Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 15 de Fevereiro de 2017, número 277. Governo anuncia a liberação de saques de contas inativas do FGTS Marcos Corrêa O presidente da República, Michel Temer, afirmou que a liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores que pediram demissão irá trazer tranquilidade social, além de aquecer a economia. Nesta terça-feira (14), o governo divulgou o calendário de saques do benefício, que começa em 10 de março. Cerca de 30 milhões de trabalhadores serão contemplados (veja abaixo o calendário). “Muitas e muitas famílias endividadas, muitas e muitas empresas endividadas. É por isto que o saque, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, não só injetará recursos na economia como trará, de alguma maneira, uma certa tranquilidade social”, disse. As contas inativas do FGTS liberadas somam aproximadamente R$ 43 bilhões. A medida provisória que autoriza o saque foi assinada em dezembro do ano passado por Temer. Quem perder o prazo e não fizer o saque das contas inativas no mês do nascimento, poderá fazê-lo até 31 de julho. A retirada poderá ser feita apenas das contas inativas com data de desligamento do empregado até 31 de dezembro de 2015. Quem pediu demissão depois disso não poderá efetuar o saque, a não ser que tenha outros contratos encerrados em anos anteriores. Para atender os cidadãos que irão retirar pagamentos de contas inativas, a Caixa modificou os horários de atendimento nas agências. Em fevereiro, entre os dias 15 e 17, todas as agências do banco irão abrir duas horas mais cedo para atender os trabalhadores. Além disso, pelo site www.caixa.gov. br/contasinativas, as pessoas podem verificar se possuem contas contempladas, o valor que têm a receber, a data do saque e os canais disponíveis para o pagamento. Há, também, a opção do Serviço de Atendimento ao Cliente no telefone 0800 726 2017. Os cidadãos precisam informar, em ambos os canais de atendimento, o número do CPF e do PIS/PASEP (NIS). Comissão Especial aprova requerimentos para audiências sobre a reforma da Previdência Reforma Trabalhista: relator apresentará parecer na Comissão Especial até 4 de maio Eduardo Braga apresenta na CCJ relatório sobre indicação de Alexandre de Moraes para o STF www.pmdb.org.br / PMDBNacional15 / PMDB_Nacional Março – Nascidos em janeiro e fevereiro Abril – Nascidos em março, abril e maio Maio – Nascidos em junho, julho e agosto Junho – Nascidos em setembro, outubro e novembro Julho – Nascidos em dezembro Senado aprova PEC que regulariza situação das vaquejadas O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (14) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 50/2016) que permite a realização das vaquejadas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a prática. O texto foi aprovado em dois turnos de votação pela ampla maioria dos senadores. Agora, a PEC segue para a Câmara dos Deputados. / PMDBNacional / PMDB_Nacional Congresso Nacional SENADO CÂMARA PEC de Mauro Lopes dá preferência para Eduardo Braga diz que Alexandre de acordos coletivos e altera leis trabalhistas Moraes atende aos requisitos exigidos O Mauro Lopes (MG) apresentou para o STF deputado Proposta de Emenda à Constituição (PEC 300/2016) para estabelecer que as convenções e os acordos coletivos de trabalho prevaleçam sobre o que está na legislação trabalhista. A proposta tramita na Câmara dos Deputados. De acordo com o deputado, o objetivo da proposta é modernizar as relações de trabalho e reduzir o “intervencionismo e protecionismo exacerbados do Estado”, fazendo prevalecer o negociado sobre o legislado nas relações de trabalho. Para ele, muitos dispositivos da Constituição, que é de 1988, têm contribuído para engessar as relações trabalhistas e eliminar postos de trabalho. A proposta de Mauro Lopes traz de volta o aviso prévio de 30 dias. A Constituição Federal adotou o aviso proporcional ao tempo de serviço, regulamentado em 2011, sendo no mínimo de 30 dias, mas podendo chegar a 90 dias de acordo com o tempo de trabalho na empresa. O deputado considera que o prazo estendido “acarreta a incidência de mais um ônus para o empregador”. Deputado Mauro Lopes (MG) Foto: Igo Estrela/PMDB Outra alteração prevista na PEC é a jornada de trabalho de até 10 horas diárias. Atualmente, a jornada é oito horas diárias. Mas o texto mantém a jornada semanal máxima de 44 horas. Além disso, a proposta reduz de dois anos para três meses o prazo para que o trabalhador ingresse com ação trabalhista. E de cinco anos para dois anos o prazo para prescrição, ou seja, para o trabalhador, por direito, ajuizar a ação contra o empregador. SENADO Edison Lobão é eleito presidente da CCJ CÂMARA A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Projeto de Dulce Miranda determina separação de internos em razão do sexo Senado iniciou seus trabalhos com a eleição do novo presidente, Edison Lobão (MA), e do vice, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Lobão foi indicado, por aclamação, pela bancada do PMDB para presidir o colegiado no biênio 2017-2018. A CCJ é uma das comissões mais importantes do Senado e tem como principal atribuição a análise de propostas de Emenda à Constituição. Lobão disse sentir-se honrado em voltar ao comando da comissão após 12 anos e destacou a importância da CCJ. “É uma comissão de grande importância para o processo legislativo do Senado. Por aqui passam todos os projetos, cuja legalidade e constitucionalidade precisam ser verificadas antes de eles serem apresentados ao Senado. Além disso, sabatinarmos autoridades dos tribunais superiores”, afirmou. Edison Lobão lembrou que já presidiu a CCJ durante a análise da reforma do Judiciário e anunciou que será democrático na distri- Aguarda designação de relator na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER) da Câmara o Projeto de Lei (PL) 5154/2016, de autoria da deputada Dulce Miranda (TO), que modifica o art. 123 do Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer a obrigatoriedade de se separarem adolescentes do sexo feminino em unidades especializadas e para tornar obrigatória a exigência de que o pessoal nelas lotado seja apenas do sexo feminino. A proposta prevê que a internação seja cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, sexo, compleição física e gravidade da infração. Nos estabelecimentos onde estiverem internadas adolescentes do sexo feminino, o texto determina que somente se permitirá o trabalho, de qualquer natureza, de pessoal do sexo feminino, salvo em caráter excepcional, por tempo não superior a seis meses, contínuos ou não, mediante justificativa fundamentada da diretora do estabelecimento do órgão superior. Por fim, consta que durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas. Deputada Dulce Miranda (TO) Foto: PMDB Para Dulce Miranda, a separação proposta não deve ser mais adiada. Segundo ela, a segurança e o bem-estar das adolescentes que cumprem medidas de segurança devem ser a preocupação primeira do Estado. Tal medida, aparentemente rigorosa, é, para Miranda, justificável diante dos casos de violência sexual a serem evitados. “A preservação da integridade física de nossas adolescentes deve ser prioridade”, defendeu a parlamentar. CÂMARA Colatto defende exame toxicológico para retirada da primeira Carteira de Habilitação Os futuros motoristas que forem retirar a 2 O senador Eduardo Braga (AM) apresentou o seu relatório sobre a indicação (MSF 8/2017) do nome de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu texto, Braga ressaltou a formação e a experiência profissional do candidato e apontou o atendimento a requisitos exigidos para o cargo. Licenciado do Ministério da Justiça, Alexandre de Moraes será sabatinado na terçafeira (21) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. A data foi marcada na reunião da comissão nesta terça-feira (14). Após sabatinar o indicado do presidente Michel Temer, os integrantes da Comissão de Justiça se manifestarão a favor ou contra a indicação, em votação secreta. A matéria seguirá então ao Plenário do Senado, onde também passará por votação secreta. Relatório – Eduardo Braga ressaltou a formação acadêmica de Alexandre de Moraes, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), a mesma instituição em que Moraes obteve o título de Livre Docente, mediante concurso público. Moraes é professor da Faculdade de Direito da USP, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Escola Superior do Ministério Público e da Escola Paulista da Magistratura. Foi promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, secretário de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e secretário de Segurança Pública de São Paulo (2015—2016). Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pela primeira vez deverão passar por exame toxicológico como pré-requisito para a obtenção do documento. É o que consta do Projeto de Lei (PL) 6187/2016, de autoria do deputado Valdir Colatto (SC), em análise na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara. De acordo com projeto, o processo de habilitação será iniciado pelo exame toxicológico, com janela de detecção de até noventa dias para maconha, cocaína, opiáceos, anfetaminas e metanfetaminas. O exame será obrigatório também na etapa final do período probatório de um ano da Permissão para Dirigir, com vistas à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação. Nas situações de reprovação no exame toxicológico, consta do texto que o candidato tem direito à contraprova e ao período recursal no âmbito administrativo. Caso não obtenha êxito nessas fases, cabe a ele apresentar laudo médico atestando o atendimento ou tratamento devidos, antes do reinício de todo o processo de habilitação. Colatto justifica que o controle mais rígido para a emissão do documento de habilitação tem por objetivo prover mais segurança no trânsito e diminuir o flagelo dos acidentes que, além de ceifar vidas precocemente, perpetuam um exército de deficientes. “A droga reforça a noção equivocada de onipotência do jovem, que é estimulado pelo risco, levando-o a dirigir com as faculdades alteradas, sem noção da repercussão social do ato de dirigir”, alerta. Senador Edison Lobão (MA) Foto: Geraldo Magela/Agência Senado buição das relatorias dos projetos. “Volto a ela em um instante de turbulência política [...]. Haveremos de ter uma gestão democratizada, ou seja, nós não teremos preferências especiais por nenhum senador para as relatorias importantes que por aqui passarem”, destacou. SENADO CAE analisa projeto de Eunício que cria Fundo Nacional de Aterros Sanitários Aguarda votação em decisão terminativa pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado o PLS 207/2012, de autoria do senador Eunício Oliveira (CE), que cria o Fundo Nacional de Aterros Sanitários (FNAS). A criação do fundo se destina a financiar até 70% de projetos que atendam às exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). A construção de aterros sanitários nos municípios poderá ser financiada com recursos de fundo abastecido pelo Tesouro Nacional ou por doações. O FNAS terá prazo de duração de dez anos e destinará recursos a fundo perdido, sendo obrigatória a contrapartida municipal de pelo menos 30% do valor do projeto. A construção de aterros sanitários poderá ser de responsabilidade de um município ou de um consórcio de municípios, e a condição para acessar o fundo será a aprovação de planos municipais de resíduos sólidos. Pelo projeto, os recursos do fundo poderão ser utilizados para estudos de viabilidade técnica e de impacto ambiental do aterro; para aquisição de terrenos, drenagem e impermeabilização do solo; para aquisição de materiais que servirão a obras de isolamento e proteção ambiental; para construção de estação de tratamento de efluentes, e para ações de treinamento profissional de catadores de lixo. Eunício explicou que “a matéria busca garantir recursos para auxiliar os municípios no cumprimento das metas exigidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos”. Para ele, é fundamental que as prefeituras se mobilizem no combate aos lixões a céu aberto, mas também argumenta ser necessário que a União ofereça condições para que a legislação seja cumprida no prazo certo. “A maioria dos municípios brasileiros não conseguiu cumprir o prazo exigido pela lei. No Congresso, tivemos que ampliar esse prazo. Esperamos que com esse projeto, todos possam fazer sua parte e assim acabar de vez com esses lixões, nos comprometendo ainda mais com a saúde pública da população”, defendeu. O