Modernização do troço Castelo Branco/Covilhã/Guarda

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PT
ANEXO I
Objeto físico do grande projeto
1.
DESIGNAÇÃO DO PROJETO:
Linha da Beira Baixa - Modernização do troço Castelo Branco/Covilhã/Guarda
(1ª fase)
2.
ORGANISMO RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO
2.1.
Nome: Rede Ferroviária Nacional - REFER, EPE
2.2.
Endereço: Palácio Coimbra - Rua de Stª Apolónia, 53, 1100-468 Lisboa
3.
DESCRIÇÃO DO PROJETO
3.1.
Descrição geral do objeto físico do projeto
Este projeto corresponde à 1ª fase da modernização do troço da linha da Beira Baixa
entre Castelo Branco e Guarda. A intervenção de modernização deste troço
compreende a remodelação profunda das infraestruturas, em cerca de 71 km de
extensão, designadamente no que se refere à renovação da via, eletrificação,
remodelação de estações e apeadeiros, supressão das passagens de nível de maior
risco, reforço de taludes e obras de arte e introdução de novos sistemas de
sinalização, controlo de velocidade e telecomunicações.
Esta linha faz parte das Redes Trans-Europeais de Transportes.
3.2.
Descrição técnica do investimento em infraestruturas
3.2.1
Descrição das infraestruturas
Os investimentos incluiem as seguintes intervenções:
a) Renovação integral de via com alteração de layouts, nas estações de Alcains,
Lardosa, Castelo Novo, Fundão e Covilhã;
b) Construção de variantes às curvas de menor raio, para retificação do traçado e
homogeneização de velocidades para patamares que permitem a circulação de
comboios convencionais a 120 km/h e pendulares a 140 km/h, no troço Castelo
Branco – Covilhã;
c) Instalação de catenária entre Castelo Branco e Covilhã, incluindo a construção de
uma subestação junto a Fatela/Penamacor que permitirá assegurar o fornecimento de
energia às instalações de catenária do troço Castelo Branco/Covilhã;
d) Instalação de sistemas de sinalização eletrónica, telecomunicações e controlo de
velocidade entre Castelo Branco e Covilhã – que engloba a construção de oito
edifícios técnicos de suporte aos sistemas de sinalização e telecomunicações.
Sistemas de telecomunicações, incluindo: i) Sistema de Telecomando - Subestação
da Fatela; ii) Sistema de Telecomando entre as estações de Castelo Branco e Covilhã;
iii) Projeto integrado de telecomunicações Linha Beira Baixa, nomeadamente:
1
infraestrutura, sistema de informação ao público, sistemas de alimentação, rede de
suporte à exploração; iv) Aquisição de fontes AC/DC 230-48-200W para os
equipamentos da RSE (MPLS); v) Rede de Telefonia; vi) Sincronismo Horário; vii)
Beira Baixa SET (arranjo SET).
e) Construção de atravessamentos desnivelados para acesso entre plataformas e
atravessamento da via-férrea;
f) Construção de passagens desniveladas e restabelecimentos de acesso com
supressão das passagens de nível de risco mais elevado; execução de diversas
intervenções para supressão das passagens de nível existentes através da construção
de desnivelamentos ou caminhos paralelos à linha ou, em alternativa, a
automatização dos atravessamentos de nível, sempre que esta solução se revele mais
adequada do ponto de vista custo/benefício. Estas ações contribuem para a redução
da sinistralidade. As intervenções são as seguintes:
i)
Construção da Passagem Superior Rodoviária ao Km 107,048 e
restabelecimentos, para supressão da Passagem de Nível ao KM 107,028.
ii) Construção da Passagem Superior Rodoviária ao Km 114,993 e
restabelecimentos, para supressão da Passagem de Nível ao KM 114,846.
iii) Construção da Passagem Inferior Rodoviária ao Km 124,576
restabelecimentos, para supressão da Passagem de Nível ao KM 124,510.
e
iv) Construção da Passagem Superior Rodoviária ao Km 146,685 e
restabelecimentos, para supressão das Passagens de Nível ao KM 146,872 e
ao KM147,107.
v) Construção da Passagem Superior Pedonal Km 146,871, para supressão da
Passagem de Nível ao KM 146,872.
vi) Construção da Passagem Inferior Pedonal Km 147,305, para supressão da
Passagem de Nível ao KM 147,181.
vii) Construção da Passagem Inferior Rodoviária ao Km 147,806 e
restabelecimentos, para supressão das Passagens de Nível ao KM 147,520 e
ao KM 148,416.
viii) Construção da Passagem Superior Pedonal ao Km 148,373, para supressão da
Passagem de Nível ao KM 148,416.
ix) Construção da Passagem Inferior Rodoviária ao Km 148,911
restabelecimentos, para supressão da Passagem de Nível ao KM 149,127.
e
x) Construção dos Caminhos Paralelos CP2, CP4 e CP5 para supressão das
passagens de Nível aos Km’s 148,516, 149,298 e 149,695.
g) Estabilização de taludes e melhoria das condições de drenagem da plataforma da
via;
h) Remodelação e beneficiação de seis estações e três apeadeiros, nomeadamente:
1) Estação de Alcains:
i) Redefinição do layout de via;
2
ii) Construção de uma nova plataforma de passageiros, central, com 150 metros
de extensão e altura de 0,685 metros em relação ao plano de rolamento,
dotada de abrigos, bancos, papeleiras e iluminação;
iii) Instalação de abrigos de passageiros;
iv) Construção de uma Passagem Superior de Peões para acesso à futura
plataforma de passageiros, dotada de escadas fixas e elevadores;
v) Arranjo do espaço exterior de forma a criar um interface Rodo –
Ferroviário, quer para viaturas particulares, quer para outros modos de
transporte público.
