O pólo magnético Sul na definição adotada no Brasil é aquele que atrai a agulha norte da bússola. O pólo Norte é sedativo e vasoconstritor, e antibiótico; o pólo Sul é tonificante e vasodilatador, e regenerativo. Os super ímãs podem substituir as agulhas, ficando pouco tempo nos pontos (2 min para dores localizadas até 20 minutos para equilíbrio energético). Em 1820, Oersted notou que, quando passava corrente elétrica por um fio, uma bússola era desviada de sua posição de equilíbrio. Descobriu-se assim que o movimento de cargas elétricas cria campo magnético. Baseando nisso, foram inventados os eletroímãs e as campainhas elétricas. Na verdade, o contrário também acontece, um campo magnético variável cria corrente elétrica. Assim foram inventados os geradores e transformadores de eletricidade. O que confere a propriedade magnética aos materiais é a distribuição dos elétrons e o alinhamento das moléculas. O átomo tem elétrons que se movimentam em volta do seu núcleo. Os elétrons apresentam cargas elétricas negativas e dois tipos de movimento: oscilação e rotação. Sabendo que o movimento de carga elétrica cria campo magnético, assim, cada elétron cria um pequeno campo magnético. Dessa forma, cada átomo se comporta como um pequeníssimo ímã, mais forte ou mais fraco, dependendo do número e da distribuição dos elétrons. Mais forte se os campos magnéticos criados pelos elétrons somarem seus efeitos; e mais fraco caso se neutralizarem mutuamente. Os átomos se juntam formando moléculas. Assim, as moléculas também se tornam pequenos ímãs, mais fortes se os campos magnéticos dos átomos se somarem, e mais fracos se ocorrer neutralização. Um material tem boas propriedades magnéticas quando possuir na sua constituição moléculas com fortes campos magnéticos. Mas não é só isso, o posicionamento de suas moléculas é muito importante, pois os campos magnéticos moleculares podem se somar ou se neutralizar. Quando as moléculas estiverem alinhadas e seguirem a mesma orientação, haverá soma dos efeitos magnéticos e o material será um bom ímã. Caso as posições das moléculas de algum material estejam muito embaralhadas, este material não terá propriedade magnética externa e será pouco atraído por ímãs. Em situação intermediária, num material onde existem grupos de moléculas alinhadas e orientadas formando pequenos ímãs, mas tais grupos estejam desarrumados entre si, encontramos um material sem magnetismo externo, porém, facilmente atraído por ímãs. No material magnético, na extremidade onde predominar elétrons girando no sentido anti-horário, está o pólo sul. No caso inverso, os elétrons girando no sentido horário criam o pólo norte. A força magnética exercida sobre determinado ponto no espaço é diretamente proporcional à massa do ímã e inversamente proporcional ao quadrado da distância (F = k m / d2). Depende também do formato do ímã. A força magnética é representada pelo vetor campo magnético. INTENSIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO As unidades de medida adotadas para o vetor campo magnético são oersted, tesla, ampère-metro etc. DENSIDADE DO FLUXO MAGNÉTICO A densidade de um campo magnético está diretamente relacionada com o número de linhas de força magnética pertencentes a este campo, isto é, quanto maior o número de linhas de força magnética, maior será a densidade do campo magnético. Para melhor expressarmos a densidade de um campo magnético, usa-se como unidade o GAUSS, que vem a ser a passagem de 1 linha de força em um centímetro-quadrado de secção. Logo, a densidade do campo magnético é a relação entre o número de linhas de força magnética que atravessam uma superfície. No Sistema Internacional de Unidades, a intensidade é medida por tesla (símbolo T, equivale a 10.000G). O campo magnético terrestre apresenta 0,5G. Alto-falantes podem criar campos de 6.000 a 8.000 Gauss. Os aparelhos de Ressonância Nuclear Magnética trabalham com 400G a 20.000G. Nos livros, há muita confusão em torno da medida Gauss. Conforme a definição dada acima, Gauss mede densidade das linhas de força e não a intensidade da força magnética. Além disso, tal medição deve ser realizada no interior do material magnético, num espaço entre os pólos. Devido às dificuldades para esta medição, optase por aproximar o gaussímetro da superfície externa dos ímãs. Este método não avalia a densidade e muito menos a intensidade. Infelizmente, muitos fabricantes de instrumentos magnetoterápicos passam tais valores em Gauss nas medições externas como força magnética de seus ímãs, criando a maior confusão. Quero reforçar o seguinte: Gauss mede apenas a densidade, portanto, não mede a força magnética; e a única medição válida deve ser realizada no interior do ímã. Qualquer outra medição não é válida nem aceita pela indústria! Desta forma, o ímã indiano grande tem 3.000G, mas se colocar o gaussímetro externamente no centro do ímã, vai encontrar apenas 400G. Os ímãs flexíveis de Ferrite de Bário anisotrópico apresentam todos 