02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. ? Objetivo primário: ? ? DETERMINAÇÃO DE CAUSALIDADE DE EVENTOS ADVERSOS EM ESTUDO CLÍNICO ? www.isaia.com.br ? ? Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. DETERMINAÇÃO DE CAUSALIDADE EM PROCESSOS DE FARMACOVIGILÂNCIA Menezes TVN, Chinchilla I 6ª Mostra de Pós-Graduação da PUC Goiás (2011) www.isaia.com.br Apresentação: Biól. Andréia Rocha Porto Alegre/RS 1 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Evento Adverso (EA) GCP: www.isaia.com.br - Qualquer ocorrência médica desfavorável, sofrida por um paciente ou por um sujeito de investigação clínica que recebeu um produto farmacêutico e que não necessariamente apresenta uma relação causal com esse tratamento. Um EA pode, portanto, ser qualquer sinal desfavorável e indesejável (incluindo um achado laboratorial anormal), sintoma ou doença temporariamente associada ao uso de um produto medicinal (sob investigação), seja ele relacionado ou não a este produto medicinal (sob investigação). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Evento Adverso Grave (EAG) GCP: - Qualquer ocorrência médica indesejável que em qualquer dose: • Resulte em óbito; • Represente ameaça de morte; • Necessite de hospitalização do sujeito, ou prolongamento de uma hospitalização pré-existente; • Resulte em incapacitação / deficiência persistente ou significativa; ou www.isaia.com.br Porto Alegre/RS • É uma má-formação / anomalia congênita. 2 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Causalidade de EA O QUE É? Farmacovigilância www.isaia.com.br Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Farmacovigilância CONCEITO: Pós-comercialização - atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou outros problemas relacionados a medicamentos (RDC 04 de 10/10/2009); - uma ciência de monitoramento de possíveis eventos adversos e outros problemas causados por produtos medicamentosos (WHO, 2010). www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 3 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Efeitos danosos da talidomida em grávidas (nascimento de bebês com deformidades dos membros), 1961 Início de uma nova era no controle das reações adversas aos fármacos - lançamento de estratégias de regulamentação monitoramento; www.isaia.com.br e - iniciativas em todos os níveis da organização social: nacional, supranacional e regional (LEE; HERZSTEIN, 1986). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Normativas brasileiras Portaria SVS nº 40 de 09/05/95: criação de uma comissão para propor a implantação de um Sistema Nacional de Farmacovigilância; Portaria nº 3.916 de 30/10/1998: trata da Política Nacional de Medicamento, desenvolvimento das ações prioritárias, incluindo a farmacovigilância, promoção do uso racional de medicamentos. www.isaia.com.br Lei nº 9.782 de 26/01/1999: definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Porto Alegre/RS 4 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Normativas brasileiras Portaria nº 696/MS de 07/05/2011: instituição do Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos (CNMM); RDC nº 4 de 2009: dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os dentetores de registro de medicamentos - Item II: prevê que os detentores de registro de medicamentos devem: codificar, avaliar a gravidade, a causalidade e a previsibilidade das suspeitas das reações adversas recebidas. www.isaia.com.br Porto Alegre/RS Instrução normativa nº 14 de 27/10/2009: aprovação dos Guias de Farmacovigilância para execução da RDC nº 4 de 10.02.2009‖ (BRASIL, 2010a). UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Uppsala Monitoring Centre - OMS Programa internacional de vigilância dos medicamentos na pós-comercialização é sediado no Uppsala Monitoring Centre da OMS. Para lá seguem as notificações de ocorrências de RAM (reações adversas à medicamentos) originadas nos países membros – 115 países membros e 30 membros associados; Brasil é membro desde 2001 – (http://www.who-umc.org). www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 5 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Country distribution in WHO Global ICSR (Individual Case Safety Report) database www.isaia.com.br Porto Alegre/RS Agosto de 2013, http://www.who-umc.org UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Dentre as muitas determinantes a serem consideradas no processo de criação/estruturação de um sistema de farmacovigilância… ... Atentaremos à avaliação de CAUSALIDADE, fator obrigatório e determinante . www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 