Conferência Epidemiologia

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é a CIÊNCIA que estuda:
Processo saúde - doença na sociedade;
Analisando:
•distribuição populacional e
•fatores determinantes
•das enfermidades,
•danos à saúde e
•eventos
•Propondo:
•medidas específicas de prevenção,
•controle e erradicação de doenças,
fornecendo indicadores:
• que sirvam de suporte ao planejamento,
•administração e
•avaliação das ações de saúde.
SITUAÇÃO DE SAÚDE
Clínica
Individual
Coleta dados:
Anamnese
Exame –físico
Exames complementares
diagnóstico
Epidemiologia
Coletiva
Coleta dados:
Demográficos
Morbidade
Mortalidade
Socio-econômico
Dados complementares
diagnóstico
tratamento
tratamento
Coletivo
População
Sexo
Faixa etária
Domicílios..
Coleta dados:
Demográficos
Morbidade
Do que as pessoas adoecem?
Como elas adoecem?
Porque elas adoecem?
Medidas
Coeficiente ou taxa de incidência
Coeficiente de prevalência
Letalidade
DADOS
• Mortalidade
Quem são as pessoas que morrem?
Quantas pessoas morrem?
Do que elas morrem?
Porque elas morrem?
Medidas – coeficientes, taxas,
razões
Mortalidade geral
Mortalidade infantil e seus componentes
Mortalidade específica por causa, idade,
sexo.
Razão de mortalidade proporcional
Etc..
I
N
D
I
C
A
D
O
R
E
S
Sócio-econômicos
Como é o ambiente de vida?
Como é o ambiente de trabalho?
Classe social?
Acesso a bens e serviços?
Quais os determinantes desta vida?
Medidas
Condições de moradia,
Saneamento básico,
Alimentação,
Transporte, Educação,
INDICADORES
Lazer,Trabalho
Desejos, Representações,
cultura, valores,
crenças...
Quantidade e Qualidade dos serviços
•Dados complementares
de saúde?
Qantidade e Qualidade dos
profissionais de saúde?
Intersetorialidade?
Organização da população?
EPIDEMIOLOGIA
Produz informação
Conhecimento da realidade da
comunidade do território
Orienta ações para:
Abordar problemas
Promover saúde
Método Epidemiológico:
aplicação do método científico de forma abrangente.
•Distribuição dos agravos:
•Tempo
•
variações irregulares – epidemias e surtos
regulares - variação cíclica
- variação sazonal
•Lugar
•
Variáveis político –administrativas
• Anuário estatístico do Brasil (IBGE-1991): a
organização
político-administrativa da República
Federativa do Brasil compreende a União, o Distrito
Federal, os Estados e Municípios...”
•Semelhanças de clima, economia, salário, oportunidades educacionais
Lugar –cont.
•Variável geográfica
•Fatores ambientais:
•Condicionantes físicos, químicos e geológicos
•Existência e dinamismo da fauna e da flora
•Atuação do homem em decorrência de suas necessidades sociais e
econômicas
•Fatores populacionais:
•Análise da estrutura social
•Investigação das vertentes sociais, econômicas e políticas
•Variação urbano-rural –
•Taxa de urbanização, acesso a serviços
•Variação local:
•Residência
•Bairro...
Características das Pessoas acometidas
•Gerais: idade, sexo
•Familiares: estado civil, idade dos pais, dimensão da família, morbidade
familiar,...
•Étnicas: cultura, religião, grupo étnico, lugar de nascimento
•Nivel socio-econômico: ocupação, renda, escolaridade, tipo e zona
de residência...
•Ocorrências durante a vida intrauterina e ao nascer:
idade materna, características em relação ao parto
•Características endógenas: constituição física, resistência
individual, estado de nutrição, doenças intercorrentes...
•Ocorrências acidentais: stress, acidentes sofridos
•Hábitos e atividades: medicamento, uso e abusos de inseticida
doméstico ou no trabalho, usos de drogas e/ou alcool, lazer...
