NEEJA- NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CULTURA POPULAR CONSTRUINDO UM NOVO MUNDO. APOSTILA DE HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL MÓDULO-03 PROFESSORAS: IVONE VENDRUSCULO SANDRA M. C. SCHERER CONCEITO DE HISTÓRIA História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização. Objetivos Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente. Fontes O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C). Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos). Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc. Ciências auxiliares da História A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras. Periodização da História Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos: - Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C. - Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano) - Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos). - Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa). - Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje. Outras informações: - O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico. - A historiografia é o estudo do registro da História. - O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos. A PRÉ-HISTÓRIA Talvez a tarefa mais complexa das ciências humanas, principalmente para a história, arqueologia e antropologia, é definir onde começa o “humano”, isto é, como datar a origem da humanidade? Dentro dos estudos escolares de história há um recurso para ponderar esse impasse, adequando o que pode ser aprendido com aquilo que é pesquisado por especialistas. Trata-se da divisão entre Pré-História e História. A “História”, didaticamente falando, tem seu início com o aparecimento das primeiras civilizações, ou seja, com o surgimento das primeiras cidades, os primeiros sistemas políticos e sistemas de escrita. Já a Pré-História corresponderia ao período anterior às primeiras civilizações, mas que apresenta elementos e aspectos que, de uma forma ou de outra, prepararam o terreno para o advento desta. Nesse sentido, a Pré-História é uma área do conhecimento partilhada entre várias disciplinas, que, cada uma a seu modo, formam um mosaico de compreensão do passado pré-civilizacional do homem. Além da arqueologia e da antropologia, a biologia (especialmente a Paleontologia) também se insere no conjunto dessas disciplinas. É dela que provém as nomenclaturas que classificam os hominídeos, isto é, os grupos de seres pré-históricos que se assemelhavam ao Homem atual. Os gêneros de hominídeos variaram em alguns seguimentos principais e sua temporalidade também variou de cinco milhões de anos até, aproximadamente, 120 mil anos, como destacaremos abaixo. Os hominídeos mais antigos são do gênero Ardipithecus e Australopitecos. O Ardipithecus ramidus, por exemplo, tem sua presença na Terra, confirmada por especialistas, variando entre 5 e 4 milhões de anos. Já a do Australopitecos afarensis varia entre 3,9 e 3 milhões de anos. As feições e modos de comportamento desses hominídeos eram bem menos versáteis que do gênero Homo que viria depois. A atuação do Homo habilis, por exemplo, variou entre 2,4 a 1,5 milhões de anos. A do Homem erectus, entre 1,8 milhão a 300 mil de anos. Já a do sucessor desse último, Homo neandertalenses, variou entre 230 e 30 mil anos. O Homo sapiens, que constitui o ser humano tal como o conhecemos hoje, apareceu, provavelmente, há cerca de 120 mil anos, como uma variação do Homo neandertalenses. De forma geral, esses grupos de hominídeos são classificados como caçadores e coletores, isto é, não possuíam fixidez de território. Eram, basicamente, praticantes do nomadismo. A arqueologia e a história costumam, por meio de sistemas de datação, como o do Carbono 14 e da termoluminescência, dividir a ação desses hominídeos nas seguintes fases: o Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, e o Neolítico, ou Idade da Pedra Polida. Essas divisões ocorrem também por meio do grau de domínio da tecnologia rústica. O uso de artefatos como pedra, madeira, pedaços de ossos e cerâmica é determinante para tal classificação. A última fase da Pré-História seria a Idade dos Metais, que corresponde ao período em que o homem passou a ter um pleno domínio do fogo e começou a fazer a fusão de metais, obtendo o bronze, por exemplo. Esse período data de 6 a 5 mil anos atrás e coincide com o aparecimento das primeiras civilizações. Outro ponto a destacar-se com relação à Pré-História e aos documentos estudados por especialistas dessa área é a Arte Rupestre (ver imagem no topo da página), que comporta os primeiros símbolos e registros da ação do Homem, possuindo assim um valor inestimável. EXERCÌCIOS 1- Dê um conceito de História? 2- Qual o Objetivo da História? 3- O que são fontes Históricas? 4- Cite as Ciências auxiliares da História: 5- Cite os períodos da História: 6-Quem é conhecido como Pai da História? 