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GARCINIA CAMBOGIA
Nome científico: Garcinia cambogia (Gaertn.) Desr. (Alonso, 1998).
Nome popular: também chamada de Camboge, gutta, Cambodia, Gutta Gamba,
gummigutta, Tom Rong ou Gambodia (PDR, 1998). Em língua espanhola é chamada
de Tamarindo Malabar e no Brasil de Garcínia (Alonso, 1998).
Família botânica: Clusiaceae.
Parte utilizada: Fruto.
Princípios ativos: possui Ácido hidroxicítrico e seus isômeros, antocianosídeos: B1 e
B2 presentes no pericarpo dos frutos (PR, 1998). Resina compostos de Benzofenonas
e xantonas amarelas e avermelhadas (incluindo Ácido morélico, Ácido isomorélico e
Ácido alfa-gambógico).
O Extrato pó deverá apresentar no mínimo 50% de Ácido Hidroxicítrico.
1. Características: planta nativa da região da Indochina e Sri Lanka, a Garcínia é
uma árvore que mede aproximadamente 15m de altura e 30cm de diâmetro,
cresce preferencialmente em zonas de bosques. Apresenta uma copa
arredondada com ramagem caída ou horizontal. As folhas são verde-escuras,
opostas, brilhantes e glabras, de forma obovada-elíptica, lanceoladas ou
lanceoladas oblongas. As flores de cor vermelho-alaranjada podem ser solitárias,
contendo três ou quatro sépalas. Os frutos são grandes, do tipo globoso, com
pericarpo grosso e carnoso (de cor amarelo-alaranjado), com seis a oito sementes
em seu interior, cobertas por uma envoltura carnosa comestível quando madura
(Alonso, 1998).
Casca seca dos frutos, colhidos durante a estação chuvosa permite que a casca
do mesmo adquira o seu teor máximo de princípios ativos (Alonso, 1998).
2. Indicações e Ações farmacológicas: Indicada como coadjuvante em
tratamentos de emagrecimento (PR, 1998).
É sabido que o Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico, constitui no elo final para
a obtenção de energia através do processo oxidativo de carboidratos e ácidos
graxos, assim como para a síntese de certos aminoácidos. Antes de entrar no
ciclo, o piruvato proveniente da glicólise é convertido dentro da mitocôndria, por
descarboxilação oxidativa, em ácido acético, água e anidrido carbônico em
condições de aerobiose. O ácido acético se combina com a coenzima A para gerar
o acetil-coenzima A, o qual reage como oxaloacetato para finalmente formar o
ácido cítrico (Alonso, 1998). Durante este ciclo de respiração celular são ativados
também átomos de hidrogênio na forma de NAD e FAD os quais intervêm, junto a
coenzima A, no metabolismo dos ácidos graxos. A diferença do caso anterior está
que a biossíntese dos ácidos graxos não se realiza nas mitocôndrias, mas no
citoplasma da célula, no qual a acetil-coenzima-A é transportada desde a
membrana mitocondrial até o citoplasma, para junto com o citrato iniciar a síntese
dos ácidos graxos (Alonso, 1998).
Em condições de necessidade de energia, como pode ocorrer durante uma
atividade física, a acetil-coenzima A participa ativamente no Ciclo de Krebs, mas
quando se necessita de menor quantidade de energia, como no repouso, passa a
ser canalizada para a biossíntese dos ácidos graxos para armazenamento (Alonso,
1998). Na biossíntese de lipídeos intervém a enzima citrato liase encarregada de
catalisar a degradação do citrato em acetil-coenzima A. Mas na presença de ácido
hidroxicítrico, princípio ativo da Garcínia (Lewis Y. e Neelakantan S., 1965 apud
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Alonso, 1998) é formada menor quantidade de acetil-coenzima A. Isto é explicado
através de um mecanismo competitivo entre o ácido e a enzima, gerando-se assim
menor formação de lipídeos.
O ácido hidroxicítrico é um inibidor da síntese de ácidos graxos, por diminuir o
fornecimento da Acetilcoenzima A no metabolismo celular. Isto ocorre por inibição
competitiva da enzima citrato liase pelo ácido hidroxicítrico, uma vez que este se
liga mais fortemente à enzima que o ácido cítrico.
Além da inibição da síntese de ácidos graxos, o ácidohidroxicitrico aumenta a
“queima” de gorduras pela redução dos níveis de malonil coenzima A, que ativa a
enzima carnitina acetil transferase. A l-carnitina também facilita a ativação desta
enzima, razão pela qual alguns autores sugerem a associação de l-carnitina com o
extrato de Garcínia, para promover uma maior oxidação dos ácido graxos.
O ácido hidroxicítrico tem também ação redutora de apetite e acredita-se que isso
se deve à alteração do fluxo metabólico, resultante do desvio de carboidratos da
dieta e seus metabólitos, da síntese lipídica. Para otimizar o metabolismo glicídico,
alguns autores sugerem a associação de ácido hidroxicítrico com picolinato de
cromo, que atua na regulação dos níveis de insulina no sangue.
3. Toxicidade/Contra-indicações: relata-se a ausência de efeito colateral
quando administrado o Ácido hidroxicítrico, presente em extratos dos frutos da
Garcínia. Porém a administração da resina, presente principalmente na casca,
possui um poderoso poder laxativo (Alonso, 1998).
4. Dosagem e Modo de Usar:
- Extrato Seco: 1-3g dividida em cápsula de 300-450mg, uma ou duas cápsulas
meia hora antes do almoço e do jantar (PR, 1998).
5. Referências Bibliográficas:
ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. Isis Ediciones. 1998.
PDR FOR HERBAL MEDICINES. Medical Economics Company. 1ª edição.
1998.
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. CDROM.
3º edição. 1998.
Quimer - Opção Natural de Qualidade.
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