Comparação entre Equipamentos para Solução de VTCD

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VI SBQEE
21 a 24 de agosto de 2005
Belém – Pará – Brasil
UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS PRINCIPAIS TECNOLOGIAS EXISTENTES E A
NOVA TECNOLOGIA DySC® PARA CORREÇÃO DE PROBLEMAS CAUSADOS PELOS
AFUNDAMENTOS DE TENSÃO EM PROCESSOS INDUSTRIAIS
Dr. Deepak Divan
Fellow of IEEE and Professor
Georgia Institute of Technology – USA
RESUMO
Este artigo contempla uma comparação entre os
principais tipos de tecnologia para solução de
problemas de qualidade de energia, com foco nos
afundamentos de tensão, que estão hoje
comercialmente disponíveis no mercado, tais
como: UPS com baterias, Dynamic Voltage
Restorer (DVR®) “flywheels”, supercondutores
magnéticos e uma nova tecnologia chamada
“Dynamic Sag Corrector® ou DySC®” a qual será
discutida em detalhe neste artigo. Mostrar-se-ão
também casos reais de aplicação deste
dispositivo em processos industriais críticos
alimentados ou não por sistemas elétricos
“especiais”, bem como a influência do porte da
carga a ser protegida e do ponto de aplicação
destas soluções de QEE.
PALAVRAS-CHAVE
Afundamentos de Tensão – Produção – Cargas –
Confiabilidade – Sensibilidade – Qualidade de
Energia.
1.0 INTRODUÇÃO:
É cada vez mais visível que os diversos sistemas
de fabricação com cargas críticas tais como
semicondutores,
eletrônica,
automóveis,
plásticos, máquina com CNC (controle numérico
computadorizado),
e
outros
envolvendo
processos automatizados como o processamento
de alimentos, estão muito suscetíveis a distúrbios
que ocorrem na rede elétrica. Até mesmo a
variação brusca na tensão por um período de até
01 quarto de segundo pode causar o
desligamento de uma máquina ou de todo um
processo fabril por horas, causando perda de
material e de produtividade, e longos tempos para
se reinicializar tal processo.
Eng. Flávio Resende Garcia, MSc.(*)
Consultor Técnico em QEE.
IESA Projetos Equipamentos e Montagens S.A
Reconhecendo a susceptibilidade destas cargas a
distúrbios na rede elétrica, muitos fabricantes de
alta tecnologia têm obtido conexões especiais
(também
chamadas
“premium”)
nas
concessionárias de energia elétrica usando
alimentadores duplos e independentes de
distribuição, conexão direta à rede de
transmissão em alta tensão, ou mesmo uma rede
elétrica bem malhada e com alto grau de
confiabilidade. Tais tipos de conexão ao sistema
elétrico praticamente eliminam desligamentos por
falta de energia e normalmente atingem níveis
muito altos de confiabilidade e disponibilidade.
Porém, variações de tensão de curta duração
(VTCD), em particular os afundamentos de
tensão, não podem ser eliminados, até mesmo
nas redes elétricas mais robustas e seguras, e
constituem os mais significantes problemas de
qualidade de energia elétrica atualmente em
evidência, pois levam a grandes perdas
econômicas.
Este artigo cobre os vários tipos de soluções de
qualidade de energia comercialmente disponíveis
no
mercado,
incluindo
sistemas
de
armazenamento de energia a base de: baterias
convencionais
(“UPS”),
energia
cinética
(“Flywheel”),
supercondutores
magnéticos
(“DSMES”) e os dispositivos dinâmicos para
correção de afundamentos de tensão (“DVR e
DySC®”), e apresentará uma comparação entre
essas várias tecnologias utilizadas.
A solução denominada DySC é uma solução nova
e será discutida em maior detalhe ao longo deste
artigo e serão mostradas várias aplicações
industriais alimentadas por circuitos normais de
distribuição ou através de circuitos especiais ou
“premium”, bem como os prós e contras da
proteção geral da planta versus a proteção
localizada dos equipamentos críticos.
1
IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S/A e SoftSwitching Technologies
Rodovia Manoel de Abreu, km 4.5, CEP: 14801-970 – Araraquara – SP.