7-Como é dividida a Pré-história: 8- O que é Arte Rupestre? POVOS PRÉ-COLOMBIANOS Ao longo da Idade Média, a concepção de mundo do homem europeu o impelia ao isolamento e o reforço do pensamento religioso. Influenciados pela estabilidade dos valores cristãos e a instabilidade das invasões bárbaras da Alta Idade Média, os homens viviam reclusos no interior dos feudos. O desconhecido e o inusitado seriam palavras que causariam o mal-estar de uma realidade sustentada pela harmonia das ordens clerical, nobiliárquica e servil. Com a ascensão da burguesia mercantil e as grandes navegações, muitos desses valores medievais foram revistos e abandonados. No entanto, muitas narrativas míticas que falavam de terras paradisíacas cercadas de um exotismo e da fartura construíram-se ao longo de muitos anos no ideário das sociedades europeias. Além disso, vários relatos míticos também faziam menção sobre as bestas selvagens habitantes dos mares e terras até então desconhecidas pelos povos europeus. Esse misto de fascínio e terror encontrado nas narrativas e representações iconográficas fez com que o homem moderno ainda guardasse muito desses valores em seu imaginário. Com o advento da descoberta da América, os colonizadores europeus depararam-se com um mundo onde muitas daquelas situações imaginadas em nada traduziam a situação das chamadas civilizações pré-colombianas. Ao mesmo tempo, essa preconcepção do outro acabou fazendo do nativo americano algo a ser repudiado e civilizado pelo europeu. No entanto, toda essa condição de estranhamento, admiração e repúdio deixou para trás toda uma rica gama de valores culturais desenvolvidas pelos povos que aqui já existiam. No fim do século XV, período que marca a chegada dos espanhóis ao continente, o continente contava com três grandes civilizações: maias, astecas e incas. Muitas das cidades criadas por essas civilizações faziam frente a qualquer centro urbano europeu do século XVI. Mesmo contando com um amplo leque de características e conhecimento, o contato dos nativos com os europeus marcou um dos maiores genocídios que se tem registro. Mesmo que diversos traços dessa cultura fossem perdidos com o processo de colonização, vemos no estudo das sociedades pré-colombianas um rico campo de reflexão sobre a questão da relatividade cultural. Conhecendo um pouco mais desses povos podemos repensar o antigo valor que nos impõe a Europa como o berço das mais complexas e avançadas civilizações da História. PRINCIPAIS POVOS Na região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios, acádios, babilônios, assírios e caldeus, entre outro. Ao longo da história, esses povos confrontaram-se em vários momentos. Grupos nômades e seminômades, das montanhas ou do deserto, atacavam as populações sedentárias que viviam nos vales e nas planícies, onde havia áreas férteis para plantar e para criar rebanhos. EGITO ANTIGO A SOCIEDADE QUE CONTROLOU O NILO O Egito antigo localizava-se no nordeste da África. O aproveitamento do rio Nilo favoreceu a fixação de grupos humanos nessa região cercada por desertos. Para levar às águas do Nilo as regiões mais distantes de suas margens, os egípcios construíram grandes canais de irrigação. Também ergueram diques e barragens para proteger vilas e casas das inundações mais violentas. Com esse sistema de diques e canais, os egípcios dominaram, em grande medida, as águas do Nilo, conseguindo, assim, plantar e obter colheitas abundantes. Os egípcios eram politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses, que simbolizavam forças e fenômenos da natureza. Muitas divindades eram representadas em forma de animal. No período das cheias, as águas do Nilo inundavam as terras de suas margens e depositavam Húmus ( substancia fertilizante que resulta da decomposição de restos vegetais e animais). Quando o rio retornava ao nível normal, o solo que tinha sido inundado estava adequado para o cultivo agrícola. SOCIEDADEUMA VISÃO DOS GRUPOS SOCIAIS O faraó era o rei supremo do Egito, considerado um deus vivo, responsável pela proteção e prosperidade de seu povo. No entanto, essa crença na “condição divina do rei “sofreu variações ao longo da história egípcia, ora sendo reforçada, ora enfraquecida”. Os egípcios acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que os mortos seriam julgados por esse deus e poderiam retornar aos seus corpos se fossem absolvidos. Para isso, seus corpos precisariam ser conservados. Desenvolveram, então, a técnica da mumificação. A PALESTINA A região da Palestina, onde viviam os hebreus, corresponde hoje ao Estado de Israel. O patriarcado O patriarca possuía autoridade máxima sobre o povo. Patriarcas: Abraão: conduziu o povo de Ur, na Caldéia, para Canaã (Palestina), a Terra Prometida. Isaac: sucessor de Abraão. Jacó (Israel): conduziu o povo hebreu para