Macro Setorial 22 de janeiro de 2015 Siderurgia Desafios contínuos • A indústria siderúrgica brasileira tem sofrido forte pressão negativa, vinda tanto do setor externo, com excesso de oferta do produto no mercado internacional, quanto do setor interno, com o fraco crescimento da economia e a pressão da concorrência dos produtos importados. • O momento difícil vivido pelo setor é refletido tanto nos dados de produção e de consumo aparente de produtos siderúrgicos quanto no indicador de confiança dos empresários dessa indústria. Com isso, esperamos desaceleração do investimento previsto para o setor nos próximos anos. • Em 2015, além dos desafios já mencionados, os custos de produção continuarão pressionados pela alta do preço de energia. Há também a expectativa da redução do crescimento dos principais setores demandantes de aço, além do risco adicional de desaceleração do ritmo das obras de infraestrutura do governo e das empresas estatais. Para 2015, esperamos crescimento voltado mais à demanda externa. Pelo lado da demanda interna, esperamos baixo crescimento do PIB, impactando o setor automobilístico e a construção civil no ano. Além disso, há o risco de desaceleração das obras de infraestrutura devido a dificuldades legais afetando o investimento do governo e das empresas estatais. A demanda externa deve ser favorecida pela depreciação do real e pela recuperação da economia norte-americana. Do lado da oferta, o aumento esperado da tarifa de energia elétrica irá impactar os custos de produção, visto que o setor, intensivo em energia elétrica, responde por cerca de 9,4% do consumo total de eletricidade da indústria. Há ainda a queda da cotação do minério de ferro que ajuda a reduzir os custos de produção para as indústrias de menor porte, mas tem impacto negativo na receita das empresas que são autosuficientes na produção do mineral e vendem o seu excedente. Analisando-se a relação entre o consumo per capita de produtos de aço e o PIB per capita de diversos países, é possível notar que o consumo de aço no Brasil está em linha com o produto per capita brasileiro. Consumo aparente de produtos de aço no Brasil é condizente com PIB per capita Consumo aparente de produtos de aço per capita - kg (log) A indústria siderúrgica vem passando por mudanças nos últimos anos, devido ao excesso de oferta de aço no mercado internacional. Esse movimento levou à queda na cotação do produto e à redução da margem das empresas produtoras do metal. No Brasil, o setor tem sido afetado pela desaceleração da atividade econômica geral e dos principais setores demandantes de aço, como a indústria automobilística, a de bens de capital e a da construção civil. 4,2 China 3,7 Alemanha Rússia EUA França Chile Reino Brasil Unido 3,2 Colômbia 2,7 2,2 1,7 1,2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 PIB per capita US$, 2013 (log) Fonte: World Steel, FMI/World Economic Outlook, Itaú A China é o maior produtor mundial de aço, com 822 milhões de toneladas produzidas em 2013, ou 50% da produção mundial, segundo dados do World Steel. O país asiático também é o maior consumidor mundial, com 772 milhões de toneladas consumidas no período, 46,8% do consumo mundial. Já o Brasil ocupa a nona posição no ranking da produção de aço, com cerca de 34,2 milhões de toneladas A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento. Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 produzidas em 2013, o equivalente a 2,1% da produção mundial. Com relação ao consumo aparente, o País também ocupa a nona colocação, com 29,4 milhões de toneladas, ou 1,8% do total mundial. No entanto, em relação à América do Sul, o País desponta como o principal destaque do setor, com 74,6% do total produzido e 56,9% do total consumido no continente. Produção de aço bruto cresceu, em média, 2,4% de 1990 a 2014 40 em milhões de t 35 30 25 O setor metalúrgico, que engloba, além da produção siderúrgica, a produção de metais não-ferrosos, sempre teve grande importância na economia do País. No entanto, sua participação no produto brasileiro vem diminuindo progressivamente ao longo dos anos. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), em 2013 o PIB do setor metalúrgico no Brasil foi de US$ 50 bilhões, equivalente a 2,2% do PIB nacional e 8,3% do PIB industrial no período, sendo que, na década de 70, o setor respondia por 9% do PIB industrial e 3,5% do PIB brasileiro. Indústria metalúrgica* vem perdendo participação tanto no PIB total quanto no PIB industrial 12 % 10 Participação no PIB da indústria Participação no PIB do Brasil 9,0 9,0 8,5 8,6 8,1 7,6 8 8,5 8,0 8,3 6,8 6 4 3,5 3,4 3,6 3,0 2,8 2,7 2,4 1,9 2 2,3 2,2 20 15 10 5 0 1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014 Fonte: World Steel, Aço Brasil, Itaú Na distribuição da produção por tipo de produto, os aços laminados planos ocupam a primeira colocação, devendo encerrar 2014 com cerca de 14,4 milhões de toneladas produzidas, 45% do total. Aços laminados planos são largamente utilizados na produção de veículos, bens de capital e produtos da linha branca. Em seguida, vêm os aços laminados longos, com 10,8 milhões de toneladas, 34% do total produzido. Os aços laminados longos são utilizados na contrução civil. Finalmente, os aços semiacabados, com 6,6 milhões de toneladas, representam 21% da produção. A maior parte da produção é de laminados planos em milhões de t 0 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2011 2012 2013 33,3 32,8 31,9 31,8 6,2 8,0 7,1 5,6 7,0 10,2 11,0 10,8 11,3 10,6 15,2 14,3 14,9 15,0 14,2 2010 2011 2012 2013 2014 31,6 Fonte: MME, Itaú *Siderurgia representa ~ 70% do PIB de metalurgia 25,7 Nos últimos 20 anos a produção de aço no Brasil cresceu, em média, 2,4%, impulsionada pelas privatizações de empresas do setor na década de 90. Essas privatizações atraíram siderúrgicas multinacionais para o País, acelerando o crescimento do setor. No entanto, nos últimos anos, esse crescimento vem perdendo o vigor, sendo que, entre 2011 e 2014, houve recuo de 3,5%. O excesso de oferta de aço no mercado internacional, somado à desaceleração da produção indústrial no Brasil, contribuiu para esse recuo ocorrido no setor. Página 2 5,5 8,4 11,9 2009 Semiacabado Fonte: Aço Brasil, Itaú Laminados longos Laminados planos Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 O consumo aparente de aço no Brasil teve forte expansão entre 2006 e 2008, crescendo 29,7% no período. Em 2009 houve retração, em função da crise internacional, seguida de retomada do crescimento em 2010. No entanto, o consumo aparente total ficou praticamente estável entre 2010 e 2013, com crescimento médio anual de 0,4% no período. Na quebra por tipo de produto, o consumo de aços planos recuou, em média, 1,6% ao ano no período, contra crescimento anual médio de 3,3% no segmento de aços longos. A construção civil é o principal demandante de aço no Brasil 3,0% 5,7% 5,5% 6,4% 36,7% 20,5% O consumo aparente de aço tem se mantido estável nos últimos quatro anos em milhões de t 26,1 24,0 26,4 25,0 25,2 11,2 11,4 22,1 18,6 18,5 10,8 10,1 11,9 8,7 7,4 11,1 2006 7,8 13,4 15,3 13,9 13,9 13,8 14,5 2011 2012 2013 10,7 2007 2008 Longos 2009 2010 Planos Fonte: Aço Brasil, MME, Itaú Analisando-se a distribuição da demanda de aço no Brasil por setores, o principal destaque é a construção civil que, em 2013, respondeu por 36,7% da demanda siderúrgica no País. O segmento automotivo ocupou a segunda colocação, com 22,2%, seguido pelo setor de bens de capital, com 20,5%. 22,2% Construção Civil Bens de Capital Tubos de pequenos diâmetros Outros Automotivo Linha branca Embalagens e recipientes Fonte: Instituto Aço Brasil, Itaú O setor de construção civil, que apresentou crescimento expressivo nos últimos anos, em média 4,3%, entre 2004 e 2013, deve encerrar 2014 com queda superior a 3%. Esse valor, se confirmado, será o maior recuo do setor em 11 anos. Além da queda esperada para 2014, o setor deve seguir desacelerarando em 2015, em virtude dos estoques de imóveis em nível elevado e da queda na confiança do consumidor.. Um dado que demonstra essa desaceleração do setor nos próximos anos é a queda no número de lançamentos que, na região metropolitana de São Paulo, chega a 17%. PIB da construção civil deve encerrar o ano em queda 14% variação anual 11,6% 12% 10% 7,9% 8% 6,6% 6% 4,7%4,9% 3,6% 4% 1,8% 2% 1,4%1,6% 0% -0,7% -2% -2,2% -4% -3,3% -3,3% -6% 2002 Fonte: IBGE, Itaú Página 3 2004 2006 2008 2010 2012 2014* *12 meses móveis até set/14 Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 O cenário mais desfavorável para a construção civil também é esperado pelos empresários do próprio setor, cuja confiança está em patamares historicamente baixos, o que