VI SBQEE 21 a 24 de agosto de 2005 Belém – Pará – Brasil UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS PRINCIPAIS TECNOLOGIAS EXISTENTES E A NOVA TECNOLOGIA DySC® PARA CORREÇÃO DE PROBLEMAS CAUSADOS PELOS AFUNDAMENTOS DE TENSÃO EM PROCESSOS INDUSTRIAIS Dr. Deepak Divan Fellow of IEEE and Professor Georgia Institute of Technology – USA RESUMO Este artigo contempla uma comparação entre os principais tipos de tecnologia para solução de problemas de qualidade de energia, com foco nos afundamentos de tensão, que estão hoje comercialmente disponíveis no mercado, tais como: UPS com baterias, Dynamic Voltage Restorer (DVR®) “flywheels”, supercondutores magnéticos e uma nova tecnologia chamada “Dynamic Sag Corrector® ou DySC®” a qual será discutida em detalhe neste artigo. Mostrar-se-ão também casos reais de aplicação deste dispositivo em processos industriais críticos alimentados ou não por sistemas elétricos “especiais”, bem como a influência do porte da carga a ser protegida e do ponto de aplicação destas soluções de QEE. PALAVRAS-CHAVE Afundamentos de Tensão – Produção – Cargas – Confiabilidade – Sensibilidade – Qualidade de Energia. 1.0 INTRODUÇÃO: É cada vez mais visível que os diversos sistemas de fabricação com cargas críticas tais como semicondutores, eletrônica, automóveis, plásticos, máquina com CNC (controle numérico computadorizado), e outros envolvendo processos automatizados como o processamento de alimentos, estão muito suscetíveis a distúrbios que ocorrem na rede elétrica. Até mesmo a variação brusca na tensão por um período de até 01 quarto de segundo pode causar o desligamento de uma máquina ou de todo um processo fabril por horas, causando perda de material e de produtividade, e longos tempos para se reinicializar tal processo. Eng. Flávio Resende Garcia, MSc.(*) Consultor Técnico em QEE. IESA Projetos Equipamentos e Montagens S.A Reconhecendo a susceptibilidade destas cargas a distúrbios na rede elétrica, muitos fabricantes de alta tecnologia têm obtido conexões especiais (também chamadas “premium”) nas concessionárias de energia elétrica usando alimentadores duplos e independentes de distribuição, conexão direta à rede de transmissão em alta tensão, ou mesmo uma rede elétrica bem malhada e com alto grau de confiabilidade. Tais tipos de conexão ao sistema elétrico praticamente eliminam desligamentos por falta de energia e normalmente atingem níveis muito altos de confiabilidade e disponibilidade. Porém, variações de tensão de curta duração (VTCD), em particular os afundamentos de tensão, não podem ser eliminados, até mesmo nas redes elétricas mais robustas e seguras, e constituem os mais significantes problemas de qualidade de energia elétrica atualmente em evidência, pois levam a grandes perdas econômicas. Este artigo cobre os vários tipos de soluções de qualidade de energia comercialmente disponíveis no mercado, incluindo sistemas de armazenamento de energia a base de: baterias convencionais (“UPS”), energia cinética (“Flywheel”), supercondutores magnéticos (“DSMES”) e os dispositivos dinâmicos para correção de afundamentos de tensão (“DVR e DySC®”), e apresentará uma comparação entre essas várias tecnologias utilizadas. A solução denominada DySC é uma solução nova e será discutida em maior detalhe ao longo deste artigo e serão mostradas várias aplicações industriais alimentadas por circuitos normais de distribuição ou através de circuitos especiais ou “premium”, bem como os prós e contras da proteção geral da planta versus a proteção localizada dos equipamentos críticos. 