6 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Metodologia do artigo: - Revisão bibliográfica, cujo levantamento foi realizado no período de fevereiro de 2011 a maio de 2011; - Foram selecionados artigos, legislações e publicações relacionadas à “farmacovigilância de eventos adversos e causalidade” – termo utilizado como principal descritor de busca, de modo integral e estratificado. - Base de dados: www.isaia.com.br Legislação: site farmacovigilância; da ANVISA, subgrupo de Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Metodologia do artigo: Levantamento científico: bases de dados da Bireme (Scielo, Pubmed, Medline) e Portal da Pesquisa (CAPES) (artigos selecionados de acordo com a relevância, não havendo período estabelecido de data de publicação ); www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 7 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Causalidade de EA - O problema mais importante na avaliação das RAMs * é se existe uma relação causal entre o medicamento e os eventos clínicos indesejáveis (Gross, 1977); - Métodos de avaliação foram e são publicados, porém a ideia é que se diminua a variabilidade na avaliação e tenha-se uma uniformidade. www.isaia.com.br Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. RAM - Qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos em doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou para modificação de funções fisiológicas‖. Não são consideradas reações adversas, os efeitos que ocorrem depois do uso acidental ou intencional de doses maiores que as habituais (WHO, 2002) . www.isaia.com.br Porto Alegre/RS - Uma reação sensivelmente nociva ou desagradável, resultante de uma intervenção relacionada com a utilização de um medicamento, que prevê risco de futura administração ou tratamento específico, ou a alteração do regime de dosagem ou retirada do produto (Edwards & Aronson, 2000). 8 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Classificação: - As reações adversas são classificadas em seis tipos (BRASIL, 2010b): Tipo A: resultam de uma ação ou de um efeito farmacológico www.isaia.com.br Porto Alegre/RS exagerado e dependem da dose empregada, depois da administração de um medicamento em dose terapêutica habitual.; - São comuns, farmacologicamente previsíveis e podem ocorrer em qualquer indivíduo e, apesar de incidência e repercussões importantes na comunidade, a letalidade é baixa; - Englobam reações produzidas por dose excessiva relativa, efeitos adversos e secundários, citotoxicidade, interações de medicamentos e características específicas da forma farmacêutica empregada; - Podem ser tratadas por meio de ajuste de doses ou substituição do fármaco. UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Classificação: Tipo B: caracterizam-se por serem totalmente inesperadas em relação às propriedades farmacológicas do medicamento administrado, e são incomuns, independentes de dose, ocorrendo apenas em indivíduos susceptíveis e sendo observadas frequentemente no pós-registro; Englobam as reações de hipersensibilidade, idiossincrasia, intolerância e aquelas decorrentes de alterações na formulação farmacêutica, como decomposição de substância ativa e excipientes; www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 9 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Classificação: Tipo C: reações dependentes de dose e tempo; Tipo D: reações tardias; Tipo E: síndromes de retirada; e Tipo F: reações que produzem falhas terapêuticas. www.isaia.com.br Sincronismo, o padrão da doença, os resultados das investigações e a re-exposição podem ajudar a atribuir causalidade a uma reação adversa da droga suspeita. A gestão inclui a retirada do medicamento, se possível tratamento específico e de seus efeitos. Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Compatibilidade A verificação da compatibilidade de tempo entre o aparecimento da reação e o uso do medicamento, da compatibilidade entre a natureza do evento e a farmacologia da droga (incluindo o conhecimento da natureza e frequência da RAM), bem como da plausibilidade médica ou farmacológica (sinais e sintomas, exames de laboratório, mecanismo de ação, etc) são pontos vitais em uma avaliação da causalidade. www.isaia.com.br Além disso, deve-se verificar a possibilidade ou exclusão de outras causas para o evento observado (ARRAIS; COELHO, 2000). Porto Alegre/RS 10 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Instrumentos para avaliação de causalidade A necessidade de formular questões que auxiliassem e ao mesmo tempo unificassem os critérios de diagnóstico de RAM deu origem a diversos algoritmos e tabelas de decisão que, quando adequadamente aplicados, permitem maior segurança no estabelecimento da relação causal. - Surgiram a partir da década de 70; e www.isaia.com.br -Tornaram-se mais ou menos aceitos conforme sua aplicabilidade na rotina clínica, reprodutibilidade e facilidade de interpretação (CAPELLÁ; LAPORTE, 1989). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Grande dificuldades em estudos clínicos… ... Falta de um método VIÁVEL de avaliação da relação causal www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 11 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Instrumentos para avaliação de causalidade A necessidade de formular questões que auxiliassem e ao mesmo tempo unificassem os critérios de diagnóstico de RAM deu origem a diversos algoritmos e tabelas de decisão que, quando adequadamente aplicados, permitem maior segurança no estabelecimento da relação causal. - Surgiram a partir da década de 70; e www.isaia.com.br -Tornaram-se mais ou menos aceitos conforme sua aplicabilidade na rotina clínica, reprodutibilidade e facilidade de interpretação (CAPELLÁ; LAPORTE, 1989). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Instrumentos para avaliação de causalidade Dentre a grande variedade de algoritmos/escalas de avaliação de causalidade existentes atualmente, cada um apresenta suas próprias vantagens e limitações: www.isaia.com.br - Algoritmo de Karch & Lasagna*; - Algoritmo de Naranjo*; - Escala OMS de probabilidade*; - Escala quantitativa de imputação (Espanhola); - Escala de Kramer; - Escala de Jones; - Sistema ABO europeu e - Sistema Bayesiano. Porto Alegre/RS 12 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Algoritmo de Karch & Lasagna - Surgiu em 1977; - Características: consiste em um número de questões fechadas a serem respondidas de forma dicotômica; A combinação dos resultados leva ao estabelecimento da "força" da relação causal. www.isaia.com.br - Limitação: uma RAM só poder ser julgada definida se houve re-exposição ao medicamento, o que, raramente é o caso (GOMES; REIS, 2001). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Tabela de avaliação de causalidade de KARCH & LASAGNA (1977) 13 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. - De acordo com os critérios estabelecidos, a reação é classificada como definida, provável, possível, condicional ou não relacionada; - É capaz de direcionar para: cumprimento atípico da prescrição, erro de prescrição, interação, doença terminal, uso do fármaco apropriado. www.isaia.com.br - Embora confira objetividade ao diagnóstico, é inútil para identificar as reações desconhecidas e não fornece critérios para julgamentos individuais ou dados para a reprodutibilidade*** da avaliação (KARCH; LASAGNA, 1977). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Escala de Kramer - Surgiu no final da década de 70; - Utiliza os mesmos critérios anteriormente citados, acrescido do "nível do fármaco e evidência de superdosagem“; - A reprodutibilidade e a validade do algoritmo foram testadas em 30 casos hospitalares de suspeita de reações adversas: www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 14 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. • 03 profissionais não especializados em farmacologia clínica aplicaram um questionário com 56 perguntas derivadas do algoritmo e concordaram com a probabilidade atribuída à reação em 67% dos casos (concordância entre os pares variando de 73% a 87%); • 02 farmacologistas clínicos avaliaram os casos e concordaram em 47% das vezes quando não empregaram o algoritmo, e em 63% quando o empregaram. - Maior fonte de discordância: julgamento das alternativas etiológicas (HUTCHINSON et al., 1989). www.isaia.com.br Porto Alegre/RS Escala de Kramer – Experiência prévia com o medicamento Fonte: adaptação ANVISA 15 02/10/2013 Faixa de valores obtidos a partir da aplicação dos critérios desenvolvidos por Kramer: Fonte: adaptação ANVISA UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Algoritmo de Naranjo - Segundo Naranjo et al. (1981), a estimativa da probabilidade de que um medicamento cause um evento adverso clínico geralmente é baseada na avaliação clínica; - A falta de um método para estabelecer causalidade gera grande intra-variabilidade entre examinadores e avaliadores; www.isaia.com.br Porto Alegre/RS - Objetivando estabelecer um método mais simples para uso de não-especialistas, os autores criaram uma escala de probabilidades com 10 perguntas e respostas do tipo