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Macro Setorial
22 de janeiro de 2015
Siderurgia
Desafios contínuos
• A indústria siderúrgica brasileira tem sofrido forte pressão negativa, vinda tanto do setor externo, com excesso de oferta
do produto no mercado internacional, quanto do setor interno, com o fraco crescimento da economia e a pressão da
concorrência dos produtos importados.
• O momento difícil vivido pelo setor é refletido tanto nos dados de produção e de consumo aparente de produtos
siderúrgicos quanto no indicador de confiança dos empresários dessa indústria. Com isso, esperamos desaceleração do
investimento previsto para o setor nos próximos anos.
• Em 2015, além dos desafios já mencionados, os custos de produção continuarão pressionados pela alta do preço de
energia. Há também a expectativa da redução do crescimento dos principais setores demandantes de aço, além do risco
adicional de desaceleração do ritmo das obras de infraestrutura do governo e das empresas estatais.
Para 2015, esperamos crescimento voltado mais à
demanda externa. Pelo lado da demanda interna,
esperamos baixo crescimento do PIB, impactando o
setor automobilístico e a construção civil no ano. Além
disso, há o risco de desaceleração das obras de
infraestrutura devido a dificuldades legais afetando o
investimento do governo e das empresas estatais. A
demanda externa deve ser favorecida pela
depreciação do real e pela recuperação da economia
norte-americana. Do lado da oferta, o aumento
esperado da tarifa de energia elétrica irá impactar os
custos de produção, visto que o setor, intensivo em
energia elétrica, responde por cerca de 9,4% do
consumo total de eletricidade da indústria. Há ainda a
queda da cotação do minério de ferro que ajuda a
reduzir os custos de produção para as indústrias de
menor porte, mas tem impacto negativo na receita das
empresas que são autosuficientes na produção do
mineral e vendem o seu excedente.
Analisando-se a relação entre o consumo per capita
de produtos de aço e o PIB per capita de diversos
países, é possível notar que o consumo de aço no
Brasil está em linha com o produto per capita
brasileiro.
Consumo aparente de produtos de aço no
Brasil é condizente com PIB per capita
Consumo aparente de produtos de aço per capita - kg (log)
A indústria siderúrgica vem passando por mudanças
nos últimos anos, devido ao excesso de oferta de aço
no mercado internacional. Esse movimento levou à
queda na cotação do produto e à redução da margem
das empresas produtoras do metal. No Brasil, o setor
tem sido afetado pela desaceleração da atividade
econômica
geral
e
dos
principais
setores
demandantes
de
aço,
como
a
indústria
automobilística, a de bens de capital e a da
construção civil.
4,2
China
3,7
Alemanha
Rússia
EUA
França
Chile Reino
Brasil
Unido
3,2
Colômbia
2,7
2,2
1,7
1,2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
5,5
PIB per capita US$, 2013 (log)
Fonte: World Steel, FMI/World Economic Outlook, Itaú
A China é o maior produtor mundial de aço, com 822
milhões de toneladas produzidas em 2013, ou 50%
da produção mundial, segundo dados do World Steel.
O país asiático também é o maior consumidor
mundial, com 772 milhões de toneladas consumidas
no período, 46,8% do consumo mundial. Já o Brasil
ocupa a nona posição no ranking da produção de
aço, com cerca de 34,2 milhões de toneladas
A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem
considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento.
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
produzidas em 2013, o equivalente a 2,1% da
produção mundial. Com relação ao consumo
aparente, o País também ocupa a nona colocação,
com 29,4 milhões de toneladas, ou 1,8% do total
mundial. No entanto, em relação à América do Sul, o
País desponta como o principal destaque do setor,
com 74,6% do total produzido e 56,9% do total
consumido no continente.
Produção de aço bruto cresceu, em média,
2,4% de 1990 a 2014
40
em milhões de t
35
30
25
O setor metalúrgico, que engloba, além da produção
siderúrgica, a produção de metais não-ferrosos,
sempre teve grande importância na economia do
País. No entanto, sua participação no produto
brasileiro vem diminuindo progressivamente ao longo
dos anos. Segundo dados do Ministério de Minas e
Energia (MME), em 2013 o PIB do setor metalúrgico
no Brasil foi de US$ 50 bilhões, equivalente a 2,2%
do PIB nacional e 8,3% do PIB industrial no período,
sendo que, na década de 70, o setor respondia por
9% do PIB industrial e 3,5% do PIB brasileiro.
