A baixa idade média

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Idade Média na Europa


Introdução
A Idade Média teve início na Europa com as
invasões germânicas (bárbaras ), no século V,
sobre o Império Romano do Ocidente. Essa
época estende-se até o século XV, com a
retomada comercial e o renascimento urbano.
A Idade Média caracteriza-se pela economia
ruralizada, enfraquecimento comercial,
supremacia da Igreja Católica, sistema de
produção feudal e sociedade hierarquizada.



A Idade Média ou Medieval pode também ser
subdividida em dois períodos menores:
Alta Idade Média, que decorre do século V ao X;
Baixa Idade Média, que se estende do século XI
ao XV.
A alta idade média

Após as sucessivas invasões ao norte do mediterrâneo,
Gália e outras províncias do antigo Império Romano
do Ocidente por povos de origem germânica muitos
sistemas de governo adotados como o império e
república foram esquecidos. Herdeiros e donos de terra
descendentes do antigo império conhecidos como
patrícios tinham em suas mãos grandes quantidades de
terra e para que pudessem tirar proveito destas,
passaram a aceitar outras pessoas menos afortunadas a
trabalhar em seus feudos - assim a popularização do
sistema feudal na Europa.

Não só os grandes possuidores de terras, mas também
os conquistadores germânicos adotaram o sistema de
feudalismo que á época de guerras e invasões era o
melhor método de administração.

Mesmo com a queda de Roma a Igreja Católica
manteve-se quase intacta à essas alterações e uma
grande parceira dos senhores feudais fiéis. Conseguindo
com o passar dos tempos muitos donativos para se
tornar influente em todo o continente.

Foi também a era de ouro para o povo muçulmano
durante a expansão árabe.

O surgimento do Império Bizantino(metade oriental
sobrevivente do império romano).

Seu fim chegou com a decadência do sistema feudal do
oeste europeu, e quando as invasões às cidades
começaram a cessar. Formas de governo como a
monarquia começam a vingar. Ponto de partida para as
primeiras cruzadas após a estabilização dos reinos.
Início da Baixa Idade Média.
A baixa idade média

Esse período é caracterizado pelo momento histórico
de crise do modo de produção feudal e das relações
econômicas, socias e culturais a ele relacionadas, isto é,
a derrocada do mundo medieval.

A partir do século XI, a Europa passa por um período
de relativa paz, explicada pela diminuição ou até mesmo
pelo fim das invasões bárbaras. Nesse contexto de
estabilidade a Europa assiste um verdadeiro surto
demográfico, mediante ao crescimento populacional e o
modo feudal de produção, caracterizado pela baixa
produtividade (a lógica da produção de subsistência), é
posto em "xeque", pois a produção não seria suficiente
para atender a demanda.

Nesse panaroma, podemos destacar dois importantes
acontecimentos: marginalização dos servos
"excedentes" e de nobres sem terra (vítimas do direito
de primogenitura); e diante da relativa paz do momento
os feudos perdem, em parte, a razão de sua existência,
pois eles (os feudos) foram criados afim de garantir
segurança diante das invasões bárbaras no período de
desmembramento do Império Romano.

Estrutura Política
Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e
suserania. O suserano era quem dava um lote de terra
ao vassalo, sendo que este último deveria prestar
fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia
ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca
de proteção e um lugar no sistema de produção. As
redes de vassalagem se estendiam por várias regiões,
sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político
concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos
de lotes de terras (feudos).

Economia Medieval
A economia feudal baseava-se principalmente na
agricultura. Existiam moedas na Idade Média,
porém eram pouco utilizadas. As trocas de
produtos e mercadorias eram comuns na
economia feudal. O feudo era a base econômica
deste período, pois quem tinha a terra possuía
mais poder. O artesanato também era praticado
na Idade Média. A produção era baixa, pois as
técnicas de trabalho agrícola eram extremamente
rudimentares. O arado puxado por bois era
muito utilizado na agricultura.

