Poesia de: Lupércio Mundim Olhos molhados, pés em brasa, membros cansados, sol que tudo arrasa, de lavrador a errante: esta a sina do retirante... Futuro incerto, fome presente, nem uma sombra por perto, só um oásis na mente, segue o heróico retirante: só a morte detém esse gigante... Em vão o nordestino brada, morre de fome seu filho tão querido, em uma cova na beira da estrada ele deposita seu pranto mais dorido, mas Deus não atende sua prece vibrante: muitas dores ainda açoitarão o retirante... O destino atinge finalmente, com o coração cheio de esperança, só um desejo ocupa sua mente, trabalhar e alcançar a bonança, essa é a história do retirante: o mais desafortunado e sofrido viajante... Textos e criação de: Lupércio Mundim Fotos: Webshots (www.webshots.com) Música: Nosotros Executada por: Luciano Quiñones