Indústria metalúrgica* vem perdendo
participação tanto no PIB total quanto no
PIB industrial
12
%
10
Participação no PIB da indústria
Participação no PIB do Brasil
9,0
9,0
8,5
8,6
8,1
7,6
8
8,5
8,0
8,3
6,8
6
4
3,5
3,4
3,6
3,0
2,8
2,7
2,4
1,9
2
2,3
2,2
20
15
10
5
0
1990
1994
1998
2002
2006
2010
2014
Fonte: World Steel, Aço Brasil, Itaú
Na distribuição da produção por tipo de produto, os
aços laminados planos ocupam a primeira colocação,
devendo encerrar 2014 com cerca de 14,4 milhões
de toneladas produzidas, 45% do total. Aços
laminados planos são largamente utilizados na
produção de veículos, bens de capital e produtos da
linha branca. Em seguida, vêm os aços laminados
longos, com 10,8 milhões de toneladas, 34% do total
produzido. Os aços laminados longos são utilizados
na
contrução
civil.
Finalmente,
os
aços
semiacabados, com 6,6 milhões de toneladas,
representam 21% da produção.
A maior parte da produção é de laminados
planos
em milhões de t
0
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2011 2012 2013
33,3
32,8
31,9
31,8
6,2
8,0
7,1
5,6
7,0
10,2
11,0
10,8
11,3
10,6
15,2
14,3
14,9
15,0
14,2
2010
2011
2012
2013
2014
31,6
Fonte: MME, Itaú
*Siderurgia representa ~ 70% do PIB de metalurgia
25,7
Nos últimos 20 anos a produção de aço no Brasil
cresceu, em média, 2,4%, impulsionada pelas
privatizações de empresas do setor na década de 90.
Essas
privatizações
atraíram
siderúrgicas
multinacionais para o País, acelerando o crescimento
do setor. No entanto, nos últimos anos, esse
crescimento vem perdendo o vigor, sendo que, entre
2011 e 2014, houve recuo de 3,5%. O excesso de
oferta de aço no mercado internacional, somado à
desaceleração da produção indústrial no Brasil,
contribuiu para esse recuo ocorrido no setor.
Página 2
5,5
8,4
11,9
2009
Semiacabado
Fonte: Aço Brasil, Itaú
Laminados longos
Laminados planos
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
O consumo aparente de aço no Brasil teve forte
expansão entre 2006 e 2008, crescendo 29,7% no
período. Em 2009 houve retração, em função da crise
internacional, seguida de retomada do crescimento
em 2010. No entanto, o consumo aparente total ficou
praticamente estável entre 2010 e 2013, com
crescimento médio anual de 0,4% no período. Na
quebra por tipo de produto, o consumo de aços
planos recuou, em média, 1,6% ao ano no período,
contra crescimento anual médio de 3,3% no
segmento de aços longos.
A construção civil é o principal demandante
de aço no Brasil
3,0%
5,7%
5,5%
6,4%
36,7%
20,5%
O consumo aparente de aço tem se mantido
estável nos últimos quatro anos
em milhões de t
26,1
24,0
26,4
25,0
25,2
11,2
11,4
22,1
18,6
18,5
10,8
10,1
11,9
8,7
7,4
11,1
2006
7,8
13,4
15,3
13,9
13,9
13,8
14,5
2011
2012
2013
10,7
2007
2008
Longos
2009
2010
Planos
Fonte: Aço Brasil, MME, Itaú
Analisando-se a distribuição da demanda de aço no
Brasil por setores, o principal destaque é a
construção civil que, em 2013, respondeu por 36,7%
da demanda siderúrgica no País. O segmento
automotivo ocupou a segunda colocação, com
22,2%, seguido pelo setor de bens de capital, com
20,5%.
22,2%
Construção Civil
Bens de Capital
Tubos de pequenos diâmetros
Outros
Automotivo
Linha branca
Embalagens e recipientes
Fonte: Instituto Aço Brasil, Itaú
O setor de construção civil, que apresentou
crescimento expressivo nos últimos anos, em média
4,3%, entre 2004 e 2013, deve encerrar 2014 com
queda superior a 3%. Esse valor, se confirmado, será
o maior recuo do setor em 11 anos. Além da queda
esperada para 2014, o setor deve seguir
desacelerarando em 2015, em virtude dos estoques
de imóveis em nível elevado e da queda na confiança
do consumidor.. Um dado que demonstra essa
desaceleração do setor nos próximos anos é a queda
no número de lançamentos que, na região
metropolitana de São Paulo, chega a 17%.