História do Feudalismo
O feudalismo era um sistema de organização
econômica, política e social da Europa Ocidental
durante a Idade Média. Com as invasões
bárbaras e a desagregação do Império Romano a
partir do século V, a Europa inicia profunda
reestruturação, marcada por descentralização do
poder, ruralização e emprego de mão-de-obra
servil.

Apesar de constituir um sistema fechado, que
chega ao fim com a revisão de quase todos os
seus valores pelo Renascimento, o feudalismo é
um dos alicerces do Estado ocidental moderno.
Os grandes conselhos de reis e de seus
feudatários são os ancestrais diretos dos
modernos parlamentos.

Religião na Idade Média

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o
cenário religioso. Detentora do poder espiritual,
a Igreja influenciava o modo de pensar e as
formas de comportamento na Idade Média. A
igreja também tinha grande poder econômico,
pois possuía terras em grande quantidade e até
mesmo servos trabalhando. Os monges viviam
em mosteiros e eram responsáveis pela proteção
espiritual da sociedade. Passavam grande parte
do tempo rezando e copiando livros e a bíblia.

Educação, cultura e arte medieval
A educação era para poucos, pois só os filhos dos
nobres estudavam. Esta era marcada pela influência da
Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas
de guerras. Grande parte da população medieval era
analfabeta e não tinha acesso aos livros.
A arte medieval também era fortemente marcada pela
religiosidade da época. As pinturas retratavam
passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As
pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas
de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi
fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura
destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

As Guerras Medievais

A guerra na Idade Média era uma das principais formas
de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em
guerras para aumentar suas terras e o poder. Os
cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais.
Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e
espadas, representavam o que havia de mais nobre no
período medieval.

Durante o feudalismo, aconteceram algumas
guerras, a principal delas foi encorajada pela
Igreja Católica com o desejo de libertar a terra
santa das mãos dos infiéis, essa guerra é
conhecida como as cruzadas.

As Cruzadas

No século XI, dentro do contexto histórico da expansão
árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de
Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II
convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de
expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. Essas
batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de
dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande
rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram
guerras marcadas por diferenças religiosas, também
possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros
cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades
árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas
feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas
contribuíram para o renascimento urbano e comercial a
partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar
Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

Peste Negra ou Peste Bubônica

Em meados do século XIV, uma doença devastou a
população européia. Historiadores calculam que
aproximadamente um terço dos habitantes morreram
desta doença. A Peste Negra era transmitida através da
picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos
chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do
Oriente. Como as cidades medievais não tinham
condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam
facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa
tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos
(bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do
doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os
conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a
morte era certa. Para complicar ainda mais a situação,
muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais,
ambientais ou religiosos.

Revoltas Camponesas
Após a Peste Negra, a população européia diminuiu
muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os
impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos
sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado
para compensar o trabalho daqueles que tinham
morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e
da França estouraram revoltas camponesas contra o
aumento da exploração dos senhores feudais.
Combatidas com violência por partes dos nobres,
muitas foram sufocadas e outras conseguiram
conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e
trazendo conquistas para os camponeses
A
Reforma Luterana
O movimento de reforma religiosa deve ser
compreendido dentro de um quadro maior de
transformações, que caracterizam a transição feudo
capitalista.
Durante a Baixa Idade Média, a Europa passou por
um conjunto de transformações sociais econômicas e
políticas, que permitiram a uma nova sociedade,
questionar o comportamento do clero e a doutrina da
Igreja.

Fatores da Reforma:

A crise interna à Igreja era caracterizada pelo
comportamento imoral de parte do clero, situação que se
desenvolvera por séculos, desde a Idade Média.

A preocupação com as questões materiais -- poder e
riqueza- levou principalmente o alto clero a um maior
distanciamento das preocupações religiosas ou mesmo de
caráter moral.