leva à queda dos investimentos. Esse cenário deve ter impacto negativo no consumo de aço, principalmente no segmento de laminados longos, mais utilizados na construção civil. No acumulado de 2014 até novembro, as vendas dessa modalidade recuaram 7,2%, frente a 2013. A produção de veículos em queda afeta as vendas de aço plano 40% variação anual 30% 20% 10% 0% A confiança da construção civil em baixa indica que investimento no setor deve ter crescimento baixo à frente -10% -20% 150 -30% 140 -40% dez-10 Vendas de aço plano Produção de veículos dez-11 dez-12 dez-13 dez-14 Fonte: Aço Brasil, Anfavea, Itaú 130 Com o panorama mais desfavorável ao crescimento do setor, o índice de confiança dos empresários de metalurgia atingiu os níveis mais baixos desde a crise de 2008. Na comparação com a confiança da indústria de transformação nota-se que, embora ambas tenham sofrido queda forte ao longo de 2014, o recuo da indústria metalúrgica foi mais acentuado. 120 110 100 Nível (%) Média móvel 3 meses 90 dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 dez-14 A confiança do setor segue mais fraca que a da indústria de transformação em geral Fonte: FGV, Itaú 130 A produção de veículos no Brasil experimentou um crescimento acentuado de meados de 2012 até meados de 2013, estimulada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, que impulsionou as vendas de automóveis e de comerciais leves. No entanto, ao longo de 2014 a venda de veículos apresentou forte recuo, afetando as vendas de aço plano. No acumulado de 2014 até novembro, a venda de aço plano recuou 9,3%, na comparação com mesmo intervalo de 2013, contra queda de 15,5% na fabricação de veículos no período. A retração da produção automotiva está ligada à queda na confiança do consumidor, juros em elevação e comprometimento de renda elevado, que levam à moderação na demanda por veículos leves. Além disso, a queda na confiança do empresário leva à diminuição da demanda por veículos pesados. Página 4 120 nível (%), com ajuste sazonal 110 100 90 80 70 60 Metalúrgica Indústria Geral 50 dez-08 dez-09 dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 dez-14 Fonte: FGV, Itaú O nível de utilização da capacidade instalada da indústria metalúrgica também encontra-se no menor nível desde a crise e ligeiramente abaixo do nível da indústria de transformação. Em 2014, a queda nesse Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 indicador pra o setor de metalurgia foi de 1,7%, contra recuo de 1% na indústria. A NUCI do setor está abaixo de sua média histórica 100 nível (%), com ajuste sazonal 95 90 85 80 Segundo levantamento realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o setor siderúrgico no Brasil recebeu cerca de R$ 38 bilhões em investimentos entre 2009 e 2012, sendo o quarto maior setor da indústria em investimentos. No entanto, para o período de 2014 a 2017, o banco estima que o setor irá receber R$ 16 bilhões, o que representa uma queda de 57,9% na intenção de investimentos. Entre todos os setores pesquisados pelo BNDES, a indústria siderúrgica é a única cujos empresários têm a intenção de reduzir investimentos na comparação entre os dois períodos. Essa queda é reflexo tanto da desaceleração econômica quanto do baixo nível de confiança dos empresários na retomada do crescimento do setor. 75 Perspectivas de investimentos setoriais Metalúrgica Indústria Geral 70 65 dez-04 dez-06 dez-08 dez-10 dez-12 dez-14 Fonte: FGV, Itaú Em linha com a queda na confiança do empresário e com o menor nível de utilização da capacidade instalada, o emprego no setor segue em tendência declinante desde meados de 2012. Em novembro de 2014, o saldo de emprego do setor ficou 2% abaixo do mesmo mês do ano anterior, enquanto o saldo total de emprego na economia ficou 0,6% acima, na mesma comparação. O emprego no setor siderúrgico tem caído nos últimos anos 12% 10% variação anual acumulada em 12 meses 8% Setor Siderúrgico Total do Brasil 6% Setor 2009-2012* 2014-2017* Variação Petróleo 318 488 53,5% Extrativa Mineral 50 54 8,0% Automotivo 46 74 60,9% Papel e Celulose 18 26 44,4% Química 21 26 23,8% Siderurgia 38 16 -57,9% Eletroeletrônica 21 24 14,3% Saúde 10 13 30,0% Aeronáutica 4 14 250,0% Demais da Ind. 354 418 18,1% Indústria 880 1.154 31,1% Energia Elétrica 176 192 9,1% Telecomunicações 95 123 29,5% Infraestrutura social 49 89 