2) Estação de Lardosa:
i) Alteração do layout de via;
ii) Alteamento das duas plataformas de passageiros existentes, laterais, numa
extensão de 150 metros de comprimento, largura mínima de 3 metros e
altura de 0,685 metros em relação ao plano de rolamento e equipadas com
novo mobiliário urbano, incluindo iluminação;
iii) Instalação de abrigos de passageiros;
iv) Construção de Passagem Inferior de peões para acesso entre plataformas e
atravessamento da via-férrea;
v) Arranjo do espaço exterior.
3) Apeadeiro de Soalheira:
i) Construção de nova plataforma de passageiros, numa extensão de 150
metros de comprimento, largura mínima de 3 metros, altura de 0,685 metros
em relação ao plano de rolamento e equipada com novo mobiliário urbano,
incluindo iluminação;
ii) Instalação de abrigo de passageiros.
4) Estação de Castelo Novo:
i) Alteração do atual layout de via no sentido de viabilizar cruzamento de
comboios na linha atualmente ocupada pelas operações de descarga de
cimento do entreposto da Cimpor;
ii) Adaptação das atuais plataformas de passageiros às novas condições de
exploração;
iii) Instalação de abrigo de passageiros.
5) Apeadeiro de Alpedrinha:
i) Alteamento e adaptação da atual plataforma com um comprimento de 150
metros de extensão e uma altura de 0,685 metros em relação ao plano de
rolamento da via, assim como a colocação de mobiliário urbano;
ii) Intervenção no Edifício de Passageiros, apenas ao nível dos alçados
exteriores e no sentido de evitar a sua vandalização;
iii) Instalação de abrigo de passageiros;
iv) Recuperação do edifício do Cais Coberto.
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6) Estação de Vale de Prazeres:
i) Ampliação e alteamento da plataforma de passageiros, do lado direito, com
150 metros de extensão e altura de 0,685 metros em relação ao plano de
rolamento, dotada de abrigos, bancos, papeleiras e iluminação;
ii) Instalação de abrigos de passageiros.
7) Estação de Fundão:
i) Alteração do layout de via;
ii) Ampliação e alteamento da plataforma de passageiros existente, construção
de nova plataforma, numa extensão de 150 metros de comprimento, largura
mínima de 3 metros, altura de 0,685 metros em relação ao plano de
rolamento e equipadas com novo mobiliário urbano, incluindo iluminação;
iii) Instalação de abrigos de passageiros;
iv) Construção de passagem inferior de peões com elevador para acesso entre
plataformas e atravessamento da via-férrea;
v) Ampliação e remodelação do edifício de passageiros existente, que será
transformado em edifício técnico para sinalização e telecomunicações.
8) Apeadeiro de Tortosendo:
i) Construção de nova plataforma de passageiros do lado direito e ampliação da
plataforma existente do lado esquerdo, numa extensão de 150 metros de
comprimento, largura mínima de 3 metros, altura de 0,685 metros em
relação ao plano de rolamento e equipada com novo mobiliário urbano,
incluindo iluminação;
ii) Instalação de abrigos de passageiros.
9) Estação de Covilhã:
i) Adaptação do atual layout de via às novas plataformas de passageiros;
ii) Instalação de abrigo de passageiros;
iii) Remodelação do Edifício de Passageiros existente;
i) Reabilitação e reforço de pontes e dos túneis de Fatela/Penamacor e da
Gardunha;
j) Eletrificação do traçado:
i) Instalação de catenária entre as estações de Castelo Branco e Covilhã
(inclusive), incluindo o Ramal Técnico de Mercadorias do Fundão, à
tensão standard europeia, contribuindo para a interoperabilidade
necessária aos tráfegos internacionais;
ii) Construção de uma nova subestação, em Fatela, para permitir a
alimentação elétrica da catenária.
Inclui-se ainda a aquisição de terrenos, a prestação de serviços de fiscalização e a
elaboração de estudos e projetos técnicos.
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3.2.2
Indicadores
Indicadores de realização física
Indicador/descrição
Quantidade
Unidade
1
Ferrovia electrificada
71,4
km
2
Novas ferrovias (*)
71,4
km
3
Novas ferrovias – RTE (*)
71,4
km
4
Ganhos em tempo de percurso
5
Estações e apeadeiros
remodelados
633 920
€/ano
6 Estações (Alcains, Lardosa,
Castelo Novo, Vale de
Prazeres, Fundão e Covilhã);
N°
3 Apeadeiros (Alpedrinha,
Soalheira e Tortosendo)
(*) Indicadores de realização física comuns comunitários
Indicadores de resultado
Indicador/descrição
1
Quantidade
Mercadorias transportadas
10.000 (até 2019)
Unidade
ton/ano
258.500 (2020 a 2029)
400.000 (2030 a 2039)
556.000 (2040 a 2046)
3.2.3
Gestão da infraestrutura após conclusão do projeto
Após a conclusão do projecto esta linha ferroviária será gerida pela REFER, empresa
pública responsável pela prestação do serviço público de gestão da infraestrutura
integrante da rede ferroviária portuguesa, que é também beneficiária do
financiamento.
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