Introdução

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Introdução
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas
lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam
tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia
26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra
descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o
nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras
expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um
continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser
chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do paubrasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo
nome que conhecemos hoje: Brasil.
Descobrimento do Brasil, Francisco
Aurélio de Figueiredo e Melo, 1887.
Acervo do Museu Histórico Nacional
do Rio de Janeiro
O descobrimento do Brasil ocorreu
no período das grandes navegações,
quando Portugal e Espanha
exploravam o oceano em busca de
novas terras. Poucos anos antes da
descoberta do Brasil, em 1492,
Cristóvão Colombo, navegando pela
Espanha, chegou a América, fato que
ampliou as expectativas dos
exploradores. Diante do fato de
ambos terem as mesmas ambições e
com objetivo de evitar guerras pela
posse das terras, Portugal e Espanha
assinaram o Tratado de Tordesilhas,
em 1494. De acordo com este
acordo, Portugal ficou com as terras
recém descobertas que estavam a
leste da linha imaginária ( 200
milhas a oeste das ilhas de Cabo
Verde), enquanto a Espanha ficou
com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava
empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias (cravo,
canela, gengibre, pimenta, noz moscada, açafrão) que os portugueses
encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na
Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela,
noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto
realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o
extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da
valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa.
Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos
portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam
em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as
caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin
Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela
colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos
portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam
ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses,
holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam
praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização
seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os
portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-deaçúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais
Sambistas
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e
brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores,
surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente,
as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas
cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de
origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do
continente.
As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil
Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917,
cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de
Almeida e Donga .
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do
Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e
Heitor dos Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil,
passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e
compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de
Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que
É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran
Barbosa, de Trem das Onze.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de
sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João
Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de
Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo
Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros,
Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios
da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara
Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e
Lamartine Babo.
Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da
Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado
pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo
repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no
maxixe.
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta
elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos
dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto
musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as
letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida
de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças.
Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos
bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.
Principais tipos de samba:
Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado
ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile.
Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a
coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.
Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das
regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os
compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva,
Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.
Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e
ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo
repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos.
Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e
românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr.,
Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique
Novo, Travessos, Art Popular.
Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e
românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.
Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes
carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê,
Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina,
Cidade Maravilhosa entre outras.
Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com
acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary
Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir
comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos
mestres deste estilo é Moreira da Silva .
Samba de gafieira
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra.
Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de
salão.
Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de
Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais
significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que
mistura também elementos de outros estilos.
escola de samba
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos
carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais
populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam
seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem
dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa
popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas.
As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa
Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde
a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o
carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas
escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de
Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual
escola de samba era mais bonita e animada.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região
Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as
pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do
maracatu.
Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das
Bonecos gigantes
principais atrações desta cidade durante o carnaval.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas
dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se
também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e
do Afoxé Filhos de Gandhi.
Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais no Rio de Janeiro :
1998 - Mangueira
1999 - Imperatriz Leopoldinese
2000 - Imperatriz Leopoldinese
2001 - Imperatriz Leopoldinese
2002 - Mangueira
2003 - Beija-Flor
2004 - Beija Flor
2005 - Beija-Flor
2006 - Unidos de Vila Isabel
2007 - Beija-Flor
2008 - Beija-Flor
2009 - Acadêmicos do Salgueiro
Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais em São Paulo:
1998 - Vai-Vai
1999 - Vai-Vai, Gaviões da Fiel
2000 - Vai-Vai, X-9 Paulistana
2001 - Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde
2002 - Gaviões da Fiel
2003 - Gaviões da Fiel
2004 - Mocidade Alegre
2005 - Império de Casa Verde
2006 - Império de Casa Verde
2007 - Mocidade Alegre
2008 - Vai-Vai
2009 - Mocidade Alegre
LAPA
A Lapa é uma região do Rio de Janeiro localizada no Centro da cidade. Não é
um bairro independente, embora muitos a considerem como tal. É conhecida
como berço da boemia carioca, e também é famosa pela arquitetura, a começar
pelos Arcos - conhecidos como Arcos da Lapa, construídos para funcionarem
como aqueduto nos tempos do Brasil Colonial e que agora servem como via
para os bondinhos que sobem o morro de Santa Teresa. Nos últimos tempos o
paisagismo da Lapa sofreu significativas alterações. Onde era o Largo dos
Pracinhas (uma praça anexa aos arcos) hoje existe um enorme Circo Voador.
A rua dos Arcos, que atravessa o aqueduto, era um via ocupada por edificações
centenárias, entre elas a Fundição Progresso, que hoje é uma casa de shows. O
bairro nasce no final da zona sul, quando a rua da Glória torna-se rua da Lapa.
Também faz limite com o bairro de Santa Teresa, subindo suas ladeiras e o
pequeno bairro de Fátima.
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