o Egito, onde vivia seu filho José. Êxodo: saída dos hebreus de Egito, liderados por Moises, por volta de 1250, a.c. As Tábuas da Lei: mandamentos para nortear a vida do povo em relação a Javé, segundo a bíblia, recebidos por Moises no monte Sinai. Os hebreus vagaram 40 anos pelo deserto. Moises morreu antes de chegar a Palestina O juizado Governo exercido por lideres militares e políticos. Samuel, o Ultimo juiz, instituiu a monarquia. A monarquia Rei com poder centralizado. Rei Davi: expandiu o território, unificou as tribos e estabeleceu a capital em Jerusalém. Rei Salomão: durante o seu reinado houve o desenvolvimento do comercio e do artesanato, a construção de festas religiosas: Sabá: comemoração do sétimo dia da criação. Páscoa: comemoração do Êxodo. Pentecostes: comemoração do recebimento das Tabuas da Lei. Tabernáculos: comemoração da permanência no deserto. Cisma: ocorrido após a morte de Salomão. Separação das tribos hebraicas em dois reinos: Religião: monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus. O salvacionismo, a crença na vinda de um messias ou salvador para libertar o povo hebreu. Fenícios: comércio era sua principal atividade econômica. Desenvolveram a maior simplificação da escrita (22 consoantes). Mais tarde os Gregos acrescentaram as vogais e difundiram o alfabeto que usamos hoje. PERSAS: Foi no campo religioso que se deu a contribuição mais original dos Persas. Zoroastro (incessante luta entre o deus do bem e deus do mal) valorizava o livre arbítrio do homem GRECIA: No mais diversos dos setores do saber humano, os gregos deixaram valiosa herança de realizações culturais. Herança que representa uma das estruturas fundamentais da civilização ocidental. Já houve quem afirmasse que “ nada existe movendo-se em nosso mundo, que não seja grego em sua origem” vejamos alguns aspectos dessa cultura: Filosofia e Cultura: formularam as primeiras explicações racionais para a realidade do mundo Literatura: Prosa, poesia, novelas, romance, teatro. Arquitetura e esculturas: Destaque para estatuas humanas Religião e Mitologia: series de Deuses Religião: Politeísmo (vários Deuses) Império romano; Desde 753ª. C., data da fundação de Roma ate o século VI a. c Roma já possuía cerca de 100 mi habitantes. Desde então a evolução política de Roma dividiu-se três períodos: Monarquia, República e império. Ao atingir o ponto máximo de sua expansão territorial, o Império Romano também encontrou o seu ponto culminante de suas contradições, que iriam, ocasionar o processo de decadência. São muitas as causas que podem ser apontadas para explicar sua decadência. Entre elas destacamos a crise econômica, crise social. ( desigualdade social, o comércio das cidades entro em decadência, tensões, rebeliões, etc). POVOS ROMANOS A Civilização Romana: Civilização histórica que formou um dos maiores impériosque o Mundo já viu. Segundo a lenda, Roma teria sido fundada pelos irmãos Rômulo e Remo que fundaram a cidade em homenagem a loba que os amamentou quando ainda eram crianças. A História da Civilização Romana teve início na Península Itálica. Por volta de 2000 a.C. esta região foi invadida pelos italiotas (sabinos, latinos e volscos). Eles misturaram-se com os povos primitivos locais e passaram a povoar o centro da região dando origem aos romanos.símbolo romano Divisão da História de Roma Monarquia Romana (753 a.C - 509 a.C) No início da monarquia, Roma foi governada por reis de origem etruscas. Neste período os gregos tiveram grande influência sobre a realeza. Na monarquia a sociedade estava dividida em: Patrícios - os grandes proprietários de terras e de gado. Somente eles poderiam ocupar os cargos politico, militar e religioso. Plebeus - homens livres mas sem direitos políticos. Eram maioria em Roma. Clientes - plebeus que prestavam serviços a um patrício em troca de dinheiro ou de terra. Escravos - pessoas escravizadas por dívidas ou oriundas dos povos conquistados pelos romanos Os reis de Roma eram escolhidos pela Assembleia Curial, grupo de patrícios encarregados de escolher o rei de Roma e de criar leis. O Senado Romano, também conhecido como Conselho dos Anciãos, eram composto também por patrícios idosos. Eles tinham a tarefa de aprovar ou não as leis sancionadas pelos reis. Em 509 a.C., um choque de interesses entre o Rei e a Aristocracia deu fim a Monarquia. Tarquínio, último monarca de Roma, foi deposto pelo Senado. A República Romana (509 a.C - 27 a.C) A República Romana foi marcada por agitações sociais. Ao mesmo tempo em que Roma crescia, aumentava as diferenças sociais entre patrícios e plebeus. O Senado Romano deu um golpe de Estado e criou uma República Oligárquica que atendia somente aos desejos dos patrícios. Os plebeus descontentes com a situação social em que viviam, rebelaram-se e exigiram reformas políticas. Conscientes de sua importância na