1 IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S/A e SoftSwitching Technologies Rodovia Manoel de Abreu, km 4.5, CEP: 14801-970 – Araraquara – SP. Telefone: (16) 3303-1423 – Fax: (16) 3303-1341 – E-mail: [email protected] 2 - CONFIABILIDADE VERSUS QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA: REDE NORMAL Eventos na Rede Elétrica Padrão De acordo com o EPRI (Instituto de Pesquisa de Energia Elétrica) e o DOE (Departamento Norteamericano de Energia), problemas causados por confiabilidade de fornecimento e qualidade de energia custam anualmente cerca de 150 a 190 bilhões de dólares às indústrias americanas em perda de produtividade e tempo de parada de produção. Resultados dos estudos de qualidade de energia na distribuição realizados pelo EPRI surpreenderam todo o setor de tecnologia em energia elétrica, mostrando que somente 3% de eventos ocorridos no sistema de distribuição de energia elétrica eram devidos a falta de energia, e que a grande maioria dos eventos eram perturbações de curta duração. Em países com uma maior confiabilidade da rede distribuição, a percentagem de eventos que representam desligamentos (ou falta de energia) é ainda menor. Porém, tanto para todos os clientes, alimentados por um sistema de distribuição radial normal, quanto para os alimentados por um sistema de distribuição “premium”, um problema parece ser constante: o de tempo de parada de processo causado por eventos de qualidade de energia de curta duração. Nível de Confiabilidade da Rede Elétrica 2107 segundos total/ano, Perda de Produção 1 Hora de Parada por evento 25 Horas totais de parada/ano, Cargas Típicas nesta Rede Elétrica Plásticos, PCs, Máquinas, Têxteis, Residenci ais. 25 eventos por ano: sendo 22 em ¼ de segundo, 1 em 2 s, 99.99%, 99%, 1 em 5 4-noves. 2-noves. minutos, Sem 1 em ½ hora. proteção 92% dos Eventos protegidos com o DySC. 2 eventos/ano com 2 horas totais de parada por ano, 99.9% de Tempo de Operação do Processo 3-noves Tabela 1 – Eventos de QEE em uma Rede Normal REDE PREM IUM Eventos na Rede Elétrica Premium Nível de Confiabilidade da Rede Elétrica 2.5 segundos total/ano, Perda de Produção 1 Hora de Parada por evento 10 Horas totais de parada por ano, Cargas Típicas nesta Rede Elétrica 10 eventos Fábricas de Semicondupor ano, de 0.25 tores, Automósegundos 99.99999% , cada. 7-noves. veis, Fibras 99% , Ópticas, Cabos, 2-noves. Sem Informática, Proteção Processos Contínuos. 100% dos Eventos protegidos com o DySC 100% de Tempo de Operação do Processo 9-noves 2.1 – Conceito “High 9’s”: Atualmente um conceito denominado “High 9's” para processos industriais críticos está recebendo atenção crescente. Quanto maior a quantidade de noves que o processo fabril recebe mais confiável é o sistema elétrico que o alimenta, ou seja, um sistema com 02 noves equivale a 99% de disponibilidade e um sistema com 05 noves representa um sistema elétrico com 99,999% de disponibilidade do sistema alimentador. Tal conceituação tem ajudado na distinção entre os problemas de confiabilidade de fornecimento e qualidade de energia permitindo uma melhor compreensão dos mesmos. Fábricas com linha de produtos de maior valor agregado, como por exemplo, semicondutores e automóveis, são servidas freqüentemente por uma rede elétrica especial (“premium”) em malha ou com duplo circuito de distribuição independente entre si, e possuem um alto grau de confiabilidade equivalente a 07 noves, ou seja, 99,99999% de confiabilidade do sistema alimentador destas cargas. Não obstante, se seus processos de fabricação podem ser interrompidos por um afundamento de tensão de menos de um quarto de segundo, é muito provável que tal processo tenha um grau de confiabilidade de apenas 99% a 99.9%, isto é, dois a três nove's (veja Tabelas 1 e 2). Tabela 2 – Eventos de QEE em uma Rede Premium. Como desligamentos de energia longos são raros, particularmente em clientes conectados a redes elétricas “premium”, tais aplicações industriais requerem apenas suportabilidade para distúrbios de energia de curta-duração, tais como os afundamentos de tensão, para atingir alto grau de confiabilidade (conceito high 9's). Tal fato tem um impacto significante no tipo de solução de qualidade de energia a ser adotada em um processo industrial. As soluções tradicionalmente utilizadas consistem na aplicação de sistema UPS on-line com um possível gerador de reserva, o que é considerada uma solução cara. Considerando que a própria bateria do UPS tem uma vida útil de 2 a 5 anos (com uma forte necessidade de monitoramento e exigências de manutenção) e tem uma confiabilidade mais baixa que o sistema elétrico, não é surpreendente que a indústria de semicondutores tenha elaborado a norma SEMI F47 para susceptibilidade a afundamentos de tensão dos equipamentos utilizados na fabricação de semicondutores, e que estes requisitos devem ser atingidos sem o uso de baterias (veja Figura 1). 