O nicolaísmo retrata um outro aspecto do desregramento
moral do clero, a partir do qual o casamento de membros
do clero levava-os a uma preocupação maior com os
bens materiais, que seriam deixados em herança para os
filhos e a partir daí determinavam o comportamento
"mundano" dessa parcela do clero.

A ascensão da burguesia, possuidora de uma nova
mentalidade, vinculada a idéia de lucro e que
encontrava na Igreja Católica um obstáculo. A Igreja
desde a Idade Média procurava regular as atividades
econômicas a partir de seus dogmas e nesse sentido
condenava o lucro e a usura (empréstimo de dinheiro à
juros) inibindo a atividade mercantil, burguesa. Vale
lembrar que a burguesia européia nasce cristã e dessa
forma passará a procurar uma forma de conciliar suas
atividades econômicas e o ideal de lucro com sua fé.

A ascensão do poder real; no século XVI formava-se
ou consolidava-se o absolutismo em diversos países
europeus e o controle da Igreja ou da religião passou a
interessar aos reis como forma de ampliar ou legitimar
seu poder, explicando a intolerância religiosa que
marcará a Europa nos séculos seguintes. O melhor
exemplo desse vínculo entre a nova forma de poder e a
religião surgirá na Inglaterra com a criação de uma
Igreja Nacional, subordinada a autoridade do Rei.

A mentalidade renascentista refletiu o
desenvolvimento de uma nova mentalidade,
caracterizada pelo individualismo e pelo
racionalismo e ao mesmo tempo permitiu o
desenvolvimento do senso crítico, impensável
até então, determinando um conjunto de críticas
ao comportamento do clero.

Antecedentes:
A Reforma do século XVI foi precedida por várias manifestações
contrárias ao monopólio da Igreja sobre a religiosidade e contra
o comportamento imoral do clero

Os principais precursores da Reforma foram John Wycliffe e Jan
Huss.

Wycliffe nasceu, viveu e estudou na Inglaterra no século XIV
onde desenvolveu uma "teoria da comunidade invisível dos
eleitos" e defendeu também a devolução dos bens eclesiásticos
ao poder temporal, encarnado pelo soberano. Em 1381 defendeu
em público a insurreição camponesa.

Jan Huss nasceu em 1373 na Boêmia onde estudou, ordenou-se e
adquiriu grande popularidade com seus sermões, marcados pela
influência de Wycliffe, carregados de críticas aos abusos
eclesiásticos. Suas críticas foram radicalizadas na obra De
ecclesia (Sobre a Igreja). Condenado pelo Concílio de
Constança, foi queimado em 1415.
Martinho Lutero


Nasceu em 1483 na cidade de Eisleben. Iniciou os estudos de direito
em 1505 e os abandonou no mesmo ano, trocando-o pela vida religiosa,
sem o apoio do pai. Tornou-se monge e depois padre. Apesar de
dedicado à Igreja, sempre esteve atormentado por duas grandes
dúvidas: o poder da salvação atribuído a lugares santos e
posteriormente a venda de indulgências.
No inverno de 1510 -- 11 foi a Roma em missão de sua ordem e visitou
lugares sacros; em um deles, para que uma alma se libertasse do
purgatório, teve que recitar um pai nosso em latim a cada degrau da
escada sagrada.

Professor na Universidade de Wittenberg, fundada por Frederico da
Saxônia, aprofundou seus estudos bíblicos e passou a acreditar que a
Salvação não dependia do que as pessoas fizessem , mas daquilo em
que acreditassem.

Já não considerava Deus como um contador com quem devia
barganhar, ou um juiz severo a ser aplacado com boas ações. Cristo
viera para salvar os pecadores, a salvação não seria alcançada com
esforços insignificantes mas com a fé no próprio Deus. Assim muitos
dos princípios da Igreja pareceram irrelevantes e blasfemos à Lutero.