sociedade, os plebeus passaram a exigir os seus direitos políticos. Como os patrícios dependiam dos plebeus nas atividades econômicas e militares, tiveram que atender aos pedidos. Foram criadas leis e instituições que atendiam os desejos dos plebeus. Dentre estas instituições destaca-se: Tribunos da Plebe - Conselho formado por plebeus que tinham o trabalho de vetar as decisões do Senado que se mostrassem ameaçadoras aos interesses da Plebe. Lei das Doze Tábuas - leis escritas que valiam tanto para os plebeus quanto para os patrícios. Os plebeus também conquistaram o direito de se candidatarem aos cargos de Magistrados, antes formado apenas por patrícios. O Direito Romano foi a maior contribuição que Roma deixou de herança para o mundo ocidental. Na República, o poder passou a ser exercido pelos magistrados que exerciam diversos cargos. Os principais eram: Cônsules - Magistrados encarregados de comandar o Exército Romano. Pretores - Magistrados encarregados de fazer a justiça. Censores - Responsáveis pelo censo populacional. Questores - Encarregados pela administração das finanças. Edil - Responsável pela ordem pública e abastecimento das cidades. Senador - Magistrado pertencente ao Senado Romano. Os Senadores eram responsáveis por um grande número de decisões políticas. Dentre as mais importantes destaca-se a nomeação dos Cônsules. Foi no período republicano que Roma lançou-se em guerras de conquistas. A mais difícil delas foi a guerra contra Cartago e suas províncias, as chamadas Guerras Púnicas. Com a conquista do Mediterrâneo, antes controlado pelos fenícios de Cartago, os romanos continuaram a lutar com outros povos. Valendo-se de exércitos poderosos, os romanos conquistaram terras que antes pertenciam aos gregos, egípcios, mesopotâmios e persas. Os Generais Romanos, maiores liderança do Exército, passaram a interferir nas decisões politicas da República. Em 60 a.C., o poder foi divido entre os cônsules Pompeu, Crasso e Júlio César. A divisão do poder entre os 3 generais ficou conhecida como o Primeiro Triunvirato. Com a morte de Crasso, Pompeu e Júlio César passaram a disputar o cargo de Cônsul único. Na disputa pelo poder, César saiu vitorioso, mas anos depois foi assassinado por uma conspiração formada por senadores. Em 43 a.C., novamente o poder é divido entre 3 Cônsules. Formou-se o Segundo Triunvirato composto por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Após afastar Lépido e derrotar Marco Antônio, Otávio tornasse líder supremo de Roma, iniciando assim a fase imperial de Roma. O Império Romano (27 a.C - 476 d.C) Otávio recebeu o título de Augusto a passou a ter total controle sobre as decisões políticas de Roma. A partir do governo do Imperador Otávio Augusto, Roma viria expandir seu controle sobre o mundo antigo. O Senado que antes da formação do Império decidia os rumo da política, agora exercia o simples papel de conselho imperial para o Imperadores de Roma. Com a morte de Otávio Augusto em 14 d.C, sucederam-se 4 dinastias de Imperadores que são: Dinastia Julius Cláudia (14 - 69) Desta família vieram os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. No reinado desta Dinastia houve conflitos entre o Senado e os Imperadores. Dinastia dos Flávio (69 a 96) Família que colocou no poder Vespasiano, Tito e Dominicano. Com o apoio do Exército, a Dinastia Flaviana conseguiu controlar o Senado. Dinastia dos Antoninos ( 96 a 192) Nerva, Trajano, Adriano, Antonino, Pio, Marco Aurélio e Cômodo foram os imperadores desta dinastia. Os Antoninos buscaram a reconciliação do Senado com a figura Imperial. Nesta dinastia Roma chegou ao seu apogeu com uma expansão territorial nunca antes alcançada por qualquer outra civilização. Dinastia dos severos (193 - 235) Teve como imperadores Sétimo Severo, Caracala, Heliogabalo e Severo Alexandre. A Dinastia Severa marca o início do baixo Império Romano onde o império foi afetado por uma crise econômica e pelas invasões de povos bárbaros. A Religião Romana No início da Civilização Romana, as crenças etruscas deu início a pratica religiosa em Roma. Os romanos faziam culto aos seus antepassados. Com o tempo passaram a adorar as divindades gregas que foram rebatizadas como nomes latinos. No período imperial, no reinado Otávio Augusto, nasceu Jesus Cristo, Fundador do Cristianismo. Com o passar dos séculos a Religião Cristã foi sendo difundida e aceita por todo o território romano. Em 391 o Cristianismo passou a ser a Religião oficial do Império Romano. A Arte Romana A produção artística de Roma inicia-se com a arte etrusca do arco e a abóbada. Com a expansão territorial, Roma assimilou em muito a cultura grega e posteriormente a cultura helenística. O Declínio do Império Romano Em 284 d.C. o Imperador Diocleciano procurando melhor defender o império das Invasões Barbaras criou a Tetrarquia. O território romano foi divido