2 injeção de tensão tal como o DVR ou restaurador dinâmico de tensão, que possui valores nominais típicos de 2 a 10 MVA em 15 kV, e sistemas que reconstroem a onda de tensão tais como o DySC ou corretor dinâmico de afundamentos de tensão, com valores nominais de 0.25 a 3000 kVA e nas tensões de 110 V a 480 V. O DySC é a mais recente solução disponível no mercado, que consiste em um dispositivo serie/shunt híbrido que protege cargas sensíveis de afundamentos de tensão e de interrupções momentâneas. Com valores nominais que variam de 250 VA a mais de 3,000 kVA, o DySC pode ser aplicado no ponto de utilização da carga sensível dentro de uma planta, ou até mesmo dentro deste equipamento sensível. O DySC atinge e excede as exigências da norma SEMI F47 (veja na Figura 1 a faixa de proteção do DySC em azul). As figuras 2 e 3 mostram os diagramas esquemáticos e as diferenças básicas entre o DVR e o DySC, duas das soluções mais maduras em uso atualmente. Figura 1 - O Equipamento DySC e a Norma SEMI F47 da Indústria de Semicondutores. Para as aplicações industriais com alta tecnologia envolvida no processo, a norma SEMI F47 define uma nova maneira de atender todas as exigências de qualidade de energia elétrica em sistemas elétricos industriais sensíveis. 3 - SOLUÇÕES DE QUALIDADE DE ENERGIA SEM A UTILIZAÇÃO DE BATERIAS: Como a característica da tensão nas concessionárias de energia elétrica está sendo melhor compreendida com os diversos estudos realizados, a necessidade de soluções de qualidade de energia sem a utilização de bateria se tornou mais premente. A solução tradicional (UPS com baterias) opera com a detecção de um distúrbio elétrico, isolando a carga da rede e alimentando esta carga com a energia armazenada na bateria. Novos modos de solução para qualidade de energia substituem a bateria por outros meios de armazenamento de energia. Vários produtos estão disponíveis atualmente no mercado incluindo sistemas de armazenamento de energia a base de supercondutores (com valores nominais de a 2 a 10 megawatts), de “flywheel” (com valores a partir de 500 quilowatts e acima), de ultracapacitores (com valores nominais até 5 kVA), e de capacitores eletrolíticos (com valores nominais até 1 kVA). Como as baterias representam o mais baixo custo de armazenamento de energia, não é nenhuma surpresa que todas estas soluções custem mais que os sistemas a base de baterias. E, além do fator custo, as novas tecnologias de armazenamento apresentaram problemas de confiabilidade, tais como nos rolamentos de esfera em sistemas de utilizando “flywheels” e nos sistemas criogênicos em para o armazenamento de energia a base de supercondutores. Soluções alternativas que não usam energia armazenada, mas sim o condicionamento desta energia, inclui o transformador de série com Optional Figura 2 – Diagrama Unifilar do DVR. Figura 3 – Diagrama Unifilar do DySC. O dispositivo DySC opera em modo de bypass estático até que um afundamento de tensão ou interrupção é detectado. A chave estática de bypass é então comutada pelo inversor e a tensão do inversor é injetada efetivamente em série com a linha de ac de entrada. No caso de um afundamento de tensão até 50% da tensão nominal, o DySC pode, em princípio, prover 100% da tensão de alimentação indefinidamente sem qualquer sistema de armazenamento de energia significativo e sem o transformador série do DVR. 3 A tecnologia do DySC possui uma ampla família de produtos (ver Figura 4) tornando possível à proteção ótima e customizada a ser aplicada em uma determinada carga ou processo crítico de uma instalação elétrica. É interessante notar que não existe solução padrão, e que a escolha correta envolve a análise de muitos fatores, tais como local de instalação, processo ou carga a ser