Lutero e seu tempo
Início do século XVI. O Sacro Império abrange principalmente os Estados
Germânicos, divididos em grandes Principados. Em seu interior predomina o
trabalho servil na terra ao mesmo tempo em que algumas cidades vivem de
um comércio próspero.
Apesar do termo "Império", a situação esta longe da existência de um poder
absolutista, ao contrário do que ocorre em Portugal e na Espanha.

Em 1519, assumiu o trono Carlos V, que era rei dos Países Baixos desde 1515 e
rei da Espanha desde 1516. Pretendendo unificar seus vastos domínios e a
instaurar uma monarquia universal católica, o Imperador foi obrigado a
enfrentar os príncipes germânicos, contrários a centralização do poder.

As disputas políticas envolvendo a tendência centralizadora do imperador e os
interesses dos príncipes foi uma constante desde a formação do Sacro Império
. Esta situação de disputa política foi aproveitada por Lutero, que atraiu os
Príncipes para suas idéias reformistas, na medida em que o imperador era
católico, e por sua vez pretendia utilizar o apoio da Igreja Católica para
reforçar sua autoridade. Parcela significativa da burguesia também apoiou as
teorias de Lutero.
O descobrimento e o desenvolvimento
das Américas

As Civilizações Pré-Colombianas

Civilização Maia

O povo maia habitou a região das florestas
tropicais das atuais Guatemala, Honduras
e Península de Yucatán (região sul do atual
México). Viveram nestas regiões entre os séculos
IV a.C e IX d.C. Entre os séculos IX e X , os
toltecas invadiram essas regiões e dominaram a
civilização maia.

Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que
favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades
formavam o núcleo político e religioso da civilização e
eram governadas por um estado teocrático.O imperador
maia era considerado um representante dos deuses na
Terra.

A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família
real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e
conhecimentos), chefes militares e administradores do
império (cobradores de impostos).

Os camponeses, que formavam a base da sociedade,
artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas
menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.

A base da economia maia era a agricultura,
principalmente de milho, feijão e tubérculos.
Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas.
Praticavam o comércio de mercadorias com
povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios,
demonstrando um grande avanço na arquitetura.
O artesanato também se destacou: fiação de
tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em
vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e
complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365
dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em
símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam
acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas,
guerras e outros dados importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a
invenção das casas decimais e o valor zero.
 Civilização

Asteca
Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do
atual México entre os séculos XIV e XVI.
Fundaram no século XIV a importante cidade
de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa
região de pântanos, próxima do lago Texcoco.


A sociedade era hierarquizada e comandada por um
imperador, chefe do exército. A nobreza era também
formada por sacerdotes e chefes militares. Os
camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos
compunham grande parte da população. Esta camada
mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um
trabalho compulsório para o imperador, quando este os
convocava para trabalhos em obras públicas (canais de
irrigação, estradas, templos, pirâmides).
Durante o governo do imperador Montezuma II (início
do século XVI), o império asteca chegou a ser formado
por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos
impostos para o imperador. O império começou a ser
destruído em 1519 com as invasões espanholas.

Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas,
construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas
de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta,
tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo,
eram usadas como moedas por este povo.

O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a
confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos
com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam
diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão,
Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente
Emplumada. A escrita era representada por desenhos e
símbolos. O calendário maia foi utilizado com
modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos
conceitos matemáticos e de astronomia.


Na arquitetura, construíram enormes pirâmides
utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios
humanos. Estes, eram realizados em datas
específicas em homenagem aos deuses.
Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam
deixar os deuses mais calmos e felizes.
 Civilização

Inca
Os incas viveram na região da Cordilheira dos
Andes ( América do Sul ) nos atuais Peru,
Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século
XIII a capital do império: a cidade sagrada de
Cuzco. Foram dominados pelos espanhóis em
1532.