PIB da construção civil deve encerrar o ano
em queda
14%
variação anual
11,6%
12%
10%
7,9%
8%
6,6%
6%
4,7%4,9%
3,6%
4%
1,8%
2%
1,4%1,6%
0%
-0,7%
-2%
-2,2%
-4%
-3,3%
-3,3%
-6%
2002
Fonte: IBGE, Itaú
Página 3
2004
2006
2008
2010
2012
2014*
*12 meses móveis até set/14
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
O cenário mais desfavorável para a construção civil
também é esperado pelos empresários do próprio
setor, cuja confiança está em patamares
historicamente baixos, o que leva à queda dos
investimentos. Esse cenário deve ter impacto
negativo no consumo de aço, principalmente no
segmento de laminados longos, mais utilizados na
construção civil. No acumulado de 2014 até
novembro, as vendas dessa modalidade recuaram
7,2%, frente a 2013.
A produção de veículos em queda afeta as
vendas de aço plano
40%
variação anual
30%
20%
10%
0%
A confiança da construção civil em baixa
indica que investimento no setor deve ter
crescimento baixo à frente
-10%
-20%
150
-30%
140
-40%
dez-10
Vendas de aço plano
Produção de veículos
dez-11
dez-12
dez-13
dez-14
Fonte: Aço Brasil, Anfavea, Itaú
130
Com o panorama mais desfavorável ao crescimento
do setor, o índice de confiança dos empresários de
metalurgia atingiu os níveis mais baixos desde a crise
de 2008. Na comparação com a confiança da
indústria de transformação nota-se que, embora
ambas tenham sofrido queda forte ao longo de 2014,
o recuo da indústria metalúrgica foi mais acentuado.
120
110
100
Nível (%)
Média móvel 3 meses
90
dez-10
dez-11
dez-12
dez-13
dez-14
A confiança do setor segue mais fraca que
a da indústria de transformação em geral
Fonte: FGV, Itaú
130
A produção de veículos no Brasil experimentou um
crescimento acentuado de meados de 2012 até
meados de 2013, estimulada pela redução do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para
veículos, que impulsionou as vendas de automóveis
e de comerciais leves. No entanto, ao longo de 2014
a venda de veículos apresentou forte recuo, afetando
as vendas de aço plano. No acumulado de 2014 até
novembro, a venda de aço plano recuou 9,3%, na
comparação com mesmo intervalo de 2013, contra
queda de 15,5% na fabricação de veículos no
período.
A retração da produção automotiva está ligada à
queda na confiança do consumidor, juros em
elevação e comprometimento de renda elevado, que
levam à moderação na demanda por veículos leves.
Além disso, a queda na confiança do empresário leva
à diminuição da demanda por veículos pesados.
Página 4
120
nível (%), com ajuste
sazonal
110
100
90
80
70
60
Metalúrgica
Indústria Geral
50
dez-08 dez-09 dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 dez-14
Fonte: FGV, Itaú
O nível de utilização da capacidade instalada da
indústria metalúrgica também encontra-se no menor
nível desde a crise e ligeiramente abaixo do nível da
indústria de transformação. Em 2014, a queda nesse
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
indicador pra o setor de metalurgia foi de 1,7%,
contra recuo de 1% na indústria.
A NUCI do setor está abaixo de sua média
histórica
100
nível (%), com ajuste
sazonal
95
90
85
80
Segundo levantamento realizado pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), o setor siderúrgico no Brasil recebeu cerca
de R$ 38 bilhões em investimentos entre 2009 e
2012, sendo o quarto maior setor da indústria em
investimentos. No entanto, para o período de 2014 a
2017, o banco estima que o setor irá receber R$ 16
bilhões, o que representa uma queda de 57,9% na
intenção de investimentos. Entre todos os setores
pesquisados pelo BNDES, a indústria siderúrgica é a
única cujos empresários têm a intenção de reduzir
investimentos na comparação entre os dois períodos.