Incidência de doenças
• Epidemia – (epidémeion - visitar)
“Elevação progressiva e crescente, inesperada dos coeficientes
de incidência de uma determinada doença ultrapassando os
valores do limiar endêmico”. (Rouquayrol - 2006)
• Endemia – (endémion – habita o lugar)
“ incidência constante de uma determinada doença, no decorrer
de um longo período histórico.”
AEDES - Sobe para 1.698 o total de vítimas
Marília 05 de Agosto, 2007
Subiu para 1.698 o total de vítimas do Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, desde o
começo do ano. Apesar dos novos 75 casos, detectados através de diagnóstico clínico, a Secretaria
Municipal da Saúde está otimista diante das baixas temperaturas, desfavoráveis à reprodução do
mosquito.
Do total de 1.698 casos, 740 foram confirmados por diagnóstico clínico e 958 por exame
laboratorial (análise sanguínea). Os 75 casos informados pela rede básica de saúde elevam a
gravidade da epidemia, mas, ao mesmo tempo, parecem indicar uma tendência de queda de vítimas.
Na semana passada foram diagnosticados 84 casos e na anterior 153. “Os casos podem estar se
reduzindo e na próxima semana a expectativa é de nova queda, já como reflexo do frio”, mencionou o
coordenador da Secretaria Municipal da Saúde, Danilo Bigeschi.
Segundo Bigeschi, o calor favorece a maturação dos ovos do mosquito Aedes aegypti, enquanto que o
frio retarda o processo. “O Aedes leva em média uma semana para se tornar um mosquito adulto. Com
a queda da temperatura, esse tempo ultrapassa 20 dias”, informou.
No entanto, a Secretaria da Saúde pede que a população continue atenta à água parada. Os agentes
comunitários de saúde continuam encontrando focos do mosquito. “As baixas temperaturas retardam
a reprodução, mas não a impedem”, destacou o coordenador. O Aedes aegypti se reproduz em água
parada, através da liberação e maturação de ovos. As larvas permanecem no criadouro até se
tornarem mosquitos adultos.
Os agentes comunitários realizam trabalho permanente de busca de sintomas e criadouros nos
imóveis. As áreas de risco, onde moram e trabalham as vítimas confirmadas também continuam sendo
pulverizadas com inseticida mesmo depois da queda de temperatura. O objetivo é eliminar os
mosquitos que possam estar contaminados, evitando que eles transmitam o vírus a mais pessoas.
DENGUE
• reintroduzida no Brasil em 1982
• registros de outras épocas são escassos - Niterói 1923.
• HOJE
• População predominantemente urbana
• Indústria gera
– produtos que serão posteriormente descartados,
• criando condições para a proliferação do mosquito.
• Transporte de mercadorias intenso
– entram e saem produtos industrializados, entra e sai produção
agrícola.
• Proliferação de loteamentos e construções irregulares
• Invasões e acampamentos estão sempre à frente da infra-estrutura
urbana.
subproduto da urbanização, desordenada e exagerada,
verificada nos países em desenvolvimento.
Características geográficas
•Crescimento populacional
•Urbanização não planejada
•Aumento da pobreza
•Carência de serviços –
•agua tratada, saneamento, coleta de lixo
•Uso de materiais não biodegradáveis
•Mobilidade da população
•Migraçoes internas e externas
•Turismo
Área de abrangência da USF Altaneira
Característica do agravo:
O que é um caso suspeito de Dengue?
•É necessário conhecer os
aspectos:
•Clínicos
•Epidemiológicos e
•Laboratoriais da Doença.