81,6% Rodovias 55 63 14,5% Ferrovias 29 57 96,6% Portos 15 41 173,3% Aeroportos 7 10 42,9% Infraestrutura 427 575 34,7% Residências 711 867 21,9% Agricultura e Serviços 1.154 1.478 28,1% Total 3.172 4.075 28,5% Fonte: BNDES, Itaú 4% 2% 0% -2% -4% -6% -8% nov-08 nov-09 nov-10 nov-11 nov-12 nov-13 nov-14 Fonte: Caged, Itaú Página 5 *dados em R$ bilhões de 2013 De acordo com os dados do Instituto Aço Brasil (IABr), entidade que representa os fabricantes do setor, cerca de 70,2% das vendas brasileiras de aço são dedicadas ao mercado interno, sendo o restante destinado à exportação. Entre os produtos siderúrgicos, 93,7% dos aços semiacabados e 12% dos laminados são voltados para a exportação. Dessa forma, os semiacabados representam cerca de 68,5% dos produtos de aço vendidos ao mercado externo. Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 A balança comercial do setor é historicamente superavitária, mas o saldo comercial tem decrescido. Ao longo dos últimos quatro anos, a exportações de produtos siderúrgicos vem diminuindo gradativamente, com crescimento médio de 4,2% no período, contra média de 15% de 2002 a 2010. Já as importações, após crescerem de 928 milhões de dólares em 2002 para quase 8 bilhões de dólares em 2010 (uma taxa composta de 30,6% ao ano em média), cresceram apenas 2,8% nos quatro últimos anos. Queda no preço dos insumos reduziu preço do aço no mercado internacional 700 (US$/t) 600 500 400 300 A balança comercial do setor siderúrgico é superavitária 200 16 100 em bilhões de dólares 14 12 10 Preço dos insumos* Preço do aço na China 0 nov-10 Exportações Importações Saldo nov-11 nov-12 Fonte: Bloomberg, Itaú nov-13 nov-14 *minério de ferro e carvão mineral O câmbio mais depreciado deve ser favorável ao crescimento das exportações de aço e desencorajar as importações, aumentando o superávit na balança comercial do setor. 8 6 4 O câmbio depreciado deve favorecer exportações à frente 2 0 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 4,0 Fonte: MDIC, Itaú 3,5 A redução da participação brasileira no comércio siderúrgico internacional está relacionada a fatores domésticos e externos. Do lado doméstico, a desaceleração do crescimento econômico, principalmente do setor indústrial, levou a uma menor demanda por aço no País. Já do lado externo, a queda da demanda foi impulsionada pelo baixo crescimento dos países importadores de aço do Brasil, como Estados Unidos e Argentina, e pela desaceleração do crescimento da China, que levou ao excesso de oferta e à queda do preço do metal no mercado internacional. Além disso, a queda do preço do minério de ferro reduz a rentabilidade dos produtores brasileiros na exportação siderúrgica, à medida em que aumenta a competitividade do produto chinês. Página 6 R$/US$, média anual 3,0 2,5 2,0 1,5 realizado projeção 1,0 0,5 0,0 -0,5 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016 2020 2024 Fonte: Bloomberg, projeções, Itaú Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de aço, com 29% do total, em média. Em seguida, vêm Argentina e Holanda, com 8% cada, e China, com 6%. A recuperação da economia norte-americana que, segundo as nossas projeções, deve crescer 2,5% em 2014 e 3,3% em 2015, é favorável para o aumento das exportações do Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 setor. Já a economia argentina deverá continuar com baixo crescimento nos próximos anos. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de aço A China é o principal país de origem do aço importado pelo Brasil média 2010-2014 média 2010-2014 25% 31% 29% 33% 9% 3% 3% 7% 3% 2% 2% 3% 3% EUA China México Bolívia 3% 8% 3% 4% 8% 3% 6% Argentina Alemanha Cingapura Demais países Holanda Japão Colômbia China Japão França Argentina 6% 6% EUA Coreia do Sul Turquia Demais países Alemanha Itália Espanha Fonte: MDIC, Itaú Onde está a indústria siderúrgica no Brasil? Fonte: MDIC, Itaú Em média, um quarto do aço importado pelo Brasil é proveniente da China. As importações siderúrgicas provenientes do país asiático cresceram, em média, 5% nos últimos quatro anos, contra queda média de 2,8% do total de importações do setor no período. Esse aumento das importações está relacionado à desaceleração recente da economia chinesa, que é a maior produtora mundial de aço bruto. Com o crescimento mais lento da economia chinesa, o consumo doméstico