Dinâmica dos Ecossistemas

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Dinâmica dos Ecossistemas
AMBI
1
168
24T;12TP;10PL
4
6
2015/2017
Eduardo Dias
- Objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a
desenvolver pelos estudantes)
Pretende-se desenvolver um conceito inovador sobre a Ecologia e a natureza das
comunidades, baseado no conceito dinâmico dos processos biológicos ao nível dos
ecossistemas. Partindo dos conceitos básicos de Ecologia e não descurando a
necessidade de, no âmbito deste mestrado, fornecer um suporte sólido sobre os
instrumentos teóricos e aplicados da Ecologia. Pretende-se atingir áreas avançadas sobre
dinâmica de ecossistemas, mecanismos alogénicos e homeostáticos, papel do distúrbio e
percursos evolutivos como instrumentos de gestão da biodiversidade e garante da
conservação das espécies. Porque a gestão te de ser consciente dos valores em causa,
desenvolve-se, na segunda parte, a analise, discute-se a origem e o valor nas sociedade
moderna, do património natural, suas formas de gestão e estratégias de conservação. È
importante o conhecimento do valor para a humanidade do património natural nacional
e as estratégias de o avaliar, bem como os instrumentos disponíveis para a sua gestão.
- Conteúdos programáticos:
I. Dinâmica de Ecossistemas
a.
Ecologia funcional.
b.
A natureza das comunidades
c.
Modelos e mecanismos da sucessão: Mecanismos da sucessão ecológica.
Determinismo ou acaso. Dinâmica e biodiversidade.
d.
Mecanismos de estabilidade dinâmica: O papel das perturbações.
Flutuações, “gap-patch dynamics” e implicações
e.
Casos estudados
II. Património Natural: Património: conceito e enquadramento actual
a.
Centros de Biodiversidade à escala global. O Homem: a paisagem
cultural e a biodiversidade dependente.
b.
Instrumentos de avaliação patrimonial e hotsopt de biodiversidade.
Estratégia Nacional de conservação da Biodiversidade. Gestão de Espécies, Habitats. O
sistema de áreas protegidas.
III.
Gestão da Biodiversidade (GB): instrumentos legais e operacionais.
Conservação biológica e as novas abordagens integradas.
a.
A GB à escala regional: Rede Natura 2000 e o seu plano sectorial
b.
A GB em face aos desafios modernos: aquecimento global,
desertificação, PAC, stocks alimentares e serviços.
- Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos da
unidade curricular
Os conceitos de uma visão dinâmica e associada a mecanismos reguladores e
promotores da biodiversidade numa escala sucessional, bem como a base teórica sobre
os processos dinâmicos no ecossistema, é fornecido no primeiro bloco de formação
designado de do Dinâmica dos ecossistemas. Este fornece também uma base
fundamental para se entender o caracter dinâmico em que se baseia toda a
sustentabilidade dos ecossistemas bem como o papel dos distúrbios ao longo do tempo
como geradores de Biodiversidade.
O conhecimento descritivo mas também a consciência da importância do Património
Natural para a humanidade, bem como a linhas estratégicas para a sua gestão e
valorização, são fornecidas na segunda parte do programa – Património natural. Os
actuais modelos de gestão, quer ao nível da espécie ou do habitat, bem como os
instrumentos á escala regional, onde intervém a biologia da conservação são
apresentados na 3ª parte, designada de Gestão da Biodiversidade.
- Metodologias de ensino (avaliação incluída)
Dado que o mestrado possui na fase final uma cadeira de visita de estudo e o horário
preparado para ser pós-laboral, as aulas são essencialmente presenciais. Na primeira
parte – Dinâmica de ecossistemas, a matéria expositiva em PPT é complementada com
exemplos locais, recorrendo a imagens projectadas.
É igualmente utilizada a plataforma de e-learnning Moodle da universidade para a
continuação das aulas, fornecendo links de leituras e suporte para o estudo.
Na componente sobre o Património Natural é feito uma exposição dos principais
instrumentos e áreas de conservação europeus, nacionais e regionais, exemplificando
com apresentação de imagens sobre essas áreas ou casos de estudo, em parte realizado
com a participação dos alunos. Na terceira parte, trabalha-se muito sobre artigos
publicados sobre o tema nas revistas da especialidade mais recentes, levando os alunos a
ler essas publicações e a apresentação para discussão na turma-
- Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objectivos de
aprendizagem da unidade curricular
Na primeira parte, sobre a dinâmica dos ecossistemas, privilegia-se a exposição da
matéria, dado que se pretende levar o aluno a compreender conceitos importante e
basilares na construção de uma ideia para a gestão dos ecossistemas. São áreas onde
existe uma base sólida de conceitos, e teorias já publicados e, por isso, um significativo
número de compêndios de estudo. Na segunda parte mergulha-se na realidade nacional
e nos modelos de avaliação do Património natural, pela que a participação dos alunos na
matéria expositiva obriga á pesquiza e tomar conhecimento da realidade nacional, para
além do conhecimento da documentação disponível e das diferentes abordagens na
construção dos instrumentos de gestão, bem diferenciado de ilha para ilha.
