UFRGS Inventos no mundo romano ou quase romano

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Museu de Topografia prof. Laureano ibrahiM Chaffe
Departamento De GeoDésia – UFRGS
Inventos no mundo romano ou
quase romano
Texto original de: Zeltiko
http://www.celtiberia.net/articulo.asp?id=2296
Tradução e ilustração de autoria de;
Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe – Porto Alegre-RS
No século VI a.C. os romanos, através do rei Tarquínio o
Soberbo, constroem um grande sistema de esgotos conhecido
por “cloaca máxima” cujo fim era drenar os terrenos situados
abaixo do Fórum Romano, criando assim a primeira rede de
esgoto em Roma.
Rede de esgoto público romano
Esquema de um banheiro público em Roma
No século IV a.C. Roma adota o cultivo de hortaliças
mediterrâneas, que desapareceram, algumas delas, no final do
império e que somente foram introduzidas no Ocidente no
século IX.
Cultivo de hortaliças mediterrâneas
Desde 312 a.C. os romanos constroem grandes aquedutos
para levar água potável, desde os mananciais até Roma. Esta
pode ser considerada uma das grandes contribuições romanas
ao abastecimento de água as cidades dominadas pelo império.
Aquedutos romanos
Nos séculos III e II a.C. os romanos tentaram introduzir a
rotação bianual de cultura conjuntamente com a tri anual, cuja
base era a existência de um cultivo de inverno, um cultivo de
primavera e um terceiro de recuperação do solo.
Cultivo de trigo
Cultivo de centeio
Aproximadamente em 200 a.C. os romanos introduzem no
arado de relhas as “orelhas” com a finalidade de revolver a
terra mais facilmente.
Arado Romano
Aproximadamente 200 a.C. Marcio Pórcio Catão, o Velho
recomenda fertilizar os solos com cal em caso destes serem
ácidos, com esterco para todos os tipos de solos e o cultivo de
leguminosas que fixam o nitrogênio do ar nos solos.
Marcio Pórcio Catão
Até o século II a.C. os romanos conseguiram aperfeiçoar a
balança fixando o astil à coluna por meio de um apoio
transversal e colocando as extremidades deste apoio em uma
forquilha.
Balança Romana
Até o século II a.C. os romanos foram os primeiros a
revestirem as estradas com um pavimento duro de granito ou
basalto sobre uma capa espessa de cascalho, para não
permitir que se produzissem irregularidades na superfície da
estrada. Foram de alguma maneira, os primeiros em
pavimentar as estradas que já existiam desde o terceiro
milênio na Síria.
Pavimentação de vias romanas (Via Appia)
Aproximadamente no século I a.C., parece ser o período
em que na Roma desta época apareceram edições comerciais.
Os autores depositavam o original nas mãos de um copista
que as copiava e a continuação eram abonados, pelo copista,
ao autor, uma série de direitos.
Copistas Romanos
Durante o século I a.C., no império de Augusto, foi
criada a primeira rede de iluminação pública geral, já que até
então somente os ricos podiam levar consigo formas de
iluminação à noite.
Iluminação pública em Roma
Aproximadamente no século I a.C., Marco Terencio Varrón
foi o primeiro romano a escrever uma enciclopédia no sentido
moderno do conceito. Este escreveu sobre Antiguidades
humanas, Antiguidades divinas, as Disciplinas, as coisas
rústicas e da língua latina. As Disciplinas tratavam sobre
temas como a gramática, a lógica, a retórica, a aritmética, a
geometria, a astronomia, a música, a medicina, a arquitetura,
a agricultura e a etimologia. Por sua parte as Antiguidades se
dedicaram a Julio Cesar. Plínio o Velho sucede a Varrón e em
sua História Natural nos fala da epistemologia, a cosmografia,
a meteorologia, a geografia, a antropologia, a fisiologia, a
zoologia, a farmácia e a mineralogia.
O Códice Varrón
No século I a.C. se sabe que os romanos utilizavam
rolamentos com o fim de reduzir a fricção que sofriam as
catapultas ao lançar o projétil desejado.
Catapultas Romanas
No século I a.C. também foi criado, pelos romanos, o
concreto, o qual era fabricado com cinzas vulcânicas.
No século I d.C. Herón de Alexandria consegue, com uma
série de rodas denteadas, transferir movimentos diferentes ao
inicial, tal como o faz as engrenagens atualmente.
Sistema de engrenagem com rodas denteadas
O mesmo inventor consegue a translação de um
movimento retilíneo a um circular por meio do binômio bielamanivela.
Binômio biela-manivela
Herón também consegue a derivação do parafuso de
Arquimedes por meio da adoção, ao condutor evaquador, de
uma cabeça pivotante de 360º para poder orientar o fluxo da
água e realizou, para a entrada de água, válvulas de disco que
reforçavam o reservatório do cilindro.
Parafuso de Arquimedes
Graças a Herón conhecemos o princípio desmultiplicador
que pôs em marcha Filón de Bizâncio e pelo qual a
transmissão de movimento através de duas engrenagens de
diâmetros diferentes implica em uma variação da velocidade e
da força.
