Ontologia Espírita

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TÍTULO
Sérgio Biagi Gregório
20/3/2012
Ontologia Espírita
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Ontologia Espírita
Introdução
Qual o conceito de Ontologia?
Como o Ser é visto no processo histórico?
Como o mistério do Um e do Múltiplo se
aclara no Espiritismo?
O que é o Ser supremo para o Espiritismo?
O que distingue a essência da existência?
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O Ser Histórico
O problema do ser empolga toda a História da Filosofia e podemos
considerá-lo como o elo que mantém a união do pensamento
religioso com o filosófico.
O início da cogitação filosófica encontra-se em Pitágoras, quando o
representa pelo número um.
Para Sartre, criador do Existencialismo Ateu, o Ser é uma espécie
desses ovóides de que nos falam os livros de André Luiz.
No marxismo e no neopositivismo, é o ser humano o que importa.
E o que é o ser humano, senão a projeção pitagórica do Ser único e
a projeção sartreana do mistério limboso? Assim, o Ser é sempre,
em qualquer sistema ou concepção, o mistério do Um e do Múltiplo
(1).
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Revelação e Cogitação
Na Filosofia Espírita esse mistério se aclara através da revelação e
da cogitação.
A revelação, como vimos, pode ser humana e divina. No caso, é
divina, pois reservamos para o campo humano a expressão clássica
da técnica filosófica: a cogitação.
Os Espíritos revelaram a existência do Ser pela comunicação
mediúnica (e a provaram pela fenomenologia mediúnica), mas os
homens confirmaram essa existência pela cogitação, pela pesquisa
mental do problema.
Kardec não repetiu Descartes - cogito ergo sum - mas ampliou o
conceito da presença de Deus no homem. Podemos interpretar
assim a posição de Kardec: sinto Deus em mim, logo existo (1).
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O Ser Humano
Para Aristóteles, o Ser é “aquilo que é”.
Na Bíblia é Deus quem fala, embora figuradamente, e se explica: “Eu
sou o que é”.
Deus é e se afirma na intuição cartesiana de Um Ser supremo, como
se afirma no sentimento intuitivo kardeciano.
Na Filosofia Espírita o conceito de Ser abrange todas as categorias
daquilo que é, concordando portanto com o pensamento filosófico
antigo e moderno.
A definição do Ser supremo, por exemplo, nos é dada no item 1º de
O Livro dos Espíritos da seguinte forma: “Deus é a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas” ( 1).
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Essência e Existência
Essência e existência são os elementos básicos do ser.
À pergunta: que é o ser, temos uma infinidade de
respostas, dependendo, é claro, do ponto de vista
considerado.
Se materialista, a essência estaria na matéria;
se idealista, no espírito;
se religioso dogmático, em Deus.
Essa aparente contradição de pontos de vista é aclarada
pelo Espiritismo, que faz a síntese de todas as correntes
filosóficas.
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Visão Dialéticas dos Seres e das Coisas
Aprendemos que a realidade aparente é ilusória mas que também é
necessária para chegarmos à realidade verdadeira.
O ser humano está no ápice da escala evolutiva existencial. Acima
dele, os que superaram o domínio da matéria e que as religiões
chamam anjos, devas, arcanjos e assim por diante.
Esses Espíritos conservam sua individualidade após a morte do
corpo e a conservam através da evolução nos mundos superiores.
Só a parte formal é perecível: o corpo e o perispírito.
A essência do Espírito é indestrutível, pois representa a atualização
das potencialidades do princípio inteligente, uma criação de Deus
para fins que ainda desconhecemos (1).
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O Ser Espírita
Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, define o Ser, com s
maiúsculo, como sendo Deus, a inteligência suprema, causa primeira
de todas as coisas.
A prova da existência de Deus não se dá Nele mesmo, mas nos
efeitos que Dele provém.
Dessa forma, se o efeito é inteligente deduz-se que a causa também
o seja.
Embora ainda nos falte um sentido para compreender o mistério da
Divindade, chegará um dia que o compreenderemos, principalmente
quando os nossos espíritos não estiverem mais obscurecidos pela
matéria.
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O Homem
O Ser maiúsculo é Deus, o ser minúsculo é o homem.
O ser minúsculo provém do Ser maiúsculo, ou seja, no ser minúsculo
existe uma essência criada pelo Ser maiúsculo, cujo processo de
criação ainda nos é infenso.
Sabemos apenas que fomos criados simples e ignorantes, o que já é
suficiente para entendermos o ser no seu tríplice aspecto: Espírito,
Perispírito e Corpo Vital.
Essa é a grande diferença que o Espiritismo nos proporciona com
relação às diversas filosofias existentes.
É por esse conhecimento que fazemos a síntese dessas filosofias.
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Conclusão
O Espiritismo é uma doutrina com recursos
extraordinários para desvendarmos os mistérios
que se ocultam atrás do ser. Mas, mesmo assim,
há muitos conhecimentos que não nos são
revelados, porque não temos condições de
absorvê-los. À medida, porém, que evoluímos
através do nosso esforço e da nossa
perseverança, vamos adentrando, também, em
níveis mais elevados do conhecimento superior.
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Temas para Debate
1) O homem, no processo evolutivo, é o último
estádio de evolução do Espírito?
2) No que se transforma o ser após a morte
física?
3) Essência, existência e Espiritismo. Comente.
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Referência Bibliográfica
(1) PIRES, J. H. Introdução à Filosofia Espírita.
Texto em HTML
http://www.sergiobiagigregorio.com.br/filosofia/on
tologia-espirita.htm
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