Apresentação do PowerPoint - Universidade Castelo Branco

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CURSO DE ENFERMAGEM
ENFERMAGEM PSIQUIATRICA E SAÚDE MENTAL
Transtorno do Humor
RIO DE JANEIRO
out - 2007
Aspectos Históricos
Loucura, melancolia, mania, fúria divina, possessão, bruxaria,
tristeza, demência, psicose, depressão...Transtorno do Humor
Bipolar;
Os primeiros escritos sobre a existência da melancolia datam
da civilização greco-romana, e são descritas em personagens
bíblicos e mitológicos;
Nos primeiros escritos médicos do século V, ainda havia a
influência da magia, fato que se modificou com os escritos
naturalistas de Hipócrates;
No início do século XIX, a melancolia era difundida como
subtipo de mania, um distúrbio primário do intelecto, de
intensidade excessiva de idéias e de natureza irreversível;
Na metade do século XIX, foi formulada a idéia de que a
mania e a depressão representariam diferentes manifestações
de uma única doença – primeiras concepções da doença
maníaco-depressivo como entidade nosológica única.
Classificação
A Classificação de Transtornos Mentais, 10° edição, da
Organização Mundial de Saúde (CID-10), divide os transtornos
de humor nas seguintes subcategorias:
F 30.0 – Episódio maníaco ou Hipomania
F 31 – Transtorno afetivo bipolar
F 32 – Episódios depressivos
F 33 – Transtorno depressivo recorrente
F 34 – Transtorno persistente do humor
Classificação
F 30.0 – Episódio maníaco ou Hipomania
Transtorno caracterizado pela presença de uma elevação
ligeira mas persistente do humor, da energia e da atividade,
associada em geral a um sentimento intenso de bem-estar e de
eficácia física e psíquica.
Existe freqüentemente um aumento da sociabilidade, do
desejo de falar, da familiaridade e da energia sexual, e uma
redução da necessidade de sono; estes sintomas não são,
entretanto, tão graves de modo a entravar o funcionamento
profissional ou levar a uma rejeição social.
A euforia e a sociabilidade são por vezes substituídas por
irritabilidade, atitude pretensiosa ou comportamento grosseiro.
As perturbações do humor e do comportamento não são
acompanhadas de alucinações ou de idéias delirantes.
Classificação
F 31 – Transtorno afetivo bipolar
Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos
quais o humor e o nível de atividade do sujeito estão
profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste
em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da
energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um
rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade
(depressão).
Classificação
F 32 – Episódios depressivos
O paciente apresenta um rebaixamento do humor,
redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração
da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse,
diminuição da capacidade de concentração, associadas em
geral à fadiga importante. Observam-se em geral problemas do
sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma
diminuição
da
auto-estima
e
da
autoconfiança
e
freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade,
mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de
dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se
acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo perda
de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas
antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da
depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de
apetite, perda de peso e perda da libido.
Epidemiologia
O THB ocorre em cerca de 1% da população;
Se for incluído as formas subsindrômicas a prevalência pode
subir para até 3 a 6%;
A sintomatologia clássica inicia entre os 15 e 19 anos;
A idade média do primeiro tratamento é de 22 anos;
Não existe diferença entre sexos;
A mais grave conseqüência é o suicídio. Cerca de 25 a 50%
dos portadores tentam suicídio e 15 a 20% dos pacientes
cometem efetivamente o suicídio;
Cerca de 5 a 15% dos pacientes bipolares são cicladores
rápidos – pior prognóstico;
Cerca de 60% dos bipolares fazem uso abusivo de
substâncias psicoativas.
Hipóteses Etiológicas
Fatores Genéticos – a existência de história familiar aumenta
o risco de ocorrência de transtorno de humor na descendência
de 08 a 20 vezes mais que a expectativa na população normal.
Fatores Psicossociais – estressores vitais, psicológicos,
sociais precipitam e influenciam o curso de transtornos do
humor,
além
disso,
interfere
com
sua
expressão
sintomatológica e pode interferir com a recuperação.
Sintomas
Os sentimentos de tristeza, alegria, raiva, até mau-humor
eventual são considerados normais ao ser humano;
O THB manifesta-se de diferentes formas e a intensidade das
emoções e do comportamento dos portadores também é
variável. Portanto, além de identificar o aparecimento dos
sintomas, deve ser observado o tempo de duração;
Episódios depressivos
Se caracterizam por um período de mais de duas semanas de
humor irritado ou triste que acarretam prejuízos ao indivíduo.
Os sintomas mais comuns são: sentimentos profundos de
tristeza, sensação de vazio, falta de esperança, irritabilidade,
perda ou diminuição do interesse, diminuição ou aumento de
peso, dificuldade de dormir ou hiperinsônia, cansaço
exagerado, dificuldade de se concentrar, pensamentos de
morte, etc.
Sintomas
• Episódio maníaco
Se caracterizam por um período de mais de uma semana de
humor elevado que acarretam em prejuízo os indivíduo;
Os sintomas mais comuns são: grandiosidade, auto-estima
elevada, irritação, gasta excessivamente, contrai dívidas
desnecessárias, diminuição do sono sem diminuir a energia,
pensamento rápido, fala além do habitual, dificuldade de
concentrar-se, exposição à conduta de risco, e em casos mais
graves pode apresentar alucinações ou delírios;
Tratamento
Utilização racional dos estabilizadores do humor. Estes
atuam regulando tanto os sintomas das fases agudas maníacas
como das fases depressivas;
Dependendo do momento da doença, pode ser usado outros
medicamentos,
como
por
exemplo,
antidepressivos,
antipsicóticos, benzodiazepínicos;
O estabilizador de primeira escolha é o Carbonato de Lítio;
O segundo grupo de substâncias estabilizadores do humor
são os anticonvulsivantes – Carbamazepina, ácido valpróico,
Divalproato de sódio, Gabapentina, Lamotrigina e Topiramato.
O terceiro grupo são os antipsicóticos atípicos como a
Olanzapina;
Tratamento
Os efeitos colaterais do lítio incluem tremor manual fino,
fadiga, cefaléia, embotamento mental, letargia, poliúria,
polidipsia, irritação gástrica, náusea discreta, vômitos, diarréia,
acne, alterações do ECG e ganho de peso;
Os sinais de intoxicação por lítio incluem anorexia, náusea,
vômito, diarréia, tremor macroscópico da mão, contratura,
letargia, disartria, ataxia, febre, sinais vitais irregulares,
convulsões e coma;
Assistência de Enfermagem
Instruir o cliente sobre comportamentos corretivos;
Avaliar continuamente o potencial para suicídio;
Usar uma conduta empática, aceitável e calorosa;
Estabelecer a ligação através do tempo e da companhia com
apoio e personalizar o cuidado de um modo que indique o valor
do cliente – pacientes deprimidos;
Fornecer respostas simples e verídicas, ficar alerta para a
possível manipulação, estabelecer limites construtivos sobre o
comportamento negativo, reforçar o auto controle do cliente e
os aspectos positivos do seu comportamento;
Auxiliar o cliente a satisfazer as necessidade de autocuidado;
Reconhecer a dor do cliente e demonstrar uma sensação de
esperança na recuperação;
Intervir com as famílias;
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