sim-não, baseadas nos critérios tradicionais de avaliação de reações adversas; 16 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. • 02 médicos e 04 farmacêuticos julgaram independentemente 63 supostas reações. Após 06 e 22 semanas, reavaliaram usando a escala de probabilidades e estimaram os coeficientes de concordância, bem como a validade consensual; • Os valores obtidos foram altos e concluiu-se que o método oferecia uma alternativa sensível de monitoramento; • Novamente, a maior fonte de discordância foi a avaliação das causas alternativas. www.isaia.com.br Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. • O algoritmo de Naranjo utiliza critérios associados ao conhecimento das reações adversas já relatadas e disponíveis na literatura; • A somatória dos valores atribuídos a cada um dos itens permite estabelecer a relação de causalidade e classificar as reações adversas; • É o algoritmo mais utilizado, embora seja menos prático, por exigir maior conhecimento farmacológico por parte do avaliador e/ou interesse em encontrar as informações necessárias (CRUCIANI et al, 2007). www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 17 02/10/2013 Algoritmo de Naranjo et al. Fonte: NARANJO et al., 1981 Faixa de valores obtidos a partir da aplicação dos critérios para definição da relação causal de Naranjo e colaboradores : Fonte: NARANJO et al., 1981 18 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Algoritmo de Naranjo Artigo original: “This systematic method offers a sensitive way to monitor ADRs and may be applicable to postmarketing drug surveillance” www.isaia.com.br Porto Alegre/RS NARANJO et al., 1981 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Algoritmo de Begaud - Envolve critérios clínicos e a cronologia dos eventos, é de simples aplicação e não necessita do conhecimento específico da farmacologia da droga envolvida; - Apesar da especificidade alta (97,8%), possui muito baixa sensibilidade (12,1%). Algoritmo de Jones www.isaia.com.br - Utiliza os mesmos critérios do algoritmo de Begaud, acrescido da avaliação do efeito da suspensão e da reintrodução do medicamento suspeito (CRUCIANI et al., 2007). Porto Alegre/RS 19 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Avaliação de causalidade - Compreende a avaliação da probabilidade de que um evento adverso seja consequência do uso do medicamento, quando se refere a um caso individual. As categorias de causalidade definidas pela OMS são: Certa/Definida: • Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que ocorre em espaço de tempo plausível em relação à administração do medicamento; www.isaia.com.br • Não pode ser explicado por doença de base ou por outros medicamentos ou substâncias químicas; Porto Alegre/RS Portal ANVISA: Pós-Comercialização Pós-Uso / Farmacovigilância / Assunto de Interesse / Glossário UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. • Resposta à suspensão do uso do medicamento deve ser clinicamente plausível; • O evento deve estar definido farmacológica ou fenomenologicamente, usando-se um procedimento de reintrodução satisfatória, se possível. www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 20 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Provável: • Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que se apresenta em período de tempo razoável de administração do medicamento; • Improvável de ser atribuído a uma doença concomitante ou outros medicamentos ou substâncias químicas; • Apresenta uma resposta clinicamente razoável a suspensão do uso do medicamento; www.isaia.com.br • Informações sobre a reintrodução não são necessárias para completar esta definição. Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Possível: • Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, que se apresenta em período de tempo razoável de administração do medicamento; • Entretanto, também pode ser explicado por doença concomitante ou outros medicamentos ou substâncias químicas; www.isaia.com.br • Informações sobre a suspensão do uso do medicamento podem estar ausentes ou obscuras. Porto Alegre/RS 21 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Improvável: • Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, em que a associação temporal com a administração do medicamento torna uma relação causal improvável ; • Outros medicamentos, substâncias químicas ou doenças subjacentes propiciam explicações plausíveis. Condicional / Não classificada: www.isaia.com.br Porto Alegre/RS • Evento clínico, incluindo-se anormalidades em testes de laboratório, notificado como