Telefone: (16) 3303-1423 – Fax: (16) 3303-1341 – E-mail: [email protected]
2 - CONFIABILIDADE VERSUS QUALIDADE DE
ENERGIA ELÉTRICA:
REDE NORMAL
Eventos
na Rede
Elétrica
Padrão
De acordo com o EPRI (Instituto de Pesquisa de
Energia Elétrica) e o DOE (Departamento Norteamericano de Energia), problemas causados por
confiabilidade de fornecimento e qualidade de
energia custam anualmente cerca de 150 a 190
bilhões de dólares às indústrias americanas em
perda de produtividade e tempo de parada de
produção. Resultados dos estudos de qualidade
de energia na distribuição realizados pelo EPRI
surpreenderam todo o setor de tecnologia em
energia elétrica, mostrando que somente 3% de
eventos ocorridos no sistema de distribuição de
energia elétrica eram devidos a falta de energia, e
que a grande maioria dos eventos eram
perturbações de curta duração. Em países com
uma maior confiabilidade da rede distribuição, a
percentagem de eventos que representam
desligamentos (ou falta de energia) é ainda
menor. Porém, tanto para todos os clientes,
alimentados por um sistema de distribuição radial
normal, quanto para os alimentados por um
sistema de distribuição “premium”, um problema
parece ser constante: o de tempo de parada de
processo causado por eventos de qualidade de
energia de curta duração.
Nível de
Confiabilidade da
Rede
Elétrica
2107
segundos
total/ano,
Perda de
Produção
1 Hora de
Parada por
evento
25 Horas
totais de
parada/ano,
Cargas
Típicas
nesta
Rede
Elétrica
Plásticos,
PCs,
Máquinas,
Têxteis,
Residenci
ais.
25 eventos por
ano: sendo 22
em ¼ de
segundo, 1 em
2 s,
99.99%,
99%,
1 em 5
4-noves.
2-noves.
minutos,
Sem
1 em ½ hora.
proteção
92% dos Eventos protegidos com o DySC.
2 eventos/ano com 2 horas totais de parada por ano,
99.9% de Tempo de Operação do Processo
3-noves
Tabela 1 – Eventos de QEE em uma Rede Normal
REDE PREM IUM
Eventos
na Rede
Elétrica
Premium
Nível de
Confiabilidade da
Rede
Elétrica
2.5 segundos
total/ano,
Perda de
Produção
1 Hora de
Parada por
evento
10 Horas
totais de
parada por
ano,
Cargas
Típicas
nesta Rede
Elétrica
10 eventos
Fábricas de
Semicondupor ano, de
0.25
tores,
Automósegundos
99.99999% ,
cada.
7-noves.
veis, Fibras
99% ,
Ópticas,
Cabos,
2-noves.
Sem
Informática,
Proteção
Processos
Contínuos.
100% dos Eventos protegidos com o DySC
100% de Tempo de Operação do Processo
9-noves
2.1 – Conceito “High 9’s”:
Atualmente um conceito denominado “High 9's”
para processos industriais críticos está recebendo
atenção crescente. Quanto maior a quantidade de
noves que o processo fabril recebe mais confiável
é o sistema elétrico que o alimenta, ou seja, um
sistema com 02 noves equivale a 99% de
disponibilidade e um sistema com 05 noves
representa um sistema elétrico com 99,999% de
disponibilidade do sistema alimentador.
Tal conceituação tem ajudado na distinção entre
os problemas de confiabilidade de fornecimento e
qualidade de energia permitindo uma melhor
compreensão dos mesmos.
Fábricas com linha de produtos de maior valor
agregado, como por exemplo, semicondutores e
automóveis, são servidas freqüentemente por
uma rede elétrica especial (“premium”) em malha
ou
com
duplo
circuito
de
distribuição
independente entre si, e possuem um alto grau de
confiabilidade equivalente a 07 noves, ou seja,
99,99999% de confiabilidade do sistema
alimentador destas cargas. Não obstante, se
seus processos de fabricação podem ser
interrompidos por um afundamento de tensão de
menos de um quarto de segundo, é muito
provável que tal processo tenha um grau de
confiabilidade de apenas 99% a 99.9%, isto é,
dois a três nove's (veja Tabelas 1 e 2).
Tabela 2 – Eventos de QEE em uma Rede Premium.
Como desligamentos de energia longos são
raros, particularmente em clientes conectados a
redes elétricas “premium”, tais aplicações
industriais requerem apenas suportabilidade para
distúrbios de energia de curta-duração, tais como
os afundamentos de tensão, para atingir alto grau
de confiabilidade (conceito high 9's). Tal fato tem
um impacto significante no tipo de solução de
qualidade de energia a ser adotada em um
processo industrial.
As soluções tradicionalmente utilizadas consistem
na aplicação de sistema UPS on-line com um
possível gerador de reserva, o que é considerada
uma solução cara.