protegido, custos, etc. Em uma instalação onde o projetista do equipamento ou do processo tem total flexibilidade de escolha, é possível em princípio, que todos as cargas/processos sensíveis serem completamente imunes a afundamentos de tensão na rede elétrica. Porém, como ainda não há nenhuma norma exigindo uma susceptibilidade padrão dos equipamentos e processos a afundamentos de tensão, ocorre uma variação nesta susceptibilidade, até mesmo para produtos semelhantes do mesmo fabricante. Para uma perda completa da tensão de alimentação, o DySC provê de 3 a 12 ciclos de suporte de tensão, limitada pela quantia de energia armazenada nos capacitores da barra de corrente contínua. O DySC foi projetado para prover até 2 segundos capacidade de correção afundamentos de tensão por minuto de operação, o que é mais que suficiente para atingir a maioria eventos de qualidade energia encontrados nas redes de distribuição de energia elétrica. A Tabela 3 resume os vários aspectos da proteção obtida pelos diversos tipos de soluções de qualidade de energia que estão comercialmente disponíveis atualmente. Tecnologia Potência e Tensão Máxima UPS DVR DSMES FLYWHEEL DySC Bateria e Capacitor e Supercondutores Energia Cinética Eletrônica de e Eletrônica de Eletrônica de Eletrônica de e Eletrônica de Potência Potência Potência Potência Potência 0 a 2 MW e 2 a 10 MW e 2 a 5 MW e de 0.2 a 1.5 MW e 0 a 3 MW e até 480 V 4 a 15 kV até classe 15kV até 480 V até 480 V Norma SEMI F47 Não atende Depende Atende Atende Atende Tempo de Correção Máximo Susceptibilidade Extendida Custo do Equipamento 0.5 a 15 minutos Depende 02 segundos 15 segundos 2a3 segundos Custos de Operação Eficiência de Operação Componentes Críticos - Vida Útil Manutenção Sim Não Não Sim Não Médio Médio Alto Alto Baixo Baixo Alto Baixo Médio Alto 92% 98% 98% 92 a 95% 99% Baterias Capacitores Sistema de Criogenia Rolamentos de Esferas Ventiladores Alto Baixo Médio Médio Baixo MINIDySC™ Single Phase 250VA – 28 kVA Tabela 3 – Comparação entre as soluções de qualidade de energia atuais. PRODySC® Three Phase 9kVA – 3,000 kVA Figura 4 – Família de Produtos DySC 4 – A INFLUÊNCIA DO LOCAL DE INSTALAÇÃO NAS SOLUÇÕES PARA QEE: Em tais casos, a melhor maneira de definir a solução é executar medições e estudos meticulosamente, identificando todos os componentes sensíveis e protegendo-os com pequenos dispositivos DySC monofásicos ou trifásicos. Uma outra alternativa é proteger todo o equipamento ou todo sub-sistema sensível com grandes dispositivos DySC trifásicos. Ambas as alternativas já foram utilizadas e serão mostrados nos casos exemplos a seguir neste artigo. Uma consideração importante e que possui forte impacto no retorno do investimento nas soluções em QEE é o melhor forma para se proteger um processo ou carga sensível. Dois modos distintos sobressaem: · proteção geral da fábrica, tipicamente com dispositivos de média tensão e valores nominais de 2 a 10 megawatts (DVR e SMES). · proteção no ponto de utilização, tipicamente com dispositivos de 120 a 480 volts e valores nominais de 250 watts a 3000 quilowatts (DySC). 5 – CASOS REAIS DE MELHORIA DE PERFORMANCE COM A APLICAÇÃO DO DySC: A seguir são mostrados os detalhes de algumas instalações do dispositivo DySC atuais. O uso de proteção geral da fábrica parece atraente à primeira vista: a planta inteira é protegida. Porém, como somente 20-30% da carga de uma planta é considerada sensível, este tipo de proteção contra problemas de qualidade de energia resulta em uma solução mais cara do que a realmente necessária. Adicionalmente, estas unidades em média tensão não podem proteger as cargas sensíveis de afundamentos de tensão causados por falhas em outras áreas não críticas dentro da instalação. 