Memória dos tempos geológicos Ficheiro

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Testemunhos do passado gravados nas Rochas
Idade relativa e idade radiométrica
Como obter informações sobre os dinossauros?
Cladograma dos dinossauros
As rochas sedimentares são habitualmente estratificadas e frequentemente
fossilíferas. Preservam determinadas estruturas que ajudam a desvendar as
condições da sua formação.
Qual a História da vida?
Quando aparece a vida na terra?
Que testemunhos podemos usar e onde os encontrar?
Estratigrafia
Estudo e a comparação de estratos diferentes, descrição, correlação de idades
e classificação das rochas sedimentares.
Nas juntas de estratificação, ocorrem frequentemente marcas que
testemunham a existência de pausas ou de interrupções na sedimentação.
Paleontologia
É a ciência que estuda a vida animal e vegetal primitiva tendo por base a análise
dos restos fósseis
Fósseis
São rastos, impressões e restos de animais, plantas e microrganismos
pré-históricos.
A maior parte dos fósseis são conchas duras e ossos de animais que viveram em
ambientes com condições favoráveis para a sua preservação.
Tipos de fósseis
•Marcas de ondulação
As marcas de ondulação que se observam nas praias actuais
aparecem preservadas em alguns arenitos antigos, dando-nos a
informação sobre o ambiente sedimentar em que a rocha se formou,
sobre a posição original das camadas e sobre a direcção das correntes
que as produziram.
•Fendas de dessecação ou fendas de retracção
Estas fendas que, frequentemente, se observam em terrenos argilosos
actuais, aparecem muitas vezes, também, conservadas em rochas antigas.
.
•Marcas das gotas de água da chuva
Podem encontrar-se
em rochas
antigas, marcas de gotas de água com
aspecto idêntico ao que acontece na
actualidade.
•Pegadas de animais, pistas de reptação,
fezes fossilizadas
Estes fornecem informações sobre
ambientes sedimentares do passado e
sobre hábitos
dos animais, tipos de alimentação, etc.
Pegada
s
Os fósseis e a reconstituição do passado
Os fósseis são contemporâneos da génese da rocha que os contém
Tipos de fossilização
•Mumificação
Borboleta preservada em sedimentos finos. É notável o grau de
conservação de quase todo o organismo. Miocénico de Florissant,
Colorado, EUA
Mosquito preservado em âmbar.
O âmbar isola o organismo do contacto com o
exterior.
Garra de ave (Moa) com partes moles
preservadas.
A preservação ocorreu no interior de uma
gruta com atmosfera seca e estéril.
Moldagem
Molde
interno de
Gastrópode
Trilobite fóssil denotando-se uma
elevada perfeição
Impressão de folhas em
sedimentos
As partes duras dos organismos acabam por
desaparecer deixando nas rochas as suas
marcas (impressões).
Contramolde
externo
Molde
externo
Mineralização
Troncos de árvores
mineralizados
Os materiais originais que compõem o ser
vivo são substituídos por outros mais
estáveis -minerais
Datação relativa
Analisa a disposição e espessura dos
estratos e a existência de fósseis.
Com base nesses dados define a idade dos
terrenos e rochas uns em relação aos outros,
não recorrendo a unidades de tempo e é utilizada
para terrenos e rochas sedimentares
Os fósseis permitem determinar a idade relativa dos estratos e definir o
ambiente de sedimentação e formação das rochas
- Fósseis de idade ou estratigráficos
- Fósseis de fácies
Tipos de ambientes - fácies
Fósseis de fácies
Fácies
Dá-se o nome de fácies de uma formação geológica antiga, ao conjunto dos aspectos
litológicos ( texturais, mineralógicos, químicos, estruturais) e paleontológicos que
permitem definir o ambiente de sedimentação e de formação das rochas.
Fosseis de fácies - permitem reconstituir os ambientes, em que, no passado, as
rochas que os contêm se formaram.
 São os fósseis de seres que só viveram em meios bem determinados.
 são os fósseis de seres de grande longevidade e de evolução lenta
Fósseis de Idade ou estratigráficos
Permitem comparar as idades das camadas eventualmente muito distantes
 São os de seres com grande área de dispersão.
São os de seres de curta longevidade relativa
São seres de fácil fossilização
Estratigrafia
Estuda e compara estratos diferentes no que respeita à sua formação,
composição e distribuição.
O estudo da estratigrafia baseia-se nos princípios:
. Principio da sobreposição
Numa sequência de deposição de sedimentos, que não foi mexida, os sedimentos
mais profundos são os mais velhos e os mais à superfície são mais novos.
Sequência estratigráfica – conjunto vertical
de estratos que não foi mexido pelo homem
.
