesso
A terceira é que a economia brasileira já era
mais aberta às importações do que nas
vezes anteriores (e a possibilidade de
importação disciplina os preços internos).
Túlio Melo
201
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Razões do sucesso
A quarta foi a questão política, a liderança do
ministro da fazenda e depois presidente
Fernando Henrique Cardoso, que conseguiu
reunir uma equipe econômica qualificada,
convencer o presidente Itamar Franco,
mobilizar força política na sociedade e no
Congresso Nacional.
Túlio Melo
202
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Desenrolar do Plano
Ajuste Fiscal - Combinando aumento de
impostos e cortes nos gastos públicos, o
governo procurou reduzir o desequilíbrio
entre a arrecadação e os gastos públicos.
Túlio Melo
203
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Desenrolar do Plano
Desindexação da Economia os agentes
econômicos passaram a indexar preços a
índices de inflação, criando um círculo
vicioso de aumento de preços. A Unidade
Real de Valor U.R.V, foi a forma de eliminar a
memória inflacionária, definida diariamente
através de um cálculo usando como base
uma média diária de inflação através de uma
cesta de índices inflacionários.
Túlio Melo
204
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Desenrolar do Plano
Política
Monetária
(Restritiva)
o
governo tomou diversas medidas para
restringir a atividade econômica
interna, como aumento da taxa básica
de juros e aumento dos depósitos
compulsórios.
Túlio Melo
205
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Desenrolar do Plano
Política Fiscal: redução Pontual das
Tarifas de Importação - para evitar
pressões inflacionárias relacionadas ao
excesso de demanda, as tarifas de
importação de alguns produtos foram
baixadas.
Túlio Melo
206
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Desenrolar do Plano
Política Cambial:
câmbio artificialmente
valorizado
o
real
foi
mantido
supervalorizado para evitar aumento de
preços dos produtos importados e manter
alta a oferta interna de produtos (via redução
das
exportações
e
aumento
das
importações).
Túlio Melo
207
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
O Plano Real foi um marco da economia
brasileira, tendo interrompido um ciclo
inflacionário de décadas e criando as bases
para o crescimento econômico de longo prazo.
Trouxe a modernização da economia, junto
com a credibilidade externa para uma
economia que, até o final dos anos 80, era
considerada sem solução.
Túlio Melo
208
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Durante a vigência do Plano Real, o país
sofreu
várias
crises
econômicas
internacionais e nacionais, como a
mexicana (1994), a asiática (1997), a
russa (1998), a desvalorização cambial
de 1999 e a crise argentina (2001).
Túlio Melo
209
Fim da inflação e conquista da
estabilidade econômica
Em dezembro de 1998, o congresso não aprova a
taxação dos servidores inativos, um dos itens
fundamentais para o ajuste fiscal. Concomitantemente
alguns governos estaduais passam a fazer oposição
ativa ao governo.
Não conseguindo mais conter a saída de capital e para
não exaurir as reservas cambiais, em janeiro de 1999 o
governo abandona o sistema de bandas cambiais e
deixa a taxa de câmbio flutuante (livre). Em dois meses,
o Real se desvaloriza cerca de 40%. O risco país cresce
a níveis alarmantes e a situação piora muito mais na
segunda metade de 2002 com a proximidade vitória do
candidato de oposição Luis Inácio Lula da Silva.
Túlio Melo
210
O escândalo da parabólica
Foi resultado de uma transmissão televisiva
vazada em 1 de setembro de 1994, de uma
conversa entre o embaixador Rubens
Recupero, então ministro da Fazenda do
Brasil, e o jornalista da Rede Globo Carlos
Monforte, afirmando que "o que é bom a
gente fatura, o que é ruim a gente esconde",
enquanto se preparavam para entrar no ar ao
vivo no Jornal da Globo daquele dia, por
meio do canal privativo de satélite da Rede
Globo, acessível pelos lares com antena
parabólica. A gravação dessa conversa foi
feita e amplamente divulgada nos telejornais
do dia seguinte.
Túlio Melo
211
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