16 de Fevereiro de 2005 - Edutec

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O Protocolo de Kyoto entra em vigor
dia 16 de Fevereiro de 2005
Adaptado de: http://www.webeficienciaenergetica.kit.net/artigo.htm
Roberta Nadalutti
Após 7 anos de negociação política, a comunidade internacional conseguiu estabe­lecer me-
tas comuns de combate ao aquecimento global. Através do Protocolo de Kyoto,140 nações
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Material Complementar
definiram que 35 países industrializados devem diminuir em 5% o total de emissões de gases
estufa na atmosfera, em relação aos níveis atingidos em 1990. O esforço mundial visa evitar
mudanças climáticas que podem afetar o equilíbrio ecológico do planeta, causando da­nos ambientais, econômicos e sociais.
Durante os anos 70 e 80, evidências científicas surgiram para comprovar a partici­pação do
homem no processo de aquecimento global. As discussões resultaram na organização da Rio
92, conferência da ONU sobre mudanças climáticas (United Nations Framework Conven­tion
on Climate Change - UNFCCC) que apelava para uma ação internacional voluntária de cor­
tes nas emissões de gases estufa. Em 1997, países membros da UNFCCC assinam em Kyoto,
no Japão, um protocolo que requer uma redução de 5,2% nas emissões combinadas de países
industrializados no período de 2008 a 2012.
O Protocolo de Kyoto definiu que apenas os países industrializados tem o compro­misso
formal de reduzir suas emissões devido a sua responsabilidade histórica. De acordo com o
governo brasileiro, esses países contribuíram com 90% dos gases acumulados na atmosfera.
Como o dióxido de carbono leva séculos para se decompor, a queima de petróleo, gás e carvão
que vem acontecendo desde a Revolução Industrial vai se acumulando lenta e perigosamente.
Cada país industrializado possui uma meta diferenciada de redução de dióxido de carbono,
metano, hidrofluorocarbonos, perfluorocarbono e mais 2 outros gases que contribuem para o
aquecimento global. A meta da União Européia é diminuir em 8 %, a do Japão em 6% e a Rús-
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Os Estados Unidos, responsável por 36% das emissões mundiais, não ratificou o Protoco­lo.
Nos últimos anos, ajustes legais e técnicos foram sendo realizados para que o con­gresso
nacional das nações participantes do acordo pudessem endossar o Protocolo. A ratifica­ção
deveria ser realizada pelos responsáveis por mais de 55% das emissões de dióxido de car­bono
para que as medidas do protocolo entrassem em prática. Isto aconteceu com a ratifica­ção da
Rússia no ano passado, permitindo que os mecanismos propostos em Kyoto comecem a funcionar esta semana.
Para atingir suas metas de redução, os países industrializados podem realizar ações em seus
próprios territórios como implementar impostos ambientais, incentivos fiscais para mecanis-
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sia, responsável por 17,4% do total de emissões, não deve aumentar seu índice (meta de 0%).
mos de desenvolvimento limpo (MDL), políticas de eficiência energética e campanhas de
conscientização pública. Outra opção é financiar projetos de MDL e sequestro de carbono em
países em desenvolvimento. O benefício ambiental é equivalente, já que a atmosfera é co­mum
a todos os países.
O mercado de créditos de carbono foi criado para facilitar o investimento para as nações in-
dustrializadas cumprirem suas metas. Este mecanismo da UNFCCC permite que pro­jetos que
reduzem emissões, ou retiram dióxido de carbono da atmosfera, recebam certifica­dos válidos
para as metas do Protocolo de Kyoto. Estes certificados podem ser vendidos para os países que
precisam diminuir seus índices de redução. Por enquanto, metade das emissões é vendida ao
Banco Mundial que, segundo estimativas de mercado, paga em torno de US$ 4 por tonelada,
garantindo um mecanismo financeiro de sustentação da iniciativa.
O primeiro programa aprovado pelo Banco Mundial para receber créditos de carbo­no é
brasileiro. A Nova Gerar, joint-venture da S.A. Paulista com a EcoSecurities materializou um
projeto de geração de energia com gás metano em um aterro sanitário na Baixada Flumi­nense.
A iniciativa foi a primeira do mundo oficialmente inscrita como projeto de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kioto. O registro foi feito no Comitê de
Meca­nismo do Desenvolvimento Limpo, da ONU, em 18 de novembro de 2004.
Inúmeras oportunidades como a Nova Gerar foram criadas para o Brasil e outros países
em desenvolvimento graças ao Protocolo de Kioto. Apesar de já representar um ganho para o
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Cientistas afirmam que uma redução de cerca de 60% das emissões de gases estufa é necessária
para evitar um potencial estrago catastrófico no sistema climático mundial.
Em 2012 será iniciada a segunda fase do Protocolo de Kyoto, em que haverá uma grande
pressão para diminuir mais profundamente as emissões. Já há um forte lobby para que os países em desenvolvimento assumam a partir de 2012 compromissos formais de redução. A Chi-
na já é o segundo maior emissor de gás carbônico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Brasil e Índia estão entre os 6 maiores emissores. Um estudo das Nações Unidas, re­vela que as
emissões de gases estufa dos países em desenvolvimento superarão as dos países desenvolvidos
entre 2015 e 2020.
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meio ambiente, este é apenas o primeiro passo para reverter o quadro de aquecimento global.
Mesmo com perspectiva de resultados tão graves em relação ao aquecimento glo­bal, países
em desenvolvimento e os Estados Unidos ainda não aceitam compromissos formais de redução.
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