prazo ao qual o peemedebista fez referência diz respeito às metas estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Uma delas era que os municípios, até 2014, implantassem aterros sanitários dando fim aos lixões. Entretanto, quase três mil cidades não conseguiram cumprir as determinações da lei. Para que a legislação seja obedecida, novas votações foram parar no Congresso a fim de garantir outras datas, agora escalonadas, que vão de julho de 2018 a julho de 2021, a depender do tamanho da cidade. Congresso Nacional CONGRESSO PEC com regras para vaquejadas e rodeios é aprovada no Senado Nesta terça-feira (14), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), definiu com os líderes partidários a pauta de votações desta semana. Durante a reunião, os senadores também manifestaram preocupação com as questões que envolvem a segurança pública no Brasil: lembraram as mortes em presídios, no início do ano, e a recente greve de policiais militares no Espírito Santo. Eunício acordou com os líderes que cada um levantará sugestões de projetos para preparação de uma lista que ofereça soluções à sociedade. A lista será apreciada depois do carnaval. Na sessão desta terça, foi aprovada em dois turnos pela ampla maioria dos senadores a Proposta de Emenda à Constituição 50/2016, que busca permitir a realização das vaquejadas após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a prática. Agora a PEC segue para a Câmara dos Deputados. A proposta muda o artigo 225 da Constituição, que trata do meio ambiente, para descaracterizar a prática de crueldade associada ao esporte. O texto foi apresentado em outubro de 2016, logo após a decisão do STF. No julgamento de ação do Ministério Público contra a lei que regulamentava as vaquejadas no Ceará, o relator, ministro Marco Aurélio, considerou haver “crueldade intrínseca” contra os animais. O texto prevê que não serão consideradas cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais previstas na Constituição e registradas como integrantes do patrimônio cultural brasileiro. A condição para isso é que sejam regula- mentadas em lei específica normas que garantam o bem-estar dos animais. Outros projetos — Nesta quarta-feira (15) os senadores deverão continuar a discussão da PEC 57/2017, que estabelece a definição, por Lei Complementar, do conceito de “pequeno município”, entidade da Federação à qual deverão ser asseguradas normas simplificadas para balancetes e prestação de contas. O texto tem como objetivo diminuir a burocracia em procedimentos fiscais e tributários, principalmente para municípios menores. Além disso, determina a elaboração de um Estatuto do Contribuinte e o incentivo à aplicação de tratamento especial e simplificado para microempresas e empresas de pequeno porte. O senador José Maranhão (PB) é o relator da matéria, que foi incluída na ordem do dia conforme calendário especial. Os senadores também poderão votar o PLS 200/2015, que facilita a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a realizar testes de novos medicamentos em seres humanos. A matéria cria um marco regulatório para análise e registro de novos medicamentos no tratamento de câncer, Alzheimer, diabetes e outras doenças, e fixa regras a serem cumpridas para estudos em seres humanos. Na pauta há ainda o PLS 406/2016, que altera o Código Tributário Nacional com o objetivo de simplificar o sistema, e a PEC 111/2015, que veda a edição de medidas provisórias que causem desequilíbrio econômico-financeiro de contratos firmados pela Administração Pública com particulares. Câmara pode votar regras para funcionamento de partidos Em reunião de líderes partidários, nesta quarta-feira (15), às 15 horas, a Câmara dos Deputados deverá definir a pauta de votações da semana. Os líderes deverão discutir ainda as indicações dos partidos para as comissões permanentes da Casa. Entre os projetos previstos para compor a pauta semanal está o que define regras para o funcionamento de partidos políticos. A deliberação do projeto depende de acertos no texto original. Após votar a urgência do projeto, os líderes buscaram entendimentos para suprir do texto dois itens polêmicos: a revogação do