Considerando que a própria bateria do UPS tem
uma vida útil de 2 a 5 anos (com uma forte
necessidade de monitoramento e exigências de
manutenção) e tem uma confiabilidade mais baixa
que o sistema elétrico, não é surpreendente que a
indústria de semicondutores tenha elaborado a
norma SEMI F47 para susceptibilidade a
afundamentos de tensão dos equipamentos
utilizados na fabricação de semicondutores, e que
estes requisitos devem ser atingidos sem o uso
de baterias (veja Figura 1).
2
injeção de tensão tal como o DVR ou restaurador
dinâmico de tensão, que possui valores nominais
típicos de 2 a 10 MVA em 15 kV, e sistemas que
reconstroem a onda de tensão tais como o DySC
ou corretor dinâmico de afundamentos de tensão,
com valores nominais de 0.25 a 3000 kVA e nas
tensões de 110 V a 480 V.
O DySC é a mais recente solução disponível no
mercado, que consiste em um dispositivo
serie/shunt híbrido que protege cargas sensíveis
de afundamentos de tensão e de interrupções
momentâneas. Com valores nominais que variam
de 250 VA a mais de 3,000 kVA, o DySC pode ser
aplicado no ponto de utilização da carga sensível
dentro de uma planta, ou até mesmo dentro deste
equipamento sensível. O DySC atinge e excede
as exigências da norma SEMI F47 (veja na Figura
1 a faixa de proteção do DySC em azul).
As figuras 2 e 3 mostram os diagramas
esquemáticos e as diferenças básicas entre o
DVR e o DySC, duas das soluções mais maduras
em uso atualmente.
Figura 1 - O Equipamento DySC e a Norma SEMI
F47 da Indústria de Semicondutores.
Para as aplicações industriais com alta tecnologia
envolvida no processo, a norma SEMI F47 define
uma nova maneira de atender todas as
exigências de qualidade de energia elétrica em
sistemas elétricos industriais sensíveis.
3 - SOLUÇÕES DE QUALIDADE DE ENERGIA
SEM A UTILIZAÇÃO DE BATERIAS:
Como a característica da tensão nas
concessionárias de energia elétrica está sendo
melhor compreendida com os diversos estudos
realizados, a necessidade de soluções de
qualidade de energia sem a utilização de bateria
se tornou mais premente. A solução tradicional
(UPS com baterias) opera com a detecção de um
distúrbio elétrico, isolando a carga da rede e
alimentando esta carga com a energia
armazenada na bateria.
Novos modos de solução para qualidade de
energia substituem a bateria por outros meios de
armazenamento de energia. Vários produtos
estão disponíveis atualmente no mercado
incluindo sistemas de armazenamento de energia
a base de supercondutores (com valores
nominais de a 2 a 10 megawatts), de “flywheel”
(com valores a partir de 500 quilowatts e acima),
de ultracapacitores (com valores nominais até 5
kVA), e de capacitores eletrolíticos (com valores
nominais até 1 kVA).
Como as baterias representam o mais baixo custo
de armazenamento de energia, não é nenhuma
surpresa que todas estas soluções custem mais
que os sistemas a base de baterias. E, além do
fator
custo,
as
novas
tecnologias
de
armazenamento apresentaram problemas de
confiabilidade, tais como nos rolamentos de
esfera em sistemas de utilizando “flywheels” e nos
sistemas criogênicos em para o armazenamento
de energia a base de supercondutores.
Soluções alternativas que não usam energia
armazenada, mas sim o condicionamento desta
energia, inclui o transformador de série com
Optional
Figura 2 – Diagrama Unifilar do DVR.
Figura 3 – Diagrama Unifilar do DySC.
O dispositivo DySC opera em modo de bypass
estático até que um afundamento de tensão ou
interrupção é detectado. A chave estática de
bypass é então comutada pelo inversor e a
tensão do inversor é injetada efetivamente em
série com a linha de ac de entrada.
No caso de um afundamento de tensão até 50%
da tensão nominal, o DySC pode, em princípio,
prover 100% da tensão de alimentação
indefinidamente sem qualquer sistema de
armazenamento de energia significativo e sem o
transformador série do DVR.