5.1 - Fábrica de Semicondutores: Um dos principais fabricantes de semicondutores nos EUA solicitou a correção dos problemas de afundamentos de tensão para as ferramentas de fotolitografia. Os afundamentos de tensão causavam paradas de processos fabris que resultavam em perda de material e de capacidade de produção. Mais de uma dúzia de unidades de 42 kVA do PRODySC foi instalada à frente das 4 durante este período, mas apenas afundamentos de tensão. A parada de um processo de fabricação e acabamento de cabos de fibra ótica pode gerar perdas econômicas que variam de US$150,000 a US$500,000 por evento. Uma dúzia de sistemas de dispositivos PRODySC com um valor nominal acumulado de mais de 3.500 kVA estão protegendo uma parte da área de acabamento dos cabos de fibra ótica nesta planta atualmente. Nos primeiros três meses de operação, dois afundamentos de tensão foram registrados e salvos pelos dispositivos PRODySC instalados. O retorno do investimento ocorreu para os primeiros eventos salvos. respectivas ferramentas. As unidades de DySC se ajustaram bem na instalação em função do pequeno tamanho das mesmas permitindo serem implementadas conforme as limitações espaciais da sala de controle destas ferramentas. Este cliente informou a ocorrência de vários afundamentos de tensão desde agosto de 2001, que resultaram na parada de outros equipamentos menos críticos e que continuaram desprotegidos, enquanto que as ferramentas de fotolitografia se mantiveram em operação continua. 5.2 - Fábrica de Alimentos: 5.5 - Extrusão de Plásticos: Um dos principais fabricantes de alimento dos EUA vinha sofrendo uma média de 10 a 15 afundamentos de tensão críticos por ano. Por causa do seu sensível processo de extrusão, este fabricante estava perdendo de 4 a 8 horas de produção e homem-hora na limpeza total do material endurecido, na análise do problema e no reinício do processo a cada ocorrência de afundamento de tensão. Uma solução distribuída foi utilizada para resolver o problema usando várias unidades de DySC de 25A e 50A. Desde sua implementação, os dispositivos DySC instalados reduziram tempo de parada não planejada em 70% e o investimento se pagou nos primeiros 3 meses de operação. Um fabricante de produtos de plástico, em cooperação com o instituto de pesquisa - EPRI, com concessionária local - PEAC, e com a Softswitching Technologies - SST, instalou uma unidade de 300kVA do dispositivo PRODySC para proteger algumas das suas linhas de extrusão. A Figura 5 mostra como a unidade PRODySC – 300 kVA corrigindo um afundamento de tensão significativo e evitando a parada do processo de fabricação. 5.3 - Fabricante de Máquinas CNC: Um fabricante de grandes eixos e rotores (Engines Inc.) para estrada de ferro e outras aplicações similares localizadas em West Virginia, vinha sofrendo de 10 a 15 afundamentos de tensão por ano. Isto levava a muitas horas de parada de produção, perdas de grandes e caros rotores e atrasos na entrega dos pedidos. Em cooperação com a AEP e o EPRI, a Softswitching Techonlogies instalou dispositivo de 300 kVA (PRODySC) visando proteger toda a linha de produção principal. De acordo com o presidente da empresa, o DySC eliminou totalmente a necessidade por retrabalho e perda de materiais estragados devido a afundamentos de tensão. Figura 5 - Tensão de Entrada (fonte) e de Saída (Carga) do DySC. 5.6 - Fábrica de Automóveis: Um dos principais fabricantes de automóveis do EUA requisitou a proteção de uma de suas barras de distribuição de energia elétrica a qual alimentava uma de suas lanternagens que incluía robôs soldadores, manipulação de materiais controlados por PLC e controles industriais auxiliares. A lanternagem era uma célula de produção crítica porque uma paralisação dos robôs durante uma operação de solda poderia causar a perda de toda a carcaça do veículo em construção. O tamanho do barramento a ser protegido era de 1600A, mas a carga efetiva era menor que 1200A. Um sistema PRODySC de 1200 A modular foi instalado, com capacidade de expansão para 1600A posteriormente. O sistema tem operado desde maio de 2001 e vários eventos de afundamentos de tensão foram registrados e salvos pelo dispositivo PRODySC. Um destes eventos está mostrado na Figura 6. 