em 4 partes, cada uma com governo próprio. Os Hunos, povo guerreiro vindos do Oriente, eram os mais temidos de todos os povos bárbaros Em 395 d.C. Teodósio dividiu o Império em duas partes: O Império Romano do Ocidente com capital em Roma e o Império Romano do Oriente com capital em Constantinopla. A parte ocidental do império seria destruído em 476 d.C. pelos povos germânicos. Odoacro, líder dos Hérulos, depôs Rômulo Augusto, último Imperador de Roma e tornouse rei da Itália. No Ocidente foram formados um grande número de reinos bárbaros. O Império Romano do Oriente que passou a ser chamado de Império Bizantino, durou ate 1453, ano em que os muçulmanos liderados por Maomé II conquistaram a Cidade de Constantinopla. O POVO GREGO Os gregos (ou helenos) viveram na extremidade meridional da península balcânica e sua civilização se desenvolveu a partir da mistura das diversas populações que lá se estabeleceram nos últimos 8000 anos, no entanto, as mais antigas características culturais que se pode chamar de “gregas” apareceram somente depois de 2000 a.C. A Grécia Antiga abrangia os povos que habitavam a bacia do mar Egeu e as ilhas ao redor, e durou desde o surgimento da civilização minoana, na Idade do Bronze, até a sua tomada pelos romanos, em 146 a.C. A partir de 500 a.C. a cultura grega influenciou de tal forma o mundo mediterrâneo que, sem exagero, acabou por constituir um dos mais sólidos fundamentos de toda a Civilização Ocidental. As primeiras populações que falavam grego ocuparam, por volta de 2000 a.C., várias regiões da península balcânica, território de topografia irregular localizado no sudeste da Europa. Posteriormente, em sucessivas fases de expansão marítima, os gregos se estabeleceram em outros locais, notadamente nas ilhas do Egeu e nas margens do Mar Mediterrâneo e do Mar Negro. Grécia Antiga Na Antiguidade, as mais importantes comunidades gregas se concentravam na própria península balcânica, nas ilhas do Mar Egeu, na costa ocidental da península acatólica (Ásia Menor), no sul da península italiana e nas grandes ilhas da Sicília, a oeste, e de Creta, ao sul. Os gregos antigos constituíram a primeira civilização duradoura da Europa, que foi a base da cultura ocidental de tempos posteriores. Deram importantes contribuições nos campos das artes, literatura, filosofia e ciência, apesar de nunca terem conseguido a unificação política. Enfim, as maisvastas experiências sociais ocorreram na Grécia, berço de filósofos, sábios e literatos famosos. História da Civilização Grega A cerca de 2600 a.C., povos da Anatólia, que sabiam trabalhar o ferro e aperfeiçoaram a navegação e a agricultura, invadiram o território grego. A partir de 2000 a.C., a região foi novamente invadida, desta vez por povos indo-europeus (aqueus, eólios, dórios e jônios), que destruíram a civilização existente, absorvendo seus hábitos e cultura. Civilização na Grécia Antiga Primeiro os aqueus invadiram (2000 a.C.). destruíram o Império de Creta, assimilaram sua cultura e estabeleceram seu reino no Peloponeso, construíram as cidades de MicenasTirino. Período Arcaico séc. VIII a.C. a VI a.C. Durante esse período, o território grego se expandiu de maneira surpreendente, principalmente devido ao aumento desenfreado da população das cidades-estados já existentes e do surgimento da propriedade privada o que estimulou muitas pessoas a migrarem em buscas de novas terras. Das mais de cem cidades-estados gregas, várias se mantiveram oligárquicas, e muitas outras desfrutaram de uma democracia. Na história Grega este período foi o mais longo e é dividido em três partes. A primeira fase se tem notícia através dos poemas de Homero, a Ilíada e a Odisséia. É conhecida como Tempos Heróicos ou Tempos Homéricos. Foi a fase anterior a ao século VIII a.C. O domínio do Império Alexandrino pelos soldados de Roma, no século II a.C., ficando a Grécia submissa aos romanos. Além do estabelecimento de um dos mais duradouros padrões de beleza artística, os atenienses nos deram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de Heródoto e Tucídides e um sistema político original, a democracia (literalmente, “o poder do povo”), talvez a maior de todas as contribuições. Período Helenístico 323 a 30 a.C. Os povos Macedônicos (Felipe II e Alexandre) conquistaram o povo grego e misturaram sua cultura com a cultura dos povos do Oriente, sendo que Alexandre, amante da cultura grega, queria formar um Império Universal onde a cultura grega fosse o ponto unificador dos povos conquistados, formando assim uma nova cultura, o Helenismo. Do ponto de vista político o continente grego afastou-se do centro dos acontecimentos. Com o estabelecimento do Império Romano em 27 a.C., a Macedônia e os territórios da Grécia Continental tornaram-se simples províncias romanas. As antigas pólis, agora meros centros municipais, beneficiaram-se