Discordância estratigráfica ( lacunas) – grandes descontinuidades no
registo geológico, marcadas pela ausência de camadas mais ou menos
espessas, que podem ser explicadas por ausência de sedimentos no local
ou por erosão de camadas que existiam.
•Princípio da continuidade
Por vezes pode estabelecer-se correlações de idade entre camadas
localizadas em lugares eventualmente muito distantes.
•Principio da horizontalidade original
A deposição inicial de sedimentos é sempre horizontal sendo, qualquer inclinação,
produzida por deslocamentos posteriores
•Princípio da identidade paleontológica
•Este princípio admite que os grupos de fósseis aparecem numa ordem definida e que se pode
reconhecer determinado período geológico pelas características dos fósseis . Os
estratos têm a mesma idade, porque possuem os mesmos fósseis.
•Principio da intersecção
Toda a estrutura que intersecta outra é mais recente do que ela.
•Principio da inclusão
Fragmentos de rochas incorporados ou incluídos numa rocha são mais
antigos que a rocha que os engloba .
Datação radiométrica (absoluta )
Define uma escala em que as idades dos terrenos, rochas e
minerais são expressas em unidades de tempo ( ex. 530 M. A ).
Como é possível quantificar , permite determinar idades absolutas.
Como quantificar?
Com a ajuda da semi vida de átomos radioactivos
Os minerais, constituintes das rochas, são formados por elementos químicos ,
sendo alguns radioactivos.
Cada elemento possui um número atômico
(número p de protões no núcleo) e um número de
massa (número de protões e de neutrões)
característicos, mas pode apresentar isótopos com
número de massa diferente
Os elementos químicos radioactivos são aqueles cujos núcleos são
instáveis e decaiem, por emissão de radiação alfa entre outras, em
busca de maior estabilidade
Decaimento por partículas alfa
Quando um átomo decai por alfa, ele
emite uma partícula alfa (2 protões e
dois neutrões), então o núcleo perde
4 unidades do número de massa e
2 unidades do número atómico.
Como o número atómico é alterado o elemento químico
também muda.
Elemento Pai
Elemento Filho
238U
206Pb
235U
207Pb
232Th
208Pb
40K
40Ar
A velocidade de decaimento depende apenas da estabilidade dos núcleos
radioativos e é constante para cada tipo de isótopo radioativo.
Meia-vida, semivida ou semitransformação
É o tempo necessário para que uma determinada quantidade de átomos
radioactivos diminua para metade
A quantidade restante de átomos (Qf) depois de um
certo número de meias-vidas (n) pode ser calculada
em função da quantidade inicial de átomos (Qi).
Ex. Num determinado recipiente encontram-se 200 átomos de um
elemento radioactivo com meia vida de 4 dias.
a) Quantos átomos do elemento inicial restarão no recipiente após 4
dias?
Qi = 200
Qf = ?
Após 4 dias passou 1
meia vida, então n = 1.
b) E após 8 dias? E após 20 dias?
Portanto, colocando estes
valores na equação, temos:
200
f 2
Q
1
 100 
2
Princípios da datação absoluta – métodos radiométricos
Os métodos de datação radiométrica baseiam-se no fato de que o decaimento de
cada tipo de átomo ocorre em proporções constantes, segundo taxas
exponenciais, que não são afetadas por agentes físicos ou químicos externos.
Elemento Pai
Elemento Filho
Meia -vida (t1/2)
238U
206Pb
4,5 Ga
235U
207Pb
0,733 Ga
232Th
208Pb
14,1 Ga
87Rb
87Sr
4,7 Ga
40K
40Ar
1,4 Ga
Ga = giga ano
(mil milhões (109)
anos)
A datação radiométrica de um sistema qualquer baseia-se na acumulação
de elementos filhos a partir do decaimento de um tipo do átomo pai. Para
isso é necessário conhecer os números de átomos pai (NP) e átomos
filho (NF) e a taxa de decaimento () ou a semi-vida (t1/2) do átomo pai.
Apenas os cinco representados na tabela têm meias-vidas suficientemente
longas, para serem utilizadas na datação de materiais geológicos.
Equipamentos como o espectrômetro de massa do Laboratório de
Geologia Isotópica da UFRGS podem medir concentrações muito
pequenas dos isótopos radioactivos e radiogênicos contidos nos
minerais e rochas
O tempo geológico está dividido em intervalos que possuem um significado em
termos de evolução da Terra.
•* Éons (Hadeano, Arqueano, Proterozóico e
Fanerozóico);
•* Eras (apenas no Éon Fanerozóico: Paleozóica,
Mesozóica e Cenozóica);
•* Períodos (para cada uma das eras do
Fanerozóico);
•* Épocas (subdivisões existentes apenas
para os períodos do Cenozóico).
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