O imperador, conhecido por Sapa Inca era
considerado um deus na Terra. A sociedade era
hierarquizada e formada por: nobres (
governantes, chefes militares, juízes e
sacerdotes), camada média ( funcionários
públicos e trabalhadores especializados) e classe
mais baixa ( artesãos e os camponeses). Esta
última camada pagava altos tributos ao rei em
mercadorias ou com trabalhos em obras
públicas.

Na arquitetura, desenvolveram várias
construções com enormes blocos de pedras
encaixadas, como templos, casas e palácios. A
cidade de Macchu Picchu ( Matchu Pitchu ) foi
descoberta somente em 1911 e revelou toda a
eficiente estrutura urbana desta sociedade.

A agricultura era extremamente desenvolvida,
pois plantavam nos chamados terraços (degraus
formados nas costas das montanhas). Plantavam
e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e
batata. Construíram canais de irrigação,
desviando o curso dos rios para as aldeias.

A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro,
prata, tecidos e jóias. Domesticaram a lhama (animal da
família do camelo) e utilizaram como meio de
transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste
animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também
eram criadas.

A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti ).
Porém, cultuavam também animais considerados
sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num
criador antepassado chamado Viracocha (criador de
tudo).

Criaram um interessante e eficiente sistema de
contagem : o quipo. Este era um instrumento
feito de cordões coloridos, onde cada cor
representava a contagem de algo. Com o quipo,
registravam e somavam as colheitas, habitantes e
impostos. Mesmo com todo desenvolvimento,
este povo não desenvolveu um sistema de
escrita.

A descoberta do Novo Mundo e o choque
entre culturas
Os fatores que levaram os europeus à expansão marítima
foram reflexos dos problemas enfrentados em seu
continente no período. O monopólio italiano sobre as
rotas comerciais e a recente visão antropocêntrica do
mundo desencadearam a busca por novos caminhos às
Índias. Para tal, na Europa foi fundamental o crescimento
científico e o progresso técnico, como a invenção do
astrolábio, do quadrante, além do desenvolvimento das
embarcações e das técnicas de navegação.
Ao chegarem "acidentalmente" na América
encontraram povos considerados bárbaros do ponto de
eurocêntrico. Entretanto algumas das civilizações
descobertas era grandes e bem organizadas e muitas
delas foram rapidamente destruídas. Justamente às
custas dessas civilizações que os espanhóis obtiveram
sucesso relativamente rápido em sua ação de conquista,
domínio e exploração.
Quando chegaram à América, depararam com nativos,
utilizando armas primitivas, falando uma língua
desconhecida: uma cultura totalmente diferente da
deles, considerando-a, assim, inferior. O choque entre
nativos e europeus foi fortíssimo, pois além de
melhores armamentos, os europeus possuíam
sentimento de ganância e instinto de dominação.
Devido a esse fato, predominavam as vontades dos
colonizadores. Estes tinham um conceito de que sua
cultura estava no centro de tudo (eurocentrismo), isto é,
o modo de ver o mundo europeu e todos seus hábitos
eram o superiores, como se fosse a "lei do mundo".

"A América, como uma bela e perigosa mulher, tinha
que ser vencida e domesticada para ser melhor
explorada..." este era o pensamento dos conquistadores
europeus que sonhavam em encontrar o Eldorado. A
existência da cidade de ouro perdida nas selvas
americanas parecia confirmada pelas primeiras
descobertas desse precioso metal no Novo Mundo.