Transmissão de movimento através de duas engrenagens
Herón de Alexandria também é o criador do primeiro
elevador. Para isso se valeu do desmultiplicador, que acionado
por uma manivela, colocava em marcha um parafuso sem fim
que colocava, por sua vez, em marcha uma série de
engrenagens, a maior delas arrastava uma polia a qual se unia
ao cabo do elevador. Isto permitia a transformação de um
movimento circular em um movimento retilíneo (principio de
Baroulkos).
Princípio do elevador
A invenção da máquina a vapor também é obra de Herón
de Alexandria, a qual funciona a partir da expansão que sofre
um gás quando aquecido, o que implica em um movimento
que pode ser aproveitado para mover objetos por meio de
uma polia.
Princípio da máquina a vapor
A turbina pode ser considerada como uma derivação da
máquina a vapor e seu princípio se baseia em um mecanismo
que recolhe a força viva de um fluído para transmiti-la, por
meio de um eixo, e transformar-la em outra fonte de energia.
No caso do motor a vapor, seria a transformação da energia
calorífica em energia cinética
Princípio da Turbina a Vapor
A bóia reguladora é outro dos inventos de Herón de
Alexandria. Esta tem por base o principio dos vasos
comunicantes. Composto por dois recipientes, dos quais um
era o que versava o líquido, do qual se conhece o nível, e o
outro ao qual se vertia o líquido. Estes recipientes estão
unidos por um tubo que não desemboca diretamente no
segundo recipiente, se não que vai a um pequeno recipiente
onde fica flutuando em sua superfície, graças a um suporte de
cortiça. Este pequeno recipiente está provido de uma boca que
se situa em um ponto determinado de sua altura. O líquido
vertido no primeiro recipiente cairá livre no pequeno recipiente
que contém o flutuador, passando ao segundo recipiente até
que o primeiro recipiente e o pequeno tenham o mesmo nível.
A diferença de nível entre o pequeno recipiente com o
flutuador e o grande se denomina linha de flutuação e a esse
regulador, sifão flutuante.
No ano 87 a.C. Geminus de Rhodes cria o diferencial
mediante o qual se transmite a um eixo rotativo um
movimento equivalente a soma ou diferença de outros dois
movimentos.
No ano 63 a.C. Marco Túlio Tiro, escravo e secretário de
Cícero o grande orador e político romano, cria o primeiro
sistema organizado de taquigrafia, como a concebemos hoje, a
qual se denominava de “Abreviaturas Tironianas”. Estas
tiveram uma grande difusão em Roma e foram utilizadas ao
menos durante dez anos.
Taquigrafia
No ano 59 a.C., Julio César criou as acta diurna, folhas de
pergaminho com informações destinadas ao público e que
eram penduradas nos edifícios mais importantes do território
romano.
Acta Diurna de Julio César
No ano 48 a.C., Julio César foi o primeiro a criar um Corpo
de dezesseis médicos por legião romana, atribuindo-lhes o
grau de suboficiais dependentes do tesouro público, criando
assim a medicina militar.
Médico romano
Sabe-se que o princípio do piano foi invento de Herón de
Alexandria no século I d.C. agregando-lhes as teclas. Este era
movido por água e denominava-se “Hydraulis”. Pose ser
considerado o precursor do órgão.
Modelo do Hydraulis de Herón
Aproximadamente no século I d.C., de autor anônimo, foi
criado o caderno, passando dos rolos de diferentes materiais a
um códice que permitiu a expansão ao livro. O primeiro
caderno se trata de um fragmento de um livro em latim sobre
as guerras da Macedônia.
Códice de Alepo
Aproximadamente no século II d.C. Apollonius Dyscolus
completou o clássico grego, a Techne Grammatité de Dionysus
Thrax, agregando-lhe um tratado de sintaxe grega.
Syntax 112.3–113.13 de Apollonius Dyscolus
Prisciano, no século V, assenta a base da linguística
moderna utilizando os esquemas linguísticos para o estudo de
outras línguas.
Vitrúvio, no século I, cria o elevador valendo-se do
princípio de baroulkos de Herón de Alexandria. O mecanismo
funcionaria para subir com ajuda de escravos e se imagina que
nos edifícios de quatro pisos da época romana poderiam ter
sido utilizados.
Principio de baroulkos
Inventada por Nero ou Augusto a loteria oferecia como
premio um lote de escravos, barcos, casas, etc, porém com a
peculiaridade de que a participação era gratuita.
Claudius Galeno no século II é o precursor das autopsias
como base do conhecimento anatômico e fisiológico do ser
humano.
Claudius Galeno
Trabalho de Autopsia
Scribonius Largus é até o século I, e mais tarde
Dioscórides e Claudius Galeno no século II, os precursores da
eletroterapia por meio da utilização, seguramente, do peixe
elétrico para o tratamento de cefaléia e dores articulares, com
o fim de suavizar as enfermidades crônicas.
Scribonius Largus
Peixe elétrico
Bibliografía:
Grandes inventos de la humanidad, editorial Alianza Editorial S.A.. 2000
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