Caso Suspeito
Dengue Clássico
• Febre com duração de 2-7 dias, acompanhada
de pelo menos dois dos seguintes sintomas:
cefaléia, artralgia, dor retrorbital, mialgia,
exantema, prostação, além de história de ter
estado em áreas de transmissão de dengue
Caso Suspeito - FHD
• Febre com duração de 2-7 dias,
acompanhada de pelo menos dois
dos seguintes sintomas: cefaléia,
artralgia, dor retrorbital, mialgia,
exantema, prostação e uma
manifestação hemorrágica, além de
história de ter estado em área de
transmissão de dengue
Idade
Sexo
Raça
Nutrição
hospedeiro
Infecção secundária
Resposta
hospedeiro
virus
Vetor
Meio antropossocial
Historicamente determinado
VIRUS
• Vírus RNA, gênero flavivírus; família
flaviridae
• 4 Sorotipos: DEN-1; DEN-2;DEN-3;DEN-4
• Suscetibilidade
• Imunidade temporária e parcial a outros
sorotipos e permanente ao sorotipo que
causou a doença
• Todos sorotipos podem causar doença grave
• Surgimento de cepas com maior potencial
virulento
• Circulação de vários sorotipos.
Vetor
•
•
•
•
•
•
Gênero Aedes
A. aegypti; A. albopictus; A. scutellaris...
Origem: Africa
Antropofílico
Regiões tropicais e subtropicais
Umidade relativa alta e moderada
Ciclo de vida:
•Duas fases:
•Aquática
•ovo (2 a 3 dias),
•larva (temp= 25 a 29ºC – 5 a 10 dias) e
•pupa (2 dias)
•Terrestre: mosquito adulto
•Duração do ciclo de vida (oviposição até adulto)= 8 dias
Em condições favoráveis
Vetor
•
•
Alimentação do mosquito adulto: néctar e sucos vegetais
Fêmea – após a cópula necessita de sangue para maturação
dos ovos
•
Tempo de vida: 30 dias
•
•
Autonomia de vôo : dificilmente ultrapassa 100metros
Ovo – fase mais resistente- 6 meses a 1 ano
•
Ovos – depositados em locais com água pouco poluída
• próximo à linha d’água aderidos à parede interna do
recipiente.
Aedes aegypti
• Adaptou-se à vida urbana - há milênios.
• Início do século 20:
Criadouros: latas e latões
Disseminação: trens, navios e carroções..
• Século XXI
Criadouros: um sem-número de embalagens descartáveis,
sejam de plástico, vidro, papel ou alumínio
Disseminação: inúmeras opções
caminhões, carros, ônibus, aviões..
“A sociedade de consumo dos dias atuais parece resposta
às preces do Aedes aegypti.”
Área de abrangência da USF Altaneira
Características demográficas (do lugar):
986 famílias – 2034 pessoas
1393 mulheres
1641 homens
1º semestre : notificou - 44 casos suspeitos
6 casos confirmados
Coeficiente de incidência: 6 / 2034 x 1000 = 2,94/1000h
É uma epidemia?
Ações de Controle
• mudanças de atitude e comportamento da sociedade
– demandam, inevitavelmente, um longo tempo para
ocorrerem
• conceito de ambiente seguro.
• alterações significativas no ambiente urbano e
implemente essas alterações,
• Perspectiva:
• longa convivência com o Aedes aegypti e a dengue,
– nos obriga a reduzir o uso de inseticidas ao máximo
Antibióticos e inseticidas são instrumentos fundamentais,
mas ambos padecem de problemas:
•induzem resistência e produzem efeitos indesejáveis.
Área de abrangência da USF Altaneira
•Quais as características do Lugar?
•Quais as características das pessoas
acometidas e as que são vulneráveis à Dengue?
•Quais as medidas de controle propostas?
vertente epidemiológica
FORÇA ESTÍMULO PATOLÓGICO
PERÍODO PRÉ - PATOGÊNICO
PERÍODO DE PATOGÊNESE
EXTENSÃO DO PROCESSO
PATOLÓGICO
vertente patológica
CRONICIDADE
DESENLACE
HORIZONTE CLÍNICO
MORTE
ALTERAÇÕES
BIOQUÍMICAS
INTER. ESTÍMULO SUSCETIVEL
SAÚDE
INVALIDEZ
TEMPO
TEMPO
PERÍODO DE CURA
MÁXIMO RISCO
REMOÇÃO DOS FATORES CAUSAIS
H.N.D.
RISCO INTERMEDIÁRIO
CONVALESCÊNCIA
SAÚDE
MÍNIMO RISCO
TEMPO
TEMPO
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