3
A tecnologia do DySC possui uma ampla família
de produtos (ver Figura 4) tornando possível à
proteção ótima e customizada a ser aplicada em
uma determinada carga ou processo crítico de
uma instalação elétrica. É interessante notar que
não existe solução padrão, e que a escolha
correta envolve a análise de muitos fatores, tais
como local de instalação, processo ou carga a ser
protegido, custos, etc. Em uma instalação onde o
projetista do equipamento ou do processo tem
total flexibilidade de escolha, é possível em
princípio,
que todos as cargas/processos
sensíveis serem completamente imunes a
afundamentos de tensão na rede elétrica. Porém,
como ainda não há nenhuma norma exigindo uma
susceptibilidade padrão dos equipamentos e
processos a afundamentos de tensão, ocorre
uma variação nesta susceptibilidade, até mesmo
para produtos semelhantes do mesmo fabricante.
Para uma perda completa da tensão de
alimentação, o DySC provê de 3 a 12 ciclos de
suporte de tensão, limitada pela quantia de
energia armazenada nos capacitores da barra de
corrente contínua. O DySC foi projetado para
prover até 2 segundos capacidade de correção
afundamentos de tensão por minuto de operação,
o que é mais que suficiente para atingir a maioria
eventos de qualidade energia encontrados nas
redes de distribuição de energia elétrica.
A Tabela 3 resume os vários aspectos da
proteção obtida pelos diversos tipos de soluções
de
qualidade
de
energia
que
estão
comercialmente disponíveis atualmente.
Tecnologia
Potência e Tensão
Máxima
UPS
DVR
DSMES
FLYWHEEL
DySC
Bateria e
Capacitor e Supercondutores Energia Cinética
Eletrônica de
e Eletrônica de
Eletrônica de Eletrônica de e Eletrônica de
Potência
Potência
Potência
Potência
Potência
0 a 2 MW e 2 a 10 MW e 2 a 5 MW e de
0.2 a 1.5 MW e 0 a 3 MW e
até 480 V
4 a 15 kV
até classe 15kV
até 480 V
até 480 V
Norma SEMI F47
Não atende
Depende
Atende
Atende
Atende
Tempo de Correção
Máximo
Susceptibilidade
Extendida
Custo do
Equipamento
0.5 a 15
minutos
Depende
02 segundos
15 segundos
2a3
segundos
Custos de Operação
Eficiência de
Operação
Componentes
Críticos - Vida Útil
Manutenção
Sim
Não
Não
Sim
Não
Médio
Médio
Alto
Alto
Baixo
Baixo
Alto
Baixo
Médio
Alto
92%
98%
98%
92 a 95%
99%
Baterias
Capacitores
Sistema de
Criogenia
Rolamentos de
Esferas
Ventiladores
Alto
Baixo
Médio
Médio
Baixo
MINIDySC™
Single Phase
250VA – 28 kVA
Tabela 3 – Comparação entre as soluções de
qualidade de energia atuais.
PRODySC®
Three Phase
9kVA – 3,000 kVA
Figura 4 – Família de Produtos DySC
4 – A INFLUÊNCIA DO LOCAL DE
INSTALAÇÃO NAS SOLUÇÕES PARA QEE:
Em tais casos, a melhor maneira de definir a
solução é executar medições e estudos
meticulosamente,
identificando
todos
os
componentes sensíveis e protegendo-os com
pequenos dispositivos DySC monofásicos ou
trifásicos. Uma outra alternativa é proteger todo o
equipamento ou todo sub-sistema sensível com
grandes dispositivos DySC trifásicos. Ambas as
alternativas já foram utilizadas e serão mostrados
nos casos exemplos a seguir neste artigo.
Uma consideração importante e que possui forte
impacto no retorno do investimento nas soluções
em QEE é o melhor forma para se proteger um
processo ou carga sensível. Dois modos distintos
sobressaem:
· proteção geral da fábrica, tipicamente com
dispositivos de média tensão e valores
nominais de 2 a 10 megawatts (DVR e
SMES).
· proteção no ponto de utilização, tipicamente
com dispositivos de 120 a 480 volts e valores
nominais de 250 watts a 3000 quilowatts
(DySC).
5 – CASOS REAIS DE MELHORIA DE
PERFORMANCE COM A APLICAÇÃO DO
DySC:
A seguir são mostrados os detalhes de algumas
instalações do dispositivo DySC atuais.
O uso de proteção geral da fábrica parece
atraente à primeira vista: a planta inteira é
protegida. Porém, como somente 20-30% da
carga de uma planta é considerada sensível, este
tipo de proteção contra problemas de qualidade
de energia resulta em uma solução mais cara do
que a realmente necessária. Adicionalmente,
estas unidades em média tensão não podem
proteger as cargas sensíveis de afundamentos de
tensão causados por falhas em outras áreas não
críticas dentro da instalação.