2.450G, independente do tamanho e da forma. Caso for colocar o gaussímetro externamente nestes ímãs, vai encontrar valores de 500G para as pastilhas de 1cm de diâmetro, 700G para os retangulares 2x5cm, 900G para o quadrados grandes de 10x10cm. Aconselho o seguinte: tome cuidado com os valores fornecidos pelos vendedores, procure saber como foram obtidos tais números! CAMPO MAGNÉTICO É o espaço onde um determinado ímã manifesta seus efeitos. A rigor, o volume de um campo é infinito, embora a grandes distâncias, a intensidade do campo se torne muito pequena, uma vez que ela diminui de acordo com o quadrado da distância. ESPECTRO MAGNÉTICO É a representação do campo de força de um ímã através de limalhas de ferro espalhadas em torno do mesmo. LINHAS DE FORÇA São linhas imaginárias que interligam pólo norte ao pólo sul, e por convenção, devem sair do pólo norte e entrar no sul. São linhas fechadas, concentram-se nos pólos e não se cruzam entre si. Podem ser visualizadas através do artifício de se espalhar limalhas de ferro nas proximidades do mesmo. REGIÕES POLARES A força magnética se concentra nos pólos. As linhas de força procuram o caminho mais fácil entre o pólo norte e o sul. MEDIÇÃO Dizem que a força de um ímã pode ser medida com "Gauss-meter", o que não é verdade, mesmo que a avaliação seja realizada junto aos pólos, onde a força se concentra. Gauss é medida da densidade magnética. A força deve ser medida através da quantidade de peso atraído pelo ímã, considerando uma distância padrão. A unidade de avaliação da força magnética é Oersted. OS PRINCIPAIS PROCESSOS DE IMANTAÇÃO 1) Indução magnética - processo pelo qual uma barra de ferro se imanta quando fica próximo de um ímã. 2) Atrito - quando uma barra de ferro neutra é atritada com um ímã, sendo a fricção realizada sempre na mesma direção e sentido, ocorre imantação da barra. Tal magnetismo produzido é superficial. 3) Eletricidade - uma corrente elétrica percorrendo um condutor espiralado, produz um campo magnético. Este pode ser controlado variando o número de espiras do condutor ou mudando a corrente elétrica, e assim atingir valores incrivelmente elevados. Os objetos colocados na proximidade desse campo são magnetizados por indução. É o processo mais utilizado atualmente. Remanência (Br): indução magnética permanente em um circuito magnético após a remoção do campo magnético externo aplicado. É propriedade inerente ao material do ímã, não depende do tamanho nem do formato. Indução magnética (B): número de linhas magnéticas por unidade de área na direção do fluxo. Força coercitiva(Hc): campo desmagnetizante necessário para reduzir a indução magnética a zero. ÍMÃS PERMANENTES E TEMPORÁRIOS Os corpos contendo substâncias que mantêm a imantação por longo tempo são denominados de ímãs permanentes e aqueles que a perdem facilmente são considerados temporários. O ferro se magnetiza com mais facilidade mas perde a imantação rapidamente. O aço temperado é um pouco mais difícil de magnetizar-se, porém apresenta grande coercividade, isto é, mantém a imantação. Existem ímãs feitos de material sintético tipo ferrite (mistura de óxido férrico e bário ou estrôncio) com as seguintes propriedades: 1) baixo custo; 2) mais leve; 3) grande estabilidade à desmagnetização e às variações de temperatura; 4) elevada força coercitiva; 5) não se necessita "fechar" o circuito entre os pólos para a conservação das propriedades magnéticas. Tais ímãs também são chamados de cerâmicos. Todavia, apresentam a desvantagem de serem quebradiços. O tipo de ímã que estamos pesquisando para magneto terapia é do tipo ferrite em posição anisotrópica num meio termoplástico, que possui todas as vantagens acima citadas além de serem flexíveis e não quebradiços, possibilitando a popularização da magneto terapia. A mistura dos metais magnetizáveis é triturada até a forma de um pó muito fino que é depois compactado. A imantação definitiva ocorre no final do processo, submetendo as peças a campo magnético potente gerado por eletroímã. Metais como ferro, níquel, cobalto e tungstênio têm potencial para gerarem ímãs, porém perdem seu potencial magnético por fatores externos (temperatura, outros campos elétricos e magnéticos etc.) A inclusão de substâncias terras-raras como boro, neodímio, samário, cério ou ytrio, em quantidades muito pequenas, por mecanismos ainda desconhecidos, dão estabilidade ao ímã e aumentam muito seu potencial magnético, até umas 100 vezes. Permitem fabricar ímãs menores com maior força magnética. Assim são fabricados os chamados superímãs utilizados para mini-fones de ouvido ou aplicação em pontos de Acupuntura. No Brasil, tais metais podem ser encontrados nas areias monazíticas do Espírito Santo. NEODÍMIO-FERRO-BORO Remanência Magnética (Br): 12.800 Gauss; Coercividade (Hc): 11.500 Oersted; Indução Magnética (B): 3.000 Gauss A indução magnética de 3000 Gauss é medida com um Gaussmeter na superfície da peça em um dos pólos magnéticos, varia conforme o tamanho do ímã.