de produtos siderúrgicos pela China recuou, levando o país a exportar o excedente da produção. Página 7 O Brasil possui ao todo 29 usinas siderúrgicas, distribuídas por 10 estados e controladas por 11 grupos empresariais distintos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2012 a capacidade total instalada do setor era de 48,3 milhões de toneladas/ano de aço bruto. No entanto, a produção brasileira de aço é fortemente concentrada na região Sudeste, que possui 22 das 29 usinas do setor e é responsável por 94% do total produzido no País. O Estado de Minas Gerais, com nove usinas é o que possui o maior parque siderúrgico, seguido de São Paulo e Rio de Janeiro, com seis e cinco usinas, respectivamente. Macro Setorial – quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 Conclusão Parque siderúrgico nacional, 2013 O setor siderúrgico tem passado por dificuldades nos últimos anos, causadas por fatores internos e externos, que devem persistir ao longo dos próximos anos. Essa perspectiva negativa tem levado à desaceleração do investimento no setor. Em 2015, o aumento no custo de energia e o risco de diminuição no ritmo das obras de infraestrutura devem somar-se às dificuldades atuais vividas pelo setor, podendo levar a um cenário ainda mais desfavorável para a indústria siderúrgica. Apesar do panorama negativo, o dólar mais forte e a recuperação da economia norte-americana devem impulsionar o crescimento das exportações . Fonte: IABr, Itaú Paula Yamaguti Pesquisa macroeconômica – Itaú Ilan Goldfajn – Economista-Chefe Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site: http://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes/ Informações Relevantes Este relatório foi preparado e publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Banco Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”). Este relatório não é um produto do Departamento de Análise de Ações do Itaú Unibanco ou da Itaú Corretora de Valores S.A. e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM n.º 483, de 6 de Julho de 2010. 2. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroêconomicas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra ou venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que o relatório foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. O Grupo Itaú Unibanco não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do analista responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio.] O Grupo Itaú Unibanco não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. 3. O analista responsável pela elaboração deste relatório, destacado em negrito, certifica, por meio desta que as opiniões expressas neste relatório refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação ao Itaú Unibanco, à Itaú Corretora de Valores S.A. e demais empresas do Grupo. 4. Este relatório não pode ser reproduzido ou redistribuído para qualquer outra pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento por escrito do Itaú Unibanco. Informações adicionais sobre os instrumentos financeiros discutidos neste relatório se encontram disponíveis mediante solicitação. O Itaú Unibanco e/ou qualquer outra empresa de seu grupo econômico não se responsabiliza, e tampouco se responsabilizará por quaisquer decisões, de investimento ou de outra forma, que forem tomadas com base nos dados aqui divulgados. Observação Adicional nos relatórios distribuídos no (i) Reino Unido e Europa: Itau BBA International plc: Este material é distribuído e autorizado pelo Itau BBA International plc (Itau BBA UK) em conformidade com o Artigo 21 do Financial Services and Markets Act 2000. O material que descreve os serviços e produtos oferecidos pelo Itaú Unibanco S.A. (Itaú) foi elaborado por aquela entidade. IBBA UK é uma subsidiária do Itaú. Itaú é uma instituição financeira validamente existente sob as leis do Brasil e membro do Grupo Itaú Unibanco. Itaú BBA International plc está sediado em The Broadgate Tower, level 20, 20 Primrose Street, London, United Kingdom, EC2A 2EW e está autorizado pela Prudential Regulation Authority e regulado pela Autoridade de Conduta Financeira e do Prudential Regulation Authority (FRN 575225). Itaú BBA International plc Sucursal Lisboa é regulado pelo Banco de Portugal para a realização de negócios. 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