5.4 - Fábrica de Cabos de Fibra-Ótica: Um dos principais fabricantes de cabos de fibraótica vinha sofrendo de 6 a 10 afundamentos de tensão por ano com parada de processo. Como este era um consumidor alimentado por uma rede elétrica “premium”, esta instalação tinha um banco de dados de mais de 07 anos de monitoramento da energia recebida, o qual não mostrava nenhuma interrupção de energia 5 servo mecanismo como as partes sensíveis a serem protegidas. Um dispositivo foi DySC especialmente projetado, incorporando a função monofásica e trifásica no mesmo equipamento e instalado com sucesso para mitigar os problemas de afundamento de tensão dessa instalação. Os relatórios enviados pelo cliente demonstram que para quase todos eventos de afundamentos de tensão, outros equipamentos sensíveis na planta foram desligados enquanto o barramento protegido pelo PRODySC manteve a lanternagem em operação. 6 - CONCLUSÕES: A possibilidade de se instalar os dispositivos DySC dentro de uma instalação, no ponto de ocorrência dos problemas (junto às cargas sensíveis), e sem a necessidade de equipamentos com armazenadores de energia (como as baterias, flywheels, capacitores e supercondutores), melhora significativamente a relação custo/benefício e retorno de investimento para os sistemas industriais críticos. A facilidade dos dispositivos DySC em atender a norma SEMI F47 e operar com qualquer tipo de carga, proporcionou uma grande variedade de aplicações com sucesso de performance. Mais de 2,000 unidades de DySC, de diversas potências e tensões monofásicas e trifásicas, estão operando atualmente, protegendo aplicações industriais de alta tecnologia nos EUA, Europa, América do Sul, Cingapura e Ásia. Ao mesmo tempo em que oferecerem uma grande melhoria na confiabilidade de processos industriais conectados em redes elétricas premium, o dispositivo de correção de afundamentos de tensão DySC proporciona também uma significativa melhoria para as instalações conectadas nas redes elétricas padrões reduzindo a quantidade de paradas de produção causadas por tais eventos de QEE. Como pôde ser observado neste artigo, tais dispositivos estão testados e comprovados como solução viável técnica e economicamente para a correção de problemas de qualidade de energia, principalmente no que se refere a afundamentos de tensão. Figura 6 – Afundamento de tensão na entrada do DySC. Figura 7 – Tensão de saída do DySC. 5.7 - Aplicações do DySC em Cingapura: Uma planta química americana instalada na Ilha de Jurong vinha sofrendo diversas interrupções de processo devido a afundamentos de tensão. O afundamento de tensão causava a atuação do contator do Centro de Controle de Motores, resultando na interrupção da operação. Dispositivos de proteção contra afundamentos de tensão à base de baterias não eram ideais porque a rede da concessionária que alimentava a planta era considerada “premium” o que minimizava os eventos de interrupções de energia e tais eventos, quando ocorriam, eram bastante prolongados, o que levava a descarga total da bateria e ao desligamento de todo o processo de fabricação. Para proteger o contator de desligamento indevido durante um afundamento de tensão, um dispositivo DySC monofásico (MINIDySC) foi aplicado, vários eventos de afundamentos de tensão foram “salvos”, evitando o desligamento do centro de controle dos motores e parada do processo fabril. Um dos principais fabricantes americanos de unidades de discos instalado em Cingapura vinha tendo problemas de operação de suas máquinas durante a ocorrência de afundamentos de tensão e quedas de tensão. A máquina inteira desligava, causando um tempo de parada não programada com custos de aproximadamente US$40.000 por evento. A sala tinha espaço muito limitado para a instalação de um sistema de armazenamento a base de baterias. Um estudo foi realizado identificando o circuito de emergência, o PLC e o REFERÊNCIAS - Electric Power Research Institute. “An Assessment of Distribution System Power Quality.” TR-106294s-V1-3 Research Projects 3098-01. Palo Alto, Calif., 1996. - Semiconductor Equipment and Materials International (SEMI). Standard SEMI F47-0999. “Provisional Specification for Semiconductor Processing Equipment Voltage Sag Immunity.” Mountain View, Calif. 6