da Pax Romana e cessaram suas eternas disputas armadas. Os jogos continuaram sendo disputados e os festivais celebrados; muitas instituições políticas tradicionais conservaram os nomes e a influência local. Atenas manteve o status de cidade universitária A cultura grega foi adotada pela elite romana e a cidade de Roma se tornou o mais novo e mais importante centro de cultura helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da retórica, tão prezada pelos romanos, estava na mão de gregos (às vezes simples escravos); escultores de origem grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais romanos liam, falavam e escreviam fluentemente em grego. Cidades-Estado As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e ficavam mais independentes. As principais cidades-estados foram: Esparta e Corinto, no Peloponeso; Atenas, na Ática; Tebas, na Beócia; Delfos, no Monte Parnaso; Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor. Durante o século V a.C. o poder político se polarizou entre atenienses e espartanos. Atenas agregou diversas pólis a uma poderosa aliança política e econômica conhecida por Liga de Delos; os espartanos, por sua vez, organizaram a igualmente poderosa Liga do Peloponeso. Esparta Esparta era a capital da Lacônia e se distinguiu pelo seu espírito guerreiro. Foi conquistada pelos aqueus, mas progrediu mesmo com a chegada dos dórios. Sua organização social era dividida em três classes: Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios, era a classe dominante; Periecos: formada por camponeses que apoiaram a dominação dórica, tinham alguns privilégios, mas não podiam ocupar cargos políticos por serem considerados como estrangeiros. Ilotas: eram os escravos por no passado terem se revoltado contra os dórios, não podiam se afastar das terras em que produziam. Organização em Esparta Esparta era governada por dois reis, em caso de guerra um ia para o combate enquanto o outro ficava na cidade. Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais: Gerúsia: câmaraformada por pessoas com mais de sessenta anos, que legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo. Apela: Assembleia do Povo, formada por cidadãos com mais de trinta anos, eles aprovavam ou não as leis da Gerúsia. Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados eleitos pelo povo. Podia fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto aos militares e administrar justiça. Educação em Esparta Os espartanos eram preparados acima de mais nada para a guerra, crianças que nascessem com problemas físicos eram jogadas no desfiladeiro. As que nasciam bem, ficavam com os pais até os sete anos, a partir daí o Estado tratava de educá-los. As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos vinte anos eram obrigadas a casarem-se, embora os homens só pudessem casar depois dos trinta anos. Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos, leitura e canto. Cuidavam rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o exército aos vinte e um anos, de onde saiam aos sessenta. Esparta representava o poder absoluto, ditatorial, onde os filhos eram educados dentro de leis rígidas, que por severas demais, terminava por favorecer a corrupção. Atenas A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos. Cidade formada por jônios, com sua localização próxima ao mar exerceu grande influencia na sua formação, contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior, votada para ciências e artes. Tinha sua população dividida em três classes: Cidadãos: eram os filhos de atenienses. Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao comércio e a indústria. Não tinham direitos públicos, eram livres e bem tratados. Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento humano e podiam conquistar a liberdade. Organização em Atenas No inicio Atena era governada por aristocratas que mais tarde escolheram governantes que receberam o nome de Arcondes, eram magistrados, sendo uns vitalícios, outros não. Depois, ao invés de 3 eles escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam por um ano. Escolheram também membros da assembléia chamada A erópago, semelhante a Gerúsia de Esparta. Como tinha pouca participação do povo nesse governo, os atenienses, em maioria comerciante e artesões, clamavam por leis escritas com melhores condições de vida e como queriam atuar no governo, formaram uma nova classe social. Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e foi a grande exceção no mundo antigo,quanto a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o povo amava a liberdade e se dedicavam à cultura, às artes, à beleza. Foi desta cidade que saíram grandes legisladores, filósofos e poetas. As Leis Com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram leis formando o Código atribuído a Drácon. Que por serem leis muito severas, acabaram por descontentar o povo e os aristocratas Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos sete sábios gregos, para a Arcontado, que realizou por sua vez, importantes reformas na democracia, favorecendo os direitos de todos: 1º. Liberou, em parte, os devedores que por isso eram, anteriormente, escravizados. 