Governo tem programa de controle de tuberculose Fonte: ZM Notícias A tuberculose, doença que causou inúmeras mortes nos séculos XIX e XX, ainda faz parte da realidade da sociedade fluminense. Segundo a Secretaria de Saúde e Defesa Civil, o Rio de Janeiro tem o maior número de casos da enfermidade do Brasil. A cada 100 mil habitantes, 87 têm tuberculose. Para controlar a doença infecciosa, o governo do Estado criou o Programa de Controle da Tuberculose. De acordo com a coordenadora do Programa de Pneumologia Sanitária da Secretaria de Saúde e Defesa Civil, Lizia Maria de Freitas, o objetivo do projeto é diminuir a taxa de incidência da tuberculose nos municípios do Rio. “A doença infecto-contagiosa está entre nós desde o descobrimento do Brasil. A tuberculose é uma enfermidade estigmatizada pela população. Muitos acham que a doença só é transmitida em comunidades carentes. Qualquer pessoa pode adoecer com a tuberculose, mas a enfermidade está ligada à alimentação incorreta, ambiente mal ventilado e aglomerações de pessoas. A doença tem cura há 50 anos, mas continua matando por causa da falta de informação. No Estado do Rio de Janeiro, são registrados aproximadamente 16 mil casos por ano”, declara a médica. A tuberculose é transmitida pelo ar e atinge todos os órgãos do corpo humano, principalmente os pulmões. O ar é contaminado por pacientes com a doença através da fala, tosse e espirro. Causada pelo bacilo de Koch, a enfermidade causa cansaço intenso, emagrecimento, suores à noite, tosse constante e febre alta no final da tarde. “Nem todas as pessoas que estão infectadas adoecem. Pessoas com baixa imunidade, como aidéticos e diabéticos, são mais propensas a terem a doença. Quem apresenta tosse com duração de três semanas ou mais deve procurar um médico para que seja feito o diagnóstico através do exame do escarro, chamado de baciloscopia do escarro. O doente deve fazer também o teste para AIDS por causa da imunidade e o PPD, feito na pele do braço”, explica Lizia Maria de Freitas. A doença infecciosa pode ser prevenida através da vacina BCG, aplicada no primeiro mês de vida da pessoa. A imunização previne as formas mais graves da tuberculose somente em crianças. Para evitar a transmissão do vírus, o tuberculoso deve cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, além de manter a casa bem ventilada. “A bactéria se espalha no ar quando tossimos. A tuberculose não é transmitida pelo sangue contaminado, por copos, talheres, roupas ou colchão. A melhor prevenção é o tratamento precoce dos tuberculosos”, afirma a coordenado do Programa de Controle da Tuberculose. O tratamento da enfermidade, oferecido gratuitamente pela rede estadual de saúde, é realizado através do uso de medicamentos por seis meses. O paciente infectado pela bactéria deve realizar o tratamento completo para que a tuberculose não retorne mais resistente. Quando os doentes seguem as orientações dos médicos, as chances de cura são de 99%. O programa da Secretaria de Saúde e Defesa Civil acompanha os municípios que realizam o tratamento supervisionado em pacientes com a doença infecto-contagiosa. O projeto realiza palestras em locais onde o índice da tuberculose é maior. As oficinas são dirigidas aos profissionais de saúde e à população. No dia 6 de setembro, o grupo responsável pelo programa realizará uma palestra também para pedreiros e arquitetos, na comunidade da Rocinha. O evento servirá para a produção de uma cartilha sobre moradia saudável, que será distribuída nas comunidades do Estado do Rio de Janeiro. Mais informações sobre o Programa de Controle da Tuberculose podem ser obtidas no site 1/2 Governo tem programa de controle de tuberculose www.saude.rj.gov.br/tuberculose ou pelos telefones (21) 2299-9750 e (21) 2299-9718. Leia mais: ZM Notícias 2/2