Porém, os europeus dizimaram os construtores de uma
civilização que em muitos aspectos superava a sua,
desestruturaram um sistema produtivo que permitia a
alimentação de milhões de pessoas, queimaram os
avanços científicos transmitidos por gerações de
americanos e, sobretudo, destruíram as possibilidades
de um desenvolvimento autônomo.
Conquista Ibérica
Em 1494, face ao achamento do Novo Mundo por
Colombo, Portugal e Castela se apressaram em
negociar a partilha das novas terras. A divisão do
planeta em dois hemisférios foi oficializada no
Tratado de Tordesilhas, auspiciado pelo papa
espanhol Alexandre VI. As demais potências
européias, como a França, no entanto, se recusaram
a aceitar validade do tratado, como explicitado na
declaração do rei Francisco I de França, que ironizou
os reinos ibéricos por não ter visto "o testamento de
Adão" que lhes legava de herança o mundo inteiro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral chega oficialmente ao
Brasil e toma posse da nova terra para Portugal.
A conquista da América pelos espanhóis iniciou-se no
final do século XV, a partir da Segunda viagem de
Colombo, a princípio sem obedecer a uma planificação,
mas com objetivos gerais definidos.
A expansão marítima espanhola enquadra-se no
processo de formação do capitalismo, caracterizado
naquele momento pelas práticas mercantilistas adotadas
pelos Estados Modernos.
O início da conquista
A base inicial das conquista foi a Ilha de La Hispaniola
(atual São Domingos), posteriormente substituída por
Cuba. Dessas ilhas partiram as expedições para as
demais e principalmente para o continente.
No continente as principais ocupações foram sobre a
região do Panamá e do México, de onde partiriam
novas expedições:

Do Panamá à outras regiões da América Central

Peru

Do México à Guatemala e Nicarágua

Califórnia
A conquista do México foi liderada por Fernão Cortez,
que em 1519 foi designado para comandar uma
expedição à região. Durante os 15 anos anteriores
Cortez viveu nas Antilhas, onde obteve terras, riqueza e
prestígio.
As primeiras conquistas ocorreram na região litorânea:
San Juan de Ulua, fundaram Vera Cruz, e conquistaram
Zempoala, onde obteve o apoio dos Totonacas e de
outros povos nativos, até então dominados pelos
Astecas, Avançando até Tenochtchitlan, capital do
império. O Primeiro contato foi marcado pela
"diplomacia" que, no entanto não durou muito tempo:
estavam frente a frente os interesses distintos de dois
impérios.
.
O confronto iniciou-se no final de 1519 e estendeu-se
até agosto de 1521. Cortez, em desvantagem numérica
conseguiu reforços das Antilhas e da Coroa -- homens,
cavalos e canhões -, de grupos indígenas e também da
varíola. Os Astecas sitiados na capital durante meses
acabaram sucumbindo, quando então a cidade foi
tomada e os habitantes que restavam foram expulsos

PARTICIPACÃO DA COROA
De uma forma geral, a participação da Coroa nesse
processo de conquista foi reduzida. A Espanha recém
unificada vivia ainda vários conflitos internos,
envolveu-se nas Guerras da Itália (1494-1550) e no
confronto com os luteranos, que se expandiam no
Sacro Império, Dessa forma surgiram as capitulações,
contratos a partir dos quais a Coroa permitia a
conquista e exploração da América por particulares.