2º. Deu garantia a liberdade individual. 3º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai tinha que ensinar um oficio ao filho. 4º. Dividiu o povo em quatro classes de acordo com seu rendimento. Conservou o Aerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era formado por cidadãos escolhidos entre os membros das três primeiras classes sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por vinte mil cidadãos, havendo entre eles pessoas sem posses. Educação em Atenas. Diferente de Esparta, as crianças ficavam em casa até os seis anos, e depois os meninos iam à escola para aprender leitura, cálculo, escrita, poesia, canto e ginástica. Cultivavam o amor a pátria, às letras e às artes. Os rapazes, aos dezoito anos entrava no exercito. Freqüentavam o liceu ou a academia. Tornavam-se cidadãos. As meninas ficavam no lar, onde aprendiam a tecer, fiar, e bordar. Só poderiam freqüentar festas religiosas e não poderiam comer à mesa na presença de pessoas estranhas. As Guerras As Guerras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas A primeira guerra começou quando Dario I mandou emissários render as cidades gregas pacificamente. Várias cidades gregas cederam, menos Esparta e Atenas, que mataram os emissários persas. EXERCÍCIOS 9- Quem eram os principais povos Pré-colombianos? 10-Qual o povo que conforme a lenda fundaram sua cidade em homenagem a loba que amamentou os gêmeos Romulo e Remo? 11- Como era dividida a sociedade Romana? 12-O que eram as Leis das Doze Tábuas? 13- Qual o maior legado deixado pelos Gregos para os povos atuais? 14- Quais as principais cidades-estados Gregas? 15-Em qual das cidades Gregas nasceu a Democracia? HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL Capitanias Hereditárias – Resumo As Capitanias Hereditárias, resumo, criação, objetivos, donatários, administração colonial As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas. O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal. Capitanias Hereditárias criadas no século XVI: Capitania do Maranhão Capitania do Ceará Capitania do Rio Grande Capitania de Itamaracá Capitania de Pernambuco Capitania da Baía de Todos os Santos Capitania de Ilhéus Capitania de Porto Seguro Capitania do Espírito Santo Capitania de São Tomé Capitania de São Vicente Capitania de Santo Amaro Capitania de Santana OS GOVERNOS GERAIS NO BRASIL Respondendo ao fracasso do sistema das capitanias hereditárias, o governo português realizou a centralização da administração colonial com a criação do governogeral, em 1548. Entre as justificativas mais comuns para que esse primeiro sistema viesse a entrar em colapso, podemos destacar o isolamento entre as capitanias, a falta de interesse ou experiência administrativa e a própria resistência contra a ocupação territorial oferecida pelos índios. Em vias gerais, o governador-geral deveria viabilizar a criação de novos engenhos, a integração dos indígenas com os centros de colonização, o combate do comércio ilegal, construir embarcações, defender os colonos e realizar a busca por metais preciosos. Mesmo que centralizadora, essa experiência não determinou que o governador cumprisse todas essas tarefas por si só. De tal modo, o governo-geral trouxe a criação de novos cargos administrativos. O ouvidor-mor era o funcionário responsável pela resolução de todos os problemas de natureza judiciária e o cumprimento das leis vigentes. O chamado provedor-mor estabelecia os seus trabalhos na organização dos gastos administrativos e na arrecadação dos impostos cobrados. Além destas duas autoridades, o capitão-mor desenvolvia ações militares de defesa que estavam, principalmente, ligadas ao combate dos invasores estrangeiros e ao ataque dos nativos. Na maioria dos casos, as ações a serem desenvolvidas pelo governo-geral estavam subordinadas a um tipo de documento oficial da Coroa Portuguesa, conhecido como regimento. A metrópole expedia ordens comprometidas com o aprimoramento das atividades fiscais e o estímulo da economia colonial. Mesmo com a forte preocupação com o lucro e o desenvolvimento, a Coroa foi alvo de ações ilegais em que funcionários da administração subvertiam as leis em benefício próprio. Entre os anos de 1572 e 1578, o rei D. Sebastião buscou aprimorar o sistema de Governo Geral realizando a divisão do mesmo em duas partes. Um ao norte, com capital na cidade de Salvador, e outro ao sul, com uma sede no Rio de Janeiro. Nesse tempo, os resultados pouco satisfatórios acabaram promovendo a reunificação administrativa com o retorno da sede a Salvador. No