direito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de expedir instruções sobre a Lei dos Partidos (Lei 9.096/95); e a manutenção do registro dos partidos mesmo quando tiverem contas “não prestadas” ou desaprovadas. O deputado Hildo Rocha (MA) adiantou que é contra a medida. “Como é que nós vamos permitir que partido político que não presta conta de dinheiro público do Fundo Partidário possa continuar funcionando? Isso é um absurdo que nós vamos fazer com o povo brasileiro”, disse. Anistia tributária — A anistia tributária, cambial e criminal aos bens mantidos no exterior por pessoas físicas residentes no país, prevista no Projeto de Lei 2.617/2015, do deputado Manoel Júnior (PB), também deverá ser deliberada no Plenário da Câmara. O projeto tramita apensado ao Projeto de Lei 6568/2016, do Senado, que propõe a regularização de ativos enviados ao exterior e não declarados. O novo prazo será de 120 dias, contados após 30 dias da publicação da futura lei. O projeto determina que os recursos arrecadados sejam divididos com estados, Distrito Federal e municípios. O texto estipula que 54% dos valores arrecadados serão destinados à União, enquanto 46% seguirão para os outros entes. Mulheres e crianças — O Plenário da Câmara poderá votar também vários projetos que estabelecem medidas para resguardar direitos e enfrentar a violência contra mulheres e crianças. Uma das propostas (PL 3792/2015) cria um sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes que sejam testemunhas ou vítimas de violência. O Projeto de Lei 1579/2007 cria benefício financeiro para adolescentes grávidas pertencentes a famílias em condição de pobreza ou de extrema pobreza. Pela proposta, o valor mensal da bolsa será de R$ 50 e poderá subir para R$ 100, caso a beneficiada comprove estar regularmente matriculada e ser assídua às aulas. O benefício deverá ser vinculado ao programa Bolsa Família. Carlos Marun preside os trabalhos da Comissão Especial da Reforma da Previdência A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/2016) discutiu nesta terçafeira (14) o plano de trabalho do colegiado. Instalada na quinta-feira (9), a comissão elegeu no mesmo dia o deputado Carlos Marun (MS) para presidir os trabalhos. Ele recebeu 22 votos. Os outros dois candidatos receberam, juntos, 12 votos. A votação foi secreta. Os demais deputados peemedebistas que integram o colegiado são: Titulares: Darcísio Perondi (RS), Lelo Coimbra (ES) e Mauro Pereira (RS); Suplentes: Alceu Moreira (RS), Marcelo Castro (PI), Pedro Chaves (GO) e Ronaldo Benedet (SC). Na reunião desta terça-feira, o plenário da Comissão ficou lotado. Carlos Marun informou que algumas reuniões devem ser realizadas no Auditório Nereu Ramos para que mais pessoas possam participar. Instalação da Comissão Especial da Reforma da Previdência Foto: Igo Estrela/PMDB Audiências — A comissão deverá realizar oito audiências públicas e um seminário internacional para conhecer os sistemas de outros países. A primeira audiência, prevista para esta quarta-feira (15), será com o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. O seminário internacional deve acontecer no dia 14 de março. Foram aprovadas 63 indicações de convidados para as audiências, que terão os temas: discussão do regime de previdência dos servidores; arrecadação, isenções e cobrança da dívida previdenciária; discussão do Regime Geral de Previdência Social; discussão do equilí- brio financeiro da previdência (mudanças demográficas e mercado de trabalho); benefício de prestação continuada; trabalhador rural; situação dos policiais e dos professores. Os debates na comissão devem girar também em torno do rombo nas contas da Previdência. O deputado Darcísio Perondi defendeu a aprovação da proposta, pois, segundo ele, as contas públicas não fecham sem a reforma, principalmente após a aprovação do teto de gastos ano passado. O governo justificou a necessidade de mudanças pelo aumento do déficit do sistema, que em 2017 pode chegar a R$ 181 bilhões, considerando o que é arrecadado e o que é gasto com benefícios, inclusive rurais. Em 2016, o deficit foi de R$ 105 bilhões na previdência rural e R$ 47 bilhões na urbana. Daniel Vilela é eleito