5.1 - Fábrica de Semicondutores:
Um dos principais fabricantes de semicondutores
nos EUA solicitou a correção dos problemas de
afundamentos de tensão para as ferramentas de
fotolitografia.
Os afundamentos de tensão
causavam paradas de processos fabris que
resultavam em perda de material e de capacidade
de produção. Mais de uma dúzia de unidades de
42 kVA do PRODySC foi instalada à frente das
4
durante este período, mas apenas afundamentos
de tensão.
A parada de um processo de
fabricação e acabamento de cabos de fibra ótica
pode gerar perdas econômicas que variam de
US$150,000 a US$500,000 por evento. Uma
dúzia de sistemas de dispositivos PRODySC com
um valor nominal acumulado de mais de 3.500
kVA estão protegendo uma parte da área de
acabamento dos cabos de fibra ótica nesta planta
atualmente. Nos primeiros três meses de
operação, dois afundamentos de tensão foram
registrados e salvos pelos dispositivos PRODySC
instalados. O retorno do investimento ocorreu
para os primeiros eventos salvos.
respectivas ferramentas. As unidades de DySC
se ajustaram bem na instalação em função do
pequeno tamanho das mesmas permitindo serem
implementadas conforme as limitações espaciais
da sala de controle destas ferramentas.
Este cliente informou a ocorrência de vários
afundamentos de tensão desde agosto de 2001,
que
resultaram
na
parada
de
outros
equipamentos menos críticos e que continuaram
desprotegidos, enquanto que as ferramentas de
fotolitografia se mantiveram em operação
continua.
5.2 - Fábrica de Alimentos:
5.5 - Extrusão de Plásticos:
Um dos principais fabricantes de alimento dos
EUA vinha sofrendo uma média de 10 a 15
afundamentos de tensão críticos por ano. Por
causa do seu sensível processo de extrusão, este
fabricante estava perdendo de 4 a 8 horas de
produção e homem-hora na limpeza total do
material endurecido, na análise do problema e no
reinício do processo a cada ocorrência de
afundamento de tensão.
Uma solução distribuída foi utilizada para resolver
o problema usando várias unidades de DySC de
25A e 50A.
Desde sua implementação, os
dispositivos DySC instalados reduziram tempo de
parada não planejada em 70% e o investimento
se pagou nos primeiros 3 meses de operação.
Um fabricante de produtos de plástico, em
cooperação com o instituto de pesquisa - EPRI,
com concessionária local - PEAC, e com a
Softswitching Technologies - SST, instalou uma
unidade de 300kVA do dispositivo PRODySC para
proteger algumas das suas linhas de extrusão. A
Figura 5 mostra como a unidade PRODySC – 300
kVA corrigindo um afundamento de tensão
significativo e evitando a parada do processo de
fabricação.
5.3 - Fabricante de Máquinas CNC:
Um fabricante de grandes eixos e rotores
(Engines Inc.) para estrada de ferro e outras
aplicações similares localizadas em West Virginia,
vinha sofrendo de 10 a 15 afundamentos de
tensão por ano. Isto levava a muitas horas de
parada de produção, perdas de grandes e caros
rotores e atrasos na entrega dos pedidos. Em
cooperação com a AEP e o EPRI, a Softswitching
Techonlogies instalou dispositivo de 300 kVA
(PRODySC) visando proteger toda a linha de
produção principal. De acordo com o presidente
da empresa, o DySC eliminou totalmente a
necessidade por retrabalho e perda de materiais
estragados devido a afundamentos de tensão.
Figura 5 - Tensão de Entrada (fonte) e de Saída
(Carga) do DySC.
5.6 - Fábrica de Automóveis:
Um dos principais fabricantes de automóveis do
EUA requisitou a proteção de uma de suas barras
de distribuição de energia elétrica a qual
alimentava uma de suas lanternagens que incluía
robôs soldadores, manipulação de materiais
controlados por PLC e controles industriais
auxiliares. A lanternagem era uma célula de
produção crítica porque uma paralisação dos
robôs durante uma operação de solda poderia
causar a perda de toda a carcaça do veículo em
construção. O tamanho do barramento a ser
protegido era de 1600A, mas a carga efetiva era
menor que 1200A. Um sistema PRODySC de
1200 A modular foi instalado, com capacidade de
expansão para 1600A posteriormente. O sistema
tem operado desde maio de 2001 e vários
eventos de afundamentos de tensão foram
registrados e salvos pelo dispositivo PRODySC.