Essa queda é reflexo tanto da desaceleração
econômica quanto do baixo nível de confiança dos
empresários na retomada do crescimento do setor.
75
Perspectivas de investimentos setoriais
Metalúrgica
Indústria Geral
70
65
dez-04
dez-06
dez-08
dez-10
dez-12
dez-14
Fonte: FGV, Itaú
Em linha com a queda na confiança do empresário e
com o menor nível de utilização da capacidade
instalada, o emprego no setor segue em tendência
declinante desde meados de 2012. Em novembro de
2014, o saldo de emprego do setor ficou 2% abaixo
do mesmo mês do ano anterior, enquanto o saldo
total de emprego na economia ficou 0,6% acima, na
mesma comparação.
O emprego no setor siderúrgico tem caído
nos últimos anos
12%
10%
variação anual acumulada
em 12 meses
8%
Setor Siderúrgico
Total do Brasil
6%
Setor
2009-2012*
2014-2017*
Variação
Petróleo
318
488
53,5%
Extrativa Mineral
50
54
8,0%
Automotivo
46
74
60,9%
Papel e Celulose
18
26
44,4%
Química
21
26
23,8%
Siderurgia
38
16
-57,9%
Eletroeletrônica
21
24
14,3%
Saúde
10
13
30,0%
Aeronáutica
4
14
250,0%
Demais da Ind.
354
418
18,1%
Indústria
880
1.154
31,1%
Energia Elétrica
176
192
9,1%
Telecomunicações
95
123
29,5%
Infraestrutura social
49
89
81,6%
Rodovias
55
63
14,5%
Ferrovias
29
57
96,6%
Portos
15
41
173,3%
Aeroportos
7
10
42,9%
Infraestrutura
427
575
34,7%
Residências
711
867
21,9%
Agricultura e Serviços
1.154
1.478
28,1%
Total
3.172
4.075
28,5%
Fonte: BNDES, Itaú
4%
2%
0%
-2%
-4%
-6%
-8%
nov-08 nov-09 nov-10 nov-11 nov-12 nov-13 nov-14
Fonte: Caged, Itaú
Página 5
*dados em R$ bilhões de 2013
De acordo com os dados do Instituto Aço Brasil (IABr),
entidade que representa os fabricantes do setor, cerca
de 70,2% das vendas brasileiras de aço são
dedicadas ao mercado interno, sendo o restante
destinado à exportação. Entre os produtos
siderúrgicos, 93,7% dos aços semiacabados e 12%
dos laminados são voltados para a exportação. Dessa
forma, os semiacabados representam cerca de 68,5%
dos produtos de aço vendidos ao mercado externo.
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
A balança comercial do setor é historicamente
superavitária, mas o saldo comercial tem decrescido.
Ao longo dos últimos quatro anos, a exportações de
produtos siderúrgicos vem diminuindo gradativamente,
com crescimento médio de 4,2% no período, contra
média de 15% de 2002 a 2010. Já as importações,
após crescerem de 928 milhões de dólares em 2002
para quase 8 bilhões de dólares em 2010 (uma taxa
composta de 30,6% ao ano em média), cresceram
apenas 2,8% nos quatro últimos anos.
Queda no preço dos insumos reduziu preço
do aço no mercado internacional
700
(US$/t)
600
500
400
300
A balança comercial do setor siderúrgico é
superavitária
200
16
100
em bilhões de dólares
14
12
10
Preço dos insumos*
Preço do aço na China
0
nov-10
Exportações
Importações
Saldo
nov-11
nov-12
Fonte: Bloomberg, Itaú
nov-13
nov-14
*minério de ferro e carvão mineral
O câmbio mais depreciado deve ser favorável ao
crescimento das exportações de aço e desencorajar
as importações, aumentando o superávit na balança
comercial do setor.
8
6
4
O câmbio depreciado deve favorecer
exportações à frente
2
0
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
4,0
Fonte: MDIC, Itaú
3,5
A redução da participação brasileira no comércio
siderúrgico internacional está relacionada a fatores
domésticos e externos. Do lado doméstico, a
desaceleração
do
crescimento
econômico,
principalmente do setor indústrial, levou a uma menor
demanda por aço no País. Já do lado externo, a
queda da demanda foi impulsionada pelo baixo
crescimento dos países importadores de aço do
Brasil, como Estados Unidos e Argentina, e pela
desaceleração do crescimento da China, que levou
ao excesso de oferta e à queda do preço do metal no
mercado internacional. Além disso, a queda do preço
do minério de ferro reduz a rentabilidade dos
produtores brasileiros na exportação siderúrgica, à
medida em que aumenta a competitividade do
produto chinês.