presidente da Comissão Especial da reforma trabalhista O deputado federal Daniel Vilela (GO) foi eleito na última quinta-feira (9) presidente da Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL 6787/2016). O tema, ao lado da reforma da Previdência, é um dos carroschefe do governo federal no pacote de reformas estruturantes para modernizar o país, ajustar as contas públicas e retomar o crescimento econômico. Como presidente, o parlamentar goiano será responsável por conduzir as discussões e votações e garantir o amplo debate, dando espaço para argumentos de representantes de empregados e empregadores. “O presidente da comissão tem uma função mais administrativa, que é garantir a boa condução dos trabalhos; é atuar como uma espécie de mediador do debate e possibilitar isonomia na tramitação da matéria e aprofundamento na discussão por meio do agendamento de audiências públicas que contemplem as partes interessadas. Tudo dentro de um prazo razoável. É isso o que vou fazer”, afirma Daniel Vilela. O parlamentar foi escolhido para presidir a comissão devido ao seu trabalho na Câmara. Membro atuante da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), Daniel foi o relator da medida provisória que instituiu o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), em novembro de 2015, programa responsável por preservar 63 mil empregos em 2016. Foi dele a iniciativa de dobrar o prazo de vigência do programa, passando de apenas 1 ano para 2 anos. Para Daniel, a reforma trabalhista é a oportunidade de corrigir distorções que surgiram no decorrer das décadas posteriores a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sancionada em 1943. “A base da nossa legislação trabalhista é da década de 1940 e sofreu inúmeras alterações ao longo do Deputado Daniel Vilela (GO) Foto: Igo Estrela/PMDB tempo. A reforma é necessária e, no que depender de mim, sua discussão vai ser feita com o máximo de transparência e participação popular. É preciso que seja assim para que todos entendam o que está sendo proposto, e que mitos sejam desfeitos”, afirma Daniel Vilela. Ele ainda destaca: “O texto enviado pelo governo não traz perdas de direitos adquiridos como 30 dias de férias, 13º salário, licença-maternidade, dentre outros. É preciso que fique claro: estes pontos não estão em discussão. Esses direitos adquiridos serão mantidos”. Plano de Trabalho — Nesta terça-feira (14), foi definido o roteiro dos trabalhos e votados os requerimentos de convites de audiências. O relator da Reforma Trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), apresentou cronograma em que sugere 11 audiências públicas. Serão ouvidos o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira e representantes de entidades sindicais, de associações de classe e do Ministério Público do Trabalho (MPT), entre outros. O relator também anunciou que seu parecer será apresentado até 4 de maio. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Reformar, palavra de ordem no Brasil Há quem goste de ouvir profecias. Uns as temem. Outros duvidam delas e nem lhes dão ouvidos. Existem também os céticos, que anotam as previsões e as comparam com os fatos – que, afinal, sempre teimam em acontecer. O Brasil parece tomado de assalto por profetas do caos. Pessimistas, preveem uma sucessão de catástrofes derrubando indicadores econômicos, turvando o ambiente político e antecedendo rupturas sociais. Alguns, inclusive, ganhando dinheiro com isso. No que depender de minha gestão como presidente do Senado Federal, os profetas do caos terão de procurar outro meio de vida. Estou preparado para trabalhar diuturnamente para repor o Brasil nos trilhos do crescimento e do desenvolvimento, com mais justiça social. É preciso mudar as estruturas, modernizar as relações de trabalho, correr para salvar a Previdência Social da quebra – um risco * Eunício Oliveira iminente – e melhorar o ambiente de negócios, varrendo entulhos burocráticos e exigências anacrônicas que travam o crescimento, assustam os empreendedores e perpetuam o já folclórico “Custo Brasil”. Já tramita na Câmara a reforma da Previdência, enviada pelo governo federal. Ela chegará em breve ao Senado, depois de passar