Numa terceira parte parte-se para a análise moderna de modelos e casos estudo de
gestão da biodiversidade, a diferentes escalas, e por isso a pesquiza, análise e discussão
de artigos desta área muito recente, torna-se uma maneira de incentivar a leitura de
discussão na sala dos métodos mais recentes.
- Bibliografia principal
Compêndios
LÉVÊQUE C. (2002). Ecologia; do ecossistema à biosfera. Instituo Piaget. Lisboa.
ABER, J. & MELOLLO, J. (1991). Terrestrial Ecosystems. Saunders College Pbls.
Philadelphia.
LARCHER, W. (1980). Physiological Plant Ecology. Springer-Verlag. Berlin.
Como alternativa
RICKLEFS (2010). Economia da natureza. Guanabara Koogani. São Paulo
COLIVAUX, p. (1986). Ecology 2. Wiley. Londres.
ou
BEGON, M., J. HARPER & C. TOWNSEND (1986). Ecology. Blackwell Sc. Publ.
Oxford.
Antigo mais ainda um bom texto introdutório:
ODUM, E. (1988). Fundamentos de Ecologia. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa.
(em particular os capítulos 2 a 4, 6, 9 e o 14).
Trabalhos citados
BARBOUR, M.G., J.H. BURK & W.D. PITTS (1987). Terrestrial plant ecology. - 2nd.
ed. The Benjamin/Cummings Pub.C. London.
CHAPMAN, B, J. HIBBLE & C.R. RAFAREL (1975). Litter accumulation under
Calluna vulgaris on a lowland heathland in Britain. - J. Ecol. 63: 259-271.
COLLINS, S.L. & R.E. GOOD (1987). The seedling regeneration niche: habitat
structure of tree seedlings in an oak-pine forest. - Oikos 48: 89-98.
GIMINGHAM, C.H., S.B. CHAPMAN & N.R. WEBB (1979). European heathlands. In: Heathlands and related shrublands. Ed. R.L. SPECHT. p. 365-413. Elsevier. Oxford.
HILL, M.O. (1973). Diversity and evenes: A unifying notation and its consequences Ecology 54: 427-432.
MILCHUNAS, D.G. & W.K. LAUENROTH (1993). Quantitative effects of grazing on
vegetation and soils over a global range of environments. - Ecol. Mon. 63: 327-366.
MILES, j. (1987). Vegetation Sucession: past and present perceptions. In: Gray, A. et
al. eds.: Colonization, sucession and stability. Blackwell, Oxford.
MUELLER-DOMBOIS, Dieter., J.E. CANFIELD, R.A. HOLT & G.P. BUELOW
(1983). Tree-group death in North American and Hawaiian forest: a pathological
problem or a new problem for vegetation ecology - Phytocoenologia 11: 117-137.
PICKETT, S.T.A. & P. S. WHITE eds. (1985). The ecology of natural disturbance and
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PRICE, P.W., C.N. SLOBODCHIKOFF & W.S. GAUD, Ed. (1984). A new ecology:
novel approaches to interactive systems. - John Wiley & Sons, New York.
SIMBERLOFF, D. (1982). A succession of paradigms in ecology: essentialism to
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Referências históricas
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Torrey Bot. Club., 53: 7-26.
POORE, M. (1955a). The use of phytosociological methods in ecological investigations
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TRANSLEY, A.G. (1935). The use and abuse of vegetational concepts and terms. Ecology, 16: 284-307.
WHITTAKER, R.H. (1973a). Climax concepts and recognition. - Handbook of
Vegetation Science 8: 137-154.
Casos estudados
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interpretation of cyclical processes in a heath community. 1. Vegetational change in
relation to the Calluna cycle. - J. Ecol. 57: 737-758.
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FERNÁNDEZ-PALACIOS, José María & José Ramón Arévalo (1998). Regeneration
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Elias, R. B. & Eduardo DIAS (2004). Primary succession on lava domes on Terceira
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Elias, R. & Eduardo DIAS (2009). Cyclic patch dynamics in a Macaronesian island
forest. Community Ecology 10(1): 25-34.
Elias, R. & Eduardo DIAS (2009). Gap dynamics and regeneration strategies in
Juniperus-Laurus forest of the Azores Islands. Plant Ecol. 200: 179-189.
Elias, Rui B. & Dias, Eduardo (2004). Ecologia e Dinâmica da Vegetação. Sucessão em
lavas traquíticas. Cadernos de Botânica nº6. AZU – Herbário da Universidade dos
Açores. Angra do Heroísmo. 72 pp.
Elias, R. & Eduardo DIAS (2008). Ecologia das florestas de Juniperus dos Açores.
Cadernos de Botânica nº 5. Herbário da Universidade dos Açores. Angra do Heroísmo.
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