Essas regras estabeleciam direitos e deveres
recíprocos, característica medieval, e foi um
estímulo para que elementos da pequena
nobreza e de camadas populares participassem
do empreendimento, pois a guerra e a conquista
eram para esses grupos a única possibilidade de
enriquecimento, sendo que, no caso da pequena
nobreza, havia ainda a "cultura da guerra",
característico do mundo feudal e mantido
durante a Guerra de Reconquista.
A colonização espanhola
A viagem de Colombo América em 1492 trouxe à
Espanha perspectivas de enriquecimento, pois acreditava
o navegador ter encontrado um novo caminho para as
Índias. Mesmo nas expedições sub-sequentes, desde o
ano seguinte, Colombo manteve a mesma crença e
conforme procurava as riquezas orientais fundou vilas e
povoados, iniciando a ocupação da América.
Na Espanha suspeitava-se que as terras descobertas por
Colombo fossem um obstáculo entre a Europa e as terras
do oriente, e essa suspeita confirmou-se com a descoberta
de Vasco Nunez Balboa, que chegou ao Pacífico,
atravessando por terra a América Central. Até 1520 os
espanhóis ainda procuravam uma nova rota para as
Índias, modificando essa política a partir das descobertas
de Cortez no México.
POLÍTICA COLONIAL
Nas colônias o poder dos adelantados foi eliminado
com a formação dos Vice-Reinos e posteriormente dos
Capitães gerais.
O território colonial foi dividido em quatro ViceReinos -- Nova Espanha, Peru, Rio da Prata, e Nova
Granada -- e posteriormente foi redividido, surgindo as
Capitanias Gerais, áreas consideradas estratégicas ou
não colonizadas. Os Vice-Reis eram nomeados pelo
Conselho das Índias e possuíam amplos poderes, apesar
de estarem sujeitos à fiscalização das Audiências
As Audiências eram formadas pelos ouvidores e
possuíam a função judiciária na América. Com o tempo
passaram a ter funções administrativas.
Os Cabildos ou ayuntamientos eram equivalentes às
câmaras municipais, eram formadas por elementos da
elite colonial, subordinados as leis da Espanha, mas
com autonomia para promover a adminisrtração local,
municipal.
Economia e sociedade na América espanhola
A ocupação e exploração da América foi um
desdobramento da expansão marítimo-comercial
européia e elemento fundamental para o
desenvolvimento do capitalismo. A colonização
promovida pelos espanhóis deve ser entendida a partir
da lógica mercantilista, baseada portanto no Exclusivo
metropolitano, ou seja, no monopólio da metrópole
sobre suas colônias.
A organização econômica
A exploração mineradora foi a atividade econômica
mais importante na América Espanhola, na verdade foi
a responsável pela colonização efetiva das terras de
Espanha, apesar de já haver ocupação anterior, no
Caribe e América Central. O ouro na região do México
e a prata na região do Peru, foram responsáveis pelo
desenvolvimento de uma clara política de exploração
por parte da metrópole, que passou a exercer um
controle mais rígido sobre seus domínios.
A mineração tornou-se responsável pelo
desenvolvimento de atividades secundárias,
complementares, diversificando a produção nas regiões
vizinhas, responsáveis pelo abastecimento das minas,
com produtos agrícolas - batata, milho, tabaco e cana
de açúcar - sendo que os dois últimos destinavam-se à
exportação; desenvolveram também a atividade
criatória, fornecendo mulas e cavalos para as minas.
Mais tarde a pecuária se desenvolveu na região sul,
fornecendo couro e charque à metrópole.
A produção artesanal indígena foi permitida,
porém passou a ser controlada pela burocracia
espanhola na colônia. Esse "sistema de obrajes"
representava, na prática, uma forma de explorar
a mão de obra indígena, forçado a trabalhar por
seis meses, durante os quais recebia um pequeno
pagamento.
A Colonização Portuguesa no Brasil
O Período Pré-Colonial : A fase do pau-brasil (1500 a
1530)
A chegada dos portugueses no Brasil ocorreu em 22 de
abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.Neste
período não houve a colonização do Brasil, pois os
portugueses não se fixaram na terra. Após os primeiros
contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de
Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da
mata Atlântica.
Por trinta anos, o Brasil não se iniciou o processo de
colonização, permanecendo apenas a exploração do pau-brasil,
com o auxílio dos indígenas.

Os corsários, e mesmos os países que tinham ficado fora do
Tratado de Tordesilhas, saqueavam e contrabandeavam o
pau-brasil, provocando no rei de Portugal o medo de perder
o território. Para tentar evitar estes ataques, Portugal
organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas,
porém com poucos resultados.

Os portugueses continuaram a exploração da madeira,
construindo feitorias no litoral que nada mais eram do que
armazéns e postos de trocas com os indígenas.

No ano de 1530, o rei de Portugal organiza a primeira
expedição com a missão de colonização. Foi
comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como
objetivos :

povoar o território brasileiro
expulsar os invasores
iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.



Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o
Brasil em Capitanias Hereditárias (1534-1536). O
território foi dividido em faixas de terras que foram
doadas aos donatários. Estes podiam explorar os
recursos da terra, porém ficavam encarregados de
povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-deaçúcar.

No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias
fracassou, em função da grande distância da Metrópole,
da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas.
As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as
únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças
aos investimentos do rei e de empresários.

A fase do Açúcar ( séculos XVI e XVII )

O açúcar era um produto de grande aceitação na
Europa e alcançava um grande valor. Após as
experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a
cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo
nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria
uma forma de Portugal lucrar com o comércio do
açúcar, além de começar o povoamento do Brasil.

Administração Colonial

Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias
Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o
Governo-Geral, em1549. Era uma forma de centralizar e ter
mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi
Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater
os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no
Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e
prata.

Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos
políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os
ricos proprietários que definiam os rumos políticos das
vilas e cidades. A capital do Brasil neste período foi
Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e
rica do país.

A economia colonial

A base da economia colonial era o engenho de açúcar.
O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da
unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-deobra africana escrava e tinha como objetivo principal a
venda do açúcar para o mercado europeu. Além do
açúcar destacou-se também a produção de tabaco e
algodão.

O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que
o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.

A sociedade Colonial

A sociedade no período do açúcar era marcada pela
grande diferenciação social. No topo da sociedade, com
poderes políticos e econômicos, estavam os senhores
de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média
formada por trabalhadores livres e funcionários
públicos. E na base da sociedade estavam os escravos
de origem africana.

Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho
exercia um grande poder social. As mulheres tinham
poucos poderes e nenhuma participação política,
deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.

A casa-grande era a residência da família do senhor de
engenho. Nela moravam, além da família, alguns
agregados. O conforto da casa-grande contrastava com
a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas
(habitações dos escravos).

O século do Ouro : século XVIII

Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de
Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado
nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar
passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar
o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto
cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20%
de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era
cobrado nas Casas de Fundição.

A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas
regiões auríferas ( Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás )
provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas
regiões.

Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e
cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto
que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do
Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o
mercado de trabalho na região aurífera.

Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a
capital do país foi transferida para o Rio de Janeiro.

Revoltas Coloniais

Em função da exploração exagerada da metrópole
ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:
Guerra dos Emboabas : os bandeirantes queriam
exclusividade na exploração do ouro nas minas que
encontraram. Entraram em choque com os paulistas que
estavam explorando o ouro das minas.
Revolta de Filipe dos Santos : ocorrida em Vila Rica,
representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com
a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder
Filipe dos Santos foi preso e condenado a morte pela coroa
portuguesa.
Inconfidência Mineira (1789) : liderada por Tiradentes , os
inconfidentes mineiros queriam a libertação do Brasil de
Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal
e os líderes condenados.

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O fim do colonialismo
O esgotamento do Sistema Colonial pode ser
percebido no início do século XIX, época das
Guerras Napoleônicas, porém a Europa vivia a
crise do Antigo Regime décadas antes e os efeitos
da Revolução Industrial e da Revolução Francesa
se faziam sentir nos países metropolitanos e foram
decisivos para o movimento de independência.
O avanço dos ideais iluministas teve grande
importância tanto na metrópole, onde o
questionamento do absolutismo colocou o colonialismo
em cheque, quanto nas colônias, que passaram a
defender a liberdade perante a Espanha e Portugal.
A invasão das tropas de Napoleão também
contribuíram para a difusão do liberalismo, apesar de
governar a França de forma ditatorial, o imperador
representava a burguesia de seu país e o próprio ideal
da Revolução Francesa.

No Brasil, com a chegada da família real, em 1808, o
processo natural de independência tomou um outro
rumo, terminando por ser levado a termo por um
herdeiro da Coroa Portuguesa, tornando-nos, a partir
de 1822, o único império das Américas.
Independência dos países
Americanos
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