pelo crivo de debates, discussões e aperfeiçoamentos promovidos pelos deputados. Os senadores, muitos deles experientes em governos estaduais ou prefeituras, têm vasto conhecimento para lidar com esse tema. Não se trata de ideologizar a reforma, fazendo concessões que esvaziem o real sentido do que deve ser: salvar o sistema previdenciário público do Brasil. É fundamental dialogar com todos os setores, mas não se pode fugir de temas árduos como a imposição de uma idade mínima. Diante das novas perspectivas de tempo de vida da população, precisamos alongar um pouco mais o prazo de contribuição dos futuros aposentados e pensionistas antes do início da concessão dos benefícios. Hoje a Previdência caminha para um colapso, uma vez que aumenta celeremente a coluna de despesas, enquanto a de receitas sobe lentamente. Saberei convocar os senadores a tratar o tema com a maturidade necessária. Muito diálogo e maturidade também se farão úteis para apresentar ao país um rol de alterações legislativas capazes de dar um ar mais contemporâneo ao conjunto de leis que regulam as relações trabalhistas. Antes de entrar para a política, construí uma sólida carreira empresarial e vivi o dia a dia das relações entre sindicatos patronais e de trabalhadores. Aprendi a negociar. Jamais fugi de um bom e honesto debate com entidades laborais. É inegável o anacronismo de várias regras que seguem ancorando o mundo do trabalho. Isso trava o dinamismo de quem tem o empreendedorismo no sangue, como os brasileiros, e represa investimentos. No fim desse ciclo que, seguramente, não é virtuoso, está o desemprego: quanto maior o custo do investimento, menor o número de empresas ativas. Daí o compromisso que precisamos ter com a melhoria do ambiente de negócios, incluindo nesse custo a falta de obras de infraestrutura e um burocrático emaranhado de leis. Sou um otimista inveterado. Acredito que em tempos de crises profundas deve haver mais cooperação e menos cálculos político-eleitorais. O povo brasileiro tem pressa, quer voltar a mirar o futuro com esperança e altivez. O bom é que, nas democracias, somos julgados periodicamente. Em 2018, quase 110 milhões de eleitores dirão, nas urnas, quem acertou e quem errou. Até lá, só há uma palavra de ordem a nos conduzir: reformar, reformar, reformar. *É presidente do Senado. Foi ministro das Comunicações de janeiro de 2004 a julho de 2005 (governo Lula). Filiado ao PMDB-CE. Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo – Tendências e Debates – 12 de fevereiro de 2017. Projetos de combate a violência contra a Padilha e Moreira Franco destacam mulher, de Alceu Moreira e Simone Tebet, propostas do programa do PMDB que se estão em pauta no Senado tornaram ações do governo Temer O projeto PLC 4/2016, do deputado Alceu Moreira (RS), e o PLS 244/2016, da senadora Simone Tebet (MS), ambos com medidas de combate à violência contra a mulher, devem ser votados na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), presidida pelo senador Edison Lobão (MA), nos próximos dias. As propostas constaram da pauta da última reunião realizada pelo colegiado em 2016. O projeto de Alceu Moreira torna crime o descumprimento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. Hoje, o descumprimento dessas medidas não configura crime, o que impede a prisão em flagrante do agressor que contraria decisão judicial e não se mantém distante da vítima. O projeto diz que o infrator pode ser punido com detenção de três meses a dois anos. Para ajudar no combate aos agressores, Simone Tebet propõe que os dados sobre violência contra a mulher sejam obrigatoriamente coletados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas Senadora Simone Tebet (MS). Foto: Igo Estrela/PMDB (Sinesp), plataforma que integra e disponibiliza dados sobre a criminalidade no país. Atualmente, segundo a senadora, as informações são incompletas e díspares, o que dificulta um diagnóstico preciso do quadro de violência doméstica e familiar. Dados acurados são condição indispensável para a formulação de políticas adequadas e eficientes, afirma Simone Tebet. Os dois projetos receberam votos favoráveis dos respectivos relatores. Em reunião com presidentes