ano de 1621, um novo tipo de divisão foi organizado com a criação do Estado do Brasil e do Estado do Maranhão. Ao contrário do que se possa imaginar, o sistema de capitanias hereditárias não foi prontamente descartado com a organização do governo-geral. No ano de 1759, a capitania de São Vicente foi a última a ser destituída pela ação oficial do governo português. Com isso, observamos que essas formas de organização administrativa conviveram durante um bom tempo na colônia. ESCRAVIDÃO INDÍGENA E NEGRA No século XVI, assim que os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga escala sustentada por um grande número de trabalhadores. Desse modo, os colonizadores se dispuseram a promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do oceano. Mesmo sendo mais acessível, a escravização dos indígenas mostrava-se problemática por uma série de fatores conjunturais. Primeiramente, devemos destacar que os índios não eram acostumados a uma rotina de trabalho extensa, tendo em vista que privilegiavam uma economia de subsistência. Por outro lado, muitos deles morriam ao contrair as doenças trazidas pelo europeu, e aqueles que eram escravizados articulavam facilmente a sua fuga mediante o conhecimento do território. Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o apresamento indígena. Por outro lado, a escravidão africana mostrava-se como uma alternativa mais viável, tendo em vista que os portugueses já tinham fixado, desde o século XV, vários entrepostos ao longo do litoral africano. Ao mesmo tempo em que já dominavam essas rotas, o governo português logo percebeu que o tráfico de escravos para a América seria interessante, já que essa atividade também poderia gerar divisas para os cofres do Estado. Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a escravidão africana seria um “castigo de Deus” contra os vários povos daquele continente, tomado pelas crenças politeístas e a própria religião islâmica. Dessa forma, vemos que a escravidão africana se tornou predominante no espaço colonial brasileiro. Contudo, em certas regiões de menor desempenho econômico, vemos que a escravidão indígena se tornou em uma alternativa bastante comum. Geralmente, um escravo índio custava metade de um escravo vindo da África. Com isso, percebemos que os dois tipos de escravidão acabaram se mantendo ao longo de nossa história. MISCIGENAÇÃO DO POVO BRASILEIRO A população brasileira é bastante miscigenada. Isso ocorreu em razão da mistura de diversos grupos humanos que aconteceu no país. São inúmeras as raças que favoreceram a formação do povo brasileiro. Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Povos indígenas: antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por povos nativos, nesse caso, os índios. Existem diversos grupos indígenas no país, entre os principais estão: Karajá, Bororo, Kaigang e Yanomani. No passado, a população desses índios era de quase 2 milhões de pessoas. Povos africanos: grupo humano que sofreu uma migração involuntária, pois foram capturados e trazidos para o Brasil, especialmente entre os séculos XVI e XIX. Nesse período, desembarcaram no Brasil milhões de negros africanos, que vieram para o trabalho escravo. Os escravos trabalharam especialmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café. Imigrantes europeus e asiáticos: os primeiros europeus a chegarem ao Brasil foram os portugueses. Mais tarde, por volta do século XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada de um grande número de imigrantes europeus e também asiáticos. Na primeira metade do século XX, pelo menos quatro milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil. Dentre os principais grupos humanos europeus, destacam-se: portugueses, espanhóis, italianos e alemães. Em relação aos povos asiáticos, podemos destacar japoneses, sírios e libaneses. Tendo em vista essa diversidade de raças, culturas e etnias, o resultado só poderia ser uma miscigenação, a qual promoveu uma grande riqueza cultural. Por esse motivo, encontramos inúmeras manifestações culturais, costumes, pratos típicos, entre outros aspectos. EXERCÍCIOS 16- Porque a escravidão indígena não deu bons resultados, conforma a descrição Portuguesa? 17- Por que os Portugueses optaram pela busca de negros na África? 18- Cite algumas manifestações culturais africanas em nosso país: 19- O que eram as Capitanias Hereditárias? 20- Em quantas Capitanias o Brasil foi dividido? 21- Com o fracasso das Capitanias, qual o outro sistema de governo implantado no Brasil? REEFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Piletti, Nelson, História e Vida, volume 3,3ª Edição, Atica Ceriacopi, Reinaldo e Azevedo C. Gislaine, História em Movimento, volume 1, Etitora Ática. Educação de Jovens e Adultos, Editora Vergínia, e Moderna,1ª Edição, São Paulo2013. 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