Um destes eventos está mostrado na Figura 6.
5.4 - Fábrica de Cabos de Fibra-Ótica:
Um dos principais fabricantes de cabos de fibraótica vinha sofrendo de 6 a 10 afundamentos de
tensão por ano com parada de processo. Como
este era um consumidor alimentado por uma rede
elétrica “premium”, esta instalação tinha um
banco de dados de mais de 07 anos de
monitoramento da energia recebida, o qual não
mostrava nenhuma interrupção de energia
5
servo mecanismo como as partes sensíveis a
serem protegidas. Um dispositivo foi DySC
especialmente projetado, incorporando a função
monofásica e trifásica no mesmo equipamento e
instalado com sucesso para mitigar os problemas
de afundamento de tensão dessa instalação.
Os relatórios enviados pelo cliente demonstram
que para quase todos eventos de afundamentos
de tensão, outros equipamentos sensíveis na
planta foram desligados enquanto o barramento
protegido pelo PRODySC manteve a lanternagem
em operação.
6 - CONCLUSÕES:
A possibilidade de se instalar os dispositivos
DySC dentro de uma instalação, no ponto de
ocorrência dos problemas (junto às cargas
sensíveis),
e
sem
a
necessidade
de
equipamentos com armazenadores de energia
(como as baterias, flywheels, capacitores e
supercondutores), melhora significativamente a
relação custo/benefício e retorno de investimento
para os sistemas industriais críticos. A facilidade
dos dispositivos DySC em atender a norma SEMI
F47 e operar com qualquer tipo de carga,
proporcionou uma grande variedade de
aplicações com sucesso de performance. Mais de
2,000 unidades de DySC, de diversas potências e
tensões monofásicas e trifásicas, estão operando
atualmente, protegendo aplicações industriais de
alta tecnologia nos EUA, Europa, América do Sul,
Cingapura e Ásia.
Ao mesmo tempo em que oferecerem uma
grande melhoria na confiabilidade de processos
industriais conectados em redes elétricas
premium, o dispositivo de correção de
afundamentos de tensão DySC proporciona
também uma significativa melhoria para as
instalações conectadas nas redes elétricas
padrões reduzindo a quantidade de paradas de
produção causadas por tais eventos de QEE.
Como pôde ser observado neste artigo, tais
dispositivos estão testados e comprovados como
solução viável técnica e economicamente para a
correção de problemas de qualidade de energia,
principalmente no que se refere a afundamentos
de tensão.
Figura 6 – Afundamento de tensão na entrada do
DySC.
Figura 7 – Tensão de saída do DySC.
5.7 - Aplicações do DySC em Cingapura:
Uma planta química americana instalada na Ilha
de Jurong vinha sofrendo diversas interrupções
de processo devido a afundamentos de tensão. O
afundamento de tensão causava a atuação do
contator do Centro de Controle de Motores,
resultando
na
interrupção
da
operação.
Dispositivos de proteção contra afundamentos de
tensão à base de baterias não eram ideais porque
a rede da concessionária que alimentava a planta
era considerada “premium” o que minimizava os
eventos de interrupções de energia e tais
eventos, quando ocorriam, eram bastante
prolongados, o que levava a descarga total da
bateria e ao desligamento de todo o processo de
fabricação. Para proteger o contator de
desligamento indevido durante um afundamento
de tensão, um dispositivo DySC monofásico
(MINIDySC) foi aplicado, vários eventos de
afundamentos de tensão foram “salvos”, evitando
o desligamento do centro de controle dos motores
e parada do processo fabril.
Um dos principais fabricantes americanos de
unidades de discos instalado em Cingapura vinha
tendo problemas de operação de suas máquinas
durante a ocorrência de afundamentos de tensão
e quedas de tensão. A máquina inteira desligava,
causando um tempo de parada não programada
com custos de aproximadamente US$40.000 por
evento. A sala tinha espaço muito limitado para a
instalação de um sistema de armazenamento a
base de baterias. Um estudo foi realizado
identificando o circuito de emergência, o PLC e o
REFERÊNCIAS
- Electric Power Research Institute. “An
Assessment of Distribution System Power
Quality.” TR-106294s-V1-3 Research Projects
3098-01. Palo Alto, Calif., 1996.
- Semiconductor Equipment and Materials
International (SEMI). Standard SEMI F47-0999.
“Provisional Specification for Semiconductor
Processing Equipment Voltage Sag Immunity.”
Mountain View, Calif.
6
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