Página 6
R$/US$, média
anual
3,0
2,5
2,0
1,5
realizado
projeção
1,0
0,5
0,0
-0,5
1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016 2020 2024
Fonte: Bloomberg, projeções, Itaú
Os Estados Unidos são o principal destino das
exportações brasileiras de aço, com 29% do total, em
média. Em seguida, vêm Argentina e Holanda, com
8% cada, e China, com 6%. A recuperação da
economia norte-americana que, segundo as nossas
projeções, deve crescer 2,5% em 2014 e 3,3% em
2015, é favorável para o aumento das exportações do
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
setor. Já a economia argentina deverá continuar com
baixo crescimento nos próximos anos.
Os Estados Unidos são o principal destino
das exportações brasileiras de aço
A China é o principal país de origem do aço
importado pelo Brasil
média
2010-2014
média
2010-2014
25%
31%
29%
33%
9%
3%
3%
7%
3%
2%
2%
3%
3%
EUA
China
México
Bolívia
3%
8%
3%
4%
8%
3%
6%
Argentina
Alemanha
Cingapura
Demais países
Holanda
Japão
Colômbia
China
Japão
França
Argentina
6%
6%
EUA
Coreia do Sul
Turquia
Demais países
Alemanha
Itália
Espanha
Fonte: MDIC, Itaú
Onde está a indústria siderúrgica no
Brasil?
Fonte: MDIC, Itaú
Em média, um quarto do aço importado pelo Brasil é
proveniente da China. As importações siderúrgicas
provenientes do país asiático cresceram, em média,
5% nos últimos quatro anos, contra queda média de
2,8% do total de importações do setor no período.
Esse aumento das importações está relacionado à
desaceleração recente da economia chinesa, que é a
maior produtora mundial de aço bruto. Com o
crescimento mais lento da economia chinesa, o
consumo doméstico de produtos siderúrgicos pela
China recuou, levando o país a exportar o excedente
da produção.
Página 7
O Brasil possui ao todo 29 usinas siderúrgicas,
distribuídas por 10 estados e controladas por 11
grupos empresariais distintos. Segundo dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), em 2012 a capacidade total instalada
do setor era de 48,3 milhões de toneladas/ano de aço
bruto.
No entanto, a produção brasileira de aço é fortemente
concentrada na região Sudeste, que possui 22 das 29
usinas do setor e é responsável por 94% do total
produzido no País. O Estado de Minas Gerais, com
nove usinas é o que possui o maior parque
siderúrgico, seguido de São Paulo e Rio de Janeiro,
com seis e cinco usinas, respectivamente.
Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Conclusão
Parque siderúrgico nacional, 2013
O setor siderúrgico tem passado por dificuldades nos
últimos anos, causadas por fatores internos e
externos, que devem persistir ao longo dos próximos
anos. Essa perspectiva negativa tem levado à
desaceleração do investimento no setor.
Em 2015, o aumento no custo de energia e o risco de
diminuição no ritmo das obras de infraestrutura devem
somar-se às dificuldades atuais vividas pelo setor,
podendo levar a um cenário ainda mais desfavorável
para a indústria siderúrgica.
Apesar do panorama negativo, o dólar mais forte e a
recuperação da economia norte-americana devem
impulsionar o crescimento das exportações
.
Fonte: IABr, Itaú
Paula Yamaguti
Pesquisa macroeconômica – Itaú
Ilan Goldfajn – Economista-Chefe
Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site:
http://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes/
Informações Relevantes
Este relatório foi preparado e publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Banco Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”). Este relatório não é um produto do Departamento de
Análise de Ações do Itaú Unibanco ou da Itaú Corretora de Valores S.A. e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM n.º 483, de 6 de Julho de
2010.
2.
Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroêconomicas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra ou venda ou como uma solicitação de
uma oferta de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório
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econômico não se responsabiliza, e tampouco se responsabilizará por quaisquer decisões, de investimento ou de outra forma, que forem tomadas com base nos dados aqui divulgados.