das filiais da Fundação Ulysses Guimarães, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (RS), destacou medidas adotadas pelo governo do presidente Michel Temer, as quais foram extraídas dos programas “Ponte Para o Futuro” e “A Travessia Social”, ambos do PMDB. O ministro Moreira Franco (RJ), da Secretaria-Geral da Presidência, também Um ano do Programa “Ponte para o Futuro” identificou as propostas do PMDB que “deram Foto: Igo Estrela/PMDB ao presidente Temer condições para fazer um governo de travessia e assim tirar o país da sua pior crise econômica”. Os dois ministros participaram do encontro em que a Fundação Ulysses Guimarães e o PMDB celebraram 1 ano dos programas, na quarta-feira (8), em Brasília. Padilha destacou a preocupação do PMDB, da Fundação e do governo com o aspecto social, atendido prontamente por medidas que passaram a gerar empregos, a recompor o Bolsa Família, e a restabelecer o programa Minha Casa Minha Vida. O ministro citou ainda a nova lei para micros e pequenas empresas, que já representam 98% das empresas brasileiras. “O governo Temer está atento às três principais preocupações da população: segurança, saúde e emprego”, disse. Moreira Franco ressaltou que o programa foi lançado antes de o PMDB assumir o governo, representando, segundo ele, uma contribuição escrita para o país sair da crise. “Tudo que está sendo feito está escrito no programa, os fundamentos e as propostas. O PMDB sempre apoiou as medidas econômicas que proporcionaram desenvolvimento e controle da inflação. Agora, isso está sendo realizado com um programa do próprio Partido”, afirmou. Osmar Terra e Marcela Temer promovem o Programa Criança Feliz Primeiras-damas de municípios e estados, prefeitas e vice-governadoras foram recebidas pela embaixadora do Programa Criança Feliz, a primeira-dama Marcela Temer, para uma reunião de mobilização a favor da implantação do programa em todo o país. A reunião, promovida na última quinta-feira (9) no Palácio da Alvorada, contou também com a presença de representantes de entidades parceiras, do governo federal e das Nações Unidas. Marcela Temer ressaltou a importância dos investimentos na atenção à primeira infância para garantir um futuro melhor para as crianças. A primeira-dama convocou todos a explicarem à sociedade a importância dos cuidados adequados com os pequenos desde o início da vida. “O Criança Feliz não é uma política pública que vai gerar um retorno em curto prazo. É uma semente que está sendo plantada agora para que bons frutos sejam colhidos daqui a alguns anos. Quando investimos na primeira infância, estamos, na verdade, assegurando que as próximas gerações tenham um futuro melhor de justiça social, que tanto queremos, que tanto buscamos”, afirmou. Durante palestra, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra (RS), Expediente Boletim Movimento é uma produção da Agência de Notícias do PMDB. Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 que coordena o programa, explicou as razões para se investir na primeira infância, que, segundo ele, é uma das melhores formas de combater a pobreza e de construir uma geração de pessoas menos violentas e mais bem preparadas para a vida. “A ciência mostrou que é nos primeiros meses e anos de vida que as competências humanas se estabelecem, que ficamos com todos os alicerces de todas as habilidades desenvolvidos. Uma criança bem estimulada, bem cuidada, vai ter um desenvolvimento humano melhor. Uma criança que tiver dificuldades nesse início da vida vai ter seu desenvolvimento prejudicado e com mais dificuldade para recuperar. Se trabalhamos bem este início da vida, mudamos a história da sociedade”, destacou Osmar Terra. O Criança Feliz vai promover o acompanhamento e a estimulação na primeira infância. Visitadores capacitados irão às casas das famílias para mostrar aos pais como estimular os filhos e garantir que eles se desenvolvam melhor. Para os beneficiários do Bolsa Família, o acompanhamento será desde a gestação até os três anos de idade. Nas famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o acompanhamento vai até os seis anos. A meta do programa é acompanhar 4 milhões de crianças até 2018.