sendo um evento adverso, sobre o qual são necessários mais dados para avaliação adequada ou quando os dados adicionais estão sendo analisados. UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Não acessível / Não classificável: • Notificação que sugere um evento adverso que não pode ser avaliado, porque as informações são insuficientes ou contraditórias e não podem ser completadas ou verificadas. www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 22 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Naranjo X Kramer - Foi realizado um estudo comparando os resultados obtidos com a Escala de Probabilidade de Reações Adversas (EPRA - Algoritmo de Naranjo) com aqueles obtidos com o Sistema de Pontuação de Eventos Adversos (SPEA - Algoritmo de Kramer); - 63 RAMs foram avaliadas por dois observadores, utilizando EPRA e SPEA durante um ano; www.isaia.com.br Porto Alegre/RS - Os casos foram ordenados em uma sequência aleatória. Os resultados sugerem que, embora SPEA é um pouco mais complexa do que a EPRA, ambos são igualmente confiáveis e dão resultados muito semelhantes em relação à probabilidade de RAMs (BUSTO et al., 1982). UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Naranjo X Kramer X Jones - Michel et al. (1986) estudaram a consistência dos algoritmos de Kramer, Naranjo e Jones na avaliação de RAMs; - Como parte do protocolo médico de um hospital, estudantes de farmácia foram obrigados a recolher e sintetizar todos os dados de RAM, utilizando os três algoritmos para avaliar todas as RAMs de um determinado período; www.isaia.com.br Porto Alegre/RS - Algoritmo de Kramer foi usado para cada RAM relatada; Algoritmos de Naranjo e Jones foram utilizados para verificar a consistência na pontuação verificada pelo algoritmo de Kramer; 23 02/10/2013 UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Naranjo X Kramer X Jones - Um total de 28 RAMs foram avaliadas. A comparação entre Kramer e Naranjo mostrou concordância de 67%. Da mesma forma, houve 67% de concordância entre os algoritmos de Kramer e de Jones. Acordo entre os algoritmos de Naranjo e Jones foi de 64%. www.isaia.com.br A aplicação dos algoritmos tem limitações. Deve-se destacar um valor subjetivo, baseado na experiência clínica, que não pode ser contemplado nos algoritmos e que contribui enormemente para o estabelecimento da relação causal(GOMES; REIS, 2001). Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. Discussão - Indispensabilidade da subjetividade da avaliação clínica; - Re-exposição (razões de ordem ética); - Instrumento (?) - Validade em estudos clínicos ? www.isaia.com.br Porto Alegre/RS 24 02/10/2013 Bibliografia Arrais PSD, Coelho HLL. Sistema de farmacovigilância no Ceará. Saúde em Debate. 2000; 24: 67-73. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gerência de Farmacovigilância. Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Vigilância Sanitária. Guias de Farmacovigilância para Detentores de Registro de Medicamentos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gerência de Farmacovigilância, Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Vigilância Sanitária. Brasília : Ministério da Saúde, 2010a. 156 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) . ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010b. Busto U, Naranjo CA, Sellers EM. Comparison of two recently published algorithms for assessing the probability of adverse drug reactions. Br J Clin Pharmacol. 1982 February; 13(2): 223–227. Capellá D, Laporte JR. Mecanismos de produção e diagnóstico clínico dos efeitos indesejáveis produzidos por medicamentos. In: Laporte JR, Tognoni G, Rozenfeld S. Epidemiologia do Medicamento. São Paulo - Rio de Janeiro: HUCITEC-ABRASCO, 1989. 264p. (p.115-124). Cruciani JO, Troster EJ, Sousa-Marques HH. Adverse drug reaction assessment in a mental confusion case. Revista de Pediatria USP (São Paulo). 2007;29:232-236. Edwards IR, Aronson JK. Adverse drug reactions: definitions, diagnosis, and management. The Lancet. 2000; 356(9237): 1255-1259. Gomes MJVM, Reis AMM. Ciências Farmacêuticas. Uma abordagem em farmácia hospitalar. 1ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. Cap.7, p. 125-146. Gross FH, Inman WHW. Drug monitoring. New York: Academic Press. 1977. Hutchinson TA, David AL. Assessing methods for causality assessment of suspected adverse drug reactions. Journal of Clinical Epidemiology. 1989; 42(1): 5-16. Bibliografia Karch FE, Lasagna L. Toward the operational identification of adverse drug reactions. 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