Observação Adicional nos relatórios distribuídos no (i) Reino Unido e Europa: Itau BBA International plc: Este material é distribuído e autorizado pelo Itau BBA International plc (Itau BBA UK)
em conformidade com o Artigo 21 do Financial Services and Markets Act 2000. O material que descreve os serviços e produtos oferecidos pelo Itaú Unibanco S.A. (Itaú) foi elaborado por aquela
entidade. IBBA UK é uma subsidiária do Itaú. Itaú é uma instituição financeira validamente existente sob as leis do Brasil e membro do Grupo Itaú Unibanco. Itaú BBA International plc está sediado
em The Broadgate Tower, level 20, 20 Primrose Street, London, United Kingdom, EC2A 2EW e está autorizado pela Prudential Regulation Authority e regulado pela Autoridade de Conduta
Financeira e do Prudential Regulation Authority (FRN 575225). Itaú BBA International plc Sucursal Lisboa é regulado pelo Banco de Portugal para a realização de negócios. Itaú BBA International
plc tem escritórios de representação na França, Colômbia, Alemanha e Espanha que estão autorizados a realizar atividades limi tadas e as atividades de negócios realizados são regulados pelo
Banque de France, Superintendencia Financiera de Colombia, Bundesanstalt fur Finanzdienstleistungsaufsicht (BaFin) e Banco de España, respectivamente. Nenhum dos referidos escritórios e
subsidiárias lida com clientes de varejo. Para qualquer dúvida entre em contato com o seu gerente de relacionamento. Para mais informações acesse: www.itaubba.co.uk; (ii) EUA: A Itaú BBA
USA Securities Inc., uma empresa membro da FINRA/SIPC, está distribuindo este relatório e aceita a responsabilidade pelo conteúdo do mesmo. O investidor americano que receber este relatório
e desejar realizar uma operação com um dos valores mobiliários analisados neste relatório, deverá fazê-lo através da Itaú USA Securities Inc., localizada na 767 Fifth Avenue, 50th Floor, New
York, NY 10153; (iii) Ásia: Este relatório é distribuído em Hong Kong pela Itaú Asia Securities Limited, autorizada a operar em Hong Kong nas atividades reguladas do Tipo 1 (operações com
títulos e valores mobiliários) pela Securities and Futures Commission. A Itaú Asia Securities Limited aceita toda a responsabilidade legal pelo conteúdo deste relatório. Em Hong Kong, um
investidor que desejar adquirir ou negociar os valores mobiliários abrangidos por este relatório deverá entrar em contato com a Itaú Asia Securities Limited, no endereço 29th Floor, Two IFC, 8
Finance Street - Central, Hong Kong; (iv) Japão: Este relatório é distribuído no Japão pela Itaú Asia Securities Limited - Filial de Tóquio, Número de Registro (FIEO) 2154, regulado por Kanto
Local Finance Bureau, Associação: Associação dos Operadores de Títulos Mobiliários do Japão; (v) Oriente Médio: Este relatório foi distribuído pela Itaú Middle East Limited. A Itaú Middle East
Limited é regulada pela Dubai Financial Services Authority e é localizada no endereço Al Fattan Currency House, Suite 305, Level 3, Dubai International Financial Centre, PO Box 482034, Dubai,
Emirados Árabes Unidos. Esse material é destinado apenas para Clientes Profissionais (conforme definido pelo módulo de Conduta de Negócios da DFSA), outras pessoas não deverão utilizá-lo;
(vi) Brasil: A Itaú Corretora de Valores S.A., uma subsidiaria do Itaú Unibanco S.A., autorizada pelo Banco Central do Brasil e aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários brasileira, está
distribuindo este relatório. Caso haja necessidade, entre em contato com o Serviço de Atendimento a Clientes, telefones nº. 4004-3131 (capital e áreas metropolitanas) ou 0800-722-3131 (outras
localidades) durante o expediente comercial, das 09h00 às 20h00. Se desejar reavaliar a solução apresentada, após a utilização destes canais, ligue para a Ouvidoria Corporativa Itaú, telefone nº.
0800 570 0011 (em dias úteis das 9h00 às 18h00), ou entre em contato por meio da Caixa Postal 67.600, São Paulo-